O Express Entry (EE) é, sem sombra de dúvidas, a principal fonte de pedidos de Permanent Resident (PR), ou residência permanente, para o Canadá por meio da categoria de imigração econômica. Implantado em 2015, de lá para cá já percorreu um longo caminho e sofreu alterações e mudanças em suas regras. Neste mês de setembro (2018), ele atingiu o marco de 100 draws, ou seja, já emitiu mais de 213 mil Invitations to Apply (ITA’s) por meio de suas rodadas de convites realizadas regularmente.
O sistema gerencia três categorias de imigração econômica canadenses: Federal Skilled Worker, Federal Skilled Trades e Canadian Experience Class. Os candidatos recebem uma pontuação baseada em vários fatores no Comprehensive Ranking System (CRS), sendo os principais: idade, experiência de trabalho, educação, fluência no(s) idioma(s) do Canadá (inglês ou francês), profissão classificada como em demanda no território pela National Occupational Classification (NOC), experiência de trabalho na função, vínculos com o país, dentre outros aspectos.
*Para saber mais sobre como imigrar para o Canadá por meio do Express Entry clique aqui.
As rodadas de convites chamam os candidatos com a pontuação mais alta no CRS, sendo que as mesmas ocorrem quinzenalmente, na maioria das vezes. Os aplicantes recebem o ITA e em um prazo de 60 dias precisam apresentar todas as informações que comprovem os dados colocados no perfil, como resultado de teste de proficiência em inglês ou francês (IELTS, Celpip ou TEF – que são os exames aceitos pela imigração canadense. Clique aqui e saiba mais sobre eles), equivalência de diploma, documentos provando experiência de trabalho, etc.
O Express Entry é a principal fonte de pedidos para residência pelas categorias de imigração econômica. Sendo também o grande funil de entrada de imigrantes para bater a meta do plano plurianual de imigração, divulgado pelo governo do Canadá em novembro do ano passado.
*O país planeja receber um milhão de imigrantes até 2020. Saiba mais informações neste link.
Dados e expectativas
O total de imigrantes admitidos no país pelo EE cresceu consideravelmente ano a ano após a sua implantação. Em 2015 foram 9,8 mil novos moradores. Já no ano seguinte, 2016, o número mais que triplicou, indo para 33.415 novos imigrantes. No ano passado foram 65.420 as pessoas admitidas no Canadá pelo programa de imigração federal.
Já no ano vigente, o Immigration Refugees and Citizienship Canada (IRCC) revelou o último dado no final de julho: 61.710 era o montante acumulado até então. A meta para 2018 é de cerca de 75 mil admissões, aumentando no próximo ano para 81,5 mil e, em 2020, 86 mil. Estes números são uma parte importante do plano de imigração plurianual. Veja abaixo o gráfico com as metas estipuladas em cada ano pelo departamento de imigração.
Desde a implantação do EE, ocorrida em 2015, o governo canadense fez uma série de ajustes e mudanças no processo, visando garantir que o sistema atenda às prioridades de imigração econômica no país. Este ano, por exemplo, os draws de convites estão com a frequência mais acertada e também com um padrão, tanto no número de convidados como na pontuação que é utilizada para nota de corte (veja aqui os últimos dados do processo federal).
Um grande indicador da evolução do EE ao longo destes quase quatro anos são as profissões dos convidados a aplicar. Nos primeiros dois anos, os supervisores de serviços e da indústria alimentícia, juntamente com cozinheiros, figuraram entre as cinco principais ocupações chamadas. Já no ano passado o top cinco de profissionais foram os seguintes:
Esta mudança na ocupação dos candidatos é atribuída a decisão do governo canadense tomada em novembro de 2016, que reduziu o número de pontos atribuídos no CRS a uma oferta de emprego do país. Os pontos dados, antes da data, eram de 600, o que garantia o convite do aplicante. Após a mudança eles reduziram para 50 ou 200, dependendo da ocupação do concorrente. A oferta de emprego em uma empresa canadense não é requisito obrigatório para aplicar, porém ela soma no score.
A pontuação central do CRS, ou seja, o que dá mais pontos ao candidato, é baseada nos fatores chamados de capital humano, que incluem idade, proficiência em inglês e francês, nível educacional e experiência de trabalho. Somados, estes requisitos podem valer até 600 pontos, dependendo do nível do aplicante em cada um dos fatores.
Com a continuidade e padrão de draws deste ano, a pontuação não baixou, nas rodadas regulares, de 440 pontos como nota de corte. Porém, os aplicantes que não atingem esta pontuação estão cada vez mais optando por um Provincial Nominee Program (PNP). Eles são processos de imigração independentes, criados individualmente por cada província do Canadá. Este sistema dá a cada região a possibilidade de tentar suprir as necessidades locais de mão de obra com imigrantes qualificados.
*Veja no artigo que fizemos outras maneiras de imigrar para o Canadá. Acesse clicando aqui.
E com as alterações nos programas locais de imigração deste ano, nove províncias e dois territórios possuem um PNP que passa pelo crivo do Express Entry. Isso não significa que o candidato tem de atingir os 440 pontos do ranking, mas tem de ter, primeiramente, um perfil ativo no pool do programa federal. Depois disso, a região analisa o perfil do candidato e pode nomear um número definido para imigração e posterior residência permanente. A carta convite da província dá 600 pontos ao aplicante, garantindo a aplicação para o processo do EE e também prioridade na hora de receber o ITA.
Em 2017, o Canadá emitiu 13.528 ITA’s vinculados a uma carta de nomeação provincial. Este número aumentou 75% se compararmos ao ano anterior, 2016. E, segundo o governo canadense, a imigração por meio das províncias será um dos focos do plano para trazer estrangeiros ao país. Por isso a quantidade de nomeações pelo EE através dos PNP’s tende a aumentar.
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Fabíola Cottet
Uma pesquisa feita pelo Banco de Desenvolvimento do Canadá (BDC), revelou que 39% das empresas entrevistadas, sendo que todas são de pequeno e médio porte, estão com muita dificuldade para encontrar novos trabalhadores no Canadá. Além disso, no estudo feito com 1.208 companhias, foi verificado que as que se localizam em menores cidades sofrem mais ainda com a falta de mão-de-obra.
Pierre Cleroux, economista chefe do BDC, relata que os empresários estão tendo que se adaptar a esta escassez de trabalhadores. “As empresas de pequeno e médio porte representam cerca de 50% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) canadense, por isso são muito importantes para o país e mais significativas ainda em comunidades menores”, afirma o profissional.
O principal motivo deste problema, na opinião do economista, é que a oferta de trabalhadores mais jovens não consegue acompanhar o número de idosos que estão se aposentando, frente a ótima fase econômica do país e o constante aumento do número de posições no mercado de trabalho. O relatório divulgado pela instituição financeira foi feito com companhias que faturam, pelo menos, US$ 500 mil dólares em receita anual.
Recentemente o Statistics Canada divulgou a taxa de desemprego do mês de julho: 5,8%. Este é um marco para o país, pois é a melhor marca no que diz respeito ao mercado de trabalho em 40 anos. Confrontando os dois dados, muitos especialistas vêm expondo, há cerca de dois anos, que a falta de mão-de-obra pode impactar negativamente a produtividade e a economia canadense.
*Veja mais números e dados sobre o mercado de trabalho canadense clicando aqui.
Cleroux também alerta que esta procura por colaboradores tende a aumentar e que a escassez pode não ser passageira, mesmo que o governo canadense, juntamente com seu departamento de imigração, já tenham tomado medidas para atrair e reter mais imigrantes no país neste ano e nos próximos dois anos (veja o plano plurianual divulgado pelo Immigration, Refugees and Citizienship Canada – IRCC – que pretende trazer um milhão de estrangeiros ao país clicando neste link). Ele teme que o número de imigrantes, principalmente nos municípios menores, não seja suficiente para suprir a necessidade do mercado de trabalho.
Em entrevista, o economista afirmou que muitas destas empresas terão que redirecionar e mudar a maneira como buscam e atraem novos talentos. “O problema da falta de trabalhadores não é temporário. Então além das medidas já tomadas pelo governo, os empresários devem posicionar melhor suas companhias. A maioria dos candidatos faz uma escolha quando busca uma oportunidade, então no caso das pequenas e médias empresas é mais complicado contratar e reter um bom colaborador, se ela não estiver com a marca bem posicionada e não souber como atingir seu público”, aconselha. Ele também destaca a importância das mídias sociais para o recrutamento de funcionários.
Em contrapartida aos 39% de empresas entrevistadas que precisam de trabalhadores, somente 24% delas estão fazendo algum investimento para melhorar sua imagem. Para Cleroux isto é um dado que precisa ser revertido para que as companhias não sofram ainda mais com a escassez de funcionários. Dos mesmos entrevistados, 35% disseram que para tentar driblar a falta de mão-de-obra estavam mudando suas políticas de remuneração, 40% afirmaram que contrataram pessoas mais jovens e 43% disseram que chegaram a diminuir as qualificações exigidas para conseguir preencher a vaga.
Os empresários também citaram outras estratégias: 33% deles estão tentando fazer com que os aposentados voltem a trabalhar, 22% procuram as agências de emprego para terceirizar a tarefa de encontrar um colaborador e 18% desenvolvem estratégias específicas para recrutar imigrantes. A automação também têm sido uma saída para vários negócios.
*Recentemente publicamos um artigo falando do aumento de 37% de vagas de emprego em Quebec. Clique aqui e confira.
Medidas governamentais
O governo canadense, para tentar suprir a demanda por mão-de-obra, divulgou no final de 2017 os objetivos relacionados à imigração para este ano e os próximos dois anos. Eles estão aumentando o número de imigrantes para cerca de 340 mil por ano até 2020, o que nos leva a quantia de 1 milhão de novos moradores. A provisão para 2018 é de 310 mil, enquanto em 2019 o número aumentará para 330 mil, chegando a meta de 340 mil em 2020.
Segundo o governo, estes são os níveis mais ambiciosos de imigração da história recente. Ahmed Hussen, ministro da imigração canadense, declarou que serão criados novos sistemas e incentivos para receber os recém chegados. “Trazer um recém-chegado para o Canadá é metade do trabalho. Temos de ter a certeza que são dadas a estas pessoas as ferramentas necessárias para serem bem-sucedidas”, afirma. Os valores divulgados vão representar 1% da população nacional o que, segundo o Ministro, será fundamental para que o país continue tendo uma economia competitiva.
As razões da busca por novos moradores é a crescente falta de mão de obra e a baixa taxa de natalidade. Em 2016 a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elegeu a região da América do Norte como uma das cinco melhores do mundo para se viver. Além disso, outro motivo é a idade da sua população. A The World Factbook, com pesquisa e dados de 2015, estimou a idade média de homens canadenses em 41,6 anos, enquanto a de mulheres é de 43,1 anos. Para se ter ideia de como este número é alto, no Brasil a quantidade de anos da maioria da população fica em cerca de 31,2, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Outro dado importante é que a quantidade de pessoas com mais de 65 anos no Canadá é de 18% da população total, enquanto as crianças entre 0 e 14 anos somam somente 15,5%. O país é o segundo maior do mundo, um padrão de vida considerado acima da média, uma grande quantidade de recursos da natureza, belas cidades mas, em contrapartida, falta gente. Para se ter uma ideia, segundo o Statistics Canada, no território inteiro vivem cerca de 3,5 pessoas por quilômetro quadrado. Nos EUA vivem 29,1 no mesmo espaço e no Japão, 334 habitantes ocupam a área.
Fonte: https://montreal.ctvnews.ca/in-canada-labour-shortage-is-the-new-normal-study-1.4080443.
Fabíola Cottet
Uma recente pesquisa divulgada e elaborada pelo CBRE Group Inc., o 2018 Score Tech Talent Report, revelou dados animadores para quem é do ramo de tecnologia e pretende se mudar para Toronto: a cidade liderou, no Canadá e nos Estados Unidos, no que diz respeito ao número de empregos criados no setor tech entre 2012 e 2017. Ela superou, inclusive, os tradicionais polos de tecnologia como a área da baía de San Francisco famosa no ramo, o Vale do Silício.
Mais de 82 mil empregos na área tecnológica foram criados em Toronto no período de cinco anos (2012 a 2017), superando em cerca de 4,3 mil posições o Vale do Silício, durante o mesmo tempo. Somente em 2017, foram 28,9 mil novas vagas, o que significa um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior. Esta porcentagem levou a cidade canadense ao posto de mercado de tecnologia com o crescimento mais rápido na América do Norte pelo segundo ano consecutivo.
No score geral, Toronto ficou em quarto lugar entre as 50 cidades norte-americanas que constituem o 2018 Score Tech Talent Report. O Tech Talent Scorecard é determinado por 13 métricas exclusivas, que incluem o fornecimento de talentos em tecnologia, crescimento, concentração, custos, conclusão de cursos dos colaboradores, perspectivas da indústria para o aumento de vagas na área e também as probabilidades de crescimento nos escritórios.
O diretor executo da CBRE Canadá, Paul Morassutti, ressaltou que Toronto acrescentou mais empregos no setor de tecnologia no ano passado do que a área da baía de San Francisco, Seattle, e Washington DC. A colocação geral de quarto lugar no ranking também entrou para a história: é a primeira vez que uma cidade canadense fica entre os cinco primeiros colocados.
Toronto também ficou em primeiro lugar em termos de “brain gain”, que é o número de empregos criados na área menos a quantidade de pessoas que concluíram um curso de tecnologia na cidade. A cidade registrou, no período de cinco anos da pesquisa, um ganho de 55.025, superando os números de San Francisco, 46.529 da Bay Area.
*Confira a busca do país por profissionais de tecnologia da informação clicando aqui.
Em uma pesquisa recente conduzida pelo MaRS Discovery District de Toronto, 45% das empresas de tecnologia que responderam relataram contratar candidatos estrangeiros em 2017. Além disso, 53% tiveram um grande aumento de aplicantes de fora do Canadá em 2017 com relação ao ano anterior.
O crédito ao crescimento de aplicações e contratação de estrangeiros é atribuído, pelas próprias empresas, ao programa canadense Global Talent Stream, que foi lançado em junho de 2017, que monitora, processa e aprova rapidamente o processo de aprovação de visto para trabalhadores estrangeiros qualificados que atendem à necessidades específicas de emprego.
Ottawa lidera categoria de talentos
A cidade de Ottawa, capital nacional do Canadá, ficou em 13o lugar, porém ocupou o primeiro lugar na categoria “Momentum Market”, que observa o mercado de talentos tecnológicos, mostrando o rápido crescimento da América do Norte. Para se ter uma ideia, o crescimento do emprego na área tecnológica em Ottawa foi 3,5% maior do que em Los Angeles. A cidade teve cerca de 15% de aumento de ocupações em 2016 e 2017, enquanto a estadunidense 11,5%.
O relatório da CBRE mostra que Ottawa possui, em seu território, mais de 1,7 mil empresas de tecnologia e emprega mais de 70 mil profissionais da área. O número representa 11,2% do total de empregos de toda a cidade. Além disso, a pesquisa revela que a concentração de talentos do ramo tech na região do True North é mais de três vezes o valor da média nacional dos EUA.
Um dos motivos, segundo os empresários que coordenam os estudos, é o alto dólar americano, que encoraja cada vez mais as empresas a procurar alternativas e, com isso, começarem a operar no Canadá. Outra razão é que a mão-de-obra qualificada é mais em conta do que nos EUA.
Imigrar como profissional de TI
Quem tem o sonho de sair do Brasil em busca de uma vida melhor em terras canadenses e começa o plano Canadá, com certeza já se deparou com a informação de que os profissionais de TI ou tecnologia da informação (TI na sigla em português e Information Technology – IT – em inglês) são altamente requisitados no país e possuem grandes chances de imigrar se aliarem a experiência profissional com o domínio de uma das duas línguas oficias do país: inglês ou francês.
Em fevereiro deste ano a Randstad Canada divulgou uma lista com as 10 profissões que são e vão continuar sendo as mais requisitadas no território ao longo deste ano (clique aqui e confira a lista completa no artigo que escrevemos a respeito). Entre elas, estão analistas de negócios, engenheiros de software e gerente de projetos de TI.
O mesmo estudo também revelou que somente o setor de tecnologia da informação emprega 488 mil profissionais no país, sendo que, deste número, 11,5 mil novas posições foram criadas em 2017. Das novas vagas ocupadas, cinco mil foram criadas e preenchidas em Toronto. Montreal ficou com o segundo lugar, com dois mil novos trabalhadores empregados.
Se você quer dar o primeiro passo rumo à terras canadenses, não deixe de marcar uma consulta conosco. Nossos consultores de imigração irão esclarecer suas dúvidas, analisar o perfil da sua família e traçar o melhor plano para que o sonho vire realidade! Nós também prestamos assessoria durante todo o processo. Acesse www.immi-canada.com/consultoria-de-imigracao-para-canada/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.
Fonte: https://www.cbre.com/research-and-reports/Scoring-Tech-Talent-in-North-America-2018.
Fabíola Cottet
O governo do True North anunciou a criação de um programa chamado Employing Newcomers in Canadian Hotels Pilot Program, com a intenção de conectar, adaptar e empregar recém-chegados na indústria hoteleira do Canadá, em hotéis canadenses, ao mesmo tempo que tenta apoiar os imigrantes no aprendizado e desenvolvimento da língua nativa e integração com o país.
Segundo dados do Statistics Canada, somente o turismo respondeu por US$ 41,2 bilhões de dólares americanos do Produto Interno Bruto (PIB) do local em 2017. Porém, uma grande dificuldade do setor hoteleiro é atrair e reter uma quantidade suficiente de funcionários para atender à demanda. O projeto criado pelo governo quer, a longo prazo, neutralizar este problema.
A presidente da Hotel Association of Canada (HAC), Susie Grynol, declarou que eles estão otimistas com a iniciativa. “A HAC, juntamente com a Tourism HR Canada, está aplaudindo a atitude do governo federal, juntamente com o ministro da imigração”, comemorou. O projeto piloto foi anunciado no dia 20 de junho deste ano, Dia Mundial do Refugiado, em uma tentativa de chamar a atenção para as centenas de imigrantes legais que procuram emprego no território canadense.
Ela ainda afirmou que a indústria do turismo do país é perfeita para abrigar parte destas pessoas, pois existem vários empregos disponíveis. “A popularidade do Canadá como destino turístico só está crescendo e, a cada ano que passa, mais e mais turistas desembarcam no país para visitar as atrações e belezas naturais. As companhias, principalmente durante os períodos sazonais, têm pouco pessoal, o que acaba não suprindo toda a nossa demanda”.
A intenção do Immigration, Refugees and Citizienship Canada (IRCC) é que o programa comece a ser aplicado ainda este ano em alguns centros urbanos e depois se espalhe para diferentes comunidades. Além disso, o IRCC irá fornecer a Tourism HR Canada cerca de US$ 7 milhões de dólares para executar o projeto piloto de três anos, juntamente com a HAC. Cerca de 1,3 mil recém chegados serão beneficiados nesta primeira fase, sendo auxiliados a ganhar experiência profissional, melhorando o inglês ou francês por meio do aprendizado informal, além de complementação formal com treinamento no idioma.
O foco, a princípio, está em empregar os newcomers em cinco regiões: Províncias do Atlântico (New Brunswick, Prince Edward Island, Nova Scotia e Newfoundland e Labrador), Sul de Ontario, Saskatchewan (Regina e Saskatoon), Sul de Alberta (Banff e Lake Louise) e Yukon.
*Clique aqui e também neste link para acompanhar o crescimento das vagas de emprego no Canadá.
Segundo dados, mais de 10% das vagas da indústria de turismo ficam vazias por falta de mão de obra. As projeções e números demonstram que a demanda por trabalhadores excede e vai continuar excedendo a oferta para a maioria das ocupações no setor de acomodações, desde cargos de linha de frente até posições como supervisores e gerentes.
Susie ainda ressaltou as vantagens de se trabalhar no ramo hoteleiro. “Além dos empregos e vagas disponíveis, a indústria hoteleira é um trampolim para construir uma carreira completa e gratificante. Os hotéis oferecem uma boa variedade de cargos, mobilidade ascendente, treinamento e investimento em pessoal. O funcionário de um hotel melhora rapidamente as habilidades linguísticas e de serviço ao cliente, além de aprender nuances culturais”, acredita a presidente.
*Confira a lista das profissões mais requisitadas deste ano no Canadá clicando aqui.
Mercado de trabalho
Segundo dados divulgados pelo Statistics Canada, em seu relatório anual de análise de empregos no Canadá (Annual Labour Market Review), o aumento do número de postos de trabalho no ano passo no país é o maior contabilizado na última década. Os setores que mais impulsionaram este crescimento, segundo a análise feita pelo órgão, foram o de tecnologia e saúde.
As posições de trabalho aumentaram em todos os setores. Sendo que, em 2017, cerca de 337 mil novas oportunidades foram criadas, o que significa a mais alta taxa e o mais rápido salto desde 2007. E outra boa notícia: os postos contabilizados são todos de trabalho permanente, ou seja, não incluem vagas temporárias e, a maior parte deles, cerca de 281 mil vagas, são trabalhos full time, o que significa que o colaborador exerce suas atividades em período integral na empresa.
O país também registrou o maior declínio na taxa de desemprego desde o ano 2000, chegando a menor taxa desde o mesmo ano, representando um percentual de 0,7%, alcançando 6,3%. E as boas notícias não param: a taxa de desemprego para os imigrantes caiu, sendo que o aumento de novas posições para os não canadenses foi de 2,7% em 2017, representando o mais rápido e significativo crescimento desde 2006. Também no mesmo período a taxa de desemprego dos imigrantes caiu 0,8%, ficando em 6,7%.
Outras constatações importantes a partir da análise feita são que os ganhos médios semanais aumentaram em quase todas as províncias, mas com rendimentos maiores que a média nacional em Quebec, British Columbia, Manitoba e Saskatchewan. Além disso, as pessoas com mais de 55 anos e economicamente ativas, ou seja, empregadas, também registrou alta no último ano, sendo que 141 mil novas vagas foram ocupadas por esta faixa etária.
Se levarmos em consideração os empregos temporários, os dados revelam que eles aumentaram ainda mais rápido do que os permanentes (5,3% comparados a 1,4%). Esta disparidade é uma tendência observada nos números desde 1997. Por fim, em 2017, 5,6% das pessoas empregadas possuíam mais de um emprego.
Fontes:
https://globalnews.ca/news/4286544/program-immigrants-canadian-hotels/.
*O governo canadense ainda não divulgou detalhes, início e modelo de aplicações para o Employing Newcomers in Canadian Hotels Pilot Program. Assim que mais informações forem reveladas, divulgaremos por aqui.
Fabíola Cottet
A província francófona de Quebec, no Canadá, ultrapassou as demais regiões canadenses apresentando um crescimento de 37% de novas vagas de emprego somente no primeiro trimestre de 2018. Além disso, recentemente o governo provincial anunciou que irá reformular o sistema de imigração local com o intuito de suprir a falta de mão de obra (clique aqui e confira o artigo que fizemos recentemente sobre as mudanças nos Provincial Nominee Programs – PNPs).
Segundo o Statistics Canada o país possuía 462 mil novas vagas de emprego nos primeiros três meses deste ano, sendo que Quebec relatou o maior aumento de vagas dentre todas as províncias canadenses. O território teve 25 mil novas posições, quando comparado ao mesmo período de 2017, o que resulta nos 37% de crescimento do número de oportunidades.
A análise do órgão mostra os trabalhos aumentando na maioria das províncias e em todos os setores, quando comparados com o ano passado. Oito regiões e três territórios canadenses (veja o gráfico abaixo) tiveram um crescimento de oportunidades, porém Quebec lidera o salto, seguida por British Columbia, Ontario, Alberta e Manitoba.
Ademais, a região de falantes da língua francesa vem mostrando um crescimento de novos postos de trabalho por sete anos consecutivos, segundo o estudo feito pela divisão governamental. As vagas nos setores industriais, de manufatura, alimentação e serviços de alimentação são as que demonstraram maior progresso com o passar dos anos. Montreal foi a cidade que teve o maior aumento da província nos meses de janeiro a março, registrando 8,7 mil novas vagas. A província também teve queda na taxa de desemprego, passando de 6,2% no primeiro trimestre de 2017 para 5,5% no mesmo espaço de tempo deste ano.
O governo da província francófona estimou que cerca de um milhão de novas oportunidades de trabalho surgirão até 2024, relatando que a imigração tem papel fundamental para preencher esta lacuna de envelhecimento da população e falta de mão de obra qualificada. Por isso a reformulação no sistema de imigração se faz necessária, incluindo uma nova Expression of Interest System. O território irá divulgar mais detalhes do novo sistema, incluindo exigências e funcionamento, em breve.
Outras províncias
A região de British Columbia também registrou um grande aumento no número de vagas de emprego nos três primeiros meses do ano, com 24 mil novas oportunidades, significando um salto de 36% em relação a 2017. O Statistics Canada revelou que 19 dos 20 setores industriais da província tiveram crescimento da demanda de trabalhadores, com as oportunidades mais concentradas em Vancouver e região. Vendedores, setor de serviços em geral, comerciantes e operadores de equipamentos estão no topo da lista de maior procura.
Já em Ontario, território mais populoso do país, o crescimento também foi significativo, sendo que 9,8 mil novos postos de trabalho foram abertos no início deste ano, representando um salto de 5,7% quando comparamos com os mesmos meses do ano passado. Mais de 40% das novas oportunidades, um total de 4,2 mil, estavam no setor industrial de transporte e armazenagem. Enquanto isso, a área de assistência médica e social prosperou com 2,4 mil novos postos. Em contrapartida, em BC e Quebec o crescimento ficou mais concentrado nas maiores cidades, em Ontario a região de Ottawa e Kitchener-Waterloo-Barrie lideraram o ranking.
Alberta também acompanhou a ascensão canadense, com 7,5 mil novos empregos no primeiro trimestre de 2018, representando 18,5% a mais do que em 2017. Os setores de assistência médica e social, industrial, mineração, pedreiras, extração de petróleo e gás, além dos serviços administrativos encabeçaram a lista dos que mais abriram novas vagas de emprego no intervalo de tempo.
Manitoba, seguindo as demais províncias, teve 2,8 mil novas oportunidades, crescendo 26,4% comparado ao ano anterior. A maior parte das necessidades por novos profissionais ficou no ramo da assistência médica e social.
Setores
O estudo e os dados do Statistics Canada demonstraram que nove dos 10 maiores setores industriais do país tiveram um grande salto da necessidade de novos trabalhadores. Citando a área de assistência médica e social, percebemos 11 mil novos postos de trabalho, representando um pulo de 27,3% com relação ao mesmo período de 2017. A pesquisa também registrou que o crescimento se deu em todas as quatro subcategorias: serviços ambulatoriais, emergenciais, enfermagem e cuidadores de portadores de necessidades especiais nas residências.
Os setores de transporte e armazenagem experimentaram um crescimento de 46%, com 9,3 mil vagas abertas nos primeiros três meses deste ano. Já na área de manufaturas, o boom foi de 23% a mais que 2017, com 7,8 mil novas oportunidades, especialmente nas subáreas de equipamentos de transporte, metalúrgica, mecânica e produção de alimentos.
*Saiba mais sobre como conseguir um emprego no Canadá, processos de imigração e números de estrangeiros no país acessando os links abaixo:
- Novo relatório quer mais imigrantes no Canadá.
Fonte, gráfico e tabela: Statistics Canada.
Fabíola Cottet
Quem tem o sonho de sair do Brasil em busca de uma vida melhor em terras canadenses e começa o plano Canadá, com certeza já se deparou com a informação de que os profissionais de TI ou tecnologia da informação (TI na sigla em português e Information Technology – IT – em inglês) são altamente requisitados no país e possuem grandes chances de imigrar se aliarem a experiência profissional com o domínio de uma das duas línguas oficias do país: inglês ou francês.
Em fevereiro deste ano a Randstad Canada divulgou uma lista com as 10 profissões que são e vão continuar sendo as mais requisitadas no território ao longo deste ano (clique aqui e confira a lista completa no artigo que escrevemos a respeito). Entre elas, estão analistas de negócios, engenheiros de software e gerente de projetos de TI.
O mesmo estudo também revelou que somente o setor de tecnologia da informação emprega 488 mil profissionais no país, sendo que, deste número, 11,5 mil novas posições foram criadas em 2017. Das novas vagas ocupadas, cinco mil foram criadas e preenchidas em Toronto. Montreal ficou com o segundo lugar, com dois mil novos trabalhadores empregados.
Experiência e oportunidades
O analista de sistemas Fabiano* está no Canadá, na cidade de Toronto, há dois anos e meio. No início, ele explica que a esposa veio para fazer um college e ele recebeu o Open Work Permit (OWP). Ele conta que levou um mês e quinze dias para encontrar o trabalho na área. “Consegui de fato após um mês e 15 dias, pois considero o dia que recebi a proposta de trabalho mesmo, sendo que desse tempo, os primeiros 30 dias foram de teste, sem receber, proposto pelo diretor da empresa. Após exatamente um mês e tendo ido bem no período de teste, recebi a proposta para a full-time position. Mas se for considerar período de busca por emprego, foram 15 dias”, relata o profissional.
Sobre o processo de contratação, o analista explica que fez uma pré-entrevista com o diretor por telefone, depois uma entrevista presencial com outro profissional da empresa e um teste técnico. “Não fui bem neste teste pois eu estava já há alguns meses sem trabalhar. Mas após o exame, o diretor veio conversar comigo, dizendo que havia gostado do meu perfil e perguntou se eu estava disposto a fazer o período de trial de um mês”. Fabiano conta que aceitou a proposta e após exatamente trinta dias foi chamado para uma nova conversa onde recebeu a proposta de um emprego full-time na companhia.
Sobre as dificuldades para se adaptar ao ambiente, ele conta que “a minha maior dificuldade foi técnica, pois estava acostumado a trabalhar com uma determinada linguagem de programação (C#) e o sistema que eu passei o trabalhar era escrito em uma outra linguagem (vb.net), elas possuem muitas similaridades mas foi um tempo que eu ia e voltava para o trabalho assistindo vídeo aulas, estudando em casa e até lendo livro para conseguir me adaptar ao que me era exigido pro trabalho. Foi um período bem tenso, pois eu sentia que fora me dada uma baita oportunidade e eu não poderia deixar a mesma escapar pelos meus dedos. Estudei muito e consegui entregar os resultados esperados”, comemora.
Para ele, o modo de trabalho também é diferente do que estava acostumado no Brasil, pois a equipe é pequena. “Os colegas de trabalho que eu tenho, ao meu ver, possuem uma visão individualizada de trabalho e é mais difícil a comunicação, já eu penso muito mais como equipe, onde um ajuda o outro e tudo mundo fica bem. Então esse choque de estilos também dificultou um pouco a adaptação”, conta o profissional de TI.
Ele enxerga o mercado de tecnologia da informação com bons olhos no Canadá, baseado em suas experiências e vivência. Afirmando que existe muita procura e diversas vagas, pois as empresas possuem dificuldades para encontrar o colaborador ideal. “Ora o candidato não é qualificado o bastante, e em outros momentos ele é, mas não quer trabalhar em determinada região, e ainda por vezes o tipo de trabalho a ser executado não vai de encontro com as expectativas do funcionário, não acontecendo o match entre o empregador e o empregado”, relata Fabiano. Ele ainda afirma que, para quem está buscando o primeiro emprego na área no país, ajustes por parte do candidato sempre são necessários, pois dar os primeiros passos e adquirir experiência para quem não possui residência permanente exige adaptação.
Sobre os planos para o futuro, o brasileiro está otimista. “Acredito que com uma experiência canadense maior, me serão abertas portas para trabalhar em lugares maiores, com equipes e projetos maiores. No Brasil, eu exercia uma posição de liderança técnica. Provavelmente num futuro não muito distante eu deva caminhar para o mesmo lado. Uma vez que na área de IT você nunca para de estudar, continuo me especializando nas novas tecnologias pra não limitar minhas possibilidades futuras”, ressalta o analista de sistemas.
Visto para profissionais de TI em dez dias
Sim, você leu direito. Recentemente e Bloomberg divulgou uma notícia (clique aqui e veja a matéria), onde um brasileiro, que cumpria as qualificações para a vaga ofertada pela empresa ThinkData Works Inc., foi contratado e o processo de visto levou menos de 10 dias úteis.
A empresa, que possui sede em Toronto, é uma grande companhia de processamento de dados, contratou um engenheiro de software do Brasil, através do programa rápido de vistos. Segundo a matéria da agência de notícias, o diretor do negócio, Bryan Smith, declarou que o processamento do visto levou menos tempo do que o prazo de 10 dias úteis, estipulado pelo governo canadense. E a notícia é ainda melhor, pois o trabalhador brasileiro se junta ao número de dois mil profissionais já contratados por meio desta categoria, entre os meses de junho e setembro deste ano. Ahmed Hussein, ministro da imigração do Canadá, declarou que a criação deste programa veio de uma necessidade dos empresários, que não tinham profissionais suficientes para suprir a mão de obra e precisavam disso com urgência. Ele ainda ressaltou que a categoria está sendo mais bem sucedida do que previam.
Destes dois mil novos empregados, quase a metade são de origem indiana, 988, para sermos exatos (veja o gráfico abaixo). O segundo lugar fica com a China, o terceiro com a França e, na quarta posição, temos o Brasil, que já tem 75 profissionais de TI no Canadá por meio do programa.
*Para mais informações a respeito desta categoria de visto acesse https://www.immi-canada.com/profissionais-de-ti-visto-de-trabalho/.
*O nome foi modificado por opção do entrevistado.
Fabíola Cottet
O Canadá anunciou neste mês, por meio da consultoria Randstad, a lista de profissões requisitadas no país para o ano de 2018. O sonho de muitos brasileiros perante a atual situação política e econômica do país, é imigrar. Um dos destinos mais procurados, sem sobra de dúvidas, é o Canadá e não é para menos. Segundo o Statistics Canada o desemprego no país caiu para 5,7% em dezembro do ano passado, sendo que este é a menor taxa em 40 anos e as expectativas são boas, pois este ano a economia só tende a crescer.
Entre as profissões estão analista de negócios, engenheiros de software e gerente de projetos de TI. A consultoria de recursos humanos global divulga esta lista anualmente, baseada em análise de mercado, oportunidades de emprego, colocações de trabalho, salários e outros dados compilados e analisados, resultando nas profissões com mais demanda. Como já é de conhecimento, as profissões ligadas a tecnologia da informação (TI), são citadas na lista (saiba como imigrar para o país por meio destas profissões clicando aqui e também acessando este link www.immi-canada.com/toronto-e-melhor-cidade-para-profissionais-de-tecnologia/).
E estudo também revela que o setor de TI emprega cerca de 488 mil profissionais no país, sendo que deste número, 11,5 mil novas ocupações foram criadas somente no ano passado. Destas novas posições, cinco mil delas foram abertas em Toronto e Montreal fica em segundo lugar, com dois mil novos trabalhadores empregados. Mas calma, a lista não é composta só por especialistas em tecnologia da informação. Veja abaixo o top 10 para este ano.
10 – Operador de empilhadeira
A décima posição do ranking é ocupada pela profissão de forklift operator, ou operador de empilhadeira. O crescimento destes postos de trabalho é atribuído ao aumento do comércio eletrônico, que gerou um movimento maior nos estoques, armazéns e centros de atendimentos das empresas que vendem seus produtos online. Ainda de acordo com a consultoria Randstad, diversos empregadores chegam a patrocinar o treinamento do profissional para exercer a função, mediante ao compromisso do empregado com a companhia. A média salarial da profissão varia de acordo com cada província e empresa, mas ela fica entre $16 e $20 dólares canadenses (CAD) pagos por hora trabalhada.
9 – Engenheiro de software
Aqui está a primeira profissão da área de TI da lista. Para ter uma ideia de como a ocupação é requisitada, a pesquisa revela que neste ano as vagas serão regidas pelos candidatos, ou seja, o profissional poderá escolher em qual empresa quer trabalhar, devido a alta procura. O motivo é simples: toda empresa requer um software, por mais simples que ele seja. Os programas de computador estão presentes em todos os lugares, não somente nas telas, mas também em equipamentos médicos, carros, cozinha, beleza, dentre muitos outros. É importante ressaltar que estas vagas exigem formação, que pode ser um diploma ou curso técnico. A média salarial por ano fica entre $83 e $100 mil CAD para níveis médios.
8 – Gerente de contas
O account manager, ou gerente de contas, ocupa a oitava posição da lista. É um nome um pouco vago para os brasileiros, mas eles são uma espécie de representante de vendas de alto nível. As empresas geralmente exigem um diploma, ao contrário do que acontece no cargo de representante de vendas. O profissional é responsável por uma série de coisas, incluindo o relacionamento dos clientes com a empresa, gestão da equipe e estratégias para melhorar as vendas da companhia. O salário anual é entre $72 e $92 mil CAD.
7 – Gerente de projetos de TI
Como já mencionamos, a área é uma das mais requisitadas no país, tanto para imigração quanto dentre os canadenses. Por isso as profissões ligadas a TI aparecem sempre no topo do ranking quando se trata de imigração, geralmente também pagam bons salários. Neste caso, o profissional não deve ser somente da tecnologia, mas ele deve ter a capacidade de gerenciar, elaborar relatórios, desenvolver novos projetos, além de lidar com pessoas. A média salarial da profissão não decepciona, ficando entre $92 e $115 mil CAD por ano.
6 – Representante de serviços ao cliente
Esta profissão é o customer service representative, ou o serviço de atendimento ao cliente, que vai desde tele atendimento até visitas pessoais, passando pelo pós-venda. Caso o candidato tenha experiência ou saiba lidar com programas de Customer Relationship Management (CRM), está um passo a frente dos outros que não tem conhecimento, segundo a consultoria Randstad. O motivo da procura por profissionais do setor é o aumento do consumo, resultando em mais relacionamento com os compradores. A média salarial varia entre $37 e $45 mil dólares canadenses por ano.
5 – Analista de negócios
O business analyst, ou analista de negócios, também é algo um pouco vago para os brasileiros. Segundo a Randstad, este é o profissional que faz com que os colaboradores e a empresa usa da melhor maneira os seus recursos. Caso o trabalhador tenha algum conhecimento em tecnologia, estará a frente dos demais candidatos. Portanto, diversas empresas procuram analistas de negócios com experiência ou conhecimento em tecnologia a informação. O colaborador com esta função ganha entre $73 e $87 mil CAD anuais.
4 – Gerente de projetos de engenharia
Os engineering project manager são os especialistas responsáveis pela construção e gerenciamento de pessoas. A demanda por estes trabalhadores se dá devido ao crescimento da de projetos relacionados a infraestrutura e também ao aumento de construções no mercado imobiliário. Os profissionais precisam de diploma e experiência para trabalhar na função. A mádia salarial anual oscila entre $74 e $92 mil CAD.
3 – Contador
Sim, a profissão de contador é muito requisitada no Canadá! Além de um mercado financeiro seguro e saudável, todas as empresas necessitam de um profissional da contabilidade para se manter no mercado. O que se espera deles, em solo canadense, vai além das habilidades de um contador. Geralmente as empresas procuram por candidatos que saibam analisar dados e números por meio das plataformas digitais. Para o nível intermediário de profissionais, que são os mais procurados no momento, o pagamento anual fica em cerca de $63 a $78 mil CAD anuais.
2 – Representante de vendas
Aí esta outro resultado do crescimento da economia canadense. Com o mercado aquecido, a profissão é cada vez mais procurada, pois as empresas precisam vender seus produtos ou serviços, então cada vez mais este trabalho está sendo valorizado. Para exercer a profissão não é necessário ter diploma, mas sim experiência na função. O salário para os iniciantes varia entre $52 e $62 mil CAD por ano.
1 - Trabalhador geral
Sim, isso soa muito estranho, mas o general labourer no True North é altamente requisitado. Ele inclui uma série de atividades, principalmente nas posições em linha de produção e logística. As funções podem variar de auxiliar geral em uma fábrica, por exemplo, até ser responsáveis pela logística e entrega de produtos no setor. Também não é exigido diploma, somente experiência na função. Aqui o salário médio é por hora e varia entre cerca de $16 e $20 dólares canadenses.
Fontes:
Fabíola Cottet
Embora o mercado cinematográfico ainda seja pouco expressivo no Brasil, se compararmos com países como Estados Unidos, por exemplo, no Canadá a área vem ganhando cada vez mais destaque com o passar dos anos. Prova disso é que diversos filmes e seriados são produzidos e filmados em terras canadenses, como Supernatural, Once Upon a Time, Reign, Orphan Black, Bates Motel, Suits, Fifth Shades of Gray, Juno, Godzilla, Men of Steel, dentre muitos outros.
O motivo, além de profissionais qualificados e uma boa infraestrutura, é o custo reduzido se comparado a Hollywood e a facilidade que as maiores cidades canadenses, como Vancouver, Montreal e Toronto, tem quando precisam se passar por Nova York ou Los Angeles, por exemplo. Somente pelas produções nestas três cidades, o Canadá ficou conhecido como a Hollywood North.
Vancouver é o grande pólo e é responsável por 60% de toda a produção canadense, empregando cerca de 36 mil pessoas e injetando 2 bilhões de dólares na economia. Erika Thoen está no Canadá há um ano e seis meses, na cidade de Toronto, e está em seu segundo curso na área. Ela concluiu o programa Advanced TV and Film: Script to Screen e no momento cursa TV and Filme Business, ambos na Centennial College.
Erika conta que ainda não está trabalhando de fato na área, devido aos horários do curso, mas tem feito vários trabalhos voluntários em set de gravações de estudantes e em festivais de cinema. Durante o primeiro curso, ela também prestou serviços para a universidade, na sala de equipamentos.
“Posso dizer que tudo é diferente mas me adaptei muito fácil. É demais ver como as pessoas respeitam nosso espaço, são educadas e o feedback é constante. Uma coisa que estranhei é a maneira de passar as tarefas. Eles ensinam uma vez e pronto, ai temos que nos virar. Mas o mais maravilhoso é ser elogiado sempre. Mesmo antes de uma crítica vem um elogio. Isso faz a gente querer acertar sempre e melhorar também, eu acho. Outra coisa é a educação e o respeito. Todos sempre muito educados quando se pede uma coisa ou quando vai dar um feedback. E por fim, e o mais importante, é o assédio que sofria quase diariamente no Brasil. Na rua, no trabalho, assédio moral e sexual. Aqui isso é levado muito a sério e com todos esses escândalos de Hollywood, as mulheres na indústria canadense estão se unindo ainda mais e as oportunidades estão se abrindo como nunca”, conta ela.
Para o futuro, Erika pretende trabalhar em sets de gravação e em festivais de cinema. Com relação ao mercado, ela é otimista. “A indústria de cinema aqui no Canadá está crescendo muito. Vejo muitas ofertas de vagas em sites e páginas do Facebook. Com o anúncio do investimento da Netflix no mercado cinematográfico canadense, acredito que as ofertas só aumentem. E sempre tem as produções americanas vindo filmar por aqui também”, comemora a profissional.
Dificuldades gerais do mercado de trabalho
O que se deve levar em consideração, quando se pesquisa a imigração para o Canadá, é a área de atuação do candidato e o mercado de trabalho. Conseguir um bom emprego não é tarefa fácil mesmo no Brasil. Quando estamos em um país desconhecido nosso, com outra cultura, outras empresas, uma nova língua e diferentes costumes, estas dificuldades são maiores, pois não é somente o trabalho, e sim todo o cenário que envolve.
O censo de 2016, divulgado pelo Statistics Canada, revelou que há 5,9 milhões de pessoas com mais de 65 anos no país, superando o contingente de crianças e jovens de 0 a 14 anos, que são 5,8 milhões. E a tendência é que a situação se intensifique. Esse é um dos principais motivos da busca canadense por profissionais qualificados em diversas áreas, porém não se engane, o caminho exige muita pesquisa, fluência na língua (inglês ou francês), qualificações e recursos financeiros.
Chegando no país os brasileiros são desconhecidos e não possuem um histórico canadense, tanto na questão financeira como na profissional. O que geralmente ocorre é que a busca por um emprego na área pode ser mais demorada do que o candidato imagina e, por vezes, a vaga não será no mesmo nível hierárquico.
Porém, para Erika, não existem grandes barreiras. “Não vejo nenhum tipo de dificuldade para os imigrantes, pelo contrário, aqui a recepção é maravilhosa! Ninguém te julga ou te corrige se fala um pouco errado ou com sotaque. Se tiver vontade de trabalhar nunca vai faltar vaga. Aqui, assim como no Brasil, pra trabalhar na indústria, tem que conhecer pessoas para poder ser indicado para projetos. Não é vergonha dizer que arrumou trabalho por indicação porque é assim mesmo que funciona”, relata a imigrante, que trabalhava como continuísta em uma grande emissora brasileira antes de ir para o Canadá.
No campo cinematográfico, ela explica que “para trabalhar na indústria tem que entrar para os sindicatos especializados. Aqui as Unions (como eles chamam) são muito fortes e ajudam na construção da carreira. Mas para conseguir entrar para o sindicato, tem que ser canadense ou ter a residência permanente. Enquanto só tivermos a permissão de trabalho, podemos trabalhar em projetos que não são sindicalizados. A diferença é que o valor recebido pelo trabalho, nestes casos, é menor. Sugiro que os interessados comecem a trabalhar como voluntário em curtas de estudantes para fazer contatos. A partir daí com certeza trabalhos pagos vão aparecer”, conclui Erika.
Confira informações sobre o Festival de Cinema Brasileiro em Toronto neste link www.immi-canada.com/10-anos-de-festival-de-cinema-brasileiro-em-toronto/.
Imigrando como um profissional da área: www.immi-canada.com/19747-2/.
Fabíola Cottet
Você é um profissional qualificado da área de Tecnologia da Informação (TI) e quer imigrar para o Canadá? Então fique atento, pois o país vêm, desde junho de 2017, facilitando a entrada de profissionais de TI para suprir a alta demanda local. Prova disso é a notícia divulgada pela Bloomberg recentemente, (clique aqui para ver a matéria completa), onde um brasileiro, que cumpria as qualificações da vaga ofertada pela empresa ThinkData Works Inc., foi contratado e o processo todo de visto levou menos de 10 dias úteis.
Com este artigo estamos também entrando em uma área pouco abordada quando falamos em imigração, que é a dos trabalhadores que já saem do país de origem com emprego garantido no Canadá, o que é o sonho e o mundo ideal de todos que querem imigrar. Porém, como também já abordamos, as chances de isso acontecer são bem menores do que quando você está em solo canadense. No entanto, este programa rápido de vistos e os dados do governo canadense não mentem: não é impossível conseguir um emprego no Canadá estando ainda no Brasil, principalmente para profissionais de TI.
A empresa ThinkData Works Inc., que possui sede em Toronto é uma grande companhia de processamento de dados, contratou um engenheiro de software do Brasil, através do programa rápido de vistos. Segundo a matéria da agência de notícias, o diretor do negócio, Bryan Smith, declarou que o processamento do visto levou menos tempo do que o prazo de 10 dias úteis, estipulado pelo governo canadense.
E a notícia é ainda melhor, pois o trabalhador brasileiro se junta ao número de dois mil profissionais já contratados por meio desta categoria, entre os meses de junho e setembro deste ano. Ahmed Hussein, ministro da imigração do Canadá, declarou que a criação deste programa veio de uma necessidade dos empresários, que não tinham profissionais suficientes para suprir a mão de obra e precisavam disso com urgência. Ele ainda ressaltou que a categoria está sendo mais bem sucedida do que previam.
Destes dois mil novos empregados, quase a metade são de origem indiana, 988, para sermos exatos (veja o gráfico abaixo). O segundo lugar fica com a China, o terceiro com a França e, na quarta posição, temos o Brasil, que já tem 75 profissionais de TI no Canadá por meio do programa.
O programa
O Global Talent Stream, da categoria Temporary Foreign Worker (TFW), foi uma iniciativa do governo para diminuir o tempo de processamento do visto de trabalho para duas semanas. Este prazo inclui o visto de Open Work Permit do cônjuge e também de estudo para os filhos.
Outro ponto a se mencionar é que o candidato não paga nada. A companhia deve pagar o valor de mil dólares canadenses ao governo para cada posição que deseja contratar. Além disso, as empresas devem trabalhar em conjunto com o departamento de emprego e desenvolvimento social canadense, para elaborar o Labour Market Benefits Plan (LMBP), que nada mais é que um plano que esboça os objetivos da empresa e que a mesma se compromete em apresentar resultados positivos no mercado de trabalho interno.
As companhias também devem mostrar que tentaram buscar profissionais no mercado interno, ou seja, dentro do país. Além disso, o ambiente de trabalho deve ser igualitário e seguro, sendo que as empresas se comprometem a pagar o trabalhador de acordo com a experiência e qualificações dele, da mesma forma que pagaria a um canadense, sem redução de salário pelo fato de ser imigrante. As instituições também são fiscalizadas pelo governo após a contratação, para que o país possa se certificar de que as regras estão sendo cumpridas.
Candidatos
A área responsável pela imigração dividiu os candidatos aptos a participar do programa em duas categorias. A primeira delas é a Categoria A, que diz respeito aos parceiros do Employment and Social Development Canada (EDSC). Os candidatos devem ser indicados por estes órgãos e seus critérios para a nomeação são um conhecimento avançado da indústria, diploma e especialização na área requerida pelo empregador ou cinco anos de experiência na função. O salário para estes profissionais gira em torno de CAD $100 mil por ano ou mais. As instituições que possuem autonomia para indicação são:
A Categoria B é selecionada com base em uma lista de profissões (veja tabela abaixo), que inclui diversas áreas da tecnologia. Nesta modalidade, a empresa procura recursos de trabalhadores estrangeiros e eles devem estar enquadrados nos NOCs mencionados na figura.
Por fim, é importante ressaltar que as empresas devem se cadastrar no programa. Veja o artigo que escrevemos quando o processo foi lançado, com informações completas a respeito no link www.immi-canada.com/global-talent-stream-contratacao-de-estrangeiros-mais-simples/.
Fontes:
Fabíola Cottet
A província de Ontário é a porta de entrada no Canadá para milhares de pessoas, desde visitantes até imigrantes. Nesta região estão localizadas cidades canadenses importantes, como por exemplo, Toronto e Ottawa (a capital do país), por isso trata-se de uma parte canadense de grande importância econômica. E de lá vem também boas notícias para os seus trabalhadores: neste mês de janeiro de 2018 o salário mínimo aumentou!
Isso mesmo, com a chegada da segunda-feira, dia 1 de janeiro, veio junto a mudança do salário mínimo de Ontário de mais $ 2,10 CAD de aumento, ou seja, deixou de ser os $11,60 CAD e passou a $14,00 CAD por hora. Além deste reajuste, foi confirmado ainda que em janeiro de 2019 haverá outra mudança que irá elevar o ganho para o montante de $15,00 CAD por hora.
Este impacto será grande em vários setores, por exemplo, calcula-se que 55% de todos os empregados no segmento do varejo receberão este reajuste. De acordo com o governo local, medidas como esta tem como resultado menos rotatividade de colaboradores e o aumento de produtividade.
Entrou em vigor também uma reforma que altera e cria algumas leis trabalhistas locais, e que já passam a vigorar também este ano, antes mesmo das eleições provinciais que será no próximo mês de junho. São elas:
- Os funcionários que se mantiverem em uma mesma empresa pelo período de cinco anos ou mais terão direito a três semanas de férias, quando anteriormente o tempo era de apenas duas semanas.
- Os trabalhadores de empresas que possuem pelo menos 50 funcionários também poderão obter até 10 dias de licença em caso de alguma emergência pessoal (personal emergency), durante cada ano civil. Sendo que pelo menos dois dias por ano deverão ser pagos para aqueles que tenham trabalhado a partir de uma semana no local.
- As pessoas que precisam solicitar uma licença médica, terão o direito de ficar até 28 semanas afastadas por ano; anteriormente a lei previa o máximo de oito semanas.
- Em caso de morte infantil por qualquer causa, ou o desaparecimento de uma criança por motivos criminais, poderá ser concedido aos pais uma licença de até 104 semanas.
- Para quem sofrer uma violência doméstica ou sexual, a licença é de até 10 dias, sendo que o prazo de proteção quanto ao retorno ao trabalho se estende até 15 semanas. Nestas ocorrências, os primeiros cinco dias dentro de um mesmo ano deverão ser pagos.
Segundo o site oficial da província de Ontário, o objetivo destas e outras medidas é de apoiar os trabalhadores e suas famílias, e assim proporcionar mais oportunidades em tempos em que a economia da região mudou significativamente. No geral, além do aumento do salário mínimo e melhorias nas condições do trabalho, existe um plano que visa gerar mais fácil acesso aos serviços voltados aos cuidados infantis.
Outra resolução diz respeito aos medicamentos gratuitos para quem tem até 25 anos por intermédio de um projeto de expansão do seguro de saúde, e há ainda as alterações do programa de crédito educativo, o OSAP (Ontario Student Assistance Program), que irá beneficiar centenas de estudantes canadenses. Desta forma, estas e outras resoluções fazem parte de um amplo planejamento elaborado por esta província.
Mais informações importantes
No final de 2017 foi anunciado um acordo com o objetivo de criar uma estrutura com foco nos novos imigrantes que chegam em Ontário e são profissionais qualificados. Entre as ações estão medidas para que os recém-chegados capacitados internacionalmente consigam cumprir os requisitos provinciais e atuar em suas profissões. Veja mais detalhes em “Ontário assina acordo com foco nos novos imigrantes”.
Lembrando que a província de Ontário é a segunda maior do país, com cerca de 13,5 milhões de habitantes, e a região responde por 37% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Somente na cidade de Toronto são 2,8 milhões de habitantes e lá se consolidada cada vez mais com um mercado de trabalho que atrai talentos de todo o mundo.
Você gostaria de saber qual o salário mínimo vigente nas demais províncias e territórios canadenses? Então confira na matéria "Salário mínimo no Canadá e média salarial”.
Você sabia que tem unidade da “Immi Canada” na província de Ontário?
Faça-nos uma visita! Endereço: 710 – 44 Victoria Street, Toronto, ON, Canada.
Fontes: https://globalnews.ca/news/3935476/ontario-minimum-wage-increase-2018-personal-leave-vacation-changes/ / https://news.ontario.ca/mol/en/2017/12/ontarios-minimum-wage-to-rise-to-14-on-january-1.html