Quem já passou por situações de mudança na vida, como mudança de casa, de bairro, de cidade, sabe que mudar nem sempre é fácil. Às vezes levamos conosco alguns desejos, algumas dores, algumas saudades. Quem já se mudou para um outro país, então, conhece a verdade: imigrar nem sempre é fácil.
É importante notar que diferentes pessoas vão experimentar essa aventura de formas diferentes também. Assim, por exemplo, pessoas que são mais aventureiras ou que não têm laços muito fortes com a família ou com o país de origem podem experimentar a imigração como não sendo tão difícil. Agora, no caso de pessoas que são muito ligadas à família e que têm muitos laços fortes com o país de origem, se ver longe de tudo isso pode ser um desafio em si. Mas isso não significa que é impossível. Muito pelo contrário, é um momento muito rico em que cada pessoa terá a oportunidade de avaliar os seus objetivos e o seu bem-estar, e adaptar essa experiência maravilhosa de acordo com as suas prioridades!
No texto de hoje vamos falar um pouco sobre uma questão que é sempre muito bem-vinda nas redes sociais e também em conversas informais do dia a dia: a adaptação! Vamos falar um pouco da cultura canadense e como ela difere da brasileira, e vamos falar também sobre alguns pontos principais que pegam quando o assunto é imigrar sozinho versus imigrar com a família.
A cultura canadense
Conhecemos muito a cultura norte-americana através dos filmes de Hollywood. Tem algumas coisas que chamam a nossa atenção como sendo diferentes, como por exemplo a presença de roommates, o cafezinho no copo de papel que as pessoas carregam consigo o tempo todo, as roupas de inverno, as casas sem portão.
No geral, e principalmente para quem nunca veio para estes lados, parece que é uma cultura que, no fundo, não é muito diferente da brasileira. Hmm… será?
O Canadá é bem parecido com os Estados Unidos em muitos aspectos, principalmente naqueles que escrevemos ali em cima. Coffe shops ou cafés são extremamente populares por aqui, estando presentes em todas as esquinas. E para onde quer que você olhe, sempre vai ter alguém segurando um copo de café.
Os roommates são parte do dia a dia dos adolescentes e jovens adultos, já que dividir o aluguel com alguém, principalmente enquanto se está na universidade, é uma alternativa muito bem vista. Falando em universidade, aqui a mudança para outra cidade ou outra província em busca da melhor universidade ou das melhores vagas de trabalho é bem mais comum do que no Brasil, sendo que os jovens adultos por aqui tendem geralmente a ir morar sozinhos por volta dos 18 ou 19 anos. Isso não é regra, no entanto, mas é fato que é raro encontrar por aqui uma pessoa com seus 23, 25 anos que ainda more na casa dos pais, enquanto que para nós, brasileiros, isso é uma prática muito comum.
Quem já ouviu um gringo falando sobre os brasileiros provavelmente sabe que, aqui fora, os brasileiros são vistos como muito amigáveis e calorosos, que são falantes e sempre abertos a novas amizades. Os gringos, por outro lado, são vistos como mais fechados. E isso é verdadeiro também aqui no Canadá: os canadenses geralmente são mais fechados, sim.
No entanto, canadenses têm uma fama muito grande de serem um povo extremamente educado, e isso também é verdadeiro. Claro que não podemos generalizar, afinal, assim como em qualquer lugar, existem pessoas de todos os tipos, mas é fato que a grande maioria dos canadenses irá parar para ajudar um turista perdido.
Canadenses não são pessoas rígidas, e já saem chamando você pelo seu primeiro nome, mas em compensação não costumam abraçar e beijar pessoas que acabam de conhecer, o que, para nós, é uma prática comum.
A segurança
Quem dera que, no Brasil, pudéssemos levar o nosso laptop para qualquer lugar e usá-lo tranquilamente no metrô!
No Canadá isso não só é possível como também é bem comum. É só ir ao Starbucks da esquina para ver pelo menos 3 pessoas com seus laptops de última geração. No verão, não é preciso ir muito longe de casa para ver pessoas tomando banho de sol nos parques, com suas mochilas, celulares e carteiras no chão, sem problemas.
Mas a segurança não vem só de leis mais rigorosas ou da maior presença dos policiais. A segurança é um produto da cultura canadense como um todo. Ninguém pega o que não é seu, e todos respeitam o espaço alheio. Ninguém se atropela para pegar lugar no metrô, ninguém sai correndo para não pegar fila. Os serviços também são eficientes, e o canadense sabe que quando chega a sua vez é melhor fazer rapidamente o que se tem que fazer, para que a próxima pessoa não precise esperar muito na fila.
Essas características da cultura parecem não ser muito importantes, mas na verdade são essas pequenas coisas do dia a dia que acabam gerando uma sensação de bem-estar e felicidade.
As línguas
Nem sempre as pessoas que falam que não conseguiram se adaptar ao Canadá levam em consideração um fator crucial: a fluência na linguagem!
Imagine se um gringo fosse morar no Brasil. Ele provavelmente teria mais amigos e mais oportunidades se falasse português, certo? Quanto maior sua facilidade com o português, mais integrado à cultura e às pessoas ele poderia ser, certo?
Funciona exatamente da mesma forma aqui no Canadá. Quem não tem fluência no inglês (ou francês, para Québec), com certeza não vai se sentir tão inserido na cultura quanto poderia caso fosse mais fluente no idioma. É claro que nem todos os brasileiros nascem sabendo falar inglês, e muitas pessoas chegam no Canadá com pouco domínio da língua, e isso é normal. Mas praticar o idioma no dia a dia, fazer amizade com falantes do inglês e participar de grupos de conversação, dentre outras coisas, são atividades que todos nós podemos fazer para que a fluência no inglês venha em pouco tempo. E o melhor: essas atividades são todas gratuitas.
E as crianças?
Para quem imigra com a família, uma das grandes preocupações é com as crianças. Em particular, como elas irão se adaptar ao novo país, aos novos amiguinhos, ao novo idioma?
Para os pais preocupados, temos boa notícias!
Um estudo realizado na UNIFESP, em São Paulo, e publicado no início do ano passado, sugere que a aquisição de um novo idioma influencia positivamente as habilidades cognitivas das crianças. Basta realizarmos uma busca simples no Google Acadêmico para verificarmos que muitos outros estudos realizados ao redor do mundo também confirmam esse achado: crianças que são expostas a mais de uma linguagem desde cedo apresentam vantagens em termos de aprendizagem e também em tarefas como solução de problemas e pensamento lógico, em comparação a crianças que falam somente um idioma.
O inglês é a língua universal no mundo moderno. Quem participa de fóruns online, por exemplo, sabe que a língua mais falada é o inglês. Quem já viajou para outros países e não sabia falar a língua local provavelmente descobriu que podia também se comunicar em inglês. Quem foi para a faculdade sabe que a maioria dos artigos científicos de qualidade são escritos em inglês, e que o inglês é a língua mais escolhida para os abstracts, ou resumos, de trabalhos e artigos científicos. Quem já fez intercâmbio sabe que a grande maioria das universidades que aceitam estudantes estrangeiros são de língua inglesa.
Com todas essas considerações, não é difícil chegar à conclusão de que expor a criança a um segundo idioma, particularmente o inglês, só irá trazer benefícios. Além disso, crianças não têm o histórico de experiências de vida que nós adultos temos. Você já ouviu falar sobre como é fácil para as crianças aprenderem novos conceitos e novas línguas, em comparação aos adultos? Isso se deve ao fato de que cérebros jovens são extremamente plásticos, ou, em outras palavras, geralmente é mais fácil para as crianças aprenderem coisas novas e encararem novas experiências como apenas mais uma parte da vida do que é para nós, adultos, que muitas vezes somos acostumados com uma única maneira de fazer as coisas.
Quanto aos amiguinhos, a criança não necessariamente irá perder o contato com eles. Não podemos esquecer que os pequenos são muito mais antenados no mundo virtual do que nós, e as redes sociais são muito úteis para fortalecer as amizades também. As novas possibilidades que se abrem quando nos mudamos para um outro país são imensas, inclusive na questão das amizades.
Quanto à adaptação em geral e ao possível estresse da mudança, quem estudou um pouco de psicologia infantil sabe que as crianças baseiam o seu comportamento nos padrões que percebem de seus pais (ou dos adultos com quem têm mais contato). E crianças são atentas, também, então logo percebem quando algo de diferente está acontecendo. Assim, uma criança que simplesmente é levada para um avião sem saber o porquê provavelmente não irá gostar da ideia, mas isso será bem diferente no caso dos pais que explicam o que está acontecendo, falam sobre os motivos da mudança de uma forma que a criança entenda, oferecem uma ideia de como será o futuro, e, mais importante, agem de forma tranquila e alegre, encarando a nova aventura como um sonho que está se tornando realidade… essas crianças provavelmente irão encarar a nova experiência de uma maneira muito mais saudável e despreocupada.
Em suma, não existe nenhuma receita mágica para a adaptação à vida no Canadá. Nem para os adultos, nem para as crianças. O que existe é a possibilidade de fazermos o máximo para aproveitarmos essa experiência da forma mais enriquecedora possível, e isso significa sair da zona de conforto e experimentar coisas novas! Afinal, se não quiséssemos nada diferente, ficaríamos no Brasil mesmo, certo?
Para saber mais sobre imigrar com crianças, você pode ler artigos como este.
Quer saber mais sobre imigrar para o Canadá? Entre em contato conosco!
O futebol está para o brasileiro, assim como o hockey está para o canadense. A paixão nacional aqui acontece sob patins em um rink de gelo e é tão idolatrada e valorizada quanto nosso futebol.
Eu nunca fui muito ligada em acompanhar esportes, e devo admitir que nunca nem mesmo pisei em um estádio de futebol no Brasil, simplesmente porque essa nunca foi a minha praia. Mas acontece que quando a gente muda para uma nova cultura parece que ficamos mais abertos para conhecer as tradições e hábitos daquele local e foi assim que eu cedi à experiência de ir a um jogo de hockey, mesmo conhecendo muito pouco sobre o assunto.
E o que eu descobri é que, na verdade, não é preciso saber muito sobre o esporte para curtir uma noite na arena de hockey, mesmo porque o simples fato de estar no local para assistir um jogo já é um evento por si só. Eu posso dizer que eu aproveitei muito o tal jogo de hockey, tanto que já repeti a experiência outras e outras vezes e por isso recomendo não somente aos fãs de esporte, como também a qualquer um.
Não, eu ainda não sei quem são os jogadores ou até mesmo quais são exatamente as regras do jogo e ainda não desenvolvi a habilidade de manter os olhos no puck (aquele pequeno disco preto que representaria a “bola” do hockey) que se movimenta na velocidade da luz durante o jogo. Porém, existe uma energia contagiante na arena e ao mesmo tempo também tem um clima muito familiar, o que me passa segurança mesmo estando no meio de uma grande torcida.
Para homenagear a nossa querida cidade, é claro que eu escolhi assistir aos jogos na Rogers Arena, que é a casa do Canucks - o time da NHL (National Hockey League) de Vancouver. E é exatamente aí que começa um show à parte; o local é muito bem organizado (como a maioria dos locais por aqui) para receber os torcedores, sem filas ou confusão nos portões para entrar. Após identificar seu assento, com o auxílio da equipe do local, vale a pena dar uma volta pelos corredores da Rogers Arena enquanto decide qual daquelas mil delícias você irá saborear durante o jogo: do básico pipoca e cachorro-quente à sanduíches mais rebuscados, pretzels, mini donuts e cervejas (sim! aqui a bebida alcoólica é permitida durante o jogo em áreas específicas).
Além das deliciosas comidinhas, você pode se distrair durante os intervalos do jogo na loja de produtos oficias do Canucks, onde encontram-se camisetas, bonés, réplicas de puck, etc, pode também conhecer mais sobre a história do time em áreas de exposição de fotos, vídeos e antigos uniformes, ou até mesmo treinar suas habilidades como jogador de hockey em uma espécie de tiro direto ao gol.
Agora lembre-se de voltar ao seu assento a tempo de assistir à apresentação de entrada dos times e também acompanhar o hino nacional, cantado ao vivo por um convidado e sempre muito emocionante. E depois de tudo isso, ainda tem o principal: o jogo propriamente dito! Vai ter música, muita velocidade, algumas brigas (mas só entre jogadores) e quando você menos esperar estará flutuando em uma “ola” pela arena e gritando junto com a torcida o famoso “Go Canucks Go!”.
Os preços dos ingressos variam de jogo para jogo e de acordo com os assentos escolhidos, podendo variar de CAD $70 à $300 ou mais. Mas uma boa dica é verificar os ingressos de revenda disponíveis no próprio site da Ticket Master onde é possível encontrar ingressos a partir de CAD $38, e mesmo os assentos mais distantes oferecem uma boa visão do jogo.
A temporada dos jogos de hockey se estende até o mês de Abril, então ainda dá tempo de conhecer a Rogers Arena, torcer para o Canucks e se apaixonar por um novo esporte!
Por Maythe Panar
Muitos dos nossos clientes nos perguntam como fazer para imigrar para o Canadá com a família. Existem muitas informações a respeito de como fazer para imigrar sozinho, quais são os benefícios e os desafios, mas nem sempre fica claro como funciona o passo a passo para quem deseja imigrar com a família.
Hoje vamos falar um pouco sobre como funciona essa categoria específica de imigração!
Em primeiro lugar, o que é uma família?
Bem, essa pergunta parece meio sem sentido, afinal todo mundo sabe o que é uma família, certo?
Acontece que, para fins de imigração, somente os dependentes diretos do aplicante principal são considerados. Isto é, se desejam aplicar juntos para um mesmo processo. Depois disso, quando já estiverem morando no Canadá, aí sim podem ajudar outros membros da família a imigrar através de programas de sponsorship.
Recapitulando: para um mesmo processo, somente serão considerados familiares os dependentes diretos do aplicante principal, ou seja, cônjuge e filhos.
aplicante principal é quem puxa as rédeas do processo de imigração, e geralmente isso é definido levando em consideração as qualificações da pessoa e o que é exigido pelos programas de imigração.
Outras configurações de família
É interessante levantar algumas peculiaridades dessa definição. Por exemplo, o cenário mais fácil em termos de imigração seria que o casal seja realmente casado e ambos possuam a guarda dos filhos. Mas existem tantas configurações familiares que, na prática, nem sempre é isso que acontece.
Assim, o que acontece quando, por exemplo, o casal não é casado? Ou o que acontece quando os pais são divorciados e ambos têm a guarda dos filhos, mas um não quer imigrar? E o que acontece quando existe um filho de um relacionamento anterior?
Existem vários cenários possíveis. Vamos falar um pouco sobre cada um deles.
Quando o casal não é casado, existem duas alternativas: uma delas, como você já deve ter imaginado, é casar. Não existe um tempo mínimo necessário que o casamento precise ter antes de ser possível aplicar para um processo de imigração. A outra opção é comprovar união estável, e isso se faz não somente com a certidão de união estável, que na verdade tem pouco valor para a imigração canadense, mas com documentos que comprovem que vocês estão juntos há pelo menos 12 meses. Esses documentos podem ser extratos de contas conjuntas, contas de casa que vêm no nome dos dois, ou, caso tenham casa própria, um comprovante (se possível) de que o imóvel está no nome dos dois. Em suma, documentos que comprovem que vocês são uma família.
Quando os pais são divorciados e ambos possuem a guarda dos filhos mas um dos pais não deseja imigrar, a solução é, em primeiro lugar, conversar sobre as opções e chegar a um acordo sobre o que fazer. Caso decidam que o filho deve ir junto com um dos pais para o Canadá, o pai que fica deve assinar um documento permitindo que o filho imigre para o Canadá com o outro pai.
Funciona da mesma forma quando existem filhos de relacionamentos anteriores, mesmo que os pais estejam casados novamente. Contanto que haja autorização expressa de ambos os guardiães legais da criança, ela poderá ir junto para o Canadá.
Para filhos adotivos funciona da mesma maneira que para os filhos biológicos.
Programas de imigração: o que muda?
Para os programas de imigração, realmente não existe muito segredo. Basicamente, todos os programas para os quais que você poderia aplicar sozinho também estão abertos para a aplicação de famílias, pois na verdade sempre existe uma pessoa que será o aplicante principal. Lembramos aqui que o “aplicante principal” é a pessoa cujas qualificações se encaixam melhor para um programa de imigração.
Mesmo assim existem duas questões principais que podem funcionar de maneira diferente quando se trata da aplicação de uma família: a comprovação financeira e a pontuação.
Comprovação financeira
Em vez de uma pessoa estão vindo duas, três ou quatro. Ou cinco. Então o valor mensal a ser gasto com aluguel, alimentação e produtos do dia a dia também será maior. É com esse raciocínio que o governo canadense estabelece os valores mínimos a serem comprovados na hora de aplicar para um programa de imigração, seja sozinho ou com a família.
De acordo com o site oficial da imigração canadense, a respeito da comprovação financeira para o Express Entry, o aplicante principal deve demonstrar que possui os meios para sustentar a família após a chegada no Canadá, mesmo que a família não pretenda viajar junto com ele. Os valores a serem comprovados variam de acordo com o número de membros da família. No entanto, não será preciso comprovar essas quantias caso o aplicante possua uma oferta de trabalho no Canadá, ou caso já esteja no Canadá, trabalhando ou com permissão de trabalho (work permit) válida.
Pontuação para o Express Entry
Para o Express Entry, a pontuação é computada de forma diferente para famílias (lembrando que aqui só contam os pontos do aplicante principal e do cônjuge, já que os filhos são classificados como dependentes).
filhos maiores de 19 anos de idade não podem imigrar junto com os pais como dependentes
É importante saber que a pontuação máxima que o candidato pode alcançar é a mesma, independentemente de ser casado ou não. A única coisa que muda é a maneira como esses pontos são distribuídos. Por exemplo, se você aplica sozinho, você é responsável, digamos assim, por todos os seus pontos, mas se você aplica com o cônjuge, os pontos serão divididos entre vocês dois, sendo que o aplicante principal sempre será responsável pelo maior número de pontos.
Assim, para o Express Entry, existem diferentes categorias nas quais o candidato pode somar pontos. Uma delas é a categoria de skills & experience (habilidades & experiência), que conta fatores como idade, educação, proficiência em inglês ou francês e experiência de trabalho canadense. Essa categoria é responsável por computar um total de 500 pontos que farão parte da pontuação final do candidato, e esses 500 pontos são a soma total dos pontos conseguidos nas sub-categorias (idade, etc.). Então não importa se você está aplicando sozinho ou com o cônjuge, o total máximo será sempre 500 pontos.
O que muda? Quando você aplica sozinho, as suas habilidades e a sua experiência contam no máximo 500 pontos. Quando você aplica com o cônjuge, as suas habilidades e experiência contam 460 pontos, mas as habilidades e experiência do cônjuge contam os 40 pontos restantes, totalizando 500.
Adaptação
Um fator muito importante a ser levado em consideração quando se pretende imigrar para o Canadá com a família é a questão da adaptação!
fique atento ao nosso blog: pretendemos publicar logo logo um texto inteiro focado na questão da adaptação ao Canadá, principalmente para famílias com filhos!
É verdade que, independentemente de vir sozinho ou com a família, será preciso se adaptar a uma nova cultura e a novos locais de trabalho e lazer. Será preciso fazer novos amigos e novos contatos profissionais, praticar o idioma, etc. Mas também é verdade que quando se tem uma família as prioridades são diferentes.
Por exemplo, quem tem uma família com filhos provavelmente não estará disposto a dividir uma casa com um roommate desconhecido, como é bem comum no caso de solteiros. Quem tem crianças pequenas irá precisar levar em conta os custos do daycare, e quem tem crianças maiores irá precisar se informar sobre como funciona para fazer a matrícula em uma escola pública, além de precisar se familiarizar com o sistema de ensino canadense, que pode ser bem diferente do brasileiro. Quem tem filhos adolescentes (principalmente a partir de 16 anos de idade) precisa se informar a respeito de assuntos como carteira de motorista, aplicação para universidades, estágios e trabalho. Gastos extras, como passagens de ônibus para os filhos, por exemplo, também precisam ser considerados.
Quando fazemos as contas, o que se gasta no Canadá com uma família é parecido, de certa forma, com o que se gasta no Brasil, pois no Brasil ainda é preciso arcar com as despesas de escolas particulares (que são preferidas por cada vez mais famílias) e planos de saúde. Não esqueça que trabalhando no Canadá você irá ganhar em dólar, então o ideal é não depender muito da conversão que geralmente fazemos entre dólar e real. Essa conversão às vezes assusta, e é normal, mas, uma vez aqui no Canadá e trabalhando, um casal consegue tranquilamente arcar com as despesas de uma família.
Quer saber mais sobre imigrar com a família? Entre em contato conosco!
Vamos falar a verdade: ninguém gostaria de receber a notícia de que teve o visto negado, certo? São tantos meses de planejamento, tantos documentos organizados, às vezes até mesmo traduzidos, tantos sonhos que de repente parece que evaporam diante dos nossos olhos.
Infelizmente esse é um risco que todos nós corremos.
Isso porque quem tem o poder de decisão sobre aceitar ou não a aplicação do visto é o Governo do Canadá, então o que nós podemos fazer, tanto como consultores quanto como aplicantes, é fazer todo o possível para que a aplicação tenha as maiores chances de sucesso logo da primeira vez.
Quando acontece de um visto ser negado, existem sim algumas providências que podemos tomar para aumentar as chances em uma próxima aplicação. Confira!
A carta de recusa
Em primeiro lugar, a imigração canadense irá enviar a você uma carta de recusa. Essa carta pode ser em papel, caso você tenha realizado a sua aplicação através do VAC (visa application centre, no país de origem), ou eletrônica, caso você tenha realizado a sua aplicação online, através do site da imigração canadense.
A carta de recusa segue um formato padrão para vistos de turismo, estudo e trabalho, e você pode verificar o formato geral de como ela é apresentada acessando o nosso texto anterior sobre visto negado.
No cabeçalho da carta sempre irá constar o nome do aplicante e o endereço, um código chamado de UCI e o número da aplicação (application no.). Essas informações são importantes, e vamos retornar a elas ao longo do texto.
UCI é o número de identificação do aplicante junto ao departamento de imigração canadense. Cada pessoa tem um número próprio, mesmo que esteja aplicando junto com outra pessoa (como é o caso de um casal em que um aplica para visto de estudo e o outro para visto de trabalho, por exemplo). O UCI da pessoa sempre será o mesmo, mesmo que a pessoa opte por realizar outros processos imigratórios no futuro. O UCI geralmente possui 8 dígitos.
Já o número da aplicação é relativo àquela aplicação em particular, não podendo ser repetido. Ele geralmente possui 9 números e 1 letra, sendo que a letra pode ser V, para visto de turismo (visitor), S, para visto de estudante (study) ou W, para visto de trabalho (work).
Na segunda (e às vezes terceira) página da carta de recusa você poderá encontrar alguns campos marcados com X, sinalizando algumas razões pelas quais o visto foi negado. Ali, você poderá encontrar frases como, por exemplo, “You have not satisfied me that you would leave Canada at the end of your stay” (Você não apresentou provas suficientes de que irá sair do Canadá após o período de estadia), e ali o oficial da imigração poderá marcar alguns itens que considerou falhos, por exemplo, itens como “travel history” (histórico de viagens), “purpose of visit” (motivo da viagem), ou “current employment situation” (situação empregatícia atual).
No entanto, essas razões delineadas são bastante vagas, já que nessa carta não é indicado nenhum tipo de detalhe quando ao que especificamente não foi satisfatório sobre cada um desses itens. Dessa forma, a reaplicação do visto pode ser delicada, já que não sabemos especificamente as razões pelo visto ter sido negado da primeira vez, não podendo, assim, ter certeza sobre a possibilidade de fortalecer a aplicação numa segunda vez.
Então o que fazer se o visto for negado?
Existe sim um caminho seguro para percorrer antes da reaplicação do visto, para aumentar as chances de que o visto seja aprovado da próxima vez!
Esse caminho, embora mais seguro e esclarecedor, não é obrigatório, então na verdade fica a critério de cada cliente percorrê-lo ou não.
Estamos falando da solicitação do ATIP. ATIP é a sigla em inglês para Access to Information Act, e basicamente é uma lei que define que todo e qualquer cliente tem acesso a todos os dados a respeito de sua própria aplicação. Por serem documentos muito extensos, mantidos arquivados pela imigração canadense, e que contêm todos os detalhes da aplicação de cada candidato, simplesmente não é viável enviar essa documentação como um padrão para todo mundo, e por isso é preciso solicitá-la. O custo é significativamente mais barato do que o custo da solicitação de um visto.
Como falamos anteriormente, pedir o ATIP não é um passo obrigatório. No entanto, nós recomendamos fortemente que seja solicitado, pois somente com o ATIP em mãos poderemos saber o real motivo de o visto ter sido negado. Os documentos mais importantes que serão liberados são as anotações feitas pelo oficial da imigração que analisou o caso, e essas anotações fornecem dicas essenciais sobre os pontos que devem ser fortalecidos numa próxima aplicação.
O ATIP pode ser solicitado pelo próprio aplicante, através do site da imigração canadense, ou então pode ser solicitado por outra pessoa, como um consultor de imigração, desde que com a assinatura do aplicante consentindo que essas informações sejam liberadas para a pessoa designada. Para solicitar o ATIP será preciso informar o nome completo da pessoa, o número do UCI e o número da aplicação (aquele que começa com V, S ou W). Com essas informações o oficial da imigração conseguirá localizar o documento para em seguida poder liberá-lo para o aplicante.
Quanto ao prazo, a imigração estima aproximadamente 40 dias para emitir uma resposta, porém já vimos casos em que a solicitação demorou cerca de 55 dias para ser respondida. Isso não é motivo para preocupação, pois os prazos que a imigração passa são todos estimativas, e todos irão depender da quantidade de processos que os oficiais têm para analisar em um determinado momento. Mesmo assim, caso demore muito mais que o prazo estimado, é possível enviar um e-mail para a imigração pedindo atenção ao caso. O e-mail deve conter o nome do aplicante, o número do UCI e o da aplicação, e a data de nascimento da pessoa.
Caso o candidato esteja aplicando com familiares (cônjuge e/ou filhos), só será necessário informar os dados do cônjuge, que é maior de idade, e esse mesmo cônjuge deverá assinar um documento dando o seu consentimento para que seus dados sejam liberados. Os filhos são automaticamente considerados dependentes, desde que tenham menos de 19 anos de idade. Filhos com mais de 19 anos de idade não podem aplicar junto com os pais, pois seria preciso realizar uma aplicação à parte.
Recebi o meu ATIP. E agora?
A imigração liberou para você as informações sobre o seu caso. Por e-mail, você deve receber 2 ou 3 (às vezes 4) anexos. Um deles será um documento grande, em que irão constar todas as informações a respeito da aplicação realizada, com nomes, códigos, datas, detalhes de documentação apresentada.
Agora, é importante prestar atenção especial às anotações do oficial de imigração. Elas geralmente estão contidas nos arquivos mais leves, e é através delas que podemos realmente compreender o motivo de o visto ter sido negado. Alguns exemplos que já vimos:
Aplicante declara desejar estudar com a esposa e dois filhos menores, no entanto não apresenta provas de que possui fundos suficientes para a estadia.
Ou então:
Aplicante deseja estudar por período determinado, no entanto não apresenta vínculos suficientes com o país de origem. Não estou satisfeito de que ele irá retornar após o período de estudos.
Com essas informações, podemos fortalecer uma próxima aplicação, apresentando documentos extras que possam enriquecer o processo, como por exemplo cartas de custeio ou contratos de trabalho.
A reaplicação nada mais é do que uma nova aplicação, e não é vinculada com a primeira. Todas as mesmas exigências deverão ser respeitadas, e todos os mesmos documentos (e mais alguns, fortalecendo a aplicação) deverão ser submetidos. Além disso, será preciso pagar novamente as taxas exigidas pela imigração, e será preciso esperar o tempo necessário para o processamento.
É importante notar que não existe nenhum limite quanto ao número de reaplicações que é possível fazer. Também não existe um prazo limite para se solicitar o ATIP.
Você teve seu visto negado? Podemos ajudar! Entre em contato conosco! Nossos consultores de imigração podem avaliar a sua aplicação e aumentar as suas chances de sucesso!
Em outubro nós publicamos um texto a respeito dos direitos dos locatários no Canadá. Lá, falamos bastante a respeito das leis e também das diversas modalidades de aluguel que existem por aqui, como a possibilidade de alugar um imóvel junto com roommates, ou então as regras que são específicas aos strata buildings.
Neste texto vamos falar um pouco a respeito da tarefa que vem antes que seja preciso se preocupar com leis e contratos. Vamos falar sobre como encontrar um apartamento (ou uma casa) para alugar no Canadá, e vamos falar também sobre as vantagens de possuir mais de uma estratégia de busca.
O site oficial do Governo do Canadá tem uma seção específica a respeito de como os recém-chegados podem encontrar um imóvel no país. O site oferece seis possíveis estratégias que as pessoas podem utilizar para esse fim:
Narrowing down
Antes de fazer tudo isso, no entanto, é necessário estabelecer alguns pontos importantes, afinal estamos falando de um apartamento (ou uma casa) que vai ser sua, por assim dizer, por um período grande de tempo, já que é muito comum que os contratos de aluguel sejam fechados em um prazo mínimo de 6 meses a 1 ano. Para isso, sugerimos algumas questões para você pensar, a fim de facilitar a sua procura:
Qual região da cidade seria melhor para você?
Aqui você pode pensar em termos de vizinhança (boa ou má reputação), proximidade do centro (ou do seu trabalho ou do seu college, por exemplo), disponibilidade de serviços (comércio, hospitais), proximidade de parques ou praias… As opções são muitas. Se nesse momento nenhum desses detalhes faria muita diferença para você, vamos para a segunda questão.
Qual região da cidade seria pior para você?
Aqui você pode pensar em termos de disponilidade de transporte (proximidade de pontos de ônibus ou estações de metrô), ou tempo de deslocamento entre o trabalho/college e a sua casa. É uma boa ideia pagar mais barato no alguel mas talvez pagar mais caro com passagens de ônibus? Será que passar 2 horas no trânsito compensa? (4 horas por dia, 20 horas por semana, etc. que poderiam estar sendo usadas para outras atividades). Não existe uma resposta certa, por isso é importante ver o que funcionaria melhor para você.
Quanto você está disposto(a) a gastar com o aluguel?
Em dólares, quanto você gostaria de pagar no aluguel? Por exemplo, se CAD$1.000 for muito fora do seu orçamento, você está disposto a dividir o aluguel com amigos ou mesmo desconhecidos? Ter roommates é uma prática muito comum em todo o Canadá. Ainda sobre o valor, o ideal é você estabelecer não um valor fixo, mas uma margem de valores que funcionariam, por exemplo: “Eu poderia pagar entre 800 e 1.100 dólares por mês”. Assim você abre espaço para aproveitar (ou considerar) mais oportunidades.
Qual o tamanho do imóvel ideal nesse momento?
Um estúdio? 1 quarto? 2 quartos? Um quarto para cada filho e outro para o casal? Tudo isso também irá depender do seu conforto e da sua realidade.
Quando você tiver definido esses primeiros dados, a sua busca ficará mais focada. Em vez de gastar tempo procurando vários tipos de imóveis em todas as regiões possíveis da cidade, você agora tem um foco, que pode ser, por exemplo, estúdios próximos do centro, ou então casas de 2 quartos a 1 hora de distância do trabalho.
A busca por um imóvel para alugar
Para ter uma melhor ideia do que esperar em termos de imóveis disponíveis no Canadá, você pode começar a procurar imóveis para alugar desde antes da sua chegada. No entanto, é bom lembrar que não é uma boa ideia assinar nenhum contrato antes de ver o apartamento (ou a casa) com os próprios olhos, pois só assim é possível inspecionar detalhes e verificar a manutenção do imóvel - detalhes que muitas vezes não aparecem nas fotos. Ainda falando sobre isso, não se deixe impressionar muito por fotos em sites, pois muitas dessas fotos são tiradas por profissionais que usam de sua experiência para fazer com que o imóvel seja mais atraente do que realmente é. É preciso ficar atento.
Alguns sites muito bons para fins de exploração - para se ter uma ideia do que existe na cidade onde você está pensando em morar - são o Craigslist e o Kijiji. É importante enfatizar que é preciso tomar muito cuidado com esses sites, pois são bem conhecidos e permitem que qualquer pessoa poste o que desejar. Portanto, antes de querer fechar qualquer negócio, é preciso verificar com quem se está lidando.
Apesar dos cuidados que é preciso ter com esses sites, eles podem ser muito úteis, já que muitas imobiliárias e rental agents costumam postar seus imóveis ali para que tenham maior visibilidade.
Serviços oferecidos especialmente para imigrantes podem ser uma boa ideia para quem é recém-chegado no Canadá. Esses serviços são oferecidos pelo governo, e estão disponíveis em todas as províncias e territórios. São serviços gratuitos, com foco em auxiliar os recém-chegados com uma variedade de tarefas, desde procurar apartamento até encontrar um emprego.
Além disso, as redes sociais, como o Facebook, podem ser grandes aliadas na busca por um imóvel. Procure, por exemplo, por grupos de brasileiros na cidade onde você está pensando em morar. Outra opção é o bom e velho Google. Lá você pode usar frases-chave como rental agencies [cidade] ou então apartment for rent [cidade].
As opções são muitas, e os preços também são muito variados. É sempre bom pesquisar bastante e verificar pessoalmente os imóveis de interesse, já que 1) nem sempre as fotos dos sites são confiáveis e 2) podem existir vários imóveis bem diferentes pelo mesmo preço.
Mãos à obra, e boa sorte!
Já falamos sobre a importância do inglês para quem tem o Canadá como destino de viagem, estudos, trabalho ou mesmo imigração. Todo mundo sabe que o Canadá é um país bilíngue: suas línguas oficiais são o inglês e o francês. Mas permanece a dúvida: quão importante é o francês para quem quer vir para o Canadá? Vamos falar sobre isso neste artigo!
Para quem ainda não conhece muito a fundo a história do Canadá, o país foi colonizado efetivamente quando os britânicos e os franceses ocuparam o território que hoje é o Canadá, durante o século XVI. Como consequência de alguns acordos políticos referentes à divisão dos territórios, a região onde hoje é Quebec passou a ser dos franceses por direito, que contaram com a liberdade de inserir sua própria língua, que permanece por lá até hoje.
Sendo a maior província do país e contando com a segunda maior população por província no Canadá, Quebec é a única província do país que conta com uma população que fala predominantemente o idioma francês, sendo também a única província a ter somente o francês como idioma oficial (muito embora o Canadá em si possua duas línguas oficiais).
Por conta de suas diferenças culturais e de idioma, Québec conta com muitas pessoas que são partidárias da independência da província, sendo que o partido político mais forte da região realizou duas votações nas décadas de 80 e 90 a respeito do assunto. Embora a maioria dos cidadãos da província tenha votado contra a efetivação da medida, a Câmara dos Comuns reconheceu Quebec, em uma cerimônia simbólica em 2006, como “uma nação que pertence a um Canadá unido” (a nation within a united Canada). É também por esses motivos Quebec apresenta tanta diferença em suas regras com relação ao restante do país, o que é fácil de perceber quando lemos textos que vão mais ou menos assim: ''No Canadá acontece tal e tal coisa (exceto em Quebec).''
Na prática, a língua francesa está de certa forma presente em todo o país, seja em forma de empresas bilíngues, ou escolas que oferecem ensino bilíngue, e, no dia a dia dos canadenses, o francês está presente em praticamente todos os produtos disponíveis no mercado, com rótulos e bulas disponíveis quase sempre nas duas línguas.
Em todas as outras províncias e territórios do Canadá, o inglês é a primeira língua e, embora o país continue sendo bilíngue em teoria, na prática a grande maioria das pessoas, incluindo os próprios canadenses, falam apenas inglês.Para fins de estudo e imigração, no entanto, nem sempre é necessário ter conhecimento do francês, isto é, se você não pretender ir direto para Quebec.
Geralmente os testes de nivelamento do inglês ou do francês são definidos pela própria escola no que diz respeito às notas mínimas que o candidato precisa ter para poder ser aceito. Se o ensino será em inglês, o teste de proficiência deverá ser um teste de língua inglesa aceito pela escola. Nesse caso, não será necessário ter conhecimento do francês.
Para os programas de imigração, no entanto, o conhecimento do francês pode ser útil. Para o Express Entry, por exemplo, a proficiência em francês pode somar pontos adicionais na aplicação. Seria preciso ter uma nota equivalente ao CLB 5 (Niveax de compétence linguistique canadiens - NCLC 5) em todas as áreas de avaliação: leitura, escrita, compreensão verbal e fala.
Para quem é fluente em francês e tem pouco conhecimento de inglês, parte-se do mesmo princípio para fins de imigração: é preciso conseguir uma boa nota no teste de proficiência da língua em que se tem maior facilidade (lembrando que quanto melhor for a nota mais pontos o candidato pode ganhar), e a segunda língua, que no caso seria o inglês, pode vir a calhar caso o teste de proficiência resulte em uma nota equivalente ao CLB 5.
No entanto, embora o conhecimento da segunda língua oficial possa somar pontos, dificilmente isso fará uma grande diferença quando vemos a aplicação como um todo, já que existem vários outros fatores muito mais importantes na questão dos pontos, como, por exemplo, o nível educacional e a experiência de trabalho.
Falando em trabalho, no mundo globalizado em que vivemos saber falar idiomas adicionais pode ser uma vantagem para quem quer aumentar suas chances no mercado de trabalho!
Para turismo não existe nenhum requerimento quanto a saber ou não falar inglês ou francês. No entanto, ter conhecimento de uma dessas línguas pode ser muito útil para que a pessoa possa se comunicar durante a viagem, seja em restaurantes, em lojas, ou mesmo para pedir direções para chegar a algum ponto turístico. Nunca é demais lembrar que, fora de Quebec, o inglês é muito mais falado pelas pessoas do que o francês.
Diferenças regionais também podem ser percebidas com relativa facilidade quando se fala a língua local. Sabe como percebemos a diferença gigantesca que existe entre a maneira de falar de um baiano, um gaúcho e um português? Os sotaques também existem na língua francesa, o que faz com que o idioma seja mais fácil ou mais difícil de se apreender. O francês pode soar muito diferente quando se ouve um parisiense, um haitiano e um quebecois falando.
A linguagem é uma das marcas mais importantes de uma determinada cultura, sendo mesmo a expressão da identidade da região ou do país. É por isso que, para algumas pessoas, saber falar um pouco da linguagem do local que se está visitando é essencial para poder apreender um pouco melhor a cultura do local e o modo de vida das pessoas, o que pode fazer com que a viagem seja muito melhor aproveitada.
Temos visto em nossas redes sociais um grande interesse por parte de jovens famílias em imigrar para o Canadá. Uma das maiores preocupações dos pais de crianças pequenas é: como funciona o daycare no Canadá? Meu filho tem direito à educação gratuita? Existem subsídios governamentais para as crianças?
Em nosso primeiro texto começamos a falar a respeito das informações sobre daycare no Canadá, com foco nas províncias de Alberta e BC. Agora vamos falar também sobre as províncias de Manitoba e Ontário, abordando também a questão dos subsídios que são oferecidos pelos governos federal e provincial para famílias que são elegíveis.
Vamos lá!
Manitoba
A província de Manitoba oferece um serviço conhecido como Early Learning and Child Care, que tem como função licenciar e monitorar os serviços destinados a crianças de 12 semanas até 12 anos de idade.
O site oficial do governo da província oferece um guia com foco em educação infantil especialmente dedicado aos residentes, com informações gerais a respeito do desenvolvimento das crianças, e também com informações sobre tipos de daycare disponíveis e subsídios.
Quanto aos subsídios, para serem elegíveis os pais precisam passar por uma avaliação de renda e também precisam fornecer uma razão para a necessidade do subsídio. A razão pode ser simplesmente que ambos os pais trabalham e por isso precisam de um daycare. Em Manitoba, assim como na maioria das outras províncias, o subsídio paga parte dos gastos com childcare, mas não necessariamente cobre todos esses gastos. É possível utilizar esta ferramenta para calcular a quantia do subsídio que você poderia receber, de acordo com a sua realidade. A eligibilidade leva em consideração vários fatores, tais como a renda conjunta da família, o número de filhos, a razão pela qual existe a necessidade de aplicar para o subsídio, e o número de dias que a família precisaria contar com o daycare.
Um documento interessante que o governo de Manitoba oferece é um checklist para visitas aos daycares. O objetivo é que os pais, durante a visita aos daycares de interesse, não esqueçam de verificar detalhes importantes do ambiente que pode vir a ser aquele em que o filho irá passar uma boa parte do dia.
O governo de Manitoba oferece subsídio anual para o funcionamento de instituições de daycare sem fins lucrativos (non-profit child care facilities) que sejam licenciadas e elegíveis para receberem esse benefício. Para essas instituições em particular, o governo estabelece um limite máximo que a instituição pode cobrar de seus alunos, e é possível verificar aqui quais são essas taxas.
Ontário
O Ministério da Educação de Ontário oferece algumas informações a respeito de childcare na província.
Em agosto de 2015 entrou em vigor o Child Care and Early Years Act 2014, um conjunto de novas regulamentações a respeito da oferta de serviços de educação infantil. Vamos ver quais são essas regras:
Para cuidadores que trabalham em suas próprias casas (home-based childcare), se forem licenciados pela província, podem cuidar de até 6 crianças de até 13 anos de idade. Se não forem licenciados, podem cuidar de até 5 crianças de até 13 anos de idade, sendo que em ambos os casos os cuidadores devem contar seus próprios filhos menores de 6 anos no total de crianças que fazem parte do daycare. Além disso, em ambos os casos os cuidadores podem cuidar de somente 2 crianças (no máximo) que sejam menores do que 2 anos de idade. O número máximo de crianças permanece o mesmo, independentemente do número de adultos ou cuidadores presente na casa.
Para instituições, continuam valendo as regras anteriores que dizem respeito ao número de cuidadores versus o número de crianças por turma e à área do espaço disponível no daycare. Essas informações podem ser verificadas aqui.
O site do Ministério da Educação de Ontário oferece uma ferramenta de busca por daycares licenciados, em que é possível filtrar os resultados por cidade, código postal e idade da criança.
Além disso, o site do governo de Ontário oferece informações a respeito de subsídios a que as famílias podem ter direito. O Ontario Child Care Subsidy, por exemplo, está disponível para famílias com crianças menores de 13 anos de idade, dependendo da renda conjunta da família. Esse subsídio não necessariamente irá cobrir completamente o valor do daycare. O Ontario Child Benefit está disponível para famílias de baixa renda que estão com sua declaração de imposto de renda canadense em dia, e não há necessidade de se candidatar, desde que os pais tenham registrado os filhos para o programa nacional Canada Child Tax Benefit.
A cidade de Toronto oferece sua própria ferramenta de busca por daycares, assim como informações sobre subsídio a que a família pode ter direito.Esse programa de subsídio é oferecido pela cidade de Toronto, e conta com algumas regras para eligibilidade:
Independentemente da província do seu interesse, é de extrema importância verificar se o daycare escolhido possui licença para oferecer esses tipos de serviços. No Canadá, daycares sem licença são ilegais. De acordo com a província, pode ser permitida a oferta de cuidados por pessoas em sua própria casa, que não precisam de licença, desde que sejam obedecidas algumas regras, como um limite máximo de crianças e de faixa etária. Vale a pena verificar essas informações seguindo os links oferecidos ao longo do texto, caso essa opção pareça viável para você.
É também muito importante agendar uma visita e conhecer a instituição em primeira mão, para saber onde o seu filho vai ficar, quais atividades ele vai fazer, quais são as programações disponíveis por idade, se as necessidades individuais da criança serão respeitadas, etc. Para isso, não há outro jeito: é preciso pesquisar bastante e se informar o máximo possível!
Links úteis:
Quando assumiu o poder, em novembro de 2015, o primeiro ministro canadense Justin Trudeau propôs algumas mudanças e reformas no sistema de imigração do Canadá. Na época, logo após as eleições, a Immi Canada lançou este texto explicativo, comentando sobre algumas dessas propostas e eventuais previsões quanto ao impacto que elas teriam para as pessoas que desejam imigrar no futuro.
Nas últimas semanas, a mídia tem estado repleta de informações as mais diversas a respeito de um assunto polêmico que começou logo depois das eleições. Estamos falando dos refugiados sírios e das implicações que as políticas que dizem respeito a eles podem ou não exercer sobre o restante das políticas de imigração canadenses.
Refugiados: quem são?
Infelizmente temos visto algumas pessoas nas redes sociais, elas mesmas com desejo de imigrar, culpando os refugiados pela burocracia do sistema, ou então fazendo comentários preconceituosos (e que revelam uma assustadora falta de informação) a respeito de os refugiados supostamente terem “benefícios” para imigrar.
Portanto, antes de fazermos qualquer comentário ou mesmo de expormos os fatos a respeito do polêmico assunto, é importante entendermos quem são os refugiados.
Antes de mais nada, de acordo com o governo do Canadá, um refugiado é uma pessoa que não pode retornar para o seu país de origem por um medo legítimo e fundamentado de perseguição por parte do governo local ou de determinados grupos por motivos relacionados a religião, opinião política, orientação sexual, dentre outros. Quando falamos em “medo legítimo”, queremos dizer que essas pessoas, caso voltem para seus países de origem, correm o risco de serem presas, torturadas e mortas. Fora isso, a violência e a guerra civil, juntamente com o risco de ser capturado por organizações terroristas e obrigado a trabalhar para essas organizações, também são motivos para que as pessoas busquem refúgio em outros países. Sim, o assunto é complicado.
É possível ter um insight das vidas dessas pessoas através de entrevistas publicadas em jornais e revistas ao redor do mundo, como esta, publicada no site do jornal National Post em janeiro. Ainda assim, para nós que vivemos em uma sociedade sem bombas e sem guerra, é muito difícil compreendermos como é a vida para os refugiados. A título de exemplo, trechos de uma matéria publicada no site americano Business Insider, em dezembro de 2015:
"Quando eu estava na segunda série, teve um ataque com bomba na escola. [...] é difícil descrever o som [...] mas era como se um prédio estivesse caindo”
"[..] quando passou um mês e a guerra não tinha acabado, eu pensei ‘Talvez dois meses’. Depois, ‘Talvez três meses’. Mas depois de três meses minha mãe me disse que nossa casa havia sido destruída. [...] Não tínhamos um lugar para onde voltar”
"Eu era o único médico da região, então quando a ISIS ocupou nossa cidade eu sabia que eles iriam querer que eu trabalhasse para eles. Deveríamos ter ido embora naquele momento”
Podemos perceber então que refugiados não são simplesmente pessoas que desejam ir morar em outros países, como é o caso de quem nos lê agora. Refugiados são pessoas que não têm outra escolha a não ser deixar tudo para trás em busca de salvar a própria vida e a vida de seus familiares.
A política de imigração canadense para os refugiados
De acordo com uma matéria publicada em 19 de fevereiro no jornal National Post, o governo de Justin Trudeau esperava receber 25.000 refugiados no final de 2015, mas esse prazo precisou ser estendido para 2 meses além da data final. Já as previsões para 2016, de acordo com o ministro da imigração John McCallum, são que até 50.000 refugiados podem chegar ao país até o final do ano. Esses números não são decididos arbitrariamente. Sendo parte de planos governamentais, levam em consideração uma estimativa da quantidade de pessoas que o Canadá dá conta de receber a cada ano, levando também em consideração a existência de moradia, empregos, saúde e educação para todas essas pessoas.
De acordo com o site oficial do governo do Canadá, existem 5 fases para o processo de refúgio em voga atualmente, sendo que segurança é a palavra-chave. O Canadá está trabalhando junto à agência de refugiados das Nações Unidas para identificar pessoas que precisam de asilo, dando prioridade para mulheres em risco e famílias inteiras.
Quanto à segurança, cada candidato ao refúgio no Canadá passará por uma série de passos cujo foco principal é manter um alto nível de controle quanto a quem são as pessoas que estão sendo admitidas no país: novos refugiados passam por um extenso processo de verificação de documentação, coleta de impressões digitais e fotos, assim como dados referentes ao histórico de cada pessoa, contando com atestados de antecedentes criminais. Além disso, candidatos ao refúgio também passam por entrevistas com oficiais de imigração, onde toda essa documentação é verificada. A partir disso será tomada a decisão a respeito da validade da aplicação de cada candidato. Os candidatos também passam por exames médicos antes de receberem o sinal verde para embarcar, e ainda mais exames médicos ao chegarem no Canadá.
De acordo com matéria publicada pelo jornal Huffington Post, é preciso esperar mais algum tempo para se ter uma ideia dos efeitos que irão surgir como consequência da política de imigração para os refugiados. No entanto, é importante ter em mente que o governo de Justin Trudeau pretende ainda fazer mais mudanças no sistema de imigração como um todo, sendo que a política referente aos refugiados é apenas uma parte desses planos. E planos governamentais levam algum tempo para poderem ser implementados, acompanhados e avaliados. Isso não quer dizer que haverá menos espaço, por assim dizer, para as outras classes de imigrantes, e também não quer dizer que imigrantes que já chegaram ao Canadá terão menos benefícios por conta do aumento do número de refugiados. Não temos dados suficientes sobre isso, já que se trata de um programa novo, e qualquer conclusão nesse momento pode ser considerada precipitada. Em suma, é preciso ainda esperar algum tempo para que o governo possa avaliar os resultados de seus planos e compartilhá-los com o público em geral.
Temos visto em nossas redes sociais um grande interesse por parte de jovens famílias em imigrar para o Canadá. Uma das maiores preocupações dos pais de crianças pequenas é: como funciona o daycare no Canadá? Meu filho tem direito à educação gratuita? Existem subsídios governamentais para as crianças?
A educação infantil no Canadá é oferecida de maneira gratuita para todos os cidadãos e residentes permanentes desde os 5 ou 6 anos de idade, dependendo da província ou do território. Para crianças mais novas cujos pais precisam trabalhar, no entanto, é preciso conhecer mais sobre as opções oferecidas em termos de daycare, que não necessariamente são gratuitas.
Segundo uma matéria publicada no jornal The Globe and Mail em dezembro de 2015, os serviços de childcare são muito procurados por todo o país, sendo que existem enormes listas de espera na grande maioria das instituições. Quanto às taxas, já que a educação antes dos 5 ou 6 anos de idade (dependendo da província) não é gratuita, elas variam de província para província, sendo que em Gatineau, Quebec, os custos são consideravelmente mais acessíveis ($174/mês) do que em Vancouver ($905/mês) ou Ottawa ($1.194/mês), por exemplo.
Outra matéria sobre o assunto, publicada também em dezembro pelo site de notícias CBC News Toronto mostra que os custos médios com childcare nessa cidade são de cerca de $1.000 por mês, e compara esses custos com os oferecidos por algumas cidades da província de Quebec, que ficam na média de $174 ao mês.
Vamos falar sobre os sistemas de daycare em quarto províncias principais: Alberta, BC, Manitoba e Ontário.
Alberta
Em Alberta, de acordo com o Alberta Education, early childhood services são oferecidos para crianças de até 6 anos de idade (o ano letivo começa em setembro, então é preciso que a criança ainda não tenha feito 6 anos no dia 1 de setembro). No entanto, esses serviços não são obrigatoriamente gratuitos.
Através do Ministry of Human Services of Alberta você pode encontrar muitas informações a respeito de childcare. Vamos dar uma olhada:
Basicamente, existem 5 tipos de daycare em Alberta.
Quanto ao subsídio do governo, ele não é fixo. O auxílio está disponível para famílias de baixa renda, que devem passar por um processo de avaliação a fim de determinar se e quanto podem receber. Através desta ferramenta é possível calcular uma média do subsídio a que você terá direito, se você se encaixar no grupo de pessoas que está apto a receber o subsídio.
Além disso, famílias de baixa renda em Alberta (com renda de até CAD$ 41.220 por ano) serão elegíveis para receber Child Benefit a partir de agosto de 2016.
Através deste link e também deste link você pode pesquisar daycares por região ou por programa.
Colúmbia Britânica
Em BC, as crianças começam o ensino fundamental (elementary school) aos 5 anos de idade. Antes disso, o governo da província oferece recursos gratuitos para a educação de pais e crianças em conjunto, programas que basicamente facilitam o desenvolvimento natural da tarefa de cuidar e ensinar.
Quanto ao daycare propriamente dito, no entanto, as opções nem sempre são baratas. De acordo com o site do governo da província, existe uma série de serviços que podem auxiliar os pais que procuram por boas opções de daycare para seus filhos. A busca por uma instituição pode ser feita através deste link, que permite que você selecione apenas os itens que se aplicam ao seu caso. Também é possível filtrar opções por cidade, ou então buscar instituições na província como um todo.
BC oferece uma série de subsídios a que as famílias de baixa renda podem se enquadrar.
O BC early childhood tax benefit, por exemplo, é destinado a famílias com crianças menores de 6 anos de idade, e é calculado com base no número de filhos que a família possui, assim como na renda total da família.
Já o BC family bonus é um auxílio para famílias de baixa renda com filhos de até 18 anos de idade. Assim como o programa anterior, este também é calculado com base na renda total da família e no número de filhos.
A província também oferece um serviço chamado Child Care Resource and Referral, através de centros que oferecem apoio para famílias que buscam daycares de qualidade. Os serviços oferecidos incluem referências e informações sobre daycares na província, workshops para pais, informações sobre subsídios, dentre outros.
A província também oferece um guia para pais, que contém informações diversas a respeito de desenvolvimento e educação infantis.
Uma vez que você tenha encontrado uma escola ou uma residência que lhe pareça interessante, o passo seguinte é entrar em contato com a instituição para saber mais detalhes a respeito do número de vagas, da experiência dos profissionais (cursos, certificações, capacitação em primeiros socorros, etc), dos custos, dos materiais e brinquedos disponíveis, dentre outras muitas informações que podem fazer a diferença.
Links úteis:
Quem já pesquisou lugares para alugar durante uma temporada de férias em uma cidade diferente muito provavelmente já ouviu falar do Airbnb.
O Airbnb é uma iniciativa relativamente nova em termos de hospedagem, em que você pode oferecer a sua própria casa para hóspedes que têm interesse tanto em pagar mais barato do que um hotel quanto em apreender um pouco mais a respeito da cultura local através da convivência direta com pessoas que realmente moram naquela região.
A empresa Airbnb Inc. foi lançada originalmente em 2008. Com sede em San Francisco, na Califórnia, hoje conta com o site que hoje é conhecido por milhares de pessoas em 34.000 cidades em 190 países ao redor do mundo. A iniciativa já existe também no Brasil, e está ficando cada vez mais popular entre turistas e viajantes de todo o mundo por ser uma alternativa mais barata e que desafia a tradicionalidade dos hotéis.
Funciona assim: quem tem interesse em ofecer a sua casa para hóspedes em viagem pode utilizar o site para mostrar o espaço disponível. Quanto mais detalhes, mais atraente o espaço vai ser para possíveis hóspedes, que vão poder saber quais amenidades terão, quais são as regras da casa, assim como poderão também se informar a respeito de distâncias de pontos turísticos e opções de transporte. O anfitrião deve fornecer fotos (que podem ser tiradas por um fotógrafo profissional como um serviço disponível através da própria empresa Airbnb) e deve deixar claros os dias que estão disponíveis para o recebimento de hóspedes.
A grande sacada do empreendimento é que fica a cargo do anfitrião aceitar ou não o hóspede interessado, podendo conversar com ele através de um sistema de mensagens privadas, assim como definir o preço a cobrar por noite, podendo fazer modificações de preço nos finais de semana e nas altas temporadas da região onde mora. E não é obrigatório deixar a casa disponível por nenhum período mínimo nem máximo, sendo que tudo isso fica a cargo do anfitrião.
Através do site, também é possível escrever comentários e reviews a respeito do espaço, do anfitrião, e, no caso do anfitrião, também é possível escrever reviews sobre os hóspedes. Assim, futuros anfitriões e também futuros hóspedes podem saber o que esperar daquele espaço que lhes interessa ou daquela pessoa que está interessada em se hospedar.
Quanto à segurança, a Airbnb oferece um seguro e também recomenda que o anfitrião tome providências adicionais para que o período de estadia seja o mais agradável possível.
Embora a prática de ganhar um dinheiro extra através do Airbnb esteja se tornando cada vez mais popular por ser aberta para todos, é preciso notar, no entanto, que alguns contratos de aluguel não permitem sublocação através desse sistema. Como falamos em um texto de outubro aqui no nosso blog, existem regras específicas para strata buildings, que também podem ser um empecilho para fazer negócios através do Airbnb. Isso não significa, no entanto, que você não possa utilizar os serviços como um hóspede, quando decidir ir conhecer outras cidades no Canadá ou fora dele.
De acordo com uma matéria publicada em fevereiro no site de notícias CBC News Ottawa, a prática do Airbnb está modificando o modelo tradicional da indústria de hospitalidade, e os hotéis estão perdendo clientes para os novos anfitriões. A província de Ontário, que já permite a prática do serviço de car sharing Uber, quer “abraçar essas mudanças”, segunndo o ministro das finanças Charles Sousa. Ele ainda diz que a nova economia que se abre com serviços como Uber e Airbnb representa um "potencial significativo para a criação de empregos e para acelerar o crescimento, a produtividade e a inovação”.
Segundo matéria publicada também em fevereiro no jornal Huffington Post, o governo de Nova Scotia também está estudando a possibilidade de aproveitar melhor essas mudanças, de acordo com Martha Stevens, CEO em exercício do Tourism Nova Scotia. “Isso [inovações como Airbnb e Uber] veio para ficar, e queremos entender e melhorar algumas dessas novas tecnologias porque é isso que os consumidores estão pedindo”.
Como resultado, a economia está mudando através da tecnologia e da inovação. Os consumidores, principalmente os mais jovens, não estão mais interessados em serviços tradicionais que oferecem relativamente poucos benefícios por um preço alto, como é o caso de alguns hotéis (também aqui entra a dificuldade de encontrar hotéis disponíveis em alta temporada em certos destinos), de agências de turismo ou mesmo de companhias de táxi. No final da história, é o consumidor que decide pelos serviços que quer utilizar, e, como consequência, as empresas e também os governos precisam abraçar essas mudanças, como já acontece (ao menos em teoria) em Ontário e Nova Scotia.