Quem já definiu o seu objetivo com a ida para o Canadá começa a outra fase do planejamento: pesquisar aspectos da vida cotidiana no país. Invariavelmente, uma das primeiras preocupações é quanto custa um aluguel no Canadá. A resposta a este questionamento é: depende da região. Porém, para ajudar com esta questão o site PadMapper divulgou este mês a média de valores dos alugueis nas 26 principais cidades canadenses.
O PadMapper faz uma ampla pesquisa com base em dados de locações de milhares de fontes. As informações resultantes são cruzadas e agregadas para ter a média de valores nas 26 localidades mais populosas do país. A entidade deixa claro que o report não inclui valores de locações de curto prazo ou Airbnb.
Os custos que iremos citar abaixo estão expressos em dólar canadense, além de serem uma média. Sempre é possível encontrar preços mais baixos, principalmente quando o local for mais afastado do centro da cidade. Lembrando sempre que uma mudança de país requer planejamento e um orçamento bem feito. Já demos várias dicas sobre isso por aqui, basta clicar neste link para acessar.
*Veja como criar uma reserva financeira para o plano Canadá clicando aqui.
Neste mês, outubro de 2018, 17 cidades do país experimentaram uma tendência ascendente no preço do aluguel. Quatro localidades tiveram uma queda nos valores e três permaneceram com a mensalidade estável para locação de uma residência. Por mais uma vez, Toronto atingiu o primeiro lugar, ficando com o aluguel mais caro do país. Confira abaixo a lista de cidades, lembrando que os preços médios são para um apartamento de um quarto.
Toronto, localizada na província de Ontario, é a maior cidade do país e uma das principais. Por isso, o custo de vida acaba sendo mais elevado do que de outras regiões. Ela é o destino que atrai mais imigrantes, pois concentra o centro financeiro e um mercado de trabalho variado, com indústrias e serviços, além de diversas opções de instituições de ensino para os estudantes.
Para morar em um apartamento de um quarto, localizado no centro da cidade, a média mensal que o inquilino vai pagar fica em torno de CAD$ 2.230,00. Este custo aumentou 1,4% quando comparado com o mês anterior. Já quando falamos de um imóvel com dois quartos, o reajuste foi menor, de 0,4%, sendo que a média ficou em CAD$ 2.830,00.
*Já falamos sobre como adquirir um imóvel no Canadá dando todos os detalhes, clique aqui e confira.
Vancouver permaneceu a segunda cidade com o maior preço de alugueis. O aumento, de um mês para o outro, foi de 2,4% com a média para apartamento de um quarto em CAD$ 2.100,00. Mas para as residências com dois quartos o preço é maior do que Toronto: CAD$ 3.330,00. Burnaby, também em British Columbia, tem o terceiro valor mais alto do Canadá: CAD$ 1.580, mas foi a região com o maior percentual de queda de preço, 4,2% comparados com o mês de setembro, segundo o levantamento.
Montreal, na província francófona de Quebec, ocupa o quarto lugar da lista, com a média mensal para um quarto tendo um aumento significativo de 5,2%, ficando em CAD$ 1.410,00. O aluguel para uma moradia de dois quartos, na mesma cidade, também registrou uma ascensão de 4,8%, com um valor médio de CAD$ 1.730,00.
A cidade de Barrie, localizada na província de Ontario, fechou o ranking dos cinco primeiros, tendo uma média mensal de locação para um apartamento de um quarto em CAD$ 1.360,00. A maior taxa de crescimento mensal do país ocorreu em Calgary. Os alugueis na cidade aumentaram 4,5%, ficando em cerca de CAD$ 1.150,00, fazendo com que a região subisse quatro posições no ranking, ficando entre as 10 mais custosas do país quando se fala a respeito de aluguel. Veja abaixo a lista completa feita pelo PadMapper.
Sites para procurar imóvel no Canadá
Antes de citar os locais para verificar os imóveis, é muito importante tomar cuidado e não alugar nenhum imóvel com contrato long term ou pagar qualquer valor sem visitar o apartamento ou casa que pretende morar. O ideal é reservar um hotel, hostel, casa de família, Airbnb ou qualquer outro tipo de residência temporária por um período entre 20 e 30 dias para ter tempo hábil de visitar os locais pessoalmente, conhecer a vizinhança, procurar com paciência e tomar a melhor decisão. Separamos abaixo uma lista de sites que podem ajudar na busca:
Regras para alugar
Procurar um apartamento para alugar no Canadá pode ser feito a partir de diferentes formas: pesquisas online, contratação de empresa especializada, contato direito com administradores de prédios ou o proprietário e indicação de conhecidos. Neste processo estão em jogo desde o valor disponível para a moradia, até as facilidades ou dificuldades que a localização pode impactar no dia a dia. Além disso, há necessidade de se entender algumas regras na relação entre o landlord (quem aluga) e tenant (quem mora).
*Fizemos um artigo completo com as regras de locação no país do True North. Para acessá-lo, clique aqui.
Fabíola Cottet
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, fez a promessa de legalizar o consumo de maconha no país durante sua campanha e agora o compromisso foi cumprido: desde o dia 17 de outubro deste ano (2018), a cannabis está legalizada nas terras do True North. Em junho o Senado aprovou, por 52 votos a favor e 29 contra, o “Ato da Cannabis”, que é o nome popular do Projeto de Lei C-45, que tornou legal a droga no país. Porém, existem leis e regras específicas que gerem o consumo e, quando ele for associado a direção, podem fazer com que residentes permanentes percam seu status no país e sejam mandados novamente para a região de onde vieram.
Na prática, qualquer adulto maior de 18 anos, incluindo turistas que estão a passeio na região, podem comprar a erva em uma quantidade limitada de 30 gramas a cada aquisição, que também é o máximo que se pode portar na rua. De modo geral, pode-se fumar em qualquer lugar menos nas áreas proibidas para o fumo. A maconha pode ser compartilhada entre usuários maiores de idade, desde que isso seja feito de maneira gratuita. Mas vender ou ceder a menores de idade é proibido e gera multa de cinco mil dólares canadenses ou prisão de até 14 anos.
O uso medicinal da maconha já é autorizado em território canadense desde 2001 e o governo do Canadá estima que daqui três anos o mercado de cannabis para uso recreativo valha em torno de US$ 5 bilhões.
Para imigrantes
Para imigrantes com status de Permanent Resident (PR), estudantes e trabalhadores com visto ou turistas, a pena para quem for pego dirigindo sob o efeito de álcool ou drogas, incluindo a cannabis, foi modificada e agravada: os que possuem o PR podem perder e ter que deixar o Canadá. Já para quem é residente temporário, estudante internacional ou possui um visto de trabalho no país, pode ter que deixar o país imediatamente e não mais ser elegível para entrar novamente no território. Além disso, o governo deixa claro que os requerentes de asilo político ou refugiados podem perder o direito de ter seu pedido encaminhado para uma audiência.
Os crimes relacionados à maconha incluem: conduzir veículo motorizado sob o efeito da droga; cometer delinquências relacionadas à cannabis; produzir, vender ou distribuir ilegalmente a substância natural; e importar ou exportar de maneira ilegal produtos relacionados à cannabis ou a própria erva. As penalidades, excluindo a que combina a droga e direção, entraram em vigor no dia 17 de outubro. Para a nova regra relacionada a condução de veículo, o dia de aplicação da lei será a partir de 18 de dezembro deste ano.
Para canadenses, as penas relacionadas à maconha podem chegar a 14 anos de prisão. Os crimes e problemas causados pela erva, que são relacionados a dirigir sob o efeito da mesma, serão considerados crimes graves no Canadá e, para esta categoria, a pena será aumentada de cinco para 10 anos. Além disso, os cidadãos enfrentam um processo de multa, acusações criminais e, dependendo do ato cometido, prisão. O exame para a detecção envolve retirada de sangue e verificaçãodos níveis de THC, que é o agente psicoativo da cannabis.
Legalização
O objetivo principal com a legalização, segundo o líder Trudeau, é deter o mercado negro e promover a conscientização. O país foi a primeira grande economia mundial a legalizar a maconha para fins recreativos. A droga pode ser adquirida pela internet, em sites licenciados e autorizados pelo governo canadense e também em lojas físicas.
O ato divide opiniões no país, porém os profissionais da saúde afirmam que fumar maconha faz tanto mal como o tabaco, mas também agradecem pela medida permitir a conscientização e trazer um grande espaço para o diálogo aberto sobre o consumo. Segundo o site Statistics Canada, os canadenses estão entre os maiores usuários per capita de cannabis, com 4,6 milhões de consumidores, ou seja, um em cada oito cidadãos consumiram a droga este ano.
O governo canadense avisou 14 milhões de famílias, além de todas as notícias divulgadas sobre a legalização, suas regras para uso, proibições e advertências, além da necessidade de se manter a maconha longe de crianças e animais de estimação. Empregadores e empresas podem estabelecer suas próprias restrições quanto ao uso por trabalhadores.
*Para saber como morar em um dos países com a melhor qualidade de vida do mundo acesse este link https://www.immi-canada.com/como-imigrar-canada-express-entry/. Além disso, a Immi Canadá pode ajudar a realizar seu sonho! Clique aqui https://www.immi-canada.com/consultoria-de-imigracao-para-canada/ ou entre em contato pelo email contact@immi-canada.com.
Fabíola Cottet
Existem diversas maneiras de entrar no Canadá legalmente e isso causa uma certa confusão no início do caminho, quando ainda não esclarecemos estas dúvidas. Devo pedir um visto de turismo para estudar inglês por três meses? Qual é o visto que meu cônjuge terá se eu for estudar por um ano? Quanto tempo posso permanecer como turista? Estes questionamentos são muito comuns e, pensando nisso, fizemos este artigo para esclarecer qual é o tipo de visto para o Canadá ideal para você.
Primeiramente o seu objetivo deve estar bem definido para então iniciar o processo de pedido: eTA, visto de turista, visto de estudos, visto para trabalho, ou residência permanente. De maneira geral, podemos dizer que existem dois tipos de visto: o temporary visa e o permanent visa. Este último concede o direito de imigrar, dando o cartão de Permanent Resident (PR) ao contemplado.
Agrupamos as informações conceituais e práticas sobre as diferenças de cada visto neste artigo. Lembrando que os conhecimentos transmitidos são válidos para quase todo o território canadense, com exceção da província de Quebec, que possui regras diferenciadas e únicas para imigração, incluindo a língua francesa como requisito.
*Para saber mais sobre imigração na província de Quebec, clique aqui e acesse este link.
Antes iniciarmos, é importante ressaltar que visto americano e canadense são diferentes. Pode ser algo óbvio, mas esta pergunta ainda é uma dúvida para muita gente. Você não consegue entrar nos Estados Unidos (EUA) tendo somente o visto canadense. Porém, você pode ter acesso ao Canadá tendo somente o visto norte-americano, mas terá, ainda assim, que solicitar a eTA, uma autorização eletrônica de viagem que abordaremos a seguir. Além disso, apenas cidadãos canadenses, ou seja, portadores do passaporte do país, não necessitam de visto para viajar aos EUA. Qualquer imigrante, ainda que possua o cartão de Permanent Resident no Canadá, terá de solicitar o visto caso queira ir aos EUA.
Uma outra diferença marcante entre os vistos é que o americano de turista tem validade de 10 anos, independentemente da data de expiração do passaporte. É permitido entrar com o documento de viagem vencido e o visto válido, juntamente com o novo passaporte dentro do prazo de validade, desde que o viajante apresente os dois ao oficial de imigração. Já quando falamos da terra do True North, ele é limitado à validade do passaporte, ou seja, caso o seu passaporte vença, você precisará solicitar outro visto.
Eletronic Travel Authorization (eTA)
Como o próprio nome já diz, a eTA nada mais é do que uma autorização eletrônica de viagem. Os brasileiros elegíveis são aqueles que possuem um visto norte americano válido ou um canadense aprovado nos últimos 10 anos. Para aqueles que têm a cidadania europeia, o Canadá libera o eTA sem restrições de elegibilidade.
Para obtê-lo basta acessar o site abaixo, preencher um formulário com a autorização e solicitação de dados, pagar uma pequena taxa pelo cartão de crédito no valor de CAD $7 e aguardar o email chegar no endereço eletrônico cadastrado, o que acontece em média 48h após a aplicação (veja aqui mais dicas sobre o processo). Com o eTA, o viajante só pode entrar no país por via aérea e ele é válido por cinco anos ou até o vencimento do passaporte, o que ocorrer primeiro.
Para mais informações e aplicação, acesse o link: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/visit-canada/eta.html.
Visto de visitante
Caso você não se enquadre nas exigências para solicitar o eTA, terá que pedir o visto para o Canadá de visitante, também conhecido como visto de turismo. Ele é o Visitor-1 (V-1) e concede múltiplas entradas ao portador, permitindo a estadia no país por até seis meses consecutivos, porém não dá direito a trabalho e estudo (exceto para cursos de até 24 semanas). No momento, o tempo médio para processamento está em 12 dias, porém ele pode variar de acordo com o número de solicitações e demanda dos oficiais de imigração (clique aqui para verificar o tempo de processamento atualizado para cada tipo de visto).
A aplicação pode ser feita online e em papel e o solicitante consegue mais informações sobre as etapas do processo e documentos no link oficial do departamento de imigração, colocado abaixo. A validade do visto é variável de acordo com a data do passaporte, podendo chegar a até 10 anos (o oficial de imigração também pode restringir este período, tanto o de validade quanto o de permanência, de acordo com regras e impressões de cada pacote de aplicação). Caso o aplicante queira permanecer por um período superior a seis meses, pode solicitar uma extensão do visto de turista, que será avaliada e respondida pelo oficial de imigração.
Para mais informações e aplicação, acesse o link: www.cic.gc.ca/english/information/applications/visa.
Visto de estudante
É uma permissão de entrada e permanência no Canadá, para que o requisitante fique no país durante o período de estudo. Basicamente existem dois tipos: o S-1 e o SW-1. A definição de qual deles pedir começa com a escolha do curso. O primeiro, chamado de S-1, é concedido quando não há o requisito de estágio obrigatório para concluir o curso. Já o SW-1 é dado quando existe essa exigência, sendo estes cursos chamados de Co-Op.
De maneira geral, para que um estrangeiro estude no Canadá e possa aplicar para o visto de estudante, ele precisa primeiro escolher uma instituição de ensino entre as Designated Learning Institutions (clique aqui e acesse a lista). Após passar pelas etapas de seleção da escola, college ou university, o futuro estudante recebe uma Letter of Acceptance (LOA) da instituição, que é um requisito obrigatório para aplicar para o visto. O pedido também pode ser feito online ou via postal, sendo que a média de tempo de processamento é de sete semanas, também podendo variar. A permissão de estudos e trabalho (caso seja aplicável), é concedida na ocasião de entrada no país. A duração do visto é variável de acordo com o tempo de estudos. Porém, na maioria dos casos, ela vale por todo o curso mais 90 dias, que dá ao candidato tempo suficiente para renovar ou solicitar outros documentos caso queira estender a estadia.
Uma dúvida que sempre acomete quem vai estudar em terras canadenses é a questão de trabalhar enquanto faz seu curso. Estudantes brasileiros de inglês ou em programas de pathway não podem trabalhar, nem seus cônjuges. Já para quem escolhe um curso full-time em um college, universidade, pós, mestrado ou doutorado, em uma das instituições da lista, tem direito a trabalhar por 20 horas semanais, sendo que o cônjuge recebe uma permissão de trabalho em período integral (clique aqui e veja mais detalhes sobre o visto de estudo).
Para mais informações, acesse o link: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/study-canada.
Visto de trabalho
Ele é conhecido como W-1 e permite o trabalho no país. A documentação necessária é variável, dependendo do processo escolhido. Porém aqui é importante frisar que na imensa maioria dos casos é necessário possuir uma oferta de trabalho ou ser patrocinado por uma empresa, já instalada no país, para ser bem sucedido em um programa de visto para o Canadá com o intuito trabalhar em solo canadense.
Existem várias opções nesta categoria e o tempo para emissão varia bastante. Entre eles podemos citar o mais comum dentre os brasileiros, o visto de trabalho como accompanying spouse de um full-time post secondaty student. Ele é o Open Work Permit concedido aos cônjuges de estudantes estrangeiros e facilita muito a estadia das famílias, principalmente durante o período de estudo.
Além dele, temos o visto de trabalho dado ao cônjuge de um trabalhador com uma oferta de emprego qualificado no Canadá; visto de trabalho com patrocínio que é obtido através da LMIA (clique aqui e saiba mais detalhes sobre este tipo de visto); permissão de trabalho com o suporte do empregador, que é obtido através da província, com o suporte de um empregador do local; visto de trabalho de transferência de países, quando o funcionário é expatriado e transferido para o Canadá para trabalhar em empresas do mesmo grupo ou filiais; Post-Graduation Work Permit (PGWP), que é obtido após o término de uma graduação em uma instituição de ensino elegível.
Para mais informações, acesse o link: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/work
Residência Permanente
O Permanent Resident (PR) é um dos objetivos mais almejados entre os brasileiros que buscam uma melhor qualidade de vida no Canadá. Um residente permanente é alguém que tenha recebido um status que possibilita com que viva no Canadá sem a necessidade de nenhum tipo de visto, porém o portador ainda não é considerado um cidadão, sendo cidadão do seu país de origem. Após um tempo com o cartão de PR e cumprindo algumas exigências, o morador pode dar entrada no seu pedido de cidadania (veja mais detalhes aqui).
Existem diversas maneiras de obter o PR. Pode ser por um dos processos provinciais, pelo programa federal Express Entry, pelo programa específico de Quebec, por meio do Self-Employed, etc. Por isso sempre frisamos que o auxílio e acompanhamento de um profissional especializado em imigração é essencial. Nós, da Immi Canadá, traçamos um caminho para cada perfil e família, aconselhando e mostrando o melhor meio de atingir o objetivo, de acordo com as necessidades de cada um. Além disso, também prestamos assessoria durante todo o processo, minimizando o risco de negativas de vistos e atrasos por erros no pacote de documentos ou etapas do programa. Para mais informações acesse www.immi-canada.com/consultoria-de-imigracao-para-canada/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.
Para mais informações e aplicação, acesse o link: www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship/services/immigrate.
*Saiba mais sobre como se tornar um residente permanente clicando aqui.
Fabíola Cottet
Caso você queira passar um período no True North, estudar ou morar no país vai precisar de um chip de celular no Canadá com um plano que funcione. Neste artigo falaremos das operadoras telefônicas canadenses, além de dar algumas dicas sobre como encontrar um pacote adequado e mais barato, ou um chip pré-pago, pois dependendo da sua necessidade você pode encontrar valores bem atrativos.
Pois bem, um questionamento difícil de ser respondido é qual é a operadora oferece o melhor plano e mais em conta. Existem muitas empresas em todo país e os planos mudam constantemente, além dos preços também variarem. Por isso, fica quase impossível fazer uma pesquisa manual de pacotes em todas as operadoras. Porém, existe uma empresa canadense de Montreal que desenvolveu um site chamado PlanHub, com uma ferramenta onde se pode fazer a comparação de todos os planos disponíveis no mercado de telefonia.
O PlanHub cobre todo o território canadense e é gratuito. Além disso, é bastante autoexplicativo e simples de usar. Recentemente ele também é capaz de comparar pacotes de internet banda larga e wi-fi de algumas regiões do Canadá. Basta inserir, no canto direito superior da tela, a província de residência. Depois, escolher quantos minutos de ligações você precisa, qual é o melhor pacote de dados para você e se gostaria de incluir a compra de um telefone no plano. Depois disso é só clicar em “search” e pronto.
Na imagem abaixo, por exemplo, pesquisamos um plano em Quebec com 200 minutos de ligações, 5GB de internet e onde o titular possua seu próprio aparelho e não adquira um na operadora. Os resultados encontrados foram várias opções de diversas companhias, com um valor médio de CAD$ 50 dólares canadenses mensais, minutos ilimitados para voz e 6GB de dados. Caso você opte por comprar um novo telefone, é possível verificar no site quais os modelos e preços dos smartphones que cada uma das empresas pratica.
EasySim4U
Caso você vá ficar pouco tempo, por um período de 30 dias ou menos (se for ficar menos de 15 dias avalie a real necessidade de adquirir um plano ou um chip, pois em diversos lugares o wi-fi é liberado e disponível), uma opção para quem quer já sair com o chip do Brasil é a empresa EasySim4U. Ela promete planos ilimitados tanto de voz como de dados por um valor fixo ao mês, que varia dependendo dos dias, serviços e de qual ou quais países você pretende usar.
*Para mais informações acesse o site da empresa clicando aqui.
Onde comprar
Em vários locais do Canadá é possível adquirir um chip ou um plano móvel: shoppings, lojas de eletrônicos, farmácias, postos de gasolina, supermercados, lojas de departamento, etc. Em quase todos os conjuntos comerciais é possível encontrar um local para adquirir o pacote necessário. Basta que o cliente informe seus dados básicos, apresentando documento local ou passaporte e endereço. O chip custa em torno de CAD$ 10 e algumas lojas cobram um valor de ativação, que não precisa ser pago pois a mesma pode ser feita pela internet, no site da operadora.
Operadoras canadenses
As maiores operadoras do Canadá são três, chamadas de The Big Three: Rogers, Bell e Telus. Isto não quer dizer que não existam dezenas de outras. Algumas delas são nacionais e, ainda, temos diversas outras provinciais. Colocamos abaixo as mais conhecidas, basta clicar no nome de cada uma para acessar a página principal da empresa.
Vale lembrar que é interessante pesquisar as que existem na província em que você reside ou pretende residir, pois os valores costumam ser mais em conta. Mas fique atento, pois elas podem ter uma cobertura limitada, o que não quer dizer que não funcionem em outros locais do país, mas pode acontecer de perderem o sinal em algumas regiões, por isso é importante verificar. Veja abaixo a lista:
Por fim é importante ressaltar que os planos de telefonia móvel do Canadá costumam ser bons e superar, de longe, as operadoras brasileiras. Para as empresas que possuem cobertura nacional, a velocidade da internet não decepciona e o sinal é constante em todos os cantos do país. Além disso, os canadenses são exigentes no que diz respeito à prestação de serviços, por isso o atendimento prestado pelas empresas é eficiente e rápido, na maior parte dos casos.
*Para saber mais informações sobre como imigrar para o Canadá consulte um dos nossos agentes de imigração. A nossa equipe está sempre a postos para lhe mostrar o melhor caminho. Acesse www.immi-canada.com/consulta/ ou entre em contato pelo email contact@immi-canada.com.
Fabíola Cottet
Os Provincial Nominees Programs (PNP’s), que nada mais são do que os programas de imigração das províncias canadenses, criados para atender às necessidades econômicas de cada localidade, estão convidando cada vez mais candidatos por meio do Express Entry e também fora dele. No último trimestre, que compreende os meses de julho, agosto e setembro, além de inovarem em seus processos migratórios, as regiões do Canadá chamaram mais três mil pessoas aptas a receber uma nomeação provincial e aplicar, posteriormente, para o Permanent Resident (PR), por meio do processo federal.
Uma das boas e grandes novidades no sistema no terceiro trimestre de 2018 é que a província de Ontario teve a maior rodada de convites do período através do Human Capital Priorities Stream. Outra mudança foi a de Saskatchewan, que acrescentou ao processo uma Expression of Interest System, através do Express Entry (EE) e, por fim, a criação do Nova Scotia’s Labour Market Priorities Stream.
*Para saber mais sobre as maneiras de imigrar pelos diversos territórios canadenses, clique aqui e também neste link.
Os PNP’s permitem que as regiões indiquem, independentemente, um número definido de candidatos a imigração para a residência permanente a cada ano. Com as últimas alterações feitas no sistema, todos os territórios possuem pelo menos um fluxo de nomeação provincial atrelado ao Express Entry, no qual o candidato não precisa, necessariamente, possuir a pontuação do EE. É necessário ter um perfil ativo e atingir critérios estabelecidos de cada região. O sistema gerencia as três principais categorias de imigração federal, as quais levam mais candidatos ao país: Federal Skilled Worker Class, a Federal Skilled Trade Class e a Canadian Experience Class.
Os aplicantes que recebem uma carta de aceitação de uma das províncias do Canadá ganham uma pontuação extra de 600 no Comprehensive Ranking System (CRS), o que dá direito a aplicar para a residência permanente federal, tendo prioridade com relação aos demais inscritos no pool. Durante os meses de julho, agosto e setembro, somente pelo fluxo do EE, os territórios canadenses emitiram mais de três mil convites.
Ontario
A província de Ontario, mais populosa do Canadá, cuja maior cidade é Toronto, teve uma queda em sua pontuação mínima, sendo que a nota de corte ficou em 350 pontos. A maior rodada de convites da região ocorreu em 9 de agosto, quando foram emitidas 947 Notifications of Interest (NOI’s), pelo fluxo de entrada Ontario’s Human Capital Priorities Stream. As chamadas foram feitas para aqueles que possuíam uma oferta de trabalho na região. Neste draw a pontuação dos aplicantes variou entre 350 e 439 no CRS.
O Human Capital Priorities Stream permite que o Ontario Immigrant Nominee Program (OINP) pesquise e nomeie candidatos no pool do EE, que atendam critérios federais e locais específicos. A rodada de convites de 9 de agosto foi a segunda deste ano que era somente destinada a chamar aplicantes que já possuíam uma oferta de emprego na localidade. As regras dizem que a job offer não é pré-requisito para nomeação, porém em algumas chamadas do ano o departamento de imigração da província direciona o draw para este fim.
Em ambos os casos, tendo ou não um emprego na região, a boa notícia é que a pontuação mínima caiu para menos de 400 pontos. A probabilidade do score mínimo continuar abaixo dos 400 depende de vários fatores, incluindo o número de candidatos elegíveis inscritos no EE, as necessidades do mercado de trabalho da região e também às prioridades econômicas da província.
Ontario emitiu convites com frequência por meio do EE para candidatos que se qualificavam no French-Speaking Skilled Worker Stream. O processo seleciona falantes da língua francófona com fortes habilidades no inglês (CLB mínimo de 6 pontos), além de outros critérios. Nos últimos três meses foram emitidos 419 NOI’s por meio do programa.
Saskatchewan
Em julho, a província de Saskatchewan adotou um processo que também emite EOI’s para candidatos inscritos do processo federal do EE. Isto demonstra a vontade das regiões canadenses aprimorarem cada vez mais seus processos de imigração. A mudança deu fim ao sistema anterior de first-come, first-served, que analisava os perfis dos aplicantes por ordem de chegada. Com a renovação, os candidatos são analisados por suas pontuações e também de acordo com requisitos locais.
A localidade declarou que as melhorias no programa permitem que o Saskatchewan Immigration Nominee Program (SINP), direcione melhor as pessoas que possuem maior probabilidade de sucesso no mercado de trabalho. Na página da região o objetivo é garantir fortes resultados econômicos e reter, a longo prazo, imigrantes dentro do território.
Os que gostariam de aplicar no programa da província devem seguir os seguintes passos: preencher um perfil no pool do Express Entry, enviar uma Expression of Interest por meio do site da região (clique aqui para acessar), passar pela seleção da localidade e, depois disso, os inscritos com maior pontuação são chamados para aplicar. Veja a imagem abaixo.
Após a mudança no programa, Saskatchewan emitiu 691 convites para aplicantes, entre os meses de julho e setembro deste ano, por meio de dois draws realizados em 21 de agosto e 27 de setembro.
Nova Scotia
Entre as províncias do Atlântico do país, Nova Scotia e Prince Edward Island tiveram um último trimestre ativo em convites por meio de seus programas de imigração que passam pelo crivo do EE. No dia 2 de agosto a região de Nova Scotia anunciou a criação do sistema por meio do processo federal, com o objetivo de suprir a escassez de mão de obra identificada pelo mercado de trabalho do território.
Para a região, a pontuação no CRS não é um fator determinante para que o convite seja emitido. O fluxo, segundo a divisão de imigração da província, é flexível e o que determina são as ocupações em demanda. A primeira rodada de convocações foi realizada em 8 de agosto, quando foram convidados 314 candidatos para residir na província por meio do EE, sendo que todos tinham ao menos dois anos de trabalho como educadores infantis ou assistentes na mesma área.
Enquanto isso, Prince Edward Island fez três draws de convites durante o último trimestre sob o crivo do PEI’s Express Entry Stream. A região não divulga a quantidade de candidatos por chamada, mas o total no período foi de 302 pessoas.
Fontes:
https://www.canada.ca/en/immigration-refugees-citizenship.html
https://novascotiaimmigration.com/move-here/labour-market-priorities/
https://www.saskatchewan.ca/residents/moving-to-saskatchewan/immigrating-to-saskatchewan
http://www.ontarioimmigration.ca/en/pnp/OI_PNP_EE_CAPITAL.html
Fabíola Cottet
Pois bem, na atual crise política e instabilidade econômica em que o país se encontra, tentar a vida fora do Brasil têm sido o plano, objetivo, destino e sonho de muitas famílias brasileiras e, na imensa maioria dos casos, o Canadá é um dos países mais bem vistos para imigrar, por diversos motivos, confira alguns deles abaixo, já discutidos e explicados por aqui:
Caso estes dados maravilhosos e a invejável qualidade de vida canadense ainda não tenham convencido, acesse o nosso blog clicando aqui e veja mais sobre as terras do True North. Porém, o que poucos falam é que recomeçar a vida em outro país não é tão simples e nem tão fácil. Embora o resultado e o esforço valham a pena, temos que estar preparados para os possíveis desafios que enfrentaremos.
O conselho principal, tanto para os que ainda estão pensando e pesquisando qual será o melhor destino, quanto para aqueles que já passaram por toda a fase de planejamento e tomada de decisões e estão com suas passagens e vistos, permissões ou residências em mãos, é: pense, planeje, pesquise e não desista de seus sonhos. Por maiores que sejam os desafios, eles dependem de um bom plano de ações, foco, perseverança e atitudes. Portanto se o seu sonho é morar no Canadá, não desista. O país é incrível e um dos que mais bem recebe imigrantes no mundo, nada é impossível.
Pensando nos desafios que enfrentamos quando mudamos de país, preparamos uma lista com os quais invariavelmente você vai se deparar. Não é fácil mudar, principalmente quando o destino é um local com a língua diferente, clima atípico, costumes estranhos a nós, etc. Mas o que é fácil na nossa caminhada? Pois é, quase nada. Enfrentamos dificuldades todos os dias e nosso sucesso está diretamente ligado em como encaramos e decidimos adentrar nestes momentos de nossas vidas.
Tomada de decisões
Ok, a decisão está tomada e a família quer mesmo embarcar rumo ao desconhecido. Mas aí chega o turbilhão de perguntas: para onde vamos? Como é o procedimento para tirar o visto? Qual país me dá a possibilidade de trabalhar? Qual localidade pode me proporcionar uma imigração futura? Minha família pode ir comigo? Qual tipo de visto os membros do meu núcleo familiar têm direito? Qual é o custo médio de todo o processo? Ai meu Deus, por onde eu começo?
Pois é, são muitos os questionamentos e decisões necessárias. O que pode ter dado certo e sido excepcionalmente bom para aquele seu primo que mudou para a Tailândia, pode não ser o melhor para você. Nesta fase é importante ter calma, pesquisar muito, conversar e tomar decisões em conjunto com a família e avaliar sempre a melhor opção de acordo com o perfil de cada um. Outro aspecto importantíssimo: ter a ajuda de um profissional de imigração e vistos é altamente recomendado. Primeiramente é importante fazer uma consulta que analisará seu perfil e de sua família, para então seguir pelo melhor caminho. Nós, da Immi Canadá, temos profissionais qualificados que podem indicar uma das dezenas de formas de imigrar, com base em suas características. Para mais informações, acesse www.immi-canada.com/consulta/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.
Processo de ida e desapego
Deixar a vida que se tem no Brasil, na maioria das vezes, não é fácil. Isso inclui família, amigos, emprego, bens móveis e, por vezes, imóveis, objetos particulares, roupas, etc. Enfim, uma vida toda já construída em solo brasileiro. Este processo de desapegar de tudo isso pode ser um desafio, dependendo do estilo de cada um. Por vezes as pessoas são mais desprendidas e em outros casos mais apegadas com coisas materiais e com a família. O importante aqui é ter em mente que no Canadá você vai construir tudo novamente, em menos tempo e descobrirá que em um país onde saúde, segurança e educação são direitos básicos do cidadão, você não precisa, necessariamente, ter um carro, colocar grades em suas janelas, utilizar Uber por uma questão de segurança, optar por morar em um apartamento para se sentir mais seguro, dentre muitas outras mudanças, entre elas se preocupar durante muitos anos em economizar dinheiro para seu filho ter um ensino de qualidade.
Se você está certo de que é isso que quer, deixe para trás tudo o que deve ser deixado e mergulhe de mente aberta no novo e no desconhecido. Com o tempo e a experiência de se viver fora aprendemos que realmente precisamos de muito menos do que pensávamos e aqueles que realmente importam na nossa vida e os que amamos estarão conosco independentemente da distância, pois hoje a tecnologia encurtou milhares de quilômetros. A saudade dos entes queridos é uma constante, mas o tempo nos ensina a lidar com ela.
Além disso, o processo de ida, coleta de documentos, planejamento, organização, preenchimento de formulários, visitas aos amigos e familiares, venda de objetos, encerramento de trabalhos, contratos e todos os trâmites burocráticos no Brasil e mais o que precisará ser feito no Canadá, é um longo procedimento cansativo. O ideal é ter um período de descanso após a correria nos dois países. Uns poucos dias para relaxar, conhecer a cidade onde vai morar, visitar lugares novos com a família e curtir a nova vida pode ser uma boa pedida antes de entrar na rotina e se recolocar no mercado de trabalho.
Língua, costumes, clima e processos
Por mais que seu inglês seja ótimo, você não está habituado a pensar e falar a língua o tempo todo. E se o idioma não for tão bom assim, os primeiros meses requerem mais esforço no que diz respeito a língua, pois você terá que aprender, se adaptar e saber se virar em solo canadense.
Os costumes são outros, diferentes do que estamos habituados no Brasil. O canadense, por natureza, é um povo mais fechado no que diz respeito à amizade e troca de informações pessoais. Isso não quer dizer que eles não sejam educados e solícitos. Porém, a cultura é outra e, como nós somos os estrangeiros, é nossa obrigação se inserir e adaptar-se a forma de viver do país. A diferença vai desde os hábitos alimentares (confira aqui algumas das particularidades) até horários de trabalhos e processos.
Por falar em processos, no Brasil, por exemplo, existe um procedimento para alugar ou comprar um imóvel, correto? Também existe uma declaração anual de imposto de renda. No Canadá não é diferente. Os trâmites se tornam mais complicados para nós pois não os conhecemos da forma como sabemos no Brasil. No Canadá somos recém-chegados, portanto não possuímos credit score (saiba como construir um bom histórico de crédito clicando aqui), conhecidos, fiadores, na maioria das vezes ainda não temos emprego e não possuímos conta bancária. Então o ideal é dar um passo de cada vez. No período de seis meses a um ano, em alguns casos até em menos tempo, tudo já estará acertado e os processos já serão naturais.
Por fim, mas não menos importante, esteja preparado para um inverno rigoroso. Não, ninguém foge do país durante o inverno pois não é plausível viver em temperaturas tão negativas (algumas áreas mais ao Norte do país podem chegar aos -50º C no pico da estação mais fria). Pelo contrário, se vive muito bem em temperaturas negativas. Recentemente fizemos um artigo para desmistificar o inverno canadense e você pode acessá-lo clicando neste link. No mais, aproveite o país incrível que é o Canadá e tenha a mente e coração abertos para novas experiências, você vai se surpreender positivamente!
*Consulte a página do Immigration, Refugees and Citizienship Canada neste link para maiores informações sobre imigração.
Fabíola Cottet
A imigração internacional para o Canadá representou um número recorde no segundo trimestre de 2018: 82% do crescimento populacional do país entre abril e julho é atribuído aos estrangeiros que resolveram se estabelecer em terras canadenses. O aumento populacional total foi o segundo maior registrado para um período de três meses desde 1971.
A população total do país cresceu em 168.687 mil habitantes no segundo trimestre deste ano, dos quais 82%, ou cerca de 139 mil, são atribuídos a chegada de novos habitantes de outros países. O Statistics Canada declarou que este nível de crescimento devido a imigração nunca antes foi visto em qualquer período anterior de três meses.
O órgão também afirmou que o aumento se deu tanto no nível nacional como provincial. O número é calculado com base somente em residentes permanentes que somaram a população total do país durante o período, não são contabilizados visitantes, estudantes e ainda imigrantes temporários.
Em nível nacional, o país recebeu 87.661 novos residentes durante o período, o que caracteriza o maior aumento dos últimos 20 anos. Já o número de residentes não temporários cresceu em 60,5 mil no mesmo período deste ano. A divisão de estatística canadense também relatou que este dado é “significativamente maior do que os observados nos últimos anos”, atribuindo ao feito a um aumento de portadores de visto de trabalho, permissão de estudos e também aos refugiados e requerentes de asilo.
Este alto nível de imigrantes chegados ao país compensou o que o departamento de pesquisa firmou ser o terceiro mais baixo aumento natural da população para um trimestre, desde 1971. O crescimento natural do número de canadenses, entre abril e julho, somou apenas 29.709 pessoas, sendo que este número é calculado com base na quantidade de nascimentos subtraindo-se os falecidos do período compreendido.
As províncias de Nova Scotia e New Brunswick experimentaram uma diminuição natural da população no período, ou seja, morreram mais habitantes do que nasceram. Porém, este problema foi compensado pelo número de imigrantes que chegaram às regiões, por meio dos mais diversos processos de imigração.
*Saiba mais sobre os diversos programas de imigração existentes no Canadá clicando aqui, acessando este link e ainda neste artigo.
Além disso, o Statistics Canada declarou, em seu relatório, que o número de imigrantes raramente foi tão alto em todas as províncias canadenses, incluindo Alberta, Northwest Territories, Nunavut e Terra Nova e Labrador. Quebec, entre o dia 1º de abril e 1º de julho, recebeu 19.506 residentes não permanentes, que foi o recorde de todos os tempos na região francófona. Ontario e British Columbia também registraram um grande aumento de residentes temporários no segundo trimestre deste ano: 28.329 e 8.189, respectivamente.
Análise
Há quase um ano, em novembro passado, o governo federal canadense apresentou um plano de imigração plurianual, que contempla os três anos que vão de 2018 a 2020. São esperados cerca de um milhão de novos imigrantes até 2020, e isto irá suprir parte da demanda do Canadá por mão de obra especializada, compensando e equilibrando também o envelhecimento da população com a baixa taxa de natalidade, através do sistema de imigração.
O objetivo é trazer em torno de 340 mil novos residentes por ano, o que representa um grande crescimento se comparado ao ano de 2017, onde o número total foi de 290 mil. Ademais, com a análise dos dados é possível verificar que a imigração se tornará cada vez mais importante para o crescimento econômico do Canadá. Em 2017, por exemplo, a economia canadense cresceu 3%, impulsionada por um mercado imobiliário aquecido, geração e criação de muitos novos postos de trabalho e, consequentemente, maior consumo da população. Este avanço fez com que o país tivesse a taxa de desemprego mais baixa já registrada em sua história.
Analisando os dados e estatísticas dos últimos cinco anos, traçando um paralelo entre o número de recém-chegados estrangeiros, taxa de natalidade, crescimento econômico e envelhecimento da população, as tendências sugerem que a ida dos imigrantes ao país será responsável por um terço do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do país até 2030. A análise também revela que, sem a imigração, o Canadá teria o crescimento da população negativo até 2034, de acordo com previsões baseadas nos números, pois a quantidade de falecimentos seria maior que a de nascimentos, como já aconteceu nas Províncias do Atlântico, gerando retração econômica para a região.
O governo canadense declarou que, somente o crescimento populacional não basta, por isso o sistema de imigração é direcionado para ocupações de trabalho. O interesse principal do país é que a economia continue girando e mantenha-se saudável. Para isso, é necessário que o mercado de trabalho tenha pessoas para ocupar as posições oferecidas e para pagar os impostos que movem os pilares básicos do país: saúde, segurança e educação.
Segundo dados, nos últimos a imigração foi responsável por 90% do aumento da força de trabalho. O país, de acordo com as provisões do mesmo órgão, deve aumentar a quantidade de imigrantes anuais para 400 mil em 2034, visando ajudar o crescimento econômico e manter os empregos ocupados.
No entanto, o Canadá, por meio de seu departamento de imigração, afirmou que a vinda de recém-chegados não é simplesmente pensar que “quanto mais, melhor”. O importante é garantir o sucesso e o assentamento dos novos moradores, dando condições boas de vida, oportunidades de trabalho, desenvolvimento pessoal e familiar. Um estudo feito em 2016 mostrou que os estrangeiros perdem cerca de $12,7 bilhões de dólares canadenses a cada ano de média salarial devido a barreiras em encontrar empregos. Segundo o governo canadense, um grande passo para que isto seja revertido aos poucos foi a criação e administração do sistema Express Entry, o que permite a entrada de imigrantes qualificados no país, atendendo a demanda na busca por profissionais. Outro avanço foram os Provincial Nominee Programs (PNP’s). Estabelecidos pelo governo federal como permanentes em 1998, eles ajudam a adequar os imigrantes as necessidades de cada região.
Ao longo dos anos, o país também percebeu, através de estudos, que os residentes temporários se adaptam muito bem à economia local de várias maneiras, tanto no programa fe Quebec, como quando possuem um visto de trabalho patrocinado ou não por uma empresa, ou quando são estudantes com a intenção de imigrar.
Fontes: https://www.canada.ca/en/news.html
https://www150.statcan.gc.ca/n1/daily-quotidien/180927/dq180927j-eng.htm?HPA=1&indid=4098-1&indgeo=0
Fabíola Cottet
Quem vai passar um tempo ou se mudar para o Canadá, invariavelmente se preocupa com um ponto sensível aos brasileiros: o frio. Além disso, sempre ouve comentários dos amigos, conhecidos e família como “nossa, mas faz muito frio lá!”, ou ainda “como se consegue viver naquelas temperaturas tão negativas?” e, para finalizar “eu não consigo nem imaginar passar por 15 graus negativos”. Calma, existe vida sim no inverno canadense e, pasmem, ela é muito boa.
Também recebemos por aqui diversas perguntas sobre cuidados necessários no inverno, compra de roupas adequadas e melhor época do ano para viajar para o Canadá. Pensando nisso, elaboramos este artigo para desmistificar o inverno no True North e dar algumas dicas de como passar bem os meses mais frios do ano. Mas fique tranquilo! A menos que você saia com roupas de banho ou absurdamente despreparado para o inverno, você não vai congelar ou ter maiores problemas, embora, é claro, tenha que tomar alguns cuidados.
*Saiba mais sobre como são as quatro estações do ano no Canadá clicando aqui.
Primeiramente, no que diz respeito ao melhor mês para fazer um passeio pelas terras do Hemisfério Norte, a resposta não é tão simples assim, depende muito do que o viajante pretende e gosta, ou quer ver ou fazer. Caso você queira fazer bonecos de neve, patinar em lagos congelados e curtir um “friozinho”, janeiro e fevereiro são os meses ideais. Porém se você quer experimentar os festivais mais bacanas, ficar até tarde na rua, visitar praias e aproveitar os pátios dos restaurantes, julho e agosto são os mais indicados. Não dispense a primavera e muito menos o outono, pois também são lindas e cheias de atrações e novidades para explorar.
Caso você opte pelo inverno, a primeira dica é: esteja preparado e verifique previamente a temperatura média da região para a qual você pretende ir. O Canadá, embora tenha um inverno bem mais rigoroso que o Brasil em toda a sua extensão territorial, possui grandes variações de temperatura. Em Vancouver, por exemplo, a temperatura média do mês de janeiro varia entre 2 e 7 graus celsius. Já em Winnipeg, cidade localizada mais ao Norte do país, no mesmo período do ano, a média fica entre -12 e -20 graus. Confira abaixo as principais dicas para mais do que sobreviver ao inverno canadense, mas sim curtir a estação mais fria do ano!
Invista em roupas adequadas
Não compre esse tipo de roupa no Brasil. Além de bem mais caras o risco de elas não serem suficientes para o inverno do Canadá é grande. Caso você chegue ao país no pico do inverno, leve blusas e algumas térmicas para passar os primeiros dias, vestindo-se em camadas e, assim que possível e o mais breve que puder, adquira roupas adequadas: casaco impermeável para o frio da região onde vai visitar ou morar, meias grossas térmicas, blusas térmicas, botas para neve, calça para neve (caso necessite), segunda pele para colocar por baixo da calça e acessórios como luvas, toucas, protetores de ouvido, cachecóis, etc. Estas peças são bem mais em conta em terras canadenses e com certeza vão te proteger do frio.
Aqui vale ressaltar dois detalhes. O primeiro deles é verificar a temperatura que o casaco suporta, pois a qualidade e preço deles varia muito. Alguns, um pouco mais caros, são feitos para temperaturas de até -40 graus, porém estes são mais pesados e você não vai conseguir utilizá-los em Vancouver, por exemplo. Para a cidade uma peça com proteção de até -5 ou -10 graus é suficiente. A segunda dica é não pensar que botas para neve são desnecessárias. A neve, quando congela, vira o que se chama de black ice. Ele nada mais é do que uma camada de gelo nas calçadas e ruas. Sim, há manutenção constante e a neve e gelo são retirados das, além da colocação de sal ou areia para ajudar no derretimento. Porém, dependendo do volume e frequência, ela vai acumular, congelar e se tornar o black ice. Por isso é importante investir em uma bota de neve que seja antiderrapante, para evitar tombos e andar com segurança.
Não exagere
Algumas pessoas colocam muitas camadas de roupa quando a temperatura é de, por exemplo, -5 graus. Isto acaba não funcionando, pois todos os locais possuem aquecimento, inclusive pontos de ônibus em algumas cidades mais frias. Colocar diversas peças de roupa fará com que você fique com calor e, ao chegar em qualquer estabelecimento ou local, terá de tirar as diversas camadas, já que calefação funciona muito bem.
Claro que para as cidades mais frias e trajetos mais longos feitos a pé, é importante se proteger. Porém, por diversas vezes uma segunda pele térmica e o casaco apropriado já são suficientes (além dos acessórios para proteger as outras partes do corpo). Caso o viajante seja aventureiro e vá esquiar ou patinar em um dos lagos que congelam, é importante utilizar a vestimenta apropriada, pois a exposição ao frio será maior.
Exercite-se e aproveite!
No inverno se fica mais em casa, isto é um fato. Principalmente quando as temperaturas marcam graus abaixo de zero. Porém, o exercício físico traz uma série de benefícios a saúde, além de mais disposição e ânimo. Não precisa sair para correr com -10 graus, mas diversos prédios no país possuem academia e equipamentos para praticar exercícios em casa podem ser bem acessíveis.
No verão ocorrem os maiores eventos ao ar livre, feiras, festivais gastronômicos e programação cultural em todas as regiões. Isto é uma verdade. Isto não quer dizer que no inverno não tenha nada para fazer, muito pelo contrário! Fique atento à programação de sua cidade e aproveite muito as atividades. Aqui cabe um alerta: verifique sempre a previsão do tempo quando for fazer atividades ao ar livre. As prefeituras locais emitem alerta de frio extremo e, quando estes alertas estiverem ativos, o melhor é limitar as atividades ao ar livre e proteger-se com roupas adequadas.
A importância de hidratar a pele
O primeiro cuidado com relação à pele quando vivemos invernos bem frios é cobrir o máximo possível da pele que fica exposta ao sair às ruas. Fazendo isso já se evita problemas como windburn e frostbite. O primeiro nada mais é do que uma queimadura da pele ocasionada pelo vento gelado. Já o segundo é uma lesão causada pelo congelamento da pele e tecidos, sendo mais comum nos dedos dos pés, mãos, nariz, orelhas, queixo e bochechas. Ambos podem trazer incomodo e complicações à saúde.
O segundo cuidado com a pele, porém não menos importante, é não esquecer de utilizar um bom hidratante. A dica aqui é também comprar este produto no Canadá. Por não possuirmos um inverno frio e seco como o canadense os cremes não são tão eficientes. A tendência da pele é ficar bastante seca, mesmo para aqueles que têm ela oleosa. É aconselhável aplicar diariamente.
*Veja mais cuidados necessários no inverno clicando aqui.
Aquecimento e informações
Todos os estabelecimentos, prédios e casas, sem nenhuma exceção, possuem aquecimento. Existem alguns mais modernos e outros mais antigos. Alguns são centrais do prédio, quando outros possuem controle de temperatura individual. A recomendação governamental é de que no inverno o ideal é manter a temperatura dos aparelhos a 21 graus. Caso você alugue uma casa ou apartamento e tenha problemas com o sistema ou sinta frio, pode conversar com a administração ou landlord.
No caso de morar em uma casa, é sua responsabilidade retirar a neve acumulada em frente dela, no jardim. E isto realmente deve ser feito. A dica é não deixar uma grande quantidade e nem esperar que ela vire gelo. Caso o carteiro, um vizinho ou um prestador de serviço escorregue e se machuque em frente a sua casa devido à falta de limpeza da neve, com certeza você terá problemas. Em prédios a responsabilidade é da administradora e, em alguns casos, existe uma pequena taxa para que uma prestadora de serviços retire a neve acumulada quando for necessário.
*Consulte aqui o site oficial com mapa e todos os alertas meteorológicos em vigor, em tempo real, no Canadá.
Fabíola Cottet
O Express Entry (EE) é, sem sombra de dúvidas, a principal fonte de pedidos de Permanent Resident (PR), ou residência permanente, para o Canadá por meio da categoria de imigração econômica. Implantado em 2015, de lá para cá já percorreu um longo caminho e sofreu alterações e mudanças em suas regras. Neste mês de setembro (2018), ele atingiu o marco de 100 draws, ou seja, já emitiu mais de 213 mil Invitations to Apply (ITA’s) por meio de suas rodadas de convites realizadas regularmente.
O sistema gerencia três categorias de imigração econômica canadenses: Federal Skilled Worker, Federal Skilled Trades e Canadian Experience Class. Os candidatos recebem uma pontuação baseada em vários fatores no Comprehensive Ranking System (CRS), sendo os principais: idade, experiência de trabalho, educação, fluência no(s) idioma(s) do Canadá (inglês ou francês), profissão classificada como em demanda no território pela National Occupational Classification (NOC), experiência de trabalho na função, vínculos com o país, dentre outros aspectos.
*Para saber mais sobre como imigrar para o Canadá por meio do Express Entry clique aqui.
As rodadas de convites chamam os candidatos com a pontuação mais alta no CRS, sendo que as mesmas ocorrem quinzenalmente, na maioria das vezes. Os aplicantes recebem o ITA e em um prazo de 60 dias precisam apresentar todas as informações que comprovem os dados colocados no perfil, como resultado de teste de proficiência em inglês ou francês (IELTS, Celpip ou TEF – que são os exames aceitos pela imigração canadense. Clique aqui e saiba mais sobre eles), equivalência de diploma, documentos provando experiência de trabalho, etc.
O Express Entry é a principal fonte de pedidos para residência pelas categorias de imigração econômica. Sendo também o grande funil de entrada de imigrantes para bater a meta do plano plurianual de imigração, divulgado pelo governo do Canadá em novembro do ano passado.
*O país planeja receber um milhão de imigrantes até 2020. Saiba mais informações neste link.
Dados e expectativas
O total de imigrantes admitidos no país pelo EE cresceu consideravelmente ano a ano após a sua implantação. Em 2015 foram 9,8 mil novos moradores. Já no ano seguinte, 2016, o número mais que triplicou, indo para 33.415 novos imigrantes. No ano passado foram 65.420 as pessoas admitidas no Canadá pelo programa de imigração federal.
Já no ano vigente, o Immigration Refugees and Citizienship Canada (IRCC) revelou o último dado no final de julho: 61.710 era o montante acumulado até então. A meta para 2018 é de cerca de 75 mil admissões, aumentando no próximo ano para 81,5 mil e, em 2020, 86 mil. Estes números são uma parte importante do plano de imigração plurianual. Veja abaixo o gráfico com as metas estipuladas em cada ano pelo departamento de imigração.
Desde a implantação do EE, ocorrida em 2015, o governo canadense fez uma série de ajustes e mudanças no processo, visando garantir que o sistema atenda às prioridades de imigração econômica no país. Este ano, por exemplo, os draws de convites estão com a frequência mais acertada e também com um padrão, tanto no número de convidados como na pontuação que é utilizada para nota de corte (veja aqui os últimos dados do processo federal).
Um grande indicador da evolução do EE ao longo destes quase quatro anos são as profissões dos convidados a aplicar. Nos primeiros dois anos, os supervisores de serviços e da indústria alimentícia, juntamente com cozinheiros, figuraram entre as cinco principais ocupações chamadas. Já no ano passado o top cinco de profissionais foram os seguintes:
Esta mudança na ocupação dos candidatos é atribuída a decisão do governo canadense tomada em novembro de 2016, que reduziu o número de pontos atribuídos no CRS a uma oferta de emprego do país. Os pontos dados, antes da data, eram de 600, o que garantia o convite do aplicante. Após a mudança eles reduziram para 50 ou 200, dependendo da ocupação do concorrente. A oferta de emprego em uma empresa canadense não é requisito obrigatório para aplicar, porém ela soma no score.
A pontuação central do CRS, ou seja, o que dá mais pontos ao candidato, é baseada nos fatores chamados de capital humano, que incluem idade, proficiência em inglês e francês, nível educacional e experiência de trabalho. Somados, estes requisitos podem valer até 600 pontos, dependendo do nível do aplicante em cada um dos fatores.
Com a continuidade e padrão de draws deste ano, a pontuação não baixou, nas rodadas regulares, de 440 pontos como nota de corte. Porém, os aplicantes que não atingem esta pontuação estão cada vez mais optando por um Provincial Nominee Program (PNP). Eles são processos de imigração independentes, criados individualmente por cada província do Canadá. Este sistema dá a cada região a possibilidade de tentar suprir as necessidades locais de mão de obra com imigrantes qualificados.
*Veja no artigo que fizemos outras maneiras de imigrar para o Canadá. Acesse clicando aqui.
E com as alterações nos programas locais de imigração deste ano, nove províncias e dois territórios possuem um PNP que passa pelo crivo do Express Entry. Isso não significa que o candidato tem de atingir os 440 pontos do ranking, mas tem de ter, primeiramente, um perfil ativo no pool do programa federal. Depois disso, a região analisa o perfil do candidato e pode nomear um número definido para imigração e posterior residência permanente. A carta convite da província dá 600 pontos ao aplicante, garantindo a aplicação para o processo do EE e também prioridade na hora de receber o ITA.
Em 2017, o Canadá emitiu 13.528 ITA’s vinculados a uma carta de nomeação provincial. Este número aumentou 75% se compararmos ao ano anterior, 2016. E, segundo o governo canadense, a imigração por meio das províncias será um dos focos do plano para trazer estrangeiros ao país. Por isso a quantidade de nomeações pelo EE através dos PNP’s tende a aumentar.
Existem dezenas de maneiras diferentes de imigrar. Para descobrir qual é a melhor para você a equipe da Immi Canadá oferece a consulta de imigração, com um dos nossos agentes de imigração qualificados e especialistas na área. Nela será traçado um perfil indicando o melhor caminho, possíveis pontos a serem melhorados e esclarecendo todas as dúvidas do candidato. Para saber mais acesse www.immi-canada.com/consulta/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.
Fabíola Cottet
As eleições brasileiras estão chegando e, mesmo que o cidadão resida no exterior, o voto é obrigatório para todos os brasileiros alfabetizados que possuem entre 18 e 70 anos de idade. A data para ir às urnas será dia 7 de outubro, que corresponde ao primeiro turno. Além disso, os eleitores precisam ter alguns cuidados para evitar possíveis problemas com a Justiça Eleitoral.
O cancelamento ou a irregularidade do título de eleitor junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) podem complicar a vida de quem vive no exterior, impedindo, inclusive, a emissão ou renovação de passaporte brasileiro. Pensando nisso, elaboramos este artigo com os procedimentos para o voto e também como e onde votar no Canadá. Confira abaixo!
Procedimento
Nem todos os brasileiros que estão no exterior são aptos a votar. Somente os que transferiram o domicílio eleitoral para o país em que residem, ou seja, para a Zona Eleitoral ZZ. A mudança deve ser solicitada pelo portador do documento e o mesmo deve estar morando há pelo menos três meses no novo endereço e não ter feito outra transferência no ano anterior ao pedido.
Para pedir a mudança do título para o Canadá, os brasileiros que residem no país devem iniciar o requerimento online, através da ferramenta chamada Título Net. Após preencher o formulário e anexar os documentos solicitados, será informado o local para o atendimento presencial mais próximo a residência do requerente. Estes espaços são, em sua maioria, consulados brasileiros, consulados itinerantes ou missões diplomáticas.
Os documentos exigidos para o processo de mudança de endereço são: documento oficial brasileiro de identificação, comprovante ou declaração que ateste a residência no exterior e certificado de quitação de serviço militar (para homens com idade entre 18 e 45 anos que ainda não tenham o título). O processo também facilita pois, após transferida a zona eleitoral, o brasileiro tem direito de votar somente para presidente, nas eleições federais que ocorrem a cada quatro anos. Além disso, quem passa pelo procedimento não precisa mais apresentar justificativa em ano de eleições municipais.
Para votar, geralmente o eleitor deve ir às repartições consulares. Em diversos casos, em regiões onde o consulado não está instalado e existe um número significativo de eleitores, são preparados locais de votação, que são previamente informados aos brasileiros. Lembrando que, em anos eleitorais, todo o processo de mudança de endereço para o exterior e qualquer solicitação referente ao título de eleitor só pode ser feita 151 dias antes da eleição.
Onde votar no Canadá
Quem fez a transferência do título para o Canadá está apto a votar, exercendo seu direito e obrigação como cidadão, nos seguintes locais, horários e dias:
Para consultar sua seção de votação acesse o site: http://www.tse.jus.br/.
Locais:
Como justificar
Segundo o TSE, todo o eleitor que estiver fora do seu domicílio eleitoral ou que, mesmo presente, não puder comparecer ao local de votação por qualquer motivo, deve justificar sua ausência para a Justiça Eleitoral. Isto significa que caso o cidadão brasileiro resida no Canadá e ainda tenha a zona eleitoral no Brasil, ou mesmo aquele que tenha transferido seu local de votação para as terras do True North mas não puder comparecer a um dos locais estabelecidos, deve justificar o voto.
Caso a eleição tenha segundo turno, o eleitor terá de apresentar uma justificativa para cada etapa do processo. Para os que moram no Brasil, é possível justificar o voto no dia da votação. Porém, no caso dos residentes do exterior, os locais determinados para o ato cívico não recebem e nem fazem a justificativa no dia da eleição. Para o primeiro turno, o eleitor pode requerer sua justificativa até o dia 6 de dezembro de 2018. Já no segundo turno o prazo é de até 27 de dezembro de 2018. O procedimento a ser feito vai depender da região onde o cidadão está inscrito.
Para aqueles que estão na zona eleitoral de Toronto, ou em qualquer outra cidade do exterior, a justificativa pode ser feita pela internet após o dia do pleito, por meio do Sistema Justifica (clique aqui para acessar). No site é possível preencher um formulário eletrônico e anexar a cópia dos documentos pessoais, além de comprovantes da impossibilidade de comparecimento às urnas (vistos, embarques de viagens, atestados médicos, etc). O requerimento é analisado pelo juízo eleitoral de onde o eleitor está inscrito.
Já para aqueles que ainda não fizeram a transferência do título para o Canadá, existem diferentes formas de comprovar a ausência. Caso estejam com viagem marcada para o Brasil, ou passeio a turismo e estudo de curta duração, é possível apresentar a justificativa no seu cartório eleitoral, em um prazo de 30 dias, que começa a ser contado da data do retorno ao Brasil.
Quem não possui uma data de retorno prevista, mas tem o título inscrito nos estados do Ceará, Distrito Federal, Paraná, Rondônia e Rio Grande do Sul também pode fazer o procedimento pelo site federal do Sistema Justifica. Os eleitores das localidades da Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo podem fazer a justificativa online no site do seu Tribunal Regional Eleitoral (clique aqui para acessar a página de cada estado).
Por fim, eleitores de outras localidades devem encaminhar o Requerimento de Justificativa Eleitoral (que pode ser acessado clicando neste link) , diretamente ao seu cartório de inscrição do título, por meio de serviço postal, em até 60 dias da data de votação de cada turno, juntamente com cópia de documento pessoal e comprovação do motivo de não comparecer às urnas.
*Para saber mais sobre como morar no Canadá, clique aqui e também leia informações importantes neste link.
Fontes:
http://www.tse.jus.br/eleitor/servicos/justificativa-eleitoral
http://www.portalconsular.itamaraty.gov.br/eleicoes-no-exterior
https://www.eleicoes2018.com/como-justificar-ausencia-do-voto-no-exterior/
http://toronto.itamaraty.gov.br/pt-br/eleicoes_2018_toronto.xml
Fabíola Cottet