A Maple Leaf, folha da árvore da Maple não está somente na bandeira canadense, ela também faz parte da história do país. Mas qual é o motivo dela ter se tornado um símbolo tão importante? Pois bem, quando visitamos outro local, vamos morar por um determinado período de tempo ou até mudamos para o país é sempre importante saber um pouco da história local. O Canadá é um território cheio de história e a Maple Leaf representa toda a nação.
Pensando nisso, fizemos este artigo falando daquilo que representa o povo canadense, seus costumes e até um dos alimentos mais consumidos no território, o Maple Syrup, que é feito da árvore com o mesmo nome (confira as 20 comidas típicas do país clicando aqui).
Bandeira
Até 1965 o Canadá utilizava a bandeira da Inglaterra como a oficial do território, mesmo tendo ficado independente das terras da rainha em 1o de julho de 1867. Porém, desde 1925 a população e o governo já clamavam por um novo símbolo maior do local. Neste ano, iniciaram-se as pesquisas para o design, mas o projeto acabou não sendo concluído, tendo voltado à pauta em 1945, quando o comitê parlamentar iniciou um concurso e recebeu mais de 2600 desenhos.
Porém, somente em 1965 que o plano da nova bandeira foi colocado em prática e aberto à votação popular. Três modelos foram apresentados, o primeiro deles ainda tinha o fundo vermelho, mas possuía a bandeira inglesa, com uma flor-de-lis. O segundo era um modelo de fundo branco, laterais azuis e o que podemos descrever como uma espécie de ramo de Maple Leafs contendo três folhas e, a última, era com o fundo todo branco e a folha suntuosa e solitária no meio. A terceira prevaleceu, porém sofreu algumas alterações e ficou do formato e gravura como conhecemos hoje.
Por ser mundialmente conhecida e abundante no solo canadense, a folha da Maple já era utilizada para representar o país ainda em 1700, pelos nativos da região. As cores fazem referência a Inglaterra e ao emblema real da França, que foram os dois países que colonizaram o Canadá.
Utilizações
A famosa folha, as essências que a árvore produz e sua beleza são aproveitadas pelos canadenses em sua totalidade. Desde alimentos até artesanatos e lembranças de viagem. Com certeza quem vai para o Canadá irá trazer na mala pelo menos dois ou três objetos com a Maple desenhada neles, pois ela está presente em camisetas, bonés, blusas, canecas, imãs, chaveiros e todo o tipo de lembrança das terras do True North.
Com certeza o uso mais comum e conhecido é o xarope de Maple, que já é um insumo utilizado ao redor do mundo. É difícil comparar o sabor da iguaria com outro, pois seu gosto é bastante peculiar e característico, mas ele possui a textura e consistência parecidas com o mel de abelha líquido. A calda é amplamente utilizada no café da manhã, como cobertura para panquecas, waffles, crepes, sorvetes e outras gostosuras.
A essência varia de preço de acordo com a sua pureza. Ela é retirada das árvores na primavera e, a princípio, não passa por nenhum processo de adição de ingredientes, somente por uma cocção para que a água evapore e, após isso, por um processo de filtragem que retira as impurezas. Com o grande consumo e o preço do produto mais elevado devido à sua fabricação e extração, as grandes marcas foram adicionando água, essências e outros xaropes a fórmula para baratear o custo e vender mais, por isso quanto mais caro o Maple Syrup, mais puro e gostoso ele é. Geralmente os verdadeiros são encontrados nas feiras livres, alguns supermercados e nos aeroportos.
Mas não pense que o uso do xarope se restringe somente a caldas e coberturas de café da manhã. Ele é agregado aos sabores de biscoitos, sorvetes, tortas, molhos para salgados, vinagres, geleias, chocolates, sucos, bebidas e drinques em geral, vinho e até em lanches salgados.
Beleza natural
A árvore, além de ser extremamente utilizada e símbolo do país, também é bela e juntamente com a natureza cria paisagens incríveis, que ficam mais charmosas ainda no outono (saiba mais da estação mais aconchegante do Canadá clicando aqui). As Maple Leafs ficam verdes durante a primavera e verão, mudando para tons laranja, vermelho e amarelos durante o outono, caindo dos troncos no inverno.
Fontes:
Fabíola Cottet