Nossos clientes e quem nos acompanha nas redes sociais sempre apresentam essa dúvida: quão importante é o inglês?
Essa pergunta tem várias formas. Às vezes a pessoa deseja saber se o nível de inglês que ela possui é suficiente para aplicar para um programa de imigração, outras vezes o objetivo é aplicar para um processo de Pathway. Às vezes a dúvida é se a pontuação no IELTS do cônjuge fará diferença na hora de aplicar para o Express Entry. E às vezes a dúvida é se o inglês é mesmo necessário se o objetivo é somente visitar o Canadá por um curto período de tempo.
Então vamos lá!
Inglês para turismo
Para viagens de turismo, fica mesmo a critério da pessoa definir se o inglês será importante ou não.
Nós particularmente achamos que existem muitas situações em uma viagem de turismo que podem ser muito melhor aproveitadas se a pessoa souber falar inglês, mesmo que não seja muito fluente.
Estamos falando do dia a dia mesmo. Claro que não precisamos necessariamente usar o inglês quando andamos pela cidade para tirar fotos. Mas e se formos a um restaurante? E se resolvermos participar de um tour guiado em um museu? Como faz para perguntar se aquela loja vende aquele produto específico? E como pedir informações na rua ou no hotel?
Saber inglês pode facilitar a vida em muitas ocasiões.
É também com um bom nível de inglês que conseguimos ter uma experiência completa quando viajamos para países que falam essa língua (estamos falando de 25 países cujo idioma principal é o inglês), pois podemos conversar com mais pessoas e apreender mais a cultura local, incluindo maneirismos da fala, sotaques, gírias, e toda a cultura relacionada com a linguagem.
Sabe aquela sensação de estarmos conhecendo gente completamente diferente da gente quando passeamos pelo Brasil, com seus diferentes sotaques que moldam as várias culturas brasileiras? Conseguimos aproveitar cada minuto da viagem pela própria facilidade de falarmos a mesma língua. Essa sensação também existe no inglês, e é completamente diferente ouvir um canadense, um texano, um britânico e um escocês falando, embora todos falem inglês.
Inglês para estudos e imigração
Quem planeja estudar em um país de língua inglesa, ou então imigrar para um país de língua inglesa, já deve saber da importância de ter um inglês fluente.
Para estudar, principalmente cursos de nível universitário, a maioria das universidades exigem um teste de proficiência de nível acadêmico, que é um pouco mais específico do que o teste que é pedido para fins de imigração.
Mas o ponto principal não é o teste em si, e sim a facilidade com que o aluno irá acompanhar as aulas. As notas do curso que irá fazer (e, em alguns casos, a permanência no curso) podem depender do inglês. Quanto mais facilidade e familiaridade o aluno tiver com o idioma, mais facilidade ele terá, tanto ao compreender 100% das aulas, seminários e palestras, quanto ao estudar livros técnicos. O conhecimento do idioma também irá facilitar muito na redação de reports e papers.
Já para a imigração, embora o teste de proficiência pedido seja de nível geral em vez de acadêmico, não significa que é uma boa ideia parar de estudar inglês no momento em que se conquistou notas interessantes no teste.
Como imigrante será preciso se adaptar ao seu novo país, e isso inclui conquistar um bom emprego. O inglês abre portas, e isso é especialmente verdadeiro quando se trata de empregos. É relativamente fácil conseguir um trabalho temporário como atendente em lojas ou em cafés, onde é aceitável que o inglês do candidato possa não ser tão avançado, mas quando falamos de empregos que exigem um maior nível de responsabilidade no contato com o público, em profissões como medicina, engenharia, ou secretaria e recursos humanos, ter um inglês fluente pode sim fazer a diferença para que você seja considerado um bom candidato para a vaga. Afinal, você estará competindo com outros imigrantes, sim, mas principalmente com canadenses com inglês nativo. E as empresas buscam sempre o candidato que melhor se adequa a todos os requisitos para a vaga disponível.
As coisas ficam mais claras quando usamos exemplos do nosso dia a dia. Imagine que uma pessoa imigrou para o Brasil, mas ela não fala um português muito bom. Ela certamente terá mais dificuldade para se adaptar, fazer amigos e conseguir um bom emprego do que se falasse um português com fluência, certo? Para o inglês funciona da mesma maneira
O famoso IELTS
Falamos muito sobre o IELTS, ou International English Language Testing System. É uma prova de proficiência na língua inglesa, que avalia tudo o que sabemos e o que não sabemos sobre a comunicação em inglês.
Um bom conhecimento da língua inglesa (e também um bom conhecimento da prova em si e de sistemas de avaliação em geral) pode fazer uma grande diferença nos resultados. Esses resultados não só contribuem para os processos de estudos e imigração: são de extrema importância. A pontuação no IELTS, tanto do aplicante principal quanto do cônjuge, se for o caso, pode fazer a diferença entre ter a aplicação aprovada ou não.
Se tiver mais dúvidas fale com a nossa equipe: contact@immi-canada.com
Pode até ser que meu lado nutricionista e “apaixonada por comida” tenha me levado a visitar (e hoje em dia, digamos até: frequentar) mais essa maravilha de Vancouver, mas o fato é que a Granville Island não é somente sobre comida e é capaz de agradar até os mais peculiares visitantes.
A Granville Island está localizada abaixo da Granville Street Bridge na parte Sul e apesar do nome, o local não é exatamente uma ilha e sim uma península (lembra da aula de geografia?). Então é possível chegar por lá de carro, ônibus ou bicicleta indo por False Creek ou mesmo de barco, com algumas empresas como a Aquabus ou False Creek Ferry que fazem o trajeto em um barquinho simpático, saindo de alguns pontos em Downtown até a Ganville Island por CAD$5,00 ida e volta. Eu particularmente adoro pegar os barquinhos para visitar o local, pois de onde eu moro é muito mais rápido do que o ônibus.
Eu diria que a atração principal da Granville Island é o Public Market; no entanto é inegável que algumas lojas e restaurantes acabam roubando a cena as vezes, como vou contar mais para frente. Mas vamos começar com o que realmente importa: comida!
O Public Market, para os que tem São Paulo como referência digamos que é algo como o Mercadão (em menor escala), onde você encontra frutas, verduras, legumes e temperos frescos e orgânicos; encontra-se também grande variedade de queijos, massas, carnes e frutos do mar, tudo de boa qualidade. E quando se fala em boa qualidade, já sabe...Sim! o preço dos alimentos por lá, é em boa parte, mais salgado do que normalmente se paga em vendas e supermercados. Mesmo sabendo disso, tenho que assumir que sempre que vou na Granville Island eu caio na tentação de comprar as suculentas porções de berries que parecem gritar meu nome. De qualquer forma, mesmo que você não compre nada, com certeza vale a visita! (e nesse caso, fique esperto nas degustações).
Como mencionei antes, o Public Market certamente não será o único, e para algumas pessoas, nem mesmo o principal motivo para se visitar a Granville Island. Já que estamos na linha dos “apaixonados” por aqui, você aí é apaixonado por cerveja? Se sim, talvez achamos aqui o SEU motivo! A Granville Island Brewing é uma produtora de cerveja artesanal e é o local perfeito para se conhecer a fábrica e perder uns bons minutos no bar fazendo sua degustação. A cervejaria oferece nove tipos de cervejas, das mais básicas até as mais exóticas, como a Raspberry Ale, uma cerveja de framboesa. O valor da degustação é até que amigável: saindo 4 tipos de cerveja, em copos de 150 ml/ cada, por CAD$7 no total.
Existe um forte lado artístico na Granville Island, começando que a Universidade de Arte e Design de Vancouver, a Emily Carr University, está localizada na península. Além disso, o local conta com uma série de galerias de artes, lojas de artesanato e uma imensa obra de arte para nosso orgulho brasileiro: a pintura de 20 metros de altura dos artistas brasileiros OSGEMEOS – e não precisa ser entendedor de arte para admirar o talento dos irmãos!
Por ser um local turístico, a Granville Island está rodeada de lojas, principalmente aquelas para atender a necessidade de “lembrancinhas” dos turistas. Mas em meio disso tudo você vai também achar algumas lojas de personalidade única, como por exemplo a “The Umbrella Shop” – uma loja só de guarda-chuvas dos mais variados tamanhos e modelos: coloridos, estampados, com gliter, de renda, estilo retrô, e até mesmo é possível encomendar o seu guarda-chuva customizado. Muitos deles são tão bonitos e cheios de detalhes que eu não consigo imaginar alguém que tivesse a audácia de usá-los de fato; acredito são destinados a colecionadores (se é que existe tal coisa como colecionar guarda-chuvas!). Outra loja imperdível de se visitar é a “Broom Co.” uma loja de vassouras de bruxa! Parece estranho ou assustador? É nada! As vassouras são fantásticas, puras obras de arte, que assim como aqueles guarda-chuvas, não é possível que alguém seria capaz de realmente usá-las, principalmente pelo preço que pode chegar até CAD$225 em uma vassoura.
Como uma frequentadora da Granville Island, eu posso dizer que esse é um local que vai surpreender a cada visita, como se houvessem lugares “escondidos” por lá. Quando eu achava que já havia visto de tudo na península, fui surpreendida pelas admiráveis fotos de um amigo com pequenas casas flutuantes e suas “garagens “de barco ao redor da Granville Island. “Onde você achou isso??? ” – foi minha reação frustrada ao encarar as fotos por alguns longos minutos – “ bom, terei que voltar mais uma vez para ver com meus próprios olhos”- E voltei mesmo!
Pela gastronomia, pela arte ou pelas compras...não importa qual seja o seu motivo, não deixe de visitar e revisitar a Granville Island!
Trânsito é trânsito, certo? O que pode haver de diferente? Todas as cidades têm carros, pessoas, ônibus... algumas não têm metrô, mas fora isso...
Errado. O trânsito pode sim ter diferentes facetas, algumas das quais nem sequer imaginamos, em diferentes lugares do mundo. E não estamos falando apenas de diferenças como o fato de os britânicos dirigem do lado “errado”. Estamos falando de costumes, de etiqueta e de cultura.
Apenas lembrando, nossa maior referência nesse texto é Vancouver, BC, mas pode valer também, claro, para outras cidades no Canadá =)
Carros
Quem já dirigiu nos Estados Unidos ou no Canadá com certeza notou algumas diferenças muito significativas em relação ao Brasil. Selecionamos duas como sendo as principais: a curva à direita e a preferência do pedestre:
Se você pretende virar à direita, a menos que haja uma placa especificando o contrário, não é preciso parar no sinal vermelho, desde, é claro, que não haja pedestres atravessando a rua, nem carros vindo à sua esquerda, que têm preferência, já que o sinal está verde para eles. Se estiver tudo calmo, você pode “furar o sinal” e virar à direita no vermelho. Isso é uma prática comum, e é parte do funcionamento do trânsito. Quem espera no sinal vermelho para virar à direita leva uma buzinada do carro de trás.
Além disso, é preciso parar para os pedestres (e também para os ciclistas!). Claro que em ruas movimentadas e no centro das cidades os pedestres têm seu próprio semáforo (que é respeitado, vamos falar disso mais adiante), mas em ruas mais tranquilas e quando não há semáforo para pedestres, é preciso dar a preferência caso um deles decida atravessar a rua. Mesmo que isso signifique perder a sua vez na rotatória.
Ah, é possível sim dirigir no Canadá com a CNH brasileira. No entanto, se você pretende ficar no país por um período maior de tempo, é importante se informar com o departamento de trânsito da cidade onde você está sobre a obtenção de uma carteira de habilitação canadense.
Ônibus
Todo mundo sabe como pegar um ônibus no Brasil. Você anda até o ponto, espera o ônibus chegar e... estende o braço, certo? No Canadá isso pode ser uma gafe, embora não seja nada grave. É que os canadenses não têm o costume de sinalizar para os ônibus pararem, já que os motoristas sempre param nos pontos se houver pessoas lá – ou se alguém de dentro do ônibus pressionar o botão sinalizando que deseja descer no próximo ponto.
O cobrador... não existe. Para pagar a sua passagem existem diferentes maneiras, mas, caso você não tenha já comprado um passe anteriormente, em algumas cidades os motoristas não dão troco. Isso é porque esses motoristas não têm acesso ao dinheiro, que é depositado diretamente pelo passageiro em uma espécie de cofre, que calcula o valor que aquela pessoa depositou e emite um bilhete, que então pode ser usado como “transfer”, ou seja, para pegar outro ônibus ou metrô, desde que se respeite o intervalo de tempo indicado no bilhete. Na dúvida, é só perguntar para o motorista como funciona. Eles estão acostumados a receber turistas e podem tirar as suas dúvidas.
Uma coisa muito interessante por aqui é a questão do respeito com o espaço alheio. Um ônibus canadense lotado é muito diferente de um ônibus brasileiro lotado. No Brasil, como nosso sistema de transporte público às vezes deixa a desejar, as pessoas tendem a aproveitar ao máximo o espaço disponível dentro de um ônibus, o que acaba gerando uma situação um pouco desconfortável. No Canadá não tem disso. Embora possa sim acontecer de os ônibus atrasarem (mesmo que isso seja raro), não há motivo para pânico, e o “lotado” daqui é um conceito que, para quem já andou de ônibus no Brasil, nem se compara. Além disso, é o motorista quem tem a palavra final. É comum, nos horários de pico, ouvir o motorista pedir as pessoas irem mais para o fundo do ônibus, a fim de abrir espaço para que mais pessoas possam entrar. No entanto, chega um momento em que o motorista decide que o ônibus está cheio, e aí não há conversa. É preciso esperar pelo próximo.
Para descer do ônibus, quem abre a porta é o passageiro. Sim, você puxa a cordinha (ou pressiona o botão) para sinalizar que você pretende descer no próximo ponto, e, assim que o ônibus parar no ponto, uma luz verde será acesa logo acima da porta, mas a porta não irá abrir. Isso acontece pelo fator segurança, para que a porta não abra à toa, a menos que alguém de fato deseje sair. Em algumas cidades, é preciso descer um degrau para que o sensor localizado sob o chão permita que a porta abra; em outras, é necessário dar um leve empurrão no centro da porta onde normalmente ficaria a maçaneta.
Metrô
As linhas de metrô no Canadá são bastante amplas, e as estações sempre estão perto de pontos de ônibus para que a viagem do passageiro seja facilitada ao máximo.
As estações de metrô, diferentemente dos pontos de ônibus, têm caixas automáticos específicos para a venda de passagens (e também é comum encontrar caixas automáticos tradicionais, ATMs, onde você pode sacar dinheiro), que normalmente aceitam dinheiro, cartão de débito e cartão de crédito. Mas é preciso saber utilizar.
Em Vancouver, por exemplo, existem 3 zonas para as quais você pode ir de metrô, cada uma com um preço diferente para a passagem. Cada zona corresponde às cidades vizinhas que fazem parte da Metro Vancouver. Se você vai, digamos, do centro para Richmond, mesmo que pretenda descer na primeira estação de Richmond, não importa: é preciso comprar a passagem para a zona 2.
Além disso, cada cidade oferece a sua versão econômica para as passagens: passe mensal, passe diário, passe semanal. Todas essas informações estão disponíveis nos sites das operadoras de trânsito das diferentes cidades, e é uma boa ideia dar uma olhada antes de sair de casa – ou do hotel.
Para o transporte público, independentemente de ser ônibus ou metrô, é uma questão de educação deixar a mochila no chão, entre os pés, mesmo que o vagão ou o ônibus não esteja lotado. Além de liberar espaço para mais uma pessoa, essa prática facilita a entrada e a saída das pessoas, que não precisam ficar desviando de mochilas ou perder sua estação porque alguém estava bloqueando a porta.
Ah, mulheres grávidas, com bebê, idosos, pessoas com deficiência, sempre têm a preferência. Quem já veio para cá com certeza já viu a cena em que dois ou mais canadenses saem de seus assentos para oferecer o lugar quando chega um idoso.
Pedestres
Pedestres são muito comuns no Canadá, talvez mais do que no Brasil, onde, em algumas cidades e bairros, evitamos andar na rua por questão de segurança. Por aqui ser pedestre é a norma, principalmente para quem mora ou trabalha em regiões próximas ao centro das cidades.
Pedestres devem sempre andar do lado direito, seguindo a regra dos carros. Embora isso nem sempre seja respeitado nas calçadas, é uma regra de ouro para as escadas e escadas rolantes, assim como para calçadas e corredores mais estreitos. Essa regra simples todo mundo respeita, e faz com que o caos dos horários de pico seja muito menor em comparação ao que estamos acostumados a ver no Brasil.
Para escadas rolantes, a sacada é que quem está com pressa pode descer ou subir mais rápido pelo lado esquerdo, já que quem não está com pressa fica do lado direito.
Nas grandes cidades, especialmente nas regiões centrais, os pedestres têm seu próprio semáforo, que é respeitado, e, claro, a faixa de pedestres. A maioria das cidades brasileiras também têm isso, mas nem sempre é respeitado, já que no Brasil é comum atravessarmos a rua assim que seja possível, e nem sempre ligamos para o sinal verde dos pedestres, já que prestamos mais atenção aos carros. No Canadá é diferente. Mesmo que não esteja vindo carro de nenhuma direção, se o semáforo dos pedestres estiver fechado ninguém atravessa. Atravessar no sinal vermelho ou no meio da rua gera multa, e ninguém está disposto a levar uma multa por ser um mau pedestre.
Ciclistas
As ciclovias no Canadá são muito populares, e a bicicleta por aqui é considerada um meio de transporte, além de ser um artigo esportivo e uma brincadeira para as crianças. A coisa é levada a sério, e tem infraestrutura para isso.
Assim como os pedestres, os ciclistas devem respeitar o seu próprio semáforo. Além disso, é preciso dar sinal para tudo o que for fazer, como se fosse um carro. Com o braço esquerdo estendido, ele sinaliza que vai virar à esquerda na próxima rua; com o braço esquerdo dobrado, ele irá virar à direita. O braço para baixo significa que ele irá parar. Luzes são obrigatórias para dias escuros, chuvosos ou para o período da noite. Roupas de material reflexivo são recomendadas. Para algumas cidades, capacete.
Quando não há ciclovia, o ciclista tem direito a usar uma das pistas normais da rua, ficando sempre mais próximo do lado direito (ou esquerdo, caso deseje virar à esquerda) mas ainda assim distante da calçada o suficiente para que os motoristas possam vê-lo. Falando nisso, em algumas cidades é ilegal andar de bicicleta nas calçadas.
Embora os ciclistas precisem estar sempre atentos à sinalização (tanto própria quanto dos carros ao seu redor), eles devem ser respeitados. Isso significa que têm preferência sobre os carros (mas devem dar preferência aos pedestres), e motoristas correm o risco de serem multados caso não respeitem essa regra. Isso também vale para quando o motorista estaciona próximo a uma ciclovia: ele deve olhar para os lados antes de abrir a porta do carro.
A IMMI QUER SABER
Você já veio para o Canadá ou está por aqui? O que mais chamou a sua atenção sobre o trânsito?
Links úteis:
Translink (Vancouver) http://www.translink.ca/
TTC (Toronto) https://www.ttc.ca/
Calgary Transit http://www.calgarytransit.com/
Winnipeg Transit http://winnipegtransit.com/en
Saskatoon Transit https://transit.saskatoon.ca/
Eu sei que carro é uma mão na roda na vida das pessoas e que quem está acostumado à ter certa independência para se locomover pode até estranhar abrir mão do seu veículo pessoal. Porém, todo mundo sabe também que carro = gasto. Não é só a despesa da compra, mas há também a manutenção (alôu, inverno vem aí e você precisa de pneus adaptados), gasolina e, principalmente, o seguro, item obrigatório por estas bandas.
Por isso, senhoras e senhores, abrir mão do carrinho ao chegar do lado de cá não é nada de outro mundo. Você só precisa se adaptar e avaliar suas opções.
Felizmente, transporte público por aqui é um item muito mais bem resolvido do que em muitas cidades do nosso querido Brasil. Apesar de Edmonton não ser uma cidade grande (eu diria que é de porte médio), já conta com metrô e com um sistema de ônibus bem eficiente. E o melhor: são integrados.
A linha do metrô (aqui chamado de LRT – Light Rail Transit) não é muito grande, realmente (se poupem do trabalho de comparar o metrô de Edmonton com o de Toronto, por exemplo), mas é útil para muita gente. Além de várias estações estarem conectadas à terminais de ônibus espalhados pela cidade (o que facilita a locomoção), os bilhetes também são unificados. O que serve para ônibus também serve para metrô e vice-versa. O preço é o mesmo, aliás, e com um só tíquete você pode pegar um segundo ônibus (ou metrô) dentro do prazo de 90 minutos.
Outro fator que facilita e barateia a vida por aqui é o tal do passe mensal. Com ele, você pega ônibus e metrô quantas vezes quiser dentro de um determinado mês. Basta apresentar ao motorista ao embarcar no ônibus ou ao fiscal do LRT caso seja abordado. E só. Aqui não tem catraca e nem cobrador: se você tem o passe, mostra para o motorista ao entrar e pronto (claro, precisa ser o passe do mês corrente). O número de viagens possíveis é ilimitado (pois basta ter o passe para embarcar) e isso acaba sendo uma benção para quem precisa andar muito de transporte público (como nas primeiras semanas do recém-chegado, que terá que sair por aí procurando apartamento, comprando coisas pra casa e resolvendo burocracias).
E como as pessoas que não tem passe mensal fazem, já que não há cobrador? Elementar meu caro. Basta inserir suas moedinhas (ou tíquete unitário, caso você tenha comprado – sim, também existe essa opção) numa caixinha do lado do motorista (valor exato, pois eles não dão troco) e seguir viagem feliz. No metrô, você compra o bilhete numa máquina automática, valida na maquininha e entra normalmente. Sim, é só isso mesmo. Pra quê complicar a vida das pessoas se você pode facilitar?
Ainda não se convenceu que viver de transporte público pode ser prático? Eu sei, aqui é frio e ficar esperando no ponto de ônibus no inverno não parece convidativo. Muitos pontos não são fechados e nem todos possuem proteção contra neve ou vento. Porém nem tudo está perdido. Aqui existe uma coisa chamada pontualidade. Todos os ônibus possuem uma hora certa para passar em cada ponto da cidade. Um aplicativo da prefeitura mostra o horário exato que cada ônibus vai passar em cada parada (e o Google Maps mostra também, baseado nas informações do sistema de transporte local). Por isso, se seu ônibus está marcado para passar às 8h53, basta ir para o ponto alguns minutos antes e se poupar de ter que ficar horas mofando na rua torcendo para o bendito passar logo. Raramente os ônibus se atrasam mais do que 5 minutos ou estão com o horário desatualizado no aplicativo. Claro, problemas sempre podem acontecer, mas na grande maioria das vezes, você não terá surpresas.
Transporte alternativo – é viável?
Tem gente (tipo eu, cof cof) que pode preferir um transporte ainda mais alternativo que o ônibus ou o LRT. Sim, leitores, estou falando da bicicleta. Barata, prática e ecológica, nossa querida magrela é um quebra galho e tanto.
Se você mora em bairros relativamente próximos ao centro (ou seja, longe do subúrbio) pode aproveitar para comprar uma bicicleta e se locomover pela cidade. Apesar daqui não ter muitas ciclovias (mas conta com algumas ciclofaixas aqui e ali), andar de bike é tranquilo e muito prazeroso. O trânsito não é pesado e as calçadas, muitas vezes vazias, o que facilita um bocado a vida do ciclista. Sim, eles ainda são minoria na cidade, mas é possível ver alguns adpetos desse meio de transporte circulando por aí. Bicicletários são comuns principalmente perto de centros comerciais, shoppings, prédios públicos, instituições de ensino e supermercados. E se por algum acaso não houver essa opção, pode prender a bicicleta na árvore ou poste mais próximo que está tudo certo.
Disclaimer: Por aqui já ouvi muitos casos de furto de bicicleta, então, tenha o bom senso de comprar um cadeado bem resistente (se possível, até um U-Lock). Pois é, não tá fácil pra ninguém....
Se no inverno dá para pedalar? Bueno, yo no creo en brujas, pero que las hay, hay... nunca pedalei na neve e não sei se arriscaria, mas já vi gente dizendo que é possível e nada demais. Basta ter um bom pneu e, lógico, bons agasalhos. Não sei. Só sei que depois que o verão passou, tive a impressão de que o número de ciclistas pelo bairro deu uma leve caída. Como o inverno canadense ainda é uma incógnita para mim assim como é para a maioria de vocês, prefiro não palpitar ainda. Mas em breve isso mudará! 😉
Fotos: The City of Edmonton
Um dia desses, caminhando pela orla da English Bay, como costumo fazer aos finais de semana, segui até a Second Beach e resolvi me aventurar em uma das trilhas que exploram o Stanley Park em diversas direções. Naqueles trinta minutos de caminhada não se ouvia nada além do vento batendo nos galhos das árvores, uma distante conversa entre pássaros e o barulho dos meus próprios passos deixando rastros na terra seca. Por alguns minutos parecia que aquela floresta tinha me envolvido em um abraço e eu cheguei a até esquecer que estava no meio da urbanizada Vancouver.
O Stanley Park é um dos maiores parques urbanos da América do Norte, e é certamente um dos meus lugares favoritos em Vancouver. Não importa quantas vezes você o visite, sempre há novos lugares a serem descobertos e explorados. O Stanley (como eu carinhosamente o chamo), me parece uma fonte renovável de beleza e atrações.
Vou selecionar aqui alguns dos meus pontos favoritos para se visitar no parque para compartilhar com vocês. Vamos começar por um dos passeios que absolutamente estaria em alguma das primeiras posições naquelas listas “must do” em Vancouver: pedalar pela orla do Stanley Park!
São quase 9 km pedalados em uma paisagem incrível, de um lado aquela parede natural construída de árvores e do outro o imenso azul do mar. Para sua conveniência é possível alugar bicicletas pertinho do parque, como por exemplo, você encontra uma grande loja de aluguel de bikes e patins na Denman Str. com a Georgia St. E para os que preferem acessar o parque pela English Bay, tem também uma loja de aluguel de bicicletas na Davie St.
O tempo para completar a volta toda na orla do Staney Park vai depender bastante não somente do seu nível atlético, mas também de o quanto apaixonado por fotos você é, pois nesse caso, as paradas serão muitas! Além da maravilhosa paisagem natural, vale a pena parar e conhecer monumentos como os Totens – a arte dos indígenas do Canadá - ou dar uma paradinha no Farol para admirar a vista para a ponte Lions Gate, e claro, parar também para uma sessão de fotos da Siwash Rock. Então, minha dica seria para reservar nunca menos de uma hora e meia nesse passeio.
Outra atração imperdível dentro do Stanley Park é o Aquário de Vancouver. E aí vai uma dica de ouro: pegar um mapa na entrada pode ser fundamental para garantir que sua visita seja completa, que você não vai deixar escapar nenhuma área do local!
Cada área do Aquário recebe o nome de acordo com o habitat no qual as espécies ali pertencem: tem o Pacific Canada, a Tropic Zone, Wild Coast, entre outras, e até uma área chamada Amazon Rainforest - destinada à nossa floresta tropical – que te fazem sentir realmente dentro da floresta. Com um clima abafado, leve chuva artificial, e lindas araras-azuis e bichos-preguiça soltos pelo local; a Amazon Rainforest é uma agradável surpresa no Aquário de Vancouver.
Mas o que mais me encanta mesmo é a dedicação e respeito pelos animais que a empresa presta. O local é mantido por uma associação sem fins lucrativos, dedicada à conservação e pesquisa da vida marinha. Os animais que ali se encontram, como golfinhos e baleias brancas, foram todos resgatados e por algum motivo não puderam ser reintroduzidos na natureza. Visitando o aquário, existem horários específicos em que os cuidadores explicam mais sobre o trabalho e rotina com os animais, e então você consegue vê-los de pertinho.
Para os que, assim como eu, adoram esse contato com a natureza e os animais, o Stanley é definitivamente o seu lugar! E então o Lost Lagoon será outra parada obrigatória pelo parque. Basta dar uma voltinha pelo lago para se deparar com os nem um pouco tímidos guaxinins, típicos Great Blue Herons e um maravilhoso casal de cisne branco.
Para os fotógrafos de plantão e admiradores de paisagens, não se preocupem, tem um prato cheio (transbordando até) para vocês também! Além dos floridos jardins na entrada do parque, o Prospect Point é uma das vistas dignas de cartão postal no Stanley; o mar, as montanhas de fundo e a Lions Gate compõem a imagem do perfeito balanço entre cidade e natureza.
Por fim, não poderia faltar aqui uma dica envolvendo um bom restaurante. O The Teahouse é um dos restaurantes favoritos em Vancouver e sem dúvidas um dos mais românticos também. Localizado no Stanley Park em uma das privilegiadas vistas para o mar, é uma ótima pedida para um delicioso brunch ou jantar, principalmente em comemorações de datas especiais.
Se você já está em Vancouver e ainda não visitou o Stanley Park; o que você está esperando? E se você está vindo para Vancouver; se prepare para se apaixonar mais ainda por esse lugar!
Toronto é uma cidade cheia de possibilidades e oportunidades para quem deseja se divertir, seja apreciando a obra de renomados artistas até curtindo a noite em pubs com os amigos. Há restaurantes com especialidades culinárias do mundo inteiro (inclusive cardápios bem brasileiros), espaços culturais, muitos festivais, bares, shows... enfim, cada uma dessas opções citadas com certeza merecem uma matéria especial.
Mas desta vez separei algumas dicas para quem vem visitar Toronto ou mesmo mora por aqui, e neste exato momento está sem muitos dólares no bolso. Algumas delas fogem um pouco do roteiro oficial e outras já são figurinhas carimbadas dos guias turísticos. Assim, para quem procura fazer um programa com entrada “free” ou que não seja preciso gastar muito, vale a pena ler até o fim, e claro, se atentar às informações e na primeira chance conferir de perto:
O famoso PATH (a palavra "caminho”, em inglês), interliga muitos pontos da cidade literalmente por debaixo da terra. De acordo com o Guinness Book, o livro dos recordes, este é o maior complexo comercial subterrâneo do mundo. Ao todo são 30 quilômetros de extensão de verdadeiros túneis com serviços, negócios e entretenimento.
Mais de 50 prédios estão conectados, inclusive o shopping Eaton Centre e hotéis, o que inclui ainda algumas estações de metrô da região central, como a Queen, Dundas e Union Station. É possível acessar lojas, restaurantes, cafés, farmácias, supermercados, clínicas médicas, edifícios residenciais e comerciais, entre outros.
Não é exagero dizer que dá para fazer tudo sem precisar sair na rua. Assim, este é um roteiro para o ano inteiro, inclusive para quem gosta de fotografar pois vai poder clicar muitas surpresas arquitetônicas pelo caminho. Trata-se ainda de uma excelente alternativa para fazer compras longe da neve no período de inverno.
E quem decidir explorar o PATH não pode deixar de conhecer também o Skywalk, que é uma bela passarela de cerca de 500 metros que liga a Union Station e o complexo em que estão a famosa torre CN Tower, o Ripley´s Aquário e também o estádio Rogers Centre.
Na sequência deste passeio via Skywalk, ao atravessar a rua do complexo citado a pouco, exatamente em frente ao aquário de Toronto, é possível avistar a tradicional cervejaria Steam Whistle Brewery, no Roundhouse Park. Faz todo o sentido afirmar que este é o lugar ideal para quem gosta de apreciar uma boa cerveja.
O bar que fica na entrada da fábrica é aberto ao público e sempre recebe muitos visitantes. Há quem aproveite para assistir os jogos transmitidos nos televisores do local ou goste de acompanhar um show de música ao vivo no final da tarde (eu já conferi excelentes bandas de rock, de graça!).
E basta ir até o balcão e pedir um "free sample" que você poderá experimentar a cerveja que a marca produz e não precisa pagar nada. Se a verba permitir, ao longo do ano tem festival, é possível fazer o tour para conhecer os bastidores da cervejaria ou adquirir uma “lembrancinha” da Steam Whistle como kits de bebidas e camisetas.
Ah! Antes de embarcar neste passeio, vale lembrar que na província de Ontário, a qual Toronto pertence, é preciso ter pelo menos 19 anos de idade para consumir bebida alcoólica legalmente.
O espaço AGO (Art Gallery of Ontario), localizado no número
317 da Dundas Street West tem entrada franca às quartas-feiras, entre 6 pm e 8h30 pm. A galeria de artes abriga obras de famosos artistas do Canadá e de outras parte do mundo, e a moderna arquitetura do local é um show à parte. A entrada grátis não se estende para exposições especiais. Veja a programação completa no site oficial.
Já aqueles que possuem a carteirinha das bibliotecas públicas de Toronto podem fazer um programa com toda a família e conferir de graça muitos museus e atrações da cidade, como por exemplo, o Toronto Zoo (o zoológico local). Para tanto, é preciso retirar o cartão Museum + Arts Pass, o MAP.
Os passes são limitados, disponibilizados nas bibliotecas espalhadas pela cidade (os novos lotes chegam geralmente aos sábados) e a distribuição é por ordem de chegada. Cada MAP é válido para dois adultos e de quatro a cinco crianças, valendo as regras do local a ser utilizado. Mais informações no site.
Além de todas as despedidas de amigos e familiares, tivemos que encarar também a despedida da escolinha no Brasil. Foram quase 3 anos em uma escola excelente, com ótimos professores e amiguinhos fantásticos. A escola preparou um livro de despedida com as fotos de todos para que minha filha pudesse guardar como lembrança. Mas, como se prepara a mudança de escola de uma criança de 3 anos? Qual será a melhor forma? O que será que ela entende dessa mudança toda? Difícil responder. Mas, uma coisa eu teria feito diferente: teria investido mais no inglês dela enquanto estávamos no Brasil.
Desde o Brasil comecei a pesquisar todas as opções de daycare e escola pública. Descobri que aqui em Ontário as crianças só tem direito a escola pública à partir dos 4 anos completos durante o ano letivo. Portanto, se seu filho completa 4 anos até 31 de dezembro, ele poderá iniciar o ano letivo em setembro mesmo sem ter os 4 anos completos. Ele entrará no Junior Kindergarten de uma Elementary School. No nosso caso, a Letícia tem 3 anos e a única opção era mesmo o daycare.
Comecei a pesquisa sobre daycare e descobri que existem diferentes tipos:
Pedi referências de algumas pessoas que conhecia aqui e optei por testar um daycare que fosse dentro de uma escola. Dessa forma, eu não teria que fazer duas adaptações. Algumas escolas aqui possuem daycare e possuem também os programas chamados before e after school. Como as escolas tem um horário aproximado de estudo das 9am às 3pm, os pais que trabalham acabam optando pelos programas before e/ou after para seus filhos (que funcionam à partir das 7am até as 6pm). Nesse caso, a escola é pública e você paga pelo tempo adicional que seu filho passa lá.
Para escolher a escola, você tem as opções de católica, laica, algumas com ensino em francês e existem também as escolas privadas mas, pelo preço, não daria para encarar. O ano letivo da escola católica vai do início de setembro ao final de junho. A matrícula oficialmente é feita em janeiro para garantir a vaga mas pode ser feita em qualquer outro momento, caso necessário. As férias são julho e agosto e eles seguem todos os feriados católicos. Além disso, há um recesso antes do Natal com retorno após o réveillon e outro de uma semana em março. O ideal é pesquisar o ranking das escolas. No caso da Letícia, estamos optando por uma escola católica que, no ranking de 2013/2014 ficou em 5o lugar. É importante analisar se a escola já esteve no topo por alguns anos, mesmo que não tenha sido eleita como uma das melhores no ano anterior. Consistência!
Fonte: Fraser Institute
Uma informação muito relevante é que, aqui em Ontário as escolas possuem as vagas para as crianças que moram perto da escola. Também conhecido como “boundary”. No nosso caso, pela região que moramos a Letícia tem direito à uma vaga na escola St. Andrew Catholic Elementary School . Ou seja, se você quer que o seu filho estude na escola “X”, você precisará morar dentro do boundary estabelecido para aquela escola. Caso contrário, você poderá solicitar um boundary review e tentar uma vaga em uma escola que não esteja dentro do perímetro da sua casa. Nesse caso, é preciso preencher um formulário com a justificativa e enviar para o centro responsável (no nosso caso, o centro responsável é o Halton Catholic District School Board .
Existem também aqueles ônibus amarelos para levar as crianças para a escola (iguais aos filmes mesmo). Mas, existe uma regra para utilização desses ônibus:
Já com todas essas informações, começamos a buscar o daycare e uma casa pra morar. No caso da casa, o mercado em Oakville é muito rápido. Não adianta você escolher a casa dos seus sonhos pela internet pois provavelmente ela não estará disponível quando você chegar aqui. Fui então atrás do daycare para depois resolver onde morar.
Uma amiga enviou um e-mail para a diretora da escola onde a filha dela estuda explicando a minha situação e ela deixou a vaga da Leticia reservada. Quando chegamos, fui até a escola para entender como tudo funcionava e fizemos um teste de 3 dias. Cada dia a Leticia passava mais tempo no daycare. Ao final do 3o dia fiz a matrícula. Eu pensei que, com o passar dos dias ela se acostumaria com aquele mundo novo, com a língua nova. Mas, não foi assim. Ela chorava desde o minuto que acordava para não ter que ir para a escola. Foi péssimo. Cada dia que eu a deixava na escola era uma tortura para nós duas. Eu, como mãe, tinha que incentivá-la e me mostrar forte e confiante mas, cada vez que eu saía da escola, desabava. Mas, o que fazer? Será que o problema era a escola? O inglês? A saudade das pessoas que ficaram no Brasil?
Resolvi insistir mais um pouco, dar tempo ao tempo e foi piorando ao invés de melhorar. Cada vez que ela chegava na escola vomitava de tão nervosa que se sentia. Decidi então procurar outro daycare que tivesse alguém que entendesse pelo menos a língua dela. Visitei um que tinha uma professora portuguesa mas era muito longe. Com a ajuda de outra amiga, encontrei um daycare próximo de casa que tinha um menino brasileiro, da mesma idade da Letícia. Consegui o contato da mãe dele e arranjamos um encontro. Os dois se deram muito bem e resolvi fazer um novo teste. Dessa vez, fizemos a adaptação com mais calma. Nos primeiros dias ela ainda ficava muito nervosa mas, com a presença do novo amigo foi se sentindo mais confiante. Foi recebida também com muito carinho pelas professoras. Aos poucos ela foi se soltando e, após 2 meses de escola, já conseguia se expressar e tentar algumas palavras em inglês. Com 3 meses já corrigi as palavras que a mãe pronuncia errado. Imagine como será em 10 anos?
Visto, mala, curso... tudo ok! Mas bem antes do embarque, ainda na fase de planejamento de um intercâmbio, está na lista de decisões importantes o endereço que servirá de abrigo no país de desembarque. Essa não é somente uma informação a ser apresentada para o oficial de imigração no aeroporto, e sim um item que merece atenção.
Todos os passos para a viagem envolvem expectativa. Em meio a um turbilhão de emoções, se deparar com um ambiente seguro e aconchegante pode acelerar o processo de adaptação. Para quem tem como destino a casa de um parente ou amigo, comemore! Creio que essa situação seja a mais confortável e de certa forma previsível.
Já eu e meu marido fizemos parte dos marinheiros de primeira viagem em Toronto, sem rostos conhecidos por aqui. Por isso decidimos pela estadia em homestay durante o primeiro mês. Nesta opção uma família local recebe o estudante, disponibiliza um quarto que em geral tem cama, armário, escrivaninha, acesso à internet, e pode incluir facilidades como refeições e roupa lavada.
Portanto, neste quesito o nosso raciocínio foi o seguinte: ficar cerca de trinta dias em solo canadense para pesquisar as melhores alternativas para um casal, visitar os locais e finalmente decidir a moradia dos próximos cinco meses (considerando inicialmente seis meses como período total da viagem).
Queridos, chegamos!
Não ficamos no homestay de uma família de canadenses como alguns intercambistas buscam. Aliás, optar por Toronto é estar disponível para experenciar um lar de pessoas de diferentes nacionalidades: ser multicultural é uma das principais características da cidade. No nosso caso, os donos da casa eram de origem italiana.
A residência tinha três andares, uns nove quartos, ficava numa rua bonita, perto da estação do metrô (a nossa principal exigência) e de um shopping center. Havia a comodidade de ter as roupas lavadas uma vez por semana. Convivemos por lá com jovens da Ucrânia, Colômbia, Sibéria e também brasileiros.
Mas nem tudo foi um mar de folhas de maple. Financeiramente foi o mês que mais gastamos com moradia. Fiz uma pesquisa rápida e a mesma estadia atualmente em Toronto tem o preço médio de $700 a $900 dólares canadenses por quatro semanas, dependendo da localização. Vale reforçar que embora seja um casal no mesmo quarto, a cobrança é individual. Na época não recebemos nenhum desconto no valor.
O cardápio era quase sempre o mesmo, com os horários das refeições previamente estipulados. Tínhamos uma porta determinada de acesso à casa, que não era a principal, e a interação com os donos foi pequena. Também não cultivamos o hábito de chamá-los de "pai" e "mãe" como fazem muitos estudantes.
Por outro lado, nós não enfrentamos situações como alguns amigos que tiveram, por exemplo, um controle rígido com relação ao tempo na hora de tomar banho. Além disso, embora a casa estivesse sempre cheia, nunca houve problema com barulhos... o que nos surpreendeu.
Mais experiências...
Aqui em Toronto eu tive ainda a oportunidade de ouvir diversas histórias. Tenho uma amiga que se hospedou no homestay de um casal filipino que a tratou como uma filha. Havia somente ela na residência e era normal ao longo do dia receber o telefonema da "mãe" falando de opções para o jantar.
Há colegas que moraram com verdadeiros guias turísticos e que até promoveram festas. Mas também teve caso em que foi preciso que a escola de inglês (ou a agência responsável pela viagem) providenciasse a troca de família. Isso por causa de desconfortos, como a falta da refeição já paga ou por ser longe do curso.
Portanto, diante desses relatos, caro leitor, permita-me recomendar que antes de fechar um contrato de homestay tente captar o máximo de informações sobre o local de estadia. Mas saiba também que é preciso vir de coração aberto e sempre pronto para respeitar e aprender com as diferenças.
É bom saber que caso haja algum problema que não se resolva com um simples diálogo com os donos da casa, basta reportar para quem intermediou a contratação (se houver). Afinal, uma boa experiência desde a chegada rende momentos felizes e pode gerar amizades para a vida toda.
E você, viveu também uma história em homestay? Compartilhe com a gente!
Vancouver não é somente uma cidade multicultural, como todos a conhecem, mas é também uma cidade de multifaces. Para entender bem o que quero dizer, você arriscaria fazer uma viagem mental comigo agora?
Feche os olhos e sinta uma brisa fresca gentilmente beijando seu rosto e brincando com seus cabelos, essa brisa tem aquele inconfundível cheiro de natureza. Rodeado de pinheiros, a vista das montanhas e o barulho de esquilos quebrando suas nozes, você abriria os olhos agora e poderia facilmente estar em algum lugar ao norte de Vancouver, em uma tranquila rua só de casas, daquelas que são um convite para se começar uma família.
Agora feche os olhos outra vez e perceba como o barulho de carros gradualmente vai aumentando; conversas paralelas te atingindo por todos os lados, seguidas de gargalhadas. De repente, notas de alguma música conhecida saltam do saxofonista amador que faz da rua seu palco e de sua música a trilha sonora daquele lugar. Mas é bom você ir abrindo os olhos rapidamente antes que trombe com alguém nas movimentadas calçadas no coração de Downtown. Veja quantas lojas, restaurantes, bares e espelhados prédios comerciais que exigem alongamento de pescoço para se enxergar o topo. Ali estão as ruas que nunca dormem na cidade.
Agora te convido para nossa última parada, você pode fechar os olhos mais uma vez? Eu prometo que vai valer a pena! O barulho dos carros vai diminuindo, mas não desaparece completamente; uma gaivota assume o papel do saxofonista e começa uma nova melodia. Mais uma vez você pode sentir uma brisa no rosto, e você já sabe bem onde está porque que aquela brisa carrega o cheiro de maresia. Em questão de minutos seus pés afundam na areia da praia e um suspiro escapa ao admirar o mar; você chegou na English Bay!
E eu te trouxe até essa última parada para conhecer o bairro onde eu moro na tão diversificada Vancouver: West End. A área de West End fica localizada no Oeste de Downtown e está cercada por água em três direções: por mar na English Bay e também no Coal Harbour, e por um imenso e famoso lago, conhecido como Lost Lagoon. Eu diria que essa região pode ser considerada algo entre a tranquilidade dos bairros mais residenciais e o agito do centro de Downtown. Arrisco ainda dizer que aqui tem o melhor dos dois mundos!
Qualquer dia é dia de praia quando se tem uma assim todinha ao seu dispor. É claro que morando no Canadá, o significado de aproveitar a praia pode ser muito diferente quando o verão acaba. Ainda assim, em qualquer estação do ano, é impagável passear pela ciclovia da English Bay, sentar em um dos troncos estrategicamente posicionados na areia para admirar o pôr do sol, ou ainda jantar em um dos restaurantes na Beach Avenue com uma romântica vista para o mar.
Se assunto é sobre compras, a Robson Street se transforma na 5th Avenue de West End! Exageros à parte, andando pela Robson Street você encontra uma concentração de lojas bacanas, das mais caras às mais acessíveis, para comparar roupas, sapatos, maquiagem, perfumes, etc. E se depois de muitas compras, bater aquela fominha, uma boa variedade de restaurantes também pode ser encontrada por lá.
Sem dúvidas o agito de West End se encontra na Davie Street. Quem mora por aqui sabe que a Davie Street é divertida, colorida, inclusiva e livre de preconceitos: a Davie é orgulhosamente gay! Com arco-íris no lugar de faixas de pedestre e os pontos de ônibus e lixeiras pintados de rosa pink, não tem como não adorar esse lugar. A rua está recheada de bons restaurantes, lojas, bares e cafeterias para todos os gostos. Além disso, curiosamente, na Davie Street você encontra um Jardim Comunitário. Isso mesmo, um jardim no meio da cidade onde os moradores do bairro podem plantar suas flores ou cultivar seus vegetais.
Para os que preferem fugir do agito, basta caminhar um quarteirão para dentro de qualquer uma dessas ruas principais que citei. A quantidade de carros trafegando pelas ruas é consideravelmente menor, assim como também o barulho da cidade; você certamente consegue sentir aquele clima de tranquilidade. A área residencial de West End é composta, em boa parte, por prédios mais baixos e não é nada difícil de achar praças e pequenos parques perto de onde quer que você more.
Para finalizar, é claro que eu não poderia deixar de fora o fato de estar a poucos passos do famoso Stanley Park! Mas isso vai ser assunto para um outro texto... aguardem!
Outubro está aí, e com ele minha estação preferida, o Outono. A melhor época para visitar Toronto, na minha opinião. A temperatura fica superagradável, nem muito frio (para os padrões canadenses), nem muito quente. A cidade, claro, fica linda, toda colorida, já que as folhas das árvores estão mudando suas cores. Toronto é uma cidade com bastante área verde, com muitas opções de parques. Por isso resolvi indicar os meus lugares preferidos para curtir o colorido da estação.
Então, vista um casaco, pegue sua câmera fotográfica, e para esquentar e entrar totalmente no clima de outono, compre um Pumpkin Spicy Latte no coffee shop mais próximo e aproveite.
High park
Lógico que o maior e mais famoso parque de Toronto não poderia faltar. Com várias opções de lazer para toda a família, tem desde área para esportes, zoológico, playground para as crianças e uma área especialmente para cachorros. Qualquer que seja a estação, sempre vale a visita, mas é no outono que o High Park atinge seu nível máximo de beleza.
Endereço: 1873 Bloor St West.
Como chegar: O maior parque de Toronto, possui duas entradas principais. Para se chegar de metrô ao parque, há duas opções: descer na estação High Park ou na Keele. Também pode-se chegar pelo streetcar 501 Queen ou 506 College.
Evergreen Brickworks
Vale muito a pena conhecer esse parque. O lugar oferece uma ampla variedade de entretenimento em qualquer estação do ano. Desde restaurantes, cursos e Farmer’s Markets. O parque também tem muitas trilhas, com vistas lindas para a cidade, e que no outono, claro, ficam ainda mais bonitas.
Endereço: 550 Bayview Avenue.
Como chegar: o parque oferece shuttle buses de graça, que saem a cada 30 minutos do cruzamento da Erindale Avenue com a Broadview Avenue, que fica a poucos passos ao norte da estação de metrô Broadview. Nos finais de semana também é possível chegar utilizando o TTC, desça na estação Davisville e pegue o ônibus de número 28. Para mais informações e horários, acesse o site www.evergreen.ca.
Riverdale Park East
Esse parque tem, na minha opinião, uma das vistas mais bonitas da ‘skyline’ de Toronto, com um lindo contraste entre a natureza e ‘downtown’.
Endereço: 550 Broadview Avenue.
Como chegar: estação de metrô Broadview ou pelos streecars 504 King, 505 Dundas ou 506 Carlton.
Mount Pleasant Cemetery
Sim, um cemitério, não escrevi errado, mas antes de fazer cara feia, dê uma chance para esse famoso cemitério de 138 anos e 19 km.
Esse é um dos meus lugares preferidos de Toronto. Não é à toa que resolvi morar perto dele. Nada assustador, muito pelo contrário, bonito, com caminhos largos, jardim botânico e árvores raras. Esse é o lugar perfeito para quem quer escapar da cidade sem ter que sair dela. Apesar de ser um local onde muitas pessoas praticam esportes (corridas, caminhadas, pedaladas), não podemos esquecer que é um local que requer uma atitude de respeito, por parte de seus frequentadores.
Endereço: 375 Mt Pleasant Rd
Como chegar: por ser muito grande, o Mount Pleasant Cemetery possui várias entradas. A mais próxima ao metrô fica na Younge, perto da estação St Claire. Descendo nessa estação, você pega a Younge St no sentido norte. Para mais informações e horários, acesse o site www.mountpleasantgroup.com