O tempo entre a aplicação para o visto e a resposta do governo é um período de ansiedade e angústia para a maioria dos requerentes. Afinal de contas, o planejamento de seus futuros, por muitas vezes, depende daquela resposta. Quando o retorno chega, sempre esperamos que ele seja positivo mas, infelizmente, isso não acontece em todos os casos. O visto negado é uma possiblidade real, por vários motivos que vamos elencar aqui.
O departamento de imigração e vistos do Canadá não divulga um número de vistos negados anualmente, mas eles ocorrem com bastante frequência. Caso você seja uma das pessoas que já teve o seu visto negado, não se desespere. Nada te impede de corrigir o que estava em desacordo com o exigido no processo e reaplicar.
Para diminuir significativamente os riscos de ter uma resposta negativa, vale sempre a contratação de um profissional. Nós, da Immi Canadá, temos uma taxa de aprovação de 95% em todos os nossos processos, pois além de nos certificarmos sempre que todos os procedimentos estão completos, nossos consultores de imigração sempre fazem uma revisão criteriosa antes de enviar os documentos para a imigração.
Motivos do visto negado
Visto negado: requerente pode reaplicar a qualquer momento.
O que deve-se lembrar sempre é que não existe uma fórmula e a documentação é avaliada por um oficial de imigração. Ele irá verificar se todos os requisitos e regras foram atendidos e dar o parecer final. Além disso, os profissionais também estão sujeitos a cometer erros, além de interpretar as informações mandadas de acordo com o seu ponto de vista e experiência, portanto o mais importante é sempre ser o mais claro e objetivo possível. Veja abaixo as razões mais comuns pelas quais o visto pode ser negado.
O Immigration, Refugees and Citizenship Canada (IRCC) estipula uma lista de documentos e formulários necessários para cada tipo de visto e aplicação (veja mais informações clicando aqui). Estas exigências devem ser cumpridas à risca. Caso alguma das comprovações da lista não se aplique em determinados casos, isso deve ser explicado ao oficial na carta de intenção, onde o aplicante deve apresentar os motivos de não ter o determinado documento, além de tentar anexar ao processo algum comprovante que substitua o solicitado.
Várias aplicações retornam para as mãos do requerente negadas pelo motivo de “misrepresentation”, que quer dizer informações deturpadas. Embora a palavra tenha um significado bastante pejorativo em português, para o oficial de imigração ela pode significar apenas que os dados apresentados podem estar incompletos. Isso pode acontecer por questões não respondidas, informações incompletas ou confusas, ou má interpretação das perguntas do formulário. Também pode significar o sentido ruim da palavra, que é apresentar documentos ou dados falsos. Ter um agente de imigração auxiliando no processo diminui muito os riscos disso acontecer, pois a penalidade para esse motivo de visto negado não é só a negativa, mas pode ser a proibição de solicitar qualquer tipo de visto para o Canadá por dois anos (se o caso for para Quebec, a penalidade pode chegar à cinco anos).
Um dos requisitos analisados pelo oficial do Canadá é seu histórico de viagens internacionais e seu vínculo com o país de origem. Isso não significa que você terá seu visto negado caso nunca tenha viajado para fora do Brasil, vai depender se o restante da documentação apresentada convence o profissional que está avaliando. A comprovação de histórico são cópias das folhas do seu passaporte, atual e antigos, com vistos e carimbos para os locais que você viajou.
O vínculo com o país de origem, muitas vezes, é subjetivo. Luana*, arquiteta que hoje reside em Manitoba, teve seu visto recusado por duas vezes, na terceira aplicação, após contratar serviços de um profissional, conseguiu a resposta positiva.
“Na primeira vez eles alegaram falta de vínculos com o Brasil. Eu não entendi pois além de emprego fixo há cinco anos, com carta de empregador dizendo que eu teria o emprego garantido após um ano de estudo, eu tenho duas propriedades no Brasil, além de família”, conta ela. A arquiteta conseguiu compreender depois de verificar que o real motivo estava ligado ao curso que ela faria. “Eu havia aplicado para um curso que não tinha relação com a minha área de trabalho, após mudar o propósito do visto, consegui a aceitação”.
Para evitar uma recusa por este motivo, é importante apresentar o maior número de documentos possíveis, tais como carta de empregador (caso seja aplicável), declaração de férias, registro de bem imóveis (caso o aplicante ou o responsável possua), registro de pessoa jurídica (se tiver uma empresa), dentre outros, além de uma carta de intenção bem embasada, explicando os reais motivos da viagem.
O governo canadense exige uma comprovação de valores. Significa que você precisa apresentar documentos e extratos bancários que provem que você tem dinheiro para bancar as suas férias aqui ou arcar com os custos de estudar no país por seis meses ou mais.
Caso o visto seja de turismo, extratos bancários podem ser suficientes, dependendo da situação. Quando o objetivo é de estudo por prazo superior é imprescindível comprovar os valores estipulados pelo governo para cada categoria de visto (você pode consultar os valores clicando aqui), enviando Imposto de Renda (IR), extratos bancários dos últimos quatro meses, extrato de poupança, extrato de aplicações (CDB, ações da bolsa de valores, fundo de investimento, tesouro direto, etc.), comprovante de venda de algum bem para pagar os custos da viagem (carros, por exemplo), holerites, dentre outros.
Quando o aplicante não pode arcar com todos estes custos, um familiar pode ser seu patrocinador, escrevendo uma carta assinada e enviando todos os documentos que comprovem que ele possui fundos, conforme mencionado. Os valores necessários são estipulados pelo governo canadense e não estão abertos à nenhum tipo de negociação, o solicitante deve possuir o valor, e este montante não pode incluir passagem aérea, custos com despesas iniciais de hospedagem, taxas de visto e agência, ou pagamento de college.
Para garantir que o visitante ou imigrante não ofereça nenhum tipo de risco à sociedade canadense, são exigidos antecedentes criminais (ou são verificados pelo próprio órgão, dependendo do caso) de todos os países em que ele tenha residido durante seis meses ou mais depois de ter completado 18 anos. Caso o requerente tenha cometido algum crime, é necessário consultar um consultor de imigração para verificar a aplicabilidade do visto ou não.
Quem requer visto para estudo de mais de seis meses ou a residência permanente, tem de fazer exames médicos com um especialista reconhecido pela Citizenship and Immigration Canada (CIC). Os exames incluem sangue, urina e toxicológico, além de uma entrevista com o médico. O governo tem o direito de recusar o requerente caso o mesmo tenha alguma doença que seja considerada de tratamento caro e complicado para o sistema de saúde canadense, como diabetes, hepatite A ou HIV. Caso o aplicante tenha algumas destas complicações, a recusa pode ser revertida de algumas maneiras e em alguns casos, para isso é necessária a consulta com um consultor (clique aqui para agendar a sua).
O IRCC estipula prazos a partir da aplicação para envio, apresentação da papelada e preenchimento de formulários. Por isso é importante estar organizado e ter os documentos antes de iniciar o processo, para não haver perda de prazos e, consequentemente, negativa do visto.
Na esmagadora maioria dos casos, a imigração analisa os processos de maneira correta e objetiva, com bastante consistência e responsabilidade. Porém, eles também podem cometer erros, como interpretar uma lei de maneira incorreta e recusar a aplicação por motivos escusos. Neste tópico o requerente deve aplicar novamente, reforçando os documentos.
O país oferece cerca de 50 programas de imigração, mas cada um deles é único e exige que o candidato se enquadre em uma série de exigências e pré-requisitos. Cada aplicante, dependendo de fatores como idade, educação, formação, experiência profissional, patrimônio e objetivos, pode ou não ser elegível para um ou vários dos programas oferecidos.
Uma pesquisa de alguém sem experiência ou um olhar raso nos programas e nos critérios pode levar a crença de que o candidato é elegível e, no final das contas, ele não ter sua aplicação aceita. Alguns aplicam para um dos programas, quando na verdade deveriam aplicar para outros. Esta situação e desperdício de tempo, energia e recursos financeiros pode ser evitada caso o processo seja feito com um consultor de imigração, ou ainda, revisado por um. A Immi Canadá oferece acompanhamento e revisão de processo basta acessar: https://www.immi-canada.com/loja-virtual/.
Reaplicação
Quando a resposta é negativa por qualquer razão que não seja a falsificação de documentos ou informações, o aplicante não tem um prazo estipulado para aplicar novamente, podendo fazer isso logo em seguida que corrigir as informações ou melhorar a documentação.
É importante ressaltar que não existem garantias, por parte de nenhuma agência ou consultor de imigração, de que o visto será aprovado, pois a resposta final sempre depende do oficial credenciado pelo governo canadense. Após a negativa é imprescindível revisar a papelada e reforçar os pontos descritos como motivos.
Além disso, você pode solicitar o ATIP (Acess to Information Act), que é um documento detalhado, com todas as anotações que o oficial de imigração que analisou seu caso fez. O pedido tem de ser feito por um cidadão canadense ou residente permanente. No caso você pode optar por consultar um dos nossos consultores para realizar o trâmite e ter uma análise da negativa do seu visto clicando aqui.
Fontes:
http://www.cic.gc.ca/english/department/
http://www.cic.gc.ca/english/department/atip/requests-atip.asp
*A entrevistada teve seu nome modificado.
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