A partir de sexta-feira (01 de junho) o salário mínimo em British Columbia (BC) ficará maior: irá subir dos atuais $11,35 dólares canadenses (CAD) para $12,65 por hora trabalhada, um reajuste de $1,30 CAD. O aumento foi anunciado pelo premier John Horgan ainda em fevereiro deste ano, com data para entrar em vigor no primeiro dia do próximo mês.
O território irá aumentar ainda mais o valor, tendo já estabelecido e divulgado as datas e valores dos reajustes. Em 2019, também no dia 01 do mês de junho, o valor passará para $13,85 CAD por hora, um aumento de $1,20 CAD. Já em 2020, na mesma data dos anos anteriores, o salario mínimo por hora na província será de $ 14,60 CAD e, por fim, em 2021, o valor ficará em $15,20 CAD.
Na época do anúncio, Horgan declarou que, pelo custo de vida na região, não era correto que BC continuasse com a mesma faixa salarial de outras províncias como Ontário, Quebec e Alberta. O premier também ressaltou que o aumento gradual foi implementado pois os donos de pequenas empresas precisam de tempo para se ajustar a nova escala salarial.
A decisão da província deixou alguns empresários decepcionados devido ao aumento alto deste ano e repentino. A Restaurants Canada, que representa a indústria de serviços de alimentação no país, acredita que o reajuste anual é significativo e mais alto que a inflação. Em contrapartida, a BC Federation of Labour, que há tempos defende o salário mínimo de $15 CAD por hora para a localidade, criticou os argumentos dados pelo governo explicando as razões do aumento gradual.
Sem o reajuste, BC tem o quinto salário mínimo mais alto do Canadá, ficando atrás de Ontario, Quebec, Nunavut e Northwest Territories. Segundo levantamento, cerca de 20% dos trabalhadores de British Columbia ganham menos de $15 CAD a hora, sendo que mais da metade deste número são graduados em universidades e faculdades e possuem mais de 25 anos.
Salário mínimo ao redor do Canadá
Quando falamos de Brasil, sabemos que o salário mínimo mensal atual dificilmente irá cobrir todas as despesas de um indivíduo que queira viver com o mínimo de conforto e qualidade de vida, visto que o mesmo está afixado em R$ 954, podendo ter uma pequena variação para mais em alguns estados.
Já no Canadá as leis são um pouco diferentes. Primeiro que o valor mínimo não é calculado por mês e sim por hora trabalhada. Embora algumas empresas acertem valores com seus colaboradores por mês e até por ano, perante o governo a quantidade de dinheiro ganho com o serviço sempre será calculado por hora (para cargos mais altos, muitas empresas estabelecem contratos quinzenais ou mensais). Além disso, a quantia ganha varia de acordo com cada província e o minimum wage (salário mínimo) é determinado de acordo com a necessidade de cada região.
Veja abaixo os menores valores pagos a trabalhadores por hora em cada província canadense:
Alberta: atualmente está em $13,60 por hora, com previsão de aumento para $15 CAD a partir de 01 de outubro deste ano.
British Columbia: $12,65 a partir de sexta-feira, 01 de junho de 2018.
Manitoba: o pagamento mínimo por hora hoje é de $11,15 CAD. O premier do local já anunciou que irá elevar o valor para $11,35 no dia 01 de outubro de 2018.
New Foundland and Labrador: $11,15, sendo que o próximo reajuste previsto é para abril de 2019.
New Brunswick: $11,25, com o próximo reajuste previsto para 01 de abril de 2019.
Nunavut: $13,00 CAD, visto que ocorrem reajustes anualmente na região no mês de abril.
Northwest Territories: $13,46 CAD, valor já reajustado em abril deste ano. As eis locais não estabelecem uma periodicidade para aumentos regulares.
Nova Scotia: $11,00 CAD, sendo que o valor é reajustado anualmente de acordo com o Consumer Price Index.
Ontario: $14,00 CAD por hora, valor estipulado desde 01 de janeiro deste ano. Na mesma data do ano que vem o salario mínimo da província ficará em $15 CAD.
Prince Edward Island: $11,55, com reajustes programados para o mês de abril de cada ano.
Quebec: $12 dólares canadenses por hora, tendo sido aumentado recentemente, no dia 01 de maior deste ano.
Saskatchewan: $10,96, com previsão de aumento para outubro deste ano, sendo que o valor exato será anunciado no final de junho.
Yukon: $11,51, desde 01 de abril de 2018, com previsão de reajuste para 2019.
*Se você quer saber mais informações a respeito da média salarial canadense, acesse o artigo completo que fizemos clicando aqui.
Fonte: http://www.cbc.ca/news/canada/british-columbia/minimum-wage-bc-1.4526320.
Fabíola Cottet
Uma das perguntas de quem vem passear, passar um tempo e até morar no Canadá é se vale a pena deixar para adquirir os itens básicos do dia a dia no país ou trazer do Brasil o máximo de objetos possível. Esta questão depende muito de que tipo de compras estamos falando (caso sejam obras de arte ou itens com alto valor, claro que, as vezes, é mais vantagem verificar empresas de mudança internacional como a Global International Relocation e a Brazil Lines), porém, na imensa maioria dos casos, vale a pena adquirir produtos em terras canadenses, principalmente para quem vem com a intenção de trabalhar e começa a receber o salário na moeda local.
Porém, para os que desejam apenas visitar, os produtos também acabam saindo mais em conta, mesmo convertendo. Embora o cálculo correto não seja a conversão e sim comparar o poder de compra entre um salário mínimo e outro (no Canadá este valor varia de acordo com cada província, mas a média é de $13 CAD por hora, enquanto no Brasil ele está em R$954 por mês, sendo que também pode ocorrer uma pequena variação em cada estado), quando vamos somente visitar outro país acabamos convertendo pois a moeda utilizada para pagamento é o real. Pensando nisto, elaboramos uma lista com o comparativo de preços de alguns produtos queridinhos que os brasileiros costumam comprar no exterior.
Tentamos comparar de acordo com os preços de produtos online, nas maiores revendedoras de cada país, mas obviamente que eles podem ter variação de preço dependendo do lugar e da loja, tanto no Brasil como no Canadá.
Quem viaja para o exterior quase sempre quer saber o preço do iPhone. No Canadá ele é um pouco maior do que nos EUA, mas este valor se dá somente pela conversão da moeda, já que o dólar canadense vale menos que o americano. Lembrando que o iPhone X é o aparelho mais caro da marca no momento e, mesmo convertendo o valor canadense para reais, ele fica infinitamente mais barato comprado no Canadá. E isto não se aplica somente ao smartphone, mas também a todos os eletrônicos e eletro portáteis.
Aqui damos somente um exemplo, e ainda um lançamento que, quando convertido, fica em torno de R$100 mais barato do que no Brasil. É importante ressaltar que o modelo é um lançamento e, além disso, sempre existem promoções ótimas nas lojas e outlets espalhados pelo país, sendo que os compradores conseguem encontrar promoções de calçados para prática esportiva, por exemplo, custando apenas $30 CAD, dependendo da época do ano.
Já falamos várias vezes aqui sobre o inverno canadense. Ele é rigoroso e é necessário ter cuidado especial no que diz respeito a roupas e casacos (clique aqui e saiba mais sobre a estação mais fria do ano). As roupas, no geral, são bem mais em conta no Canadá do que no Brasil. Porém, quando falamos a respeito de casacos para o inverno a diferença se torna imensa. Portanto, não adquira os itens para o frio em terras brasileiras e sim deixe para comprar no Canadá.
Este é um item que mostra a diferença absurda de preços. Em ambos os países o chocolate suíço é importado, mas no Canadá ele custa um terço do preço praticado no Brasil. Pegamos somente o preço da barra de chocolate ao leite, mas em todos os itens a diferença é grande e fica maior ainda quanto mais refinado é o produto da marca suíça.
Aqui vale a pena encontrar promoções nos outlets, pois o valor normal pode ser elevado, embora ainda fique mais em conta do que no Brasil. O Canadá também possui diversos centros comerciais com preços menores, funcionando em um sistema muito semelhante ao dos EUA e muitas promoções reais de cortes de preços durante o ano, que valem a pena e são ótimas para se aproveitar.
O creme Aussie se tornou um dos queridinhos do público feminino brasileiro, porém ele custa um preço relativamente alto no Brasil, variando de R$30 a R$50 reais dependendo do local. O mesmo creme capilar, o 3 Minute Miracle da marca, custa entre $2 e $5 CAD nas terras do True North. O produto custa um sexto do valor no Canadá quando comparado ao preço praticado no Brasil.
Como dito acima quando falamos do iPhone, a diferença de valores em Macbook também é absurda. O valor no Brasil é muito maior do que no Canadá, para o mesmo modelo de computador. Este é o segundo item mais adquirido pelos brasileiros nas viagens, sendo seguido por câmeras, videogames, games e eletrônicos no geral.
Um item lindo para a cozinha, porém com um alto custo no Brasil, é a batedeira Kitchen Aid. Não, ela não é uma bagatela no Canadá, mas pelos valores encontrados custa bem menos, mesmo quando convertemos o dólar canadense para o real. Por isso muita gente tem adquirido o acessório e colocado na mala para despachar direto para o Brasil.
Enxoval para bebês e acessórios são itens comuns de serem adquiridos no exterior quando os pais viajam com certa frequência para fora. Embora o item comparado não tenha tanta diferença no que diz respeito aos carrinhos, quando falamos de mamadeiras, por exemplo, o preço em real de uma unidade é o mesmo do que o conjunto de três, se comprado no Canadá.
Fabíola Cottet
Aproveitando a ocasião do Dia das Mães, que será celebrado no domingo, criamos este artigo para comentar e elencar os desafios de ser mãe no Canadá. Como já escrevemos a respeito, o país é um dos que possui a licença maternidade mais longa do mundo (veja o post completo clicando aqui) e trata a saúde como pública, sendo regida pelo governo em um sistema igualitário e bancado diretamente pelos impostos, na maioria das províncias os residentes não precisam pagar nenhum valor para ter direito a atendimento.
Porém, nem tudo são flores. Não que ser mãe no Canadá seja ruim ou difícil, mas alguns processos são diferentes dos brasileiros, começando pelo sistema de saúde e pelo acompanhamento durante a gestação. Além disso, lembre-se que você vai morar em outro país, provavelmente distante da família e amigos e com um clima característico pelas baixas temperaturas (saiba mais sobre o inverno canadense clicando aqui). Por isso, elencamos alguns dos desafios e explicamos como cada característica funciona no território canadense, confira abaixo!
O primeiro e talvez o mais difícil desafio, pois envolve o lado emocional, é ter filhos distante da família, amigos e colegas. Quando a criança nasce é sempre muito bom que conviva com os avós e com a família, para que crie laços e isso contribua no desenvolvimento do pequeno. Além disso, geralmente os avós e tios, quando residem próximos, sempre estão dispostos a ajudar na criação. Por exemplo, caso o seu filho tenha febre por uma gripe, e seu trabalho seja um pouco distante ou você esteja no meio de uma reunião, pode pedir que sua mãe, ou sua sogra, busque o pequeno na escola. Coisa que morar em outro país não proporciona.
Devemos sempre lembrar que desafios não são coisas ruins. A saudade da família, independentemente de ser mãe ou não, sempre vai existir. Porém, com o tempo, aprendemos a lidar bem com o sentimento e dar muito mais valor a qualidade do tempo que passamos próximos de quem amamos.
Outra barreira que é preciso transpor e entender o sistema de saúde canadense (entenda um pouco mais como funciona acessando este link www.immi-canada.com/sistema-publico-de-saude-como-funciona/ ou clicando aqui). O acompanhamento durante a gravidez pode ser feito com uma midwife, que é a parteira, ou com um médico, geralmente são feitos somente dois ultrassons durante os nove meses, ao invés de três ou quatro, como no Brasil e não há a escolha entre parto normal ou cesárea. Caso não haja nenhuma complicação, impossibilidade ou problema, tanto para a mãe quanto para o bebê, o parto é natural.
Ademais, os pais terão que aprender termos do período em inglês e se comunicar bem, para transmitir aos médicos as necessidades e questionamentos. Por fim, a alimentação, não somente com relação a comida em si, mas também os hábitos alimentares. Uma das maiores dificuldades, é encontrar comida como nos buffets a quilo no Brasil. Para driblar isso, a maioria das famílias cozinha em casa.
*Para saber mais sobre a alimentação no Canadá, acesse www.immi-canada.com/saiba-habitos-alimentares-canadenses/. Se quer ler sobre as comidas típicas, clique aqui.
O inverno tem suas maravilhas mas também é rigoroso e exige cuidados. A primeira estação gelada no Canadá geralmente é a mais difícil, pois exige adaptação, compra de roupas novas, etc. Mas o inverno também possui seus encantos e os canadenses sabem como aproveitá-lo. Tanto quando estiver grávida ou quando o filho já nasceu, existem opções de atividades para todos os gostos.
Outro ponto interessante é que em todo o país existe uma infraestrutura que permite que mulher grávidas, com crianças pequenas de colo e carrinho, idosos e deficientes, que possuem necessidades diferenciadas, possam se locomover e fazer as atividades que o dia a dia exige, tanto no inverno quanto no verão. Na estação mais fria, os locais são aquecidos e a mamãe não passará frio, embora tenha que se agasalhar e usar roupas adequadas quando sair a céu aberto.
* Veja informações, dicas de atividades e cuidados que devemos ter no inverno rigoroso nas terras do True North clicando aqui, acessando este link www.immi-canada.com/como-sobreviver-no-inverno-canadense/ e também no artigo: www.immi-canada.com/e-inverno-divirta-se/.
O idioma, além de ser uma barreira inicial no tratamento durante toda a gestação, pode ser também um desafio com os pequenos. As crianças nascidas no Canadá ou que vão viver no país cedo aprendem o inglês com muito mais facilidade e rapidez que os adultos e, com o tempo, querem se comunicar somente em inglês e acabam deixando de lado o português. Por isso é importante, tanto para os pais quanto para os pequenos, manter o costume do português em casa, principalmente quando a criança já está com um bom nível de inglês. Ter duas línguas desde cedo é ótimo para o desenvolvimento da criança.
Por fim, a cultura e costumes podem ser desafios para os pais. Vivendo em outro país e com um grau elevado de adaptação, as crianças acabam adotando a cultura local muito cedo, o que é muito bom. Porém, a maioria das famílias brasileiras ainda quer manter algumas datas, traços culturais e costumes que possuem do país de origem. Isso é bem possível e depende do esforço da família em inserir os hábitos em casa, independentemente do lugar onde estejam morando.
* Saiba mais sobre adaptação das crianças na escola e como encontrar uma creche no Canadá clicando aqui e também neste link www.immi-canada.com/adaptacao-dos-filhos-na-escola-canadense/.
Fabíola Cottet
Como já falamos diversas vezes aqui, as estações do ano no Canadá são bem definidas: primavera, verão, outono e inverno (para saber mais sobre as características de cada uma, clique aqui). Elas possuem suas particularidades, sendo que em cada época do ano precisamos ter cuidados diferentes com a nossa saúde. Isso se aplica principalmente a nós, brasileiros que estamos acostumados com um clima mais ameno e regular durante todo o ano, sem grandes variações de temperatura, como acontece em terras canadenses.
Pensando nisso, preparamos este artigo elencando os principais cuidados com a saúde que cada uma das épocas do ano demanda. É importante frisar que é preciso se atentar ao clima e ao sinais do corpo. Como o frio é intenso e o clima é característico de um país do hemisfério Norte do planeta, a adaptação requer alguns cuidados , pois são temperaturas e condições completamente diferentes das quais nosso organismo está acostumado.
Inverno
É a época mais temida do ano por todos os brasileiros que vão ao Canadá. Com certeza, quando comenta-se com a família que se está indo morar no país, invariavelmente se ouve: “nossa, mas cuidado para sobreviver no frio”, ou “que coragem, eu não conseguiria viver naquele frio”. E sim! Existe uma vida ativa e animada mesmo no mais rigoroso inverno do país. O motivo é bem simples: infraestrutura. Todos os locais são preparados para as temperaturas abaixo de zero, com calefação e aquecimento que vão fazer com que você se sinta bem com uma simples camiseta de mangas curtas.
Alguns cuidados, além de roupas adequadas para ambientes externos como casacos, botas, calças e blusas térmicas e alguns acessórios como luvas e cachecóis são essenciais. No inverno, a pele fica extremamente ressecada, então creme hidratante é item obrigatório de uso diário, além de um hidratante labial para que a região da boca não fique rachada. Além disso, como o ar fica bastante seco, muitas pessoas optam pelo uso do humidificador de ar em casa, ele ajuda também na questão da pele e ressecamento das narinas causado pela calefação.
Tomar vitamina C, manter-se hidratado e usar filtro solar vale para todas as estações climáticas, mas no inverno este cuidado deve ser intensificado. É importante também manter-se ativo, mas com segurança. No frio as pessoas tendem a permanecer mais em casa, saindo menos para atividades recreativas, o que é errado, pois essa reclusão pode causar tristeza e, em alguns casos mais graves, até uma depressão. Existem diversas atividades que podem ser feitas em ambientes fechados e outras a céu aberto, como todos os esportes de inverno. Por isso é importante manter também a saúde da mente, mas sempre com cuidado.
Leia mais sobre o inverno canadense acessando este link www.immi-canada.com/sera-que-vou-me-adaptar-ao-frio-do-canada/.
Primavera
Embora seja um estação linda, onde todas as árvores e plantas que ficaram secas devido às baixas temperaturas no inverno voltam a florescer, colorindo a cidade com tons incríveis, são necessários cuidados pois a temperatura costuma oscilar bastante nesta época, com dias mais quentes e também períodos frios. Nestas mudanças, nossa imunidade fica mais baixa e o risco de resfriados aumentam.
A estação é característica por ser um período mais propício a alergias, pois o pollen é bastante presente no ar. Portanto vitamina C, um bom período de descanso e sono e um anti-alérgico de prontidão em casa são elementos e atitudes essenciais para se manter saudável na estação.
Verão
O verão no Canadá é, sem sombra de dúvidas, a época mais agitada e curtida pelos canadenses e moradores locais. Existem milhares de atividades ao ar livre em todos os lugares, diversos parques e praças para se ir com programações e festivais diversos, bares, restaurantes e a vida noturna também cresce no período. A época com as maiores temperaturas do ano é bastante seca, principalmente nos dias mais quentes, o que requer um cuidado especial com a hidratação, sempre ingerindo muito líquido, principalmente água.
Protetor solar é requisito obrigatório todos os dias, mas no verão este cuidado deve ser intensificado no que diz respeito a reaplicação quando ficar exposto aos raios solares. Além disso, é sempre aconselhável ficar atento a previsão do tempo e ao Air Quality Health Index (clique aqui para acessar), que mede a qualidade do ar e mostra o quão perigoso é para as pessoas se exercitarem na rua.
Outono
O outono é o período do ano onde os canadenses e residentes tomam a vacina de gripe. É importante se prevenir contra o mal, por isso é aconselhável que todos vão até o ponto de aplicação mais próximo e fiquem imunizados. A estação é linda, com uma cor toda especial pois são os meses em que as folhas das árvores (principalmente a maple leaf) ganham cores diferentes, passam de verde para vermelho, algumas um tom alaranjado e, outras ainda, ficam amareladas.
Os três meses da estação são os últimos dias de temperaturas mais amenas antes do inverno chegar. Então a dica também é aproveitar para se exercitar ao ar livre e realizar atividades.
Fabíola Cottet
Está na hora de declarar seu imposto de renda no Brasil, correto? Pois bem, esse também é o período de declaração no Canadá, onde os moradores do país fazem o tax return, que é bastante semelhante ao que fazemos no Brasil: basicamente você preenche seus dados em formulários, reúne informações e comprovações sobre seus ganhos e gastos e envia a declaração.
Obviamente que, no básico, o funcionamento das duas declarações é parecido. Mas na prática, quando se está em um país estrangeiro e o residente ainda não é familiarizado completamente com a cultura local, ou ainda é a primeira vez que vai declarar seus ganhos no Canadá, a questão pode ser mais complicada de se lidar, mas vamos tentar responder a algumas questões neste artigo.
Tax return
A declaração de imposto canadense é feita até o final de abril e cada contribuinte deve fazê-la. Na prática, quem trabalhou ou morou no país no período de 2017, ano anterior ao atual, deve declarar. Porém, como já dito aqui, as províncias canadenses trabalham de maneira independente em vários aspectos da lei, então com o tax return não é diferente. Basicamente o residente, temporário ou permanente, declara e ao fim verifica se deve pagar uma quantia ao governo ou se tem direito ao tax refund, que é uma restituição por impostos pagos a mais pelo contribuinte ao longo do ano anterior. Porém o sistema não funciona da mesma maneira em todo o país. Primeiramente você deve verificar como proceder e quais são os direitos e deveres na província que está residindo.
Porém, como regra geral, cada residente deve preencher os formulários de acordo com a província que residiu até o final do ano anterior. Há uma exceção a essa regra, que é caso o contribuinte tenha vínculos fortes com outra província, que podem ser familiares (filhos e cônjuge), imóveis ou conta bancária. Neste caso, a declaração deve ser feita pela localidade onde a ligação é mais forte. Vamos supor, por exemplo, que o residente tenha morado em Manitoba, mas tem uma casa em British Columbia, sendo que a esposa e os filhos moram em Ontario, as regras aplicadas serão da província de Ontario, pois é no local que possui os vínculos mais fortes.
Existem vários meio de fazer a declaração. Muitas agências fazem, mediante a um custo que depende de cada caso. O morador também pode fazer por conta própria e, ainda, em algumas províncias existe um serviço voluntário que faz, basta pesquisar no site do local onde cada um reside. Para a declaração, os seguintes documentos e informações são exigidos:
No Canadá é preciso declarar os rendimentos recebidos tanto no país quanto no exterior. Caso o contribuinte ainda possua um imóvel no Brasil, seja sócio de uma empresa e receba lucros, ou ainda tenha renda de algum trabalho que faça para o país a distância, precisa acrescentar estas informações no tax return canadense, sendo que os valores devem ser convertidos para dólar canadense, levando em consideração o câmbio do dia em que foram recebidos.
Todas as informações podem ser encontradas no site da Canada Revenue Agency (CRA), clicando aqui.
Para saber mais, confira a entrevista que a Immi Canada fez com um contador:
Saída definitiva do Brasil
Quem vai morar em outro país deve declarar para a Receita Federal a sua saída definitiva (ou temporária) do país. Caso contrário, o cidadão brasileiro ainda fica sujeito a declarar o imposto de renda no Brasil. Existem dois documentos que resolvem esta questão, a comunicação de saída definitiva (CSDP) e a declaraçãoo de saída definitiva (DSDP).
A comunicação é um documento que deve ser preenchido pelo indivíduo dentro do primeiro ano como residente permanente em outro país. Ela é uma carta que comunica a saída do país e, para isso, é necessário ter em mãos os seguintes dados e documentos: CPF, título de eleitor, data de nascimento e data da saída do país. Porém a última informação não é o dia que o cidadão viajou, mas sim o dia anterior a sua carteira de Permanent Resident (PR). Por exemplo, caso o declarante tenha o PR com data de 24 de fevereiro, a data é o dia anterior, 23 de fevereiro.
Nesta comunicação ainda há a possibilidade de nomear um procurador no Brasil, ou seja, uma pessoa de confiança que lhe representará perante o fisco. Com relação a saída temporária do país, por vezes também é necessário comunicar ao fisco. Isto deve acontecer quando o período ultrapassar um ano. Se um curso superior, no Canadá, tiver duração superior a um ano ou o cidadão brasileiro permanecer por mais de 12 meses, deve fazer a comunicação após o período de um ano.
Já a declaração de saída definitiva, segundo a Receita Federal, refere-se “ao período em que tenha permanecido na condição de residente no Brasil no ano-calendário da saída ou da caracterização da condição de não residente, do primeiro dia útil do mês de março até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subsequente ao da saída definitiva”. Na prática, ela deve ser entregue pelo mesmo programa onde são feitas as declarações de imposto de renda e deve ser entregue até o último dia do mês de abril.
Neste documento o cidadão entrega o imposto de renda do ano anterior, juntamente com a declaração de saída definitiva, mesmo que não tenha residido no Brasil todos os meses do ano de exercício do imposto de renda que irá entregar. Seguindo alei brasileira, a declaração de IR é uma obrigação, da qual o imigrante fica liberado após fazer a declaração de saída definitiva. Porém é importante ressaltar que, caso possua renda de fontes pagadoras no Brasil ou imóvel, a declaração de imposto de renda deve ser feita da mesma forma.
Fontes:
https://www.canada.ca/en/revenue-agency/services/tax/individuals/topics/about-your-tax-return.html
Fabíola Cottet
Já falamos a respeito das comidas típicas do país aqui, agora é a vez de falar um pouco sobre os hábitos alimentares canadenses. Primeiramente a culinária canadense não é, nem de longe, uma das mais tradicionais. Podemos dizer que, devido ao mix cultural imenso que é o país, com comunidades e imigrantes de todos os lugares do mundo, é muito fácil encontrar restaurantes típicos de todos os países, inclusive do Brasil, nas maiores cidades.
Mas não estamos aqui para falar do poutine, que é o prato típico mais famoso do país, que nada mais é que batata frita com queijo e gravy, que é uma espécie de molho a base de carne, queremos abordar os hábitos alimentares canadenses e deixar os brasileiros que vão para o Canadá tranquilos. Embora os alimentos mais consumidos e a rotina na hora de se alimentar seja bem diferente do Brasil, ninguém vai precisar mudar completamente os hábitos ou deixar de comer algo. Nas maiores cidades, ou seja, em todas as capitais e grandes áreas das províncias, se encontra quase tudo o que o brasileiro está acostumado a ingerir: arroz, feijão, tapioca, guaraná, etc. Algumas coisas mais específicas podem ser mais difíceis de serem encontradas, porém não é impossível. Além disso, sempre pode existir algo parecido ou até melhor, com o mesmo sabor, no mercado na esquina de casa.
Com relação a importância das refeições, o café da manhã e o jantar são as principais meals. Ao contrário do que acontece no Brasil, onde geralmente o almoço ganha destaque e traz um prato mais completo.
Café da manhã
A refeição matinal do canadense, na maioria das vezes, é mais completa e parecida com a estadunidense: ovos, bacon, torradas, panquecas com maple syrup, waffles, etc. No país é comum acrescentarem ao prato a famosa hash brown, que são batatas raladas fritas com pouca gordura. Os mais saudáveis optam por uma combinação de iogurte e frutas vermelhas ou um sanduíche natural. Aos finais de semana é comum ver famílias indo tomar um bom café da manhã em uma das cafeterias tradicionais espalhadas ao redor do país.
Porém, durante a semana, muitas pessoas passam nos restaurantes de grandes redes e pedem sua refeição da manhã para levar e ir degustando no caminho para o trabalho, seja no carro, no metrô, no ônibus, na rua caminhando ou até mesmo em frente ao computador na empresa.
Almoço
No Brasil somos habituados a ter pelo menos uma hora para fazer a refeição do meio do dia. Isso no Canadá é praticamente impossível. Como pela manhã o costume é tomar um café reforçado, às 12h o horário é para uma comida rápida. E outra importante diferença aqui é que praticamente todo mundo leva marmita de casa para o trabalho, clube, faculdade, escola, ou qualquer outro lugar. É comum existir micro-ondas em todos os lugares para que as pessoas aqueçam a comida. A quantidade de alimentos ingerida nesta refeição costuma ser bem menor que o que estamos acostumados no Brasil, por isso o intervalo para isso nas empresas é de 15 a 30 minutos no máximo.
Quem opta por comprar o almoço fora, geralmente faz a escolha por um sanduíche ou lanche rápido, que também pode ser consumido em qualquer lugar. Muitos trabalhadores almoçam em frente ao computador, fazendo com que saiam mais cedo no final do expediente. Os alimentos aqui são bem variados, pois o país é multicultural e cada um leva na marmita seus pratos preferidos.
Jantar
O primeiro detalhe e super importante: canadenses jantam cedo. O horário de trabalho nos escritórios costuma começar entre 7h e 8h e terminar por volta das 16h. Então às 18h o pessoal está jantando. Isso não somente em casa, acontece nos restaurantes também. Caso você não tenha se informado e queira sair para um jantar romântico com o cônjuge para comer por volta de 21h30, é bem provável que não vá encontrar a cozinha dos restaurantes aberta ou ache somente os milhares de fast-foods espalhados pelo país.
Esta costuma ser a hora em que as famílias se reúnem a mesa e fazem uma refeição mais completa. As refeições do anoitecer acontecem com mais frequência em casa e são mais substanciosas no que diz respeito a nutrientes.
Alimentos e finais de semana
Algumas frutas, verduras, legumes e até mesmo alimentos industrializados são mais populares no Canadá, como é o caso de cogumelos e aspargos, por exemplo, que podem ser encontrados em qualquer mercado e por um preço bem acessível. Eles também comem muita batata, como acompanhamento para todos os tipos de carne, em especial salmão, camarão e carne de porco. Estas tem um preço mais baixo com relação às outras. Os acompanhamentos, além das batatas, costumam ser legumes, queijos ou massas. Os canadenses não comem arroz e feijão como os brasileiros, porém é muito fácil encontrar os alimentos no supermercado, sendo que os feijões enlatados predominam.
Com relação às bebidas é bem comum o consumo de refrigerantes, sucos industrializados e bebidas alcoólicas no geral, sucos naturais possuem um preço um pouco mais elevado e geralmente são servidos em poucos restaurantes. É importante ressaltar que os canadenses também adoram fast-food e comida congelada, quase tanto quanto os vizinhos estadunidenses. Então a sessão de congelados dos supermercados sempre possui uma variedade enorme de pizzas, salgados, alimentos, snacks, hambúrgueres e etc. Além disso, a quantidade de lojas de comida rápida nas ruas é abundante e o preço costuma ser em conta, portanto é a opção mais “fácil” para uma refeição rápida.
Nos finais de semana é comum os restaurantes servirem brunch, que é uma espécie de café da manhã e almoço juntos. Os canadenses também adoram café, que é diferente do brasileiro, mais fraco. As cafeterias costumam servir guloseims como donuts, croissants e doces para acompanhar a bebida quente. Com relação ao restaurantes e bares com espaços externos, eles são chamados de “pátio” e costumam lotar no verão.
*Para saber a respeito dos 20 pratos típicos da culinária canadense, clique aqui www.immi-canada.com/culinaria-no-canada-20-comidas-tipicas/.
Fabíola Cottet
Mudar para outro país é recomeçar e, na maioria das vezes, não temos completa certeza do que vamos encontrar e como resolver assuntos do dia a dia. Uma destas primeiras preocupações, para as famílias que vão com filhos pequenos, é como encontrar uma creche ou escola para as crianças no Canadá. As creches são chamadas de daycare, um espaço muito semelhante às pré-escolas do Brasil.
A primeira coisa que se deve saber a respeito das instituições que cuidam das crianças é que elas são pagas e, dependendo da província, os valores são altos e vão consumir uma quantia relevante do orçamento familiar, portanto isto deve ser pesquisado e levado em consideração antes de sair do Brasil (clique aqui e confira o artigo sobre como fazer um planejamento financeiro). Obviamente que, após os quatro ou cinco anos, dependendo da região, a criança passa a ter acesso à escola pública, custeada pelo governo.
Na busca pelo daycare para o filho, os pais precisam se ater à duas modalidades: home child care e o child care centre. A primeira são casas de pessoas licenciadas pelo governo canadense para cuidar de crianças. Esta opção pode ser indicada para crianças pequenas, que precisam de mais cuidados, pois geralmente a casa tem uma ou duas cuidadoras, com no máximo oito crianças. A escolha também costuma ser mais em conta, se levarmos em consideração o child care centre. Este, por sua vez, funciona mais no sistema de creches que estamos acostumados no Brasil, com turmas e salas para os pequenos, em uma instituição privada.
Seja qual for a escolha, os pais precisam verificar se o local possui licença governamental para funcionar. Para obter esta licença, que é emitida pela província onde está localizado o daycare, ele precisa passar por inspeções de saúde, segurança, checagem de credenciais dos profissionais que trabalham com as crianças, antecedentes criminais, espaço adequado e treinamento de primeiros socorros. Além disso, a autoridade da região também verifica se a programação vai de acordo com as necessidades físicas, psicológicas, motoras e de adaptação dos pequenos.
*No site de cada província ou cidade existe uma aba destinada à educação. Nela os pais encontram a lista de home child care, child care centre e também escolas públicas para os filhos. As instituições de Toronto, por exemplo, podem ser acessadas clicando aqui. Já na região de Vancouver o link é owww.healthspace.ca/Clients/FHA.
Limitação de idade e horários
Primeiramente é bom lembrar que o ano letivo no Canadá se inicia em setembro e termina em meados de junho. As crianças possuem cerca de dois meses e meio de férias de verão: junho, julho e agosto. Depois disso os escolas costumam parar por 15 ou 20 dias na época do Natal e Ano Novo. Nas creches o período de intervalo no verão costuma ser reduzido para um mês.
Com relação a idade mínima para a criança ser aceita no daycare, ela pode variar. Porém a partir das seis semanas já é possível encontrar uma creche. As vagas são bastante concorridas, principalmente até os dois anos, portanto é essencial ter planejamento e pesquisar com antecedência possíveis locais para não precisar de um grande deslocamento ou correr o risco de não encontrar um local.
Já a idade máxima para os pequenos frequentarem o daycare é de cinco anos. No entanto, a exigência varia de acordo com cada província. Em Ontario, por exemplo, com quatro anos as crianças já podem ir para a escola pública. Já em Manitoba (saiba mais detalhes clicando aqui) o direito de usufruir do ensino governamental é dado as crianças que completam seis anos até o último dia do ano em questão. Mais um motivo que deve ser levado em consideração pelos pais quando estiverem mudando para o Canadá.
Antes dos 2,5 anos os pequenos tem um programa de atividades voltado a coordenação, estimulação dos sentidos e enfim, atividades básicas. A partir desta idade as tarefas são mais avançadas e geralmente já incluem ensino de línguas (além do inglês, claro), música, artes e atividades físicas. Esta fase pode ser considerada uma preparação para a escola pública, além de contribuir muito com o desenvolvimento.
Os horários de funcionamento das instituições mudam, mas o padrão é das 7h até às 17 ou 18h. No Canadá, tanto para os trabalhadores, no caso os pais, quanto com relação ao daycare, existe flexibilidade. Caso a criança precise ficar uma ou duas horas a mais, os pais devem negociar com a creche e pagar a hora extra diretamente. Existe a opção de matricular o filho no programa full time, ou seja, de segunda à sexta em período integral, ou part time, também nos dias de semana porém por somente um período, manhã ou tarde. Alguns locais oferecem o parcial, que geralmente é adaptável a necessidade dos pais, que pagam um determinado valor e o filho pode ficar de 1 a 2 dias por semana no daycare, por exemplo.
Documentos para matrícula
Os pais precisam preencher todos os dados do filho e deles em uma ficha, anexar a cópia da carteira de vacinação traduzida e pagar a taxa de matrícula que, em alguns casos, é revertida em desconto na primeira mensalidade. Depois da efetivação, os pequenos ainda passam por um período chamado de mandatory gradual entry period, ou período mandatório de entrada gradual. No intervalo de uma semana a criança vai se adaptando aos poucos com o ambiente, para, no quinto dia, permanecer na creche em período integral.
Alimentação e valores
Com relação a alimentação, o oferecido varia conforme o daycare e o preço. Alguns fornecem almoço e janta por um valor a mais, outros incluem somente os lanches e alguns pedem que os pais preparem o alimento e mandem para a escola.
Os valores variam muito de província para província e podem chegar a custar 1,5 mil dólares a mais ou a menos, dependendo da região. Veja abaixo uma tabela com os custos médios das instituições em 2017, segundo o site Policy Alternatives.
Para saber mais sobre adaptação dos filhos na escola, acesse www.immi-canada.com/adaptacao-dos-filhos-na-escola-canadense/.
Fontes:
Fabíola Cottet
O Valentine’s Day no Canadá, ou Dia de São Valentim, equivale ao Dia dos Namorados no Brasil. A diferença principal é que em terras canadenses ele é comemorado no dia 14 de fevereiro e, no Brasil, a data é celebrada em 12 de junho. Uma curiosidade pouco explorada, quando se fala em Canadá, está nas diferenças entre os relacionamentos, sendo que vários são os boatos: “o povo canadense é mais frio”, “eles não perguntam sobre a sua vida” e até “não há demonstração pública de afeto”.
Para marcar a data e também para ajudar a esclarecer estes boatos, entrevistamos duas brasileiras, uma delas namora um canadense e outra irá casar com um em setembro deste ano. Lourdes Silva mora em Winnipeg, na província de Manitoba, há um ano e quatro meses e namora o canadense Ryan Nesbitt. Ela é arquiteta e ele broadcast technician. Eles se encontraram pelo aplicativo Tinder e namoram há 10 meses. Já Juliana Von Der Maase Dotta conheceu o canadense Brandon Moore em um intercâmbio que fez na Austrália, ele estava a trabalho no país e ela estava estudando. O motivo dela ter se mudado para Toronto, em Ontario, lugar onde mora há cinco anos, foi seu noivo Brandon, eles se casam em setembro deste ano. Juliana é gerente de restaurante e seu futuro marido trabalha como gerente de operações.
Conhecendo alguém
Juliana e Brandon ficaram juntos na Austrália por cerca de quatro meses. “Ele voltou para o Canadá e eu fiquei na Austrália, ficamos separados por um ano. Quando terminei meu intercâmbio lá tive que tomar uma decisão, ou voltar para o Brasil ou ir para Toronto, no Canadá, morar com o Brandon, pois ele havia me convidado. Eu decidi ir, mas impus a condição de que ele teria de ir ao Brasil pedir permissão aos meus pais. Ele foi e estamos juntos até hoje”, conta ela.
Lourdes conheceu Ryan pelo Tinder. “Cheguei ao Canadá solteira e queria conhecer alguém bacana. Depois de alguns encontros que não deram em nada, pois a forma de se conhecer é muito diferente do Brasil, eu já estava descrente. Em janeiro eu conversei com o Ryan, tomei a iniciativa e mandei mensagem para ele. Tivemos algumas conversas curtas, então depois disso ele viajou, ficou um mês fora e não nos falamos nesse período. Quando ele voltou de viagem me mandou mensagem marcando um café, nos desencontramos algumas vezes e depois acabamos conseguindo nos encontrar e estamos namorando até hoje”, relata a arquiteta.
Sobre as diferenças com relação ao Brasil, Lourdes conta que achou que os canadenses realmente são mais frios, mas isso pode ser uma característica positiva. “Quando o pessoal vai para uma balada ou bar, geralmente o interesse não é namorar alguém, mas quando marcam um encontro, eles não querem simplesmente ficar, a intenção é, de fato, conhecer a pessoa e ver as afinidades. No nosso primeiro encontro eu estava tranquila e sem nenhuma pretensão, então foi muito bacana, pois ao contrário do Brasil onde na maioria das vezes algo já acontece na primeira vez, no Canadá isso é raríssimo. Nós conversamos muito e os homens respeitam muito as mulheres, todos os canadenses. Conheci alguns antes do Ryan e nenhum deles encostou em mim, como comumente acontece no Brasil. Eles esperam a mulher tomar atitude ou pedem se podem dar um beijo, por exemplo”, explica ela.
A gerente de restaurantes Juliana diz que, pelo fato dela ter ido para o Canadá a convite do atual noivo, o começo foi bastante complicado pois ela não conhecia ninguém e até então nunca tinha pensado em morar no Canadá. A permissão de trabalho dela saiu depois de um ano com o visto de turista. Neste período a profissional relata que, pelas diferenças culturais, foi um ano de readaptações e recomeços, e também que foi difícil fazer as primeiras amizades, pois os amigos e amigas do noivo eram canadenses e tinham um perfil diferente do que ela estava acostumada no Brasil. “Com o visto de trabalho nós demos entrada no Common Law e eu havia começado a trabalhar, então fui construindo a minha rede de amizades por mim mesma, me sentia mais independente. Eu consegui emprego na comunidade brasileira pois eu não tinha experiência canadense e nem havia estudado aqui”, relata ela.
Diferenças culturais
Com relação às diferenças culturais no relacionamento, para ambas as entrevistadas, desde o início, do primeiro encontro até morar com alguém é tudo muito diferente do que estavam habituadas no Brasil. “É tudo muito, muito, muito diferente. Eles não tem o mesmo calor e a mesma preocupação que temos. Abraçar e beijar em público não é comum, eles não fazem isso e acham estranho. Quando conheci o Brandon demorou quatro encontros para darmos o primeiro beijo, o que já é completamente diferente do Brasil. Isso foi uma das coisas que me encantou nele. Primeiro ele queria saber quem eu era, para depois ver se tínhamos características e gostos em comum, para aí sim começarmos algo. E a partir do momento que ficamos pela primeira vez, o que pra gente no Brasil não quer dizer nada ou que você vai encontrar ainda aquela pessoa, eu já senti que estava em um relacionamento com ele a partir daquele momento, já nos falávamos todos os dias”, descreve Juliana. Ela ainda complementa que acha estranho até hoje os casais não se cumprimentarem com um beijo, mas sim um “oi, tudo bem?” ou “olá, como foi seu dia?”.
Lourdes também enfatiza o respeito no país por parte dos homens. “Eu percebo que eles são mais feministas aqui, não são machistas. Respeitam a mulher, nossa opinião, são extremamente honestos e gostam muito do espaço deles, tanto o homem quanto a mulher, não é uma característica só masculina. No Brasil eu percebia que muitos casais não faziam programas sozinhos, mas somente juntos. Aqui não, é super normal um final de semana o homem sair com os amigos e ela sair com as amigas e tá tudo bem, isso não é um problema para nenhuma das partes e não gera nenhum tipo de briga”.
A arquiteta ressalta uma característica interessante: a traição. Segundo ela, isso é algo muito menos frequente no país, pela sua percepção. “Aqui os homens respeitam as mulheres e nenhuma delas recebe cantadas nas ruas, isso realmente não é comum por aqui. A sociedade no geral é muito menos sexualizada e eu percebia no Brasil uma banalização, pois tudo o que fala ou faz tinha uma coisa sexual no meio”.
Juliana ressalta que as diferenças culturais são enormes e não estão somente no que diz respeito ao relacionamento, mas também aos costumes. “Com comida é muito diferente, o que eu estou acostumada, ele não está. A gente sai e vai para um restaurante, por exemplo, e eu fico horas conversando, bebendo, e ele não, ele senta, pede o prato, come e paga e em meia hora a gente janta. No começo foi muito estranho, neste aspecto eu estou tentando trazer ele para a cultura brasileira. Nós temos o calor, a coisa de família e aproveitar o momento”, relata a profissional. Outra diferença que ela vê é a questão da família e amigos, pois ninguém dá opinião ou palpite na vida dos outros e costumam ser bastante reservados com relação à vida pessoal, além de que respeitam muito a escolha e o jeito de ser de cada um.
Comemoração Valentine’s Day
A celebração da data no Canadá acontece de maneira muito parecida com o 12 de junho no Brasil. Os casais trocam presentes e os restaurantes mais românticos e elegantes ficam lotados com reservas ainda antes da data chegar. Além disso, nas terras do True North as pessoas também trocam cartões, como uma celebração não só de amor de casais, mas também entre familiares, amigos e crianças.
Caso a família ou o casal vá passar a data no país, é importante acompanhar a programação de cada cidade, pois diversas possuem eventos na época, destinados à famílias e casais, como festivais, feiras, festa de luzes, eventos gastronômicos, dentre outros.
Fabíola Cottet
Um dos milhares de questionamentos de quem tem o sonho de morar em terras canadenses é como funciona a previdência. Em primeiro lugar é importante saber de um dado: cerca de 55% da população total do país possui alguma das opções de investimento oferecidas pela previdência privada, segundo dados de 2015 da Financial Consumer Agency of Canada (FCAC). Enquanto isso, no Brasil, os números do mesmo ano revelam que somente 7% da população investe na modalidade privada, de acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).
O que isso quer dizer? Que os canadenses aposentados não conseguem viver somente da aposentaria. Recentemente a Immi Canadá, representada pela diretora e consultora de Imigração Celina Hui, juntamente com a 3RA Intercâmbio dirigida pelo profissional Francisco Zarro, realizaram um Webinar com o certified financial planner Paulo Moulatlet, que é especialista no assunto e vive no Canadá desde 1995.
Segundo o planejador financeiro, as estatísticas canadenses revelam que um casal que tenha cerca de 65 anos de idade cada um, que já tenha a casa própria quitada, e quiser manter um estilo de vida bom e confortável, precisa ter uma renda que gire em torno de $65 mil CAD por ano. E este valor está longe do máximo pago pelo governo canadense aos aposentados, como veremos ao longo deste artigo. “O Canada Pension Plan cobre somente cerca de 25% do valor estimado”, afirma Moulatlet.
É importante ressaltar que, vendo o alto número de pessoas que optam pela previdência privada, diversas e complexas são as opções (para saber mais sobre este assunto, acesse www.immi-canada.com/previdencia-privada-brasil-x-canada/). Existem empresas que incluem em seu pacote de benefícios um plano de aposentadoria ou uma poupança privada como benefício ao funcionário, inclusive. Isso dá uma ideia do quão comum e necessário é poupar dinheiro para a melhor idade no Canadá.
Canada Pension Plan (CPP)
Ele é o Fundo de Pensão do Canadá, que é a previdência governamental canadense, semelhante a previdência social brasileira ou o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O benefício proporciona, basicamente, uma renda ao contribuinte e familiares em caso de aposentadoria, morte ou invalidez.
A idade mínima para se aposentar no país é com 60 anos de idade. Porém, caso o cidadão opte por esta idade, ele terá um redução no valor pago da aposentadoria, que é de menos 0,6% ao mês antes da idade de 65 anos. Já o limite máximo para o canadense dar entrada na aposentadoria é com 70 anos, sendo que neste caso o indivíduo consegue um acréscimo de 0,7% ao mês no tempo que passou dos 65 anos.
Moulatlet explica que qualquer trabalhador com mais de 18 anos e que esteja empregado em empresas canadenses contribui para o CPP obrigatoriamente. O valor máximo da contribuição é de 4,95% e a empresa contribui também com a mesma porcentagem, por isso autônomos devem pagar duas vezes. O profissional mostra os valores máximos de aposentadoria, conforme a tabela abaixo:
Como visto, o benefício máximo pago pelo governo não chega aos $1,2 mil CAD mensais, sendo que a média de todas as aposentadorias pagas gira em torno de $650 CAD. Além disso, o financial planner ressalta que a invalidez no Canadá é permanente, ou seja, o benefício só é concedido ao cidadão que não tem nenhuma condição de exercer qualquer tipo de trabalho.
“Não é todo mundo que vai receber o benefício máximo”, explica o especialista. A conta para saber o valor é pegar a idade em que o contribuinte se aposenta, subtrair 18 anos e, neste período, se o cidadão conseguiu contribuir com o máximo do valor para a previdência, ele receberá o valor mais alto.
Para informações adicionais, acesse os links abaixo:
https://www.canada.ca/en/services/benefits/publicpensions/cpp.html
https://www.canada.ca/en/services/benefits/publicpensions/cpp/cpp-enhancement.html
https://www.canada.ca/en/employment-social-development/services/my-account.html
Old Age Security (OAS)
Ele é um fundo de pensão dos idosos e o trabalhador não contribui mensalmente com ele, diretamente, como no CPP. Um valor determinado da arrecadação total de impostos vai para este fundo e é deste montante que são retiradas as contribuições.
O OAS, segundo Moulatlet, é baseado no tempo em que a pessoa viveu no Canadá. Para receber o valor máximo do benefício mensal o residente precisa ter morado no país por 40 anos e, nos últimos 10 anos anteriores a data de aplicação para o fundo, ter morado continuamente no território, o que significa não ficar por um período de mais de seis meses fora do país.
O profissional de finanças também explica que, dentro deste fundo de pensão existe um adicional que é recebido no caso de sobreviventes de contribuintes e também para pessoas que tenham a renda anual abaixo dos $17.784 mil CAD, que podem vir a receber um valor de $876 CAD por mês, desde que sejam solteiros, divorciados ou viúvos. Porém, ele também afirma que o máximo mensal que um cidadão pode ganhar do OAS é de $586,66 CAD, independentemente do estado civil, pois todos os cálculos são feitos baseados na renda individual. Caso a renda anual do indivíduo ultrapassar $122.843 mil CAD, ele não tem direito ao valor. E se a renda ultrapassar os $75.910 mil CAD anuais a quantia recebida pelo fundo diminui.
As condições para aplicação para o OAS são o tempo de residência, ter 65 anos de idade ou mais e ser cidadão canadense ou residente permanente. Existem muitos casos que não satisfazem o requisito de tempo, pois o imigrante chega ao país já com mais de 45 anos, por exemplo. Ele explana que aí é que entram os acordos bilaterais entre o país de origem do imigrante e o Canadá.
Acordo bilateral Brasil x Canadá
O acordo de aposentadoria entre Brasil e Canadá só beneficia os imigrantes no que diz respeito ao tempo e entrou em vigor em agosto de 2014. “Que fique claro que ele não serve para adicionar ou mudar valores dos benefícios, somente pode contar tempo. Por exemplo, para o fundo de pensão do idoso o residente canadense pode pegar os anos de contribuição pagos ao INSS e acrescentar ao tempo necessário de 10 anos vivendo no país, caso seja preciso”, acrescenta Moulatlet.
No que diz respeito ao CPP, ele só vale em casos de invalidez e morte. Caso um casal mude do Brasil para o Canadá e um dos cônjuges venha a falecer, o sobrevivente pode acrescentar tempo de contribuição pagos ao INSS como créditos de tempo para ser qualificado a receber os benefícios do Canada Pension Plan para sobreviventes.
É importante ressaltar que os números base mudam, geralmente todos os anos, por isso é importante acompanhar os valores próximo ao momento da entrada da aposentadoria.
Mais informações sobre o acordo bilateral: https://portal.inss.gov.br/wp-content/uploads/2017/07/Cartilha-Acordo-Previdencia-Brasil-Canada.pdf.
Para ver o Webinar completo a respeito do tema acesse o link https://events.genndi.com/replay/169105139238458878/206f683216/0/0?inf_contact_key=b2435f58b61db3b3437a8079b738c54ab25f8f1a6789ac71409b80a25395a05c.
Fabíola Cottet
Procurar um apartamento para alugar no Canadá pode ser feito a partir de diferentes formas: pesquisas online, contratação de empresa especializada, contato direito com administradores de prédios ou o proprietário, indicação de conhecidos, e por aí vai. Neste processo estão em jogo desde o valor disponível para a moradia, até as facilidades ou dificuldades que a localização pode impactar no dia a dia. Além disso, há necessidade de se entender algumas regras na relação entre o landlord (quem aluga) e tenant (quem mora).
Primeiramente, é bom sempre lembrar que algumas políticas de locação podem mudar de acordo com a província ou território do país. Para a elaboração deste conteúdo, a base foram os procedimentos de Ontário, uma das províncias mais procuradas pelos recém-chegados, principalmente a região em que está Toronto, a maior cidade canadense. Embora alguns dados abaixo possam ser um pouquinho diferentes se o seu destino é outra localidade, não se preocupe, pois com certeza irá ajudar no momento em que encontrar o seu novo lar.
Item básico é que um contrato de locação de um apartamento deve ser lido na íntegra e depois assinado por você e a pessoa ou empresa responsável pelo imóvel. Este documento é muito importante, pois nele constam os direitos e deveres de ambas as partes. Aqueles recém-chegados que estão em fase de aprendizado do idioma inglês (ou francês) devem ter atenção redobrada, e se necessário, buscar ajuda de alguém que possa traduzir todos os termos.
Existem casos em que há somente um acordo verbal, principalmente quando se trata de um período de aluguel curto ou quando é apenas um quarto dentro da unidade de moradia. Nestas situações os cuidados devem ser maiores, pois apesar de o Canadá ser um país muito seguro, isso não significa que estamos livres de más intenções. Desta maneira, formalizar tudo o que foi combinado, e ter uma cópia deste papel, é a melhor saída.
Independentemente da forma do contrato, quem aluga um imóvel em Ontário está protegido pela lei local (Residential Tenancies Act), mesmo que não haja nada por escrito. Mas caso ocorra algum problema, fica mais difícil provar as condições as quais a locação foi acertada entre as partes. E em geral, este importante documento traz as seguintes informações:
Conheça alguns deveres do morador
- Pagar o aluguel na data estipulada em contrato, em linhas gerais, os atrasos são seguidos de multas e pode até haver o pedido de desocupação do imóvel;
- Manter o apartamento limpo, bem conservado e comunicar qualquer inconformidade com o proprietário ou administradora;
- Respeitar as regras quanto a presença ou não de animais de estimação, pois há prédios que não são “pet friendly”, ou seja, não permitem ter um bichinho no apartamento;
- Colocar o lixo no lugar apropriado e seguir os procedimentos de reciclagem adotados pelo prédio;
- Seguir as leis vigentes da cidade a respeito do excesso de moradores na unidade alugada, ou seja, não pode ter mais pessoas vivendo em um apartamento por longo período de tempo acima do que foi permitido no momento da locação;
- Respeitar e não incomodar os demais moradores do prédio, com barulhos excessivos, por exemplo.
Conheça agora alguns direitos do morador
- O apartamento deve ser recebido limpo e em bom estado de conservação, com eletricidade, sistema de aquecimento, água corrente e com eletrodomésticos (frigorífico e fogão obrigatórios) em pleno funcionamento;
- O inquilino tem direito à privacidade, e em geral, se o proprietário ou administradora precisar entrar no apartamento deve avisar por escrito 24 horas antes, a menos que seja uma emergência, como um caso de incêndio, por exemplo;
- Quando você muda para o seu novo lugar, verifique e teste todo o imóvel, comunicando imediatamente se algo não está funcionando, para que seja providenciado os reparos necessários por parte do landlord;
- Os inquilinos que residem em Ontário, podem buscar ajuda no órgão "Legal Aid Ontario" se necessitarem de apoio jurídico em relação a problemas relacionados a moradia.
Alugou um apartamento, gostou do local e em breve vai vencer o primeiro ano de contrato... e agora?
Antes de vencer o contrato é enviado um aviso que informa o valor do reajuste do aluguel, bem como se você tem interesse em continuar o contrato. Neste momento o inquilino pode optar pela renovação de mais um ano ou por pagar “mês a mês”, ou seja, não é mais obrigado a renovar por 12 meses. E se após esse primeiro ano o morador decidir sair do apartamento precisa escrever uma carta e entregá-la 60 dias antes do mês em que irá deixar o prédio.
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Fontes: http://www.legalaid.on.ca/en/ / https://settlement.org/downloads/First_Days_Guide_EN.pdf http://www.mah.gov.on.ca/page137.aspx