Um dos principais atrativos das pessoas em imigrar para o Canadá, é saber que no país será possível recomeçar ou se estruturar em uma carreira profissional. Além do óbvio como a paisagem do país, a economia, o poder de compra, a segurança, mobilidade, e etc.
A grande verdade é que sim, o Canadá precisa de imigrantes sim, mas aqueles com habilidade e experiência para que possa fortalecer a economia e gerar mais oportunidades, além também de repor a mão de obra no mercado de trabalho, tendo em vista a idade avançada e aposentadoria dos servidores.
Ao chegar ao país, diversas diferenças podem até assustar o novo imigrante. Um dos fatores de extrema importância ao começar a estruturar o “Plano Canadá”, é pensar em como será a portabilidade da experiência de trabalho adquirida no seu país de origem no Canadá.
Depois a preocupação é em como se posicionar no mercado de trabalho canadense é uma das principais preocupações de quem deseja viver permanentemente no Canadá.
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Essa realidade não foi diferente para os nossos clientes Victor Esteves e Kátia Igarashi, que após 4 anos de processo, recentemente se tornaram residentes permanentes.
Dentre as várias nuances do casal, nos chamou muito a atenção a profissão que a Kátia conquistou nessa fase no Canadá. Formada em designer gráfico, Kátia hoje é um talento despontando em um estúdio de tatuagem em Toronto.
Na entrevista abaixo, vamos conhecer mais sobre a história do casal saindo do Brasil e chegando ao Canadá. Qual o processo imigratório que eles aplicaram. Suas primeiras experiências e percepções sobre o país. E vamos conhecer como Kátia realizou essa mudança em sua carreira profissional, cada vez mais em ascensão.
A entrevista foi realizada com a Kátia, tatuadora brasileira no estúdio Bini Tattoo. Por lá, ela é mais conhecida como Kay.
Em 2012 eu e meu marido, Victor Esteves, fomos fazer uma viagem para alguns países na Europa. Portugal estava entre eles e começamos a pensar em uma possibilidade de viver em outro país, porém estávamos ambos construindo nossas carreiras e fomos deixando esse sonho de lado. Em 2017 o Victor trouxe esse assunto de novo para casa e o Canadá foi o país que escolheu para conhecer, mais especificamente Toronto, e veio passar 1 mês aqui explorando a cidade. Quando voltou ao Brasil conversamos bastante e com a sua empolgação não precisou de muito pra me convencer e começarmos a planejar todos os detalhes para essa grande mudança em nossas vidas. A única condição era trazer nossas duas gatinhas, e o resto a gente iria fazer acontecer. Bom, aqui estamos e obviamente elas estão aqui com a gente.
Eu não sabia muita coisa sobre o Canadá. Mas a partir do momento em que decidimos, mergulhamos em muita pesquisa, assistindo vídeos, ouvindo podcasts, lendo notícias sobre o país e foi aí que a certeza veio de fato, pois como planejávamos em um futuro próximo aumentar nossa família, toda a parte mais humanizada do parto, a educação do país e claro, a segurança foram determinantes para seguirmos com o plano com ainda mais vontade e foco.
Eu procurava me encontrar. Sou formada em design gráfico e estava atuando na área de design de interiores no Brasil, tinha até um escritório, com projetos para diversos clientes, mas isso ainda não me completava.
Como pessoa, sempre fui mais introvertida e deixava as pessoas falarem por mim, me escondia por trás de vozes de amigos. Eu não era eu, não tinha motivação mas sabia que a arte era parte de mim e de alguma forma deveria se manifestar na minha vida.
O inglês é fundamental e isso era um ponto de muito aperfeiçoamento para que pudéssemos ter a vida que planejamos. Então, após a nossa primeira conversa com a Celina, definimos que, por conta do início do College em Setembro e do tempo que o Victor precisaria estudar inglês para estar habilitado para o seu curso, nós iríamos inicialmente como turistas e ambos estudariam o idioma. Em seguida, aplicamos para o visto de estudo para o Victor e o de trabalho para mim. Então, na data que planejamos ele aplicou para o College e eu fui trabalhar. No fim do College ele estava fazendo Co-Op e e aplicou para o PGWP para poder seguir trabalhando onde estava. Em seguida fizemos mais uma conversa com a Immi sobre qual seria o caminho para aplicarmos para nossa residência permanente e o OINP era o mais simples para nós e optamos por ele, pois a empresa em que estávamos (sim, trabalhamos na mesma empresa) era elegível e aceitou assinar o processo. Desde o dia que chegamos até a confirmação do PR foram 4 anos e 2 meses de muita troca de emails e telefonemas com a Immi, que nunca nos deixou sem resposta.
Sempre falamos sobre isso em casa. Somos muito gratos por termos nos dado o direito de recomeçar a vida em um país tão justo e bonito. Embora eu naturalmente seja uma pessoa otimista, sei que nada, nem ninguém é perfeito, mas ainda assim tive muito mais momentos felizes do que ruins na nossa vida aqui. A educação e a paciência das pessoas com quem ainda tem dificuldades no idioma é acolhedora e faz com que você tenha coragem para enfrentar o que vier pela frente. Além disso, a segurança de poder andar na rua sem medo nenhum de ser assaltado enquanto fala no celular ou abrir seu laptop no ônibus para resolver algo do trabalho; a segurança de ser mulher e poder se vestir como quiser sem ter medo de ser abusada. São tantas vantagens que poderia ficar um bom tempo falando. Não tem como ter escolhido melhor.
No Brasil, tinha uma grande amiga tatuadora. Ela é muito talentosa e me deu as primeiras aulas sobre o assunto. Ganhei a minha primeira máquina e tatuei alguns amigos corajosos que se aventuraram comigo. Embora eu gostasse muito, naquela época não conseguia vislumbrar a tatuagem como sendo um futuro para mim. Como falei, o Canadá é a possibilidade de um recomeço e embora trabalhando em outro lugar, comecei a pensar o que me faria feliz. A tatuagem veio rápido na cabeça e no coração, então fui buscar uma oportunidade como aprendiz em um estúdio. Fui aceita em um bem legal e já criei uma conta no Instagram para postar tudo que fizesse de tatuagem (https://instagram.com/imokay.art). Em apenas uma semana fui convidada para ser uma das tatuadoras do estúdio! Fiquei surpresa, mas aceitei e fui aperfeiçoando e me conhecendo mais e mais a cada dia como tatuadora.
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Na verdade não. Isso é algo que recomendo a todos. Se você tem algo que goste de fazer, pesquise desde o começo como é essa área no Canadá. A tatuagem aqui é muito bem aceita e valorizada. No meu caso, todo o processo de se preparar para vir, tudo que foi deixado para trás e todo o caminho percorrido para chegar no tão sonhado status de residente permanente me fez enxergar o quão forte e determinada posso ser. Então quando fui em busca do me trazia alegria, em busca da minha realização profissional, já tinha coragem o suficiente e a determinação necessária para que isso pudesse acontecer. Sim, vir para o Canadá me ajudou a descobrir meu real talento.
Embora não possa comparar como seria trabalhar em um estúdio no Brasil, a minha experiência não poderia ser melhor aqui!
Como esse estúdio tinha acabado de abrir essa filial, tudo era novo para mim e para todos. Eu me senti muito acolhida pelos colegas, afinal começamos relativamente juntos na unidade e estamos crescendo juntos como artistas.
Estou podendo desenvolver minhas habilidades e técnicas como tatuadora, além do meu inglês ter dado um grande salto desde que comecei. O contato com os clientes, falando sobre assuntos e temas tão íntimos, fazem você começar a desenvolver ainda mais vocabulário. Por sinal, meus clientes foram todos maravilhosos até hoje, e isso faz toda a diferença.
No Brasil a tatuagem ainda é marginalizada em alguns lugares e empresas, sinto que aqui é muito mais aceita. Como comecei a tatuar profissionalmente aqui, não posso comparar clientes em relação a tatuagem, mas posso falar de pessoas. Tenho criado tantas conexões e dividido tantas histórias de uma forma tão natural e saudável com os meus clientes que embora acredite que tudo isso também seja possível no Brasil, aqui eu sinto como as pessoas podem ser elas mesmas, sem nenhum medo. Isso faz tudo ser leve e verdadeiro. Agora uma coisa que aqui faz parte da cultura e eu acho maravilhoso é o “tip” ou “gorjeta” para quem presta um serviço. Nos bares e restaurantes aqui eu sempre fui generosa com os profissionais que prestam um bom serviço para mim, e tenho recebido o mesmo reconhecimento dos meus clientes. Isso faz uma grande diferença no fim do mês e estimula o profissional a sempre atender seus clientes da melhor forma.
O grande objetivo de alcançar a residência permanente foi concluído. Isso abre diversas possibilidades para cada um de nós. Agora já começamos a falar sobre a nossa futura cidadania, que em dois anos já poderemos aplicar. Começamos a planejar a chegada para nosso bebê, e assim como fizemos enquanto ainda estávamos no Brasil, estamos planejando com carinho a FASE 2 do Plano Canadá. Na verdade, agora chamamos de plano de vida, pois estamos em um lugar que amamos e podemos chamar de casa! O Victor está sempre se conectando com pessoas novas e pensando em diferentes caminhos para seguir e eu me sinto realizada como tatuadora. Sei que o aprendizado é para sempre, então me mantenho aberta e pronta para me desenvolver com cada experiência nova que esse país pode me proporcionar.
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