É claro que durante uma viagem curta, é maravilhoso conhecer a culinária e sabores de outras culturas, mas sabe aquele sentimento de final de viagem que pede nada mais que um belo prato de arroz e feijão? Pois é, agora multiplica esse sentimento pelo tempo que você pretende ficar no Canadá....um mês? Seis meses? Dois anos? Pela vida toda? É, não vai dar para segurar e teremos que trazer para a cultura Canadense (mesmo que só dentro de nossa casa) o que o Brasil tem de melhor: a comida!
A verdade é que não é assim tão difícil manter nossos hábitos alimentares por aqui. Principalmente falando do nosso básico do dia-a-dia, o arroz com feijão, não há nenhuma dificuldade para encontrá-los por aqui. Esses alimentos são vendidos normalmente em qualquer supermercado, apesar de ser mais comum os Canadenses comprarem o feijão enlatado. Obviamente o enlatado não é tão saboroso (e nem tão saudável) quando o nosso feijão fresquinho, mas que em certos momentos quebram um galho. Uma dica para quem usa esse tipo de feijão para deixá-lo mais com o gostinho brasileiro é, ao invés de somente aquecer, refogá-lo na panela com alho, cebola e um fio azeite – dá uma boa enganada.
Já em relação a outros pratos um pouco mais elaborados, as coisas podem ficar um pouquinho mais difíceis. Quem aí não adora um estrogonofe? Sempre que bate aquela saudade de comidinhas de casa eu penso em fazer um estrogonofe, porém nem sempre tenho sucesso. Pois o creme de leite, ingrediente necessário para fazer essa delícia, nem sempre está disponível nos supermercados. Normalmente quando você mais o quer, ele some das prateleiras e passa dias sem voltar. Mais que isso, as opções de marcas são bem restritas, no máximo duas, o que faz com o que o preço do produto suba. O caso do creme de leite é exatamente o mesmo do leite condensado, então aos amantes de brigadeiro: façam seus estoques!
E para completar o estrogonofe o que vai bem? Batata palha! Existem algumas tentativas de batata palha por aqui, mas que, na minha opinião, ficam só na tentativa mesmo. Nesse caso, querendo o autêntico estrogonofe brasileiro, o melhor a fazer é dar uma passada no mercado latino.
Sim! Existe um mercado latino aqui em Vancouver – o Latin Supermarket – localizado no East Side da 13th Avenue. Lá você encontra muitos produtos brasileiros como por exemplo a nossa batata palha, café Pilão, goiabada, guaraná Antártica e farofa. Ah, a farofa! Está aí uma coisa que não é nada fácil de achar em supermercados comuns. Mas se você for fazer suas compras no supermercado latino tenha em mente que como você agora está no Canadá, esses produtos que pagamos barato no Brasil se tornam produtos importados aqui, então o preço....já sabe, não é?
Eu reparei que acontece um fenômeno muito interessante, relacionado à comida, quando a pessoa deixa seu país, que é algo como a síndrome de ex-namorado arrependido: “não posso mais ter e por isso agora eu te quero”.
Deixe-me explicar: vamos dizer que você nunca ligou muito para goiabada; o doce estava lá em qualquer vendinha na esquina da sua casa, sua avó inclusive fazia potes e potes de goiabada caseira, mas você nem se lembra quando foi a última vez que comeu a tal. Agora, desde que você se mudou para o Canada, goiabada passou a ser a comida mais importante da sua vida e pelo simples fato de não a ter por aqui você se torna um obcecado por aquilo. Você pede para seus amigos e familiares trazerem quilos e quilos de goiabada contrabandeados na mala ou até mesmo paga um preço salgadinho por essa delicia brasileira no mercado latino. Eu mesma apresento os sintomas dessa síndrome com a farofa. Alguém consegue explicar?
Não tenho dúvidas que ainda há muitos outros itens que poderiam ser adicionados a essa lista de alimentos que nos fazem falta, principalmente considerando a riqueza de pratos típicos que temos em cada região do Brasil. Então me contem, o que mais vocês sentem dificuldade de achar por aqui? Ou, aos que ainda estão por vir, de qual comida vocês acham que sentirão mais saudades?
Maythe Panar/ Vancouver
Quando os brasileiros chegam no Canadá, como turistas, estudantes ou com a recém-conquistada residência permanente, é normal sentirem um certo nervosismo com relação ao custo dos produtos do dia a dia.
Parte desse nervosismo é devido à conversão que é comum fazermos mentalmente entre o dólar canadense e o real, já que durante toda a nossa vida estávamos acostumados a ganhar e a gastar em reais. Essa conversão, no entanto, deve ser muito cuidadosa. O motivo? Os preços aqui são calculados com base nos salários em dólares. Para termos uma base, o salário mínimo no Brasil está hoje em R$ 880.00 por mês (equivalente a aproximadamente CAD$ 308.10), enquanto que o salário mínimo no Canadá (embora seja levemente diferente de província para província) segue próximo a CAD$ 1680.00 por mês, para um trabalho em tempo integral. Assim, podemos rapidamente chegar à conclusão de que um produto que custa CAD$ 5 é mais barato para uma pessoa que ganha salário mínimo no Canadá do que é, no Brasil, um produto que custa R$ 5 para uma pessoa que ganha salário mínimo por lá.
Mas a questão da diferença do poder de compra não acaba por aí.
O texto de hoje é destinado a quem está interessado em economizar com os produtos do dia a dia aqui no Canadá! Vamos lá!
Produtos e utensílios
Quem já veio para o Canadá com certeza já visitou ou já passou pela frente de uma Dollarama. A dollar store canadense é famosa por agradar todos os tipos de consumidores com a sua seleção de produtos. Desde produtos de higiene até utensílios de cozinha, passando por itens como vestuário, brinquedos para pets, papelaria e até mesmo alimentação, a Dollarama conta com produtos das mais diversas marcas, todos com preços muito atraentes, custando no máximo CAD$3.00, como afirma a própria loja.
Embora seja uma loja muito em conta e tenha vários tipos de produtos, a qualidade de alguns produtos pode deixar a desejar, como é o caso, por exemplo, de itens de decoração e de artigos de papelaria. Você não vai encontrar cadernos elaborados ou Moleskines, por exemplo, nem vasos que lembram arte contemporânea como se esperaria de uma loja especializada no assunto. No entanto, se o que você procura é um caderno para as tarefas de casa ou então um pote para os biscoitos, a Dollarama pode ser o lugar certo. Vale a pena conferir!
Móveis e itens para casa
Quem é familiarizado com a cultura da América do Norte provavelmente já ouviu falar na Ikea. Fundada na Suécia em 1943, a marca hoje conta com 328 lojas em 28 países ao redor do mundo. A Ikea é conhecida princialmente por ser uma loja de móveis especialmente fabricados para que os próprios consumidores montem em suas casas, eliminando – ou diminuindo – a necessidade de caminhões de mudança e de contratação de pessoal especializado em transporte e montagem.
O que muita gente não sabe, no entanto, é que a Ikea também conta com itens de decoração e todo tipo de produtos e acessórios para casa, desde louças, panelas e talheres até cortinas para banheira, toalhas de banho, travesseiros e cobertores. Tudo a preços que são muito em conta.
A Ikea conta com uma seleção de produtos completa, nos mais diversos estilos e, claro, com os mais diversos preços. Mas, como sempre, é só reservar um tempo e passear pela loja toda para encontrar produtos baratos e de qualidade:
- Cama
- Mesa
- Banho
- Decorações
A única desvatagem dessa loja é que, por ser muito grande, geralmente está localizada fora dos grandes centros, em regiões mais afastadas ou em cidades vizinhas, como é o caso da Ikea na região de Vancouver, que fica em Richmond (a mais próxima à região central da cidade). Nesse sentido, o transporte deve ser bem planejado, pois, dependendo dos itens que você pretender comprar, talvez seja necessário pegar um táxi para voltar, já que alguns produtos, embora sempre vendidos em embalagens especialmente planejadas para ocupar pouco espaço, são razoavelmente grandes e pesados para se levar dentro do metrô ou do ônibus, como é o caso das camas, por exemplo. Assim, sempre é bom planejar um valor a mais, ou, quem sabe, levar uma pessoa a mais para dividir a conta do táxi.
Outra questão para se levar em conta: muito provavelmente será preciso dar um pulinho na Canadian Tire mais próxima, para comprar chaves de fenda, chaves phillips e martelos. Uma fita métrica também pode vir a calhar. A Ikea fornece algumas ferramentas para a montagem dos itens, como parafusos e porcas, que vêm junto com o móvel que você comprar, mas chaves de fenda, por exemplo, não vêm inclusas no pacote.
Dependendo de quão jeitoso(a) você for com esse tipo de montagem, vale a pena passar também da Dollarama e comprar uma caixa de band-aids. Sabe como é, só por precaução.
Alimentação
Já ouviu falar na Costco? A Costco é uma loja que vende não só alimentos, mas também artigos de vestuário, decoração, e até mesmo livros e brinquedos. A parte de alimentação, no entanto, é o que tornou a loja muito famosa ao longo dos anos, e um destino muito apreciado por quem gosta de economizar.
Com um membership anual de cerca de CAD$50.00, que permite incluir dependentes, você tem acesso ilimitado a produtos que são vendidos em bulk, ou quantidade. Estamos falando de coisas como caixas de ovos que vêm com 30 unidades, ou então bandejas de peito de frango que vêm com quase 3 quilos.
Parece estranho à primeira vista, mas, comparado aos preços praticados em mercados menores que vendem quantidades menores, os preços da Costco são muito bons. Carnes podem ser divididas em porções menores e congeladas, e produtos como cereais matinais e café, por exemplo, podem ser guardados por bastante tempo. Além disso, o que muitas pessoas fazem por aqui é fazer compras junto com os amigos, e depois dividir a conta e também os produtos.
Um possível ponto negativo da Costco é que, como os produtos são sempre em grande quantidade, a loja não necessariamente conta com uma grande variedade de marcas e opções, o que pode ser percebido facilmente quanto procuramos por xampu e sabonetes, por exemplo. Ainda assim, as opções são de boa qualidade, com marcas como Pantene e Dove, por exemplo.
Um ponto que deve ser levado em conta é que, de forma parecida com o que ocorre com a Ikea, nem sempre é fácil carregar os produtos de volta para casa, dependendo da quantidade que você pretender comprar. Por isso, ir com amigos pode ser uma boa ideia, talvez até mesmo levando consigo as sacolas enormes que sobraram das compras na Ikea, já que a Costco normalmente não fornece sacolas, somente caixas de papelão.
Vestuário e calçados
A questão do vestuário sempre vem à tona quando fazemos as malas para viajar. Que tipo de roupas levar? E se for inverno, não tem tanto espaço na mala; quantas blusas? E os casacos? A boa notícia é que existem lojas bem em conta por aqui. Estamos falando de H&M, Forever 21, Winners, e, para sapatos, Payless Shoes.
A grande maioria dessas lojas conta com promoções e liquidações que entram em vigor durante o período de troca de coleções, assim como no Brasil. Nessas épocas, é possível, por exemplo, encontrar casacos de inverno nessas lojas por valores inferiores a CAD$50, quando o valor original para o mesmo produto seria algo entre CAD$100 e CAD$200.
A H&M é, no Canadá, o equivalente à C&A no Brasil. Conta com artigos de vestuário e acessórios, com preços bem em conta. A Forever 21, que já existe no Brasil, conta com uma ampla variedade de preços e estilos para todos os gostos. É uma loja bastante popular aqui no Canadá. A Winners é famosa por oferecer roupas e acessórios de grandes marcas por preços muito mais baratos do que nas lojas originais, geralmente com 20% até 60% de “desconto”, segundo a própria loja.
Para os calçados, quem não faz questão de usar sempre couro verdadeiro pode querer dar uma olhada na Payless Shoes. Com a maioria de seus sapatos na faixa dos CAD$15-40 (os preços podem variar de acordo com promoções), a loja dispõe de vários tamanhos, tanto masculinos quanto femininos, e também conta com uma coleção infantil.
Quando falamos de roupas de inverno rigoroso, como os invernos de Manitoba e os dias mais frios em Toronto, por exemplo, vale a pena investir em roupas especialmente desenvolvidas para manter o corpo aquecido, como é o caso das jaquetas de pluma de ganso.
Bônus: salão de beleza!
É fato que os salões de beleza do Canadá são diferentes e não contam com alguns dos serviços com que os brasileiros estão acostumados. Mesmo assim, para quem gosta de experimentar lugares novos, o Aveda Institute é uma boa ideia. É um salão-escola que tem como objetivo formar hairstylists. Todos os alunos são supervisionados de perto por professores que são, eles mesmos, hairstylists com anos de experiência, e os alunos só começam o seu treinamento com clientes quando passam por bastante tempo de prática em manequins. Assim, o salão garante seus resultados, oferecendo para os clientes uma tabela de preços que varia conforme a experiência do aluno.
A silhueta de Vancouver em seus cartões postais toma a forma de uma cidade quase que futurística; com espelhados arranha-céus e outras moderníssimas construções de cair o queixo até mesmo do menor entendedor de arte e arquitetura. No entanto, por de trás dessa atual modernidade, a cidade ainda preserva resquícios do passado e é possível conhecê-los visitando o histórico bairro de Gastown.
Convenientemente, o bairro está localizado a poucos passos da Waterfront Station, que é a estação final onde as linhas do Sky Train e SeaBus se encontram. Então, de onde quer você esteja vindo, será fácil acessar o local. A própria arquitetura da estação já dá alguns sinais do que está por vir ao atravessar as portas de saída e seguir em direção a Water Street para seu encontro com Gastown.
Caminhar pelo histórico bairro é como uma viagem no tempo, as ruas se transformam em calçadas de paralelepípedo iluminadas por aqueles antigos postes de luz. Cercado por prédios baixos de charmosas construções de 1800-e tantos, barbearias no estilo retrô, boutiques de alta costura e bistrôs com suas mesinhas na calçada, Gastown tem algo assim daquele estilo Europeu trazido pelos seus colonizadores.
Nessa inspiração europeia que o Hotel Europe surgiu no bairro em 1909, que é um convite para os amantes de arquitetura e fotografia devido sua estreita construção que dá a impressão de o hotel ser por dentro nada além de longos corredores.
Apesar da beleza preservada da antiga região, o ponto mais visitado do bairro não é dos mais antigos. O The Gastown Steam Clock é um relógio à vapor construído em 1977 e é a atração principal de Gastown para turistas, que esperam seu show de sinfonia e fumaça a cada 4.5 minutos precisamente.
Como a região atrai muitos turistas, lá você vai encontrar diversas lojas de souvenir, aquelas para levar garrafinhas de maple syrup ou canecas de alces e ursos para família toda. Mas não se deixe enganar somente pelo lado turístico do local, a verdade é que Gastown tem outras coisas a oferecer e é um bairro que vale ser frequentado!
A Water Street está também recheada de galerias de arte que expõem principalmente a arte indígena do Canadá. Explorar as galerias já é uma grande forma de absorver um pouco mais da cultura do local. Claro que muitas obras são caríssimas, mas digo por experiência própria que é possível encontrar algumas peças e gravuras bem acessíveis, e que certamente seriam presentes ou lembranças valiosas para se levar de Vancouver.
Além disso, os restaurantes e pubs em Gastown são ótimas pedidas não somente para quem está passeando, mas também para quem mora por aqui frequentar. O tradicional The Old Spaghetti Factory faz jus à visita da região por ser um restaurante no mesmo estilo. Com uma decoração rústica, luminárias de vitrais coloridos e um bondinho (de verdade) no meio do salão, o clima do restaurante é realmente diferenciado e melhor que isso, a um preço justo (de CAD$12 à CAD$18) para uma refeição completa (entrada, prato principal, sobremesa e café). Agora se é para curtir um pub com amigos, entre outros bares de jogos, o The Lamplighter é mais um achado de Gastown: comidinhas, cerveja artesanal e jogos de fliperama garantem uma divertida noite pela região.
Arte, moda e culinária, não foi por acaso que Gastown já foi considerado o quarto bairro mais estiloso do mundo. Esse encontro do velho com o novo cria uma atmosfera única na região e é mais um dos motivos que fazem de Vancouver um lugar incrível.
Recentemente visitei um lugar especial em Toronto. O espaço é ideal para quem gosta de explorar trilhas e caminhar com uma vista linda estando sozinho ou com a família. Mas não é só isso! Dá para incluir no roteiro conhecer projetos de sustentabilidade e ecologia, fotografar grafites incríveis e até mesmo frutas e legumes frescos direto dos produtores locais aos finais de semana.
Trata-se do complexo em que ficava uma fábrica de tijolos, hoje desativada, mas que agora é administrada pela entidade Evergreen, por isso se chama Evergreen Brick Works, e está localizada no número 550 da Bayview Avenue, na rodovia Don Valley Parkway. Além de ser uma ampla área para se ter um dia de passeio agradável, estão envolvidas ações com foco sustentável e que integram organizações públicas, privadas, a comunidade, voluntários e doadores de recursos financeiros.
Os tijolos que foram usados para construir o Old City Hall, prédios da Universidade de Toronto, a Casa Loma, o Parlamento, os principais hospitais e muitas outras importantes e imponentes obras da cidade foram feitos na fábrica “The Don Valley Brick Works Limited”. Esta empresa por quase 100 anos empregou muitos trabalhadores, principalmente imigrantes que na época já chegavam para viver nestas terras.
No início dos anos 80 a fábrica fechou. Depois de parar a sua produção todo o local viveu um período de abandono. Desta fase restaram alguns grafites nas paredes internas e externas, feitas por pessoas que invadiam as construções nos anos improdutivos, e que os traços foram mantidos mesmo após o movimento de revitalização.
Hoje a realidade vai além de um lindo parque com a natureza preservada, lagos, restaurante e prédios restaurados: é também um centro de atividades para crianças, jovens e adultos. Assim, a união de esforços transformou a realidade. Agora ao longo do ano há exposições, feiras, festas e encontros de pessoas de diferentes gerações.
- Se tiver um pet pode levar e tem área para ele brincar à vontade, com direito a um bebedouro exclusivo. Se quiser conhecer a loja de produtos orgânicos, por exemplo, tem um lugar para deixar seu cachorrinho logo na entrada e há um pratinho de água bem ao lado.
- Para aqueles que gostam de andar em duas rodas tem a “Sweet Pete´s Bike Works”. Eles alugam e mantem um programa especial de doações de bicicletas, realizam oficinas para quem quer aprender a fazer manutenção e há instrutores que ensinam aqueles que ainda não sabem andar.
- Há espaços exclusivos que estão disponíveis para locação, por isso é possível programar diferentes eventos desde festas de casamento até encontros corporativos.
- Escolas, faculdade e demais grupos podem fazer o agendamento de uma visita com guia para mostrar e contar todos os detalhes históricos, acompanhar em diversos ambientes e responder as dúvidas que surgem durante o trajeto.
- As crianças tem um espaço especial o qual aprendem lições sustentáveis, como por exemplo, fazer a sua própria horta em casa. Existem opções de atividades para as diferentes faixas etárias.
- Há ainda um prédio totalmente fechado pertencente à antiga fábrica, com muitas máquinas utilizadas na época. Mas já está em fase adiantada um projeto para que logo possa ser também visitado pelo público. Por enquanto, pode-se conhecer uma pequena parte do maquinário que produzia os tijolos antigamente em um outro ambiente do complexo.
- Curiosidade: por se tratar de uma região de vale, já houve episódios de enchentes na área que chegou a inundar tudo. Mas hoje eles possuem uma estrutura preparada para eventualidades desta natureza.
A maneira mais prática de visitar a Evergreen Brick Works é ir até a estação de metrô Broadview (linha verde) e pegar o “shuttle bus” gratuito, o ônibus que vai direto até a entrada do complexo. Os intervalos entre as viagens são a cada 30 minutos, mas quem quiser ir em grupos a partir de 10 pessoas devem agendar antecipadamente.
O estacionamento não é muito grande e na verdade eles desestimulam a ida de carro. Mas para quem fizer esta opção, o interessante é que o valor pago para estacionar se reverte para custear as despesas com o ônibus que está à disposição gratuitamente. Há vagas exclusivas para quem possui carro elétrico.
Todos os detalhes dos horários de funcionamento (inclusive do ônibus gratuito), as atividades e eventos programados, mais dados da história e curiosidades sobre este espaço estão no site oficial do local, o www.evergreen.ca.
Se você já conhece a Evergreen Brick Works também ou depois de ler a matéria foi se aventurar por lá, conte para nós!
A Immi Canada falou bastante sobre o trânsito no Canadá neste post publicado em novembro do ano passado. Lá, comentamos um pouco sobre como funciona a organização geral do trânsito em termos de pedestres, ciclistas, carros, ônibus e metrô.
Em Dirigindo no Canadá – Parte I e Parte II, vamos falar sobre tudo o que você precisa saber caso esteja pensando em dirigir no Canadá.
A carteira de habilitação
Em Dirigindo no Canadá – Parte I, falamos sobre as semelhanças e as diferenças existentes entre o Brasil e o Canadá no que diz respeito às regras de trânsito e comportamento dos motoristas.
Hoje vamos falar sobre a carteira de habilitação canadense, e para isso convidamos o nosso cliente Bruno de Araújo para falar um pouco sobre a experiência dele ao conquistar a driver’s licence.
O Bruno é casado com a Tálita Rodacki, que hoje faz parte da equipe da Immi Canada. Os dois conquistaram a residência permanente em maio do ano passado, e moram em Vancouver, BC.
Immi – Bruno, o que levou você a decidir fazer a sua driver’s licence aqui em BC?
Bruno – Eu trabalho perto de casa, então a princípio comprar um carro e fazer a driver’s licence não era uma prioridade quando me mudei para cá em fevereiro do ano passado. Foi na primeira viagem com o pessoal do estúdio onde trabalho que percebi o que eu estava perdendo por não ter um carro. Nós fomos de ônibus para Squamish, que fica a umas duas horas de Vancouver. Era verão, o céu estava azul, e as Montanhas Rochosas estavam lá com o seu inacreditável esplendor. Foi a coisa mais bonita que eu já vi na natureza, e foi nesse dia que eu percebi que eu precisava tirar a driver’s licence o quanto antes. Eu precisava ter a liberdade de dirigir ali, naquele lugar, e conhecer melhor a região. A região de BC é bonita demais para não ser explorada. E, claro, eu sempre gostei de dirigir.
Immi – BC tem mesmo muitas belezas para se visitar! Quem já tem carteira de habilitação do país de origem tem alguma vantagem nesse processo?
Bruno – Tem sim, mas tem regras diferentes para cada país. Tenho amigos franceses que tinham a carteira francesa e por isso não precisaram fazer os testes de direção. Já eu, que tinha carteira brasileira, tive que fazer tanto o teste teórico quanto o prático. Ter mais de 5 anos sem grandes incidentes na sua carteira de origem também ajuda muito: você pula uma etapa e vai direto para a chamada categoria 5 [que é equivalente à categoria B no Brasil]. Se não tiver essa experiência, você tem que tirar a carteira de aprendiz primeiro, e só pode dirigir se estiver acompanhado de alguém que tiver a driver’s licence completa.
Immi – Bem interessante. Foi preciso fazer algum teste ou exame médico?
Bruno – Não fiz nenhum exame médico. A única coisa que eles verificam é se você usa óculos de grau ou não. Tem um pequeno teste que é feito na hora do teste teórico em que você olha dentro de um aparelho e tem que ler algumas letras e identificar algumas cores e símbolos.
Immi – Sobre a prova escrita, você achou muito diferente da prova que fez no Brasil? Em que sentido?
Bruno – A prova escrita na verdade é feita em um computador com touch-screen, e todas as questões são de múltipla escolha. Não precisa marcar horário, é só chegar lá pelo menos meia hora antes de o expediente deles fechar. É bem diferente da prova do Brasil. Aqui, o teor da prova é bem mais focado em sinalização, e também em entender como as regras de trânsito funcionam por aqui. Você pode pular algumas questões se não tiver certeza da resposta, mas elas aparecem de novo no fim do teste, e você tem que responder. A prova não é necessariamente difícil, mas é preciso prestar bastante atenção às placas de sinalização, e é uma boa ideia praticar algumas vezes no site oficial da ICBC primeiro.
Immi – Bom saber que existe a possibilidade de treinar através de simulados assim. E sobre a prova prática, ou road test, quais diferenças você notou?
Bruno – O road test é muito parecido com o que eu fiz no Brasil. A grande diferença é que o carro do teste tem transmissão automática, como é muito comum por aqui. A prova pode variar bastante de pessoa para pessoa. A minha dica é ficar tranquilo e conversar com o instrutor caso você tenha qualquer dúvida. Afinal, ele está testando você, mas o mais importante é que você saiba como dirigir com segurança.
Immi – Você fez o road test com o seu próprio carro?
Bruno – Você pode fazer o road test com o seu próprio carro, isso é muito comum. O que geralmente o pessoal daqui faz é pedir para algum familiar ou amigo ir como acompanhante no road test, já que você não pode dirigir até lá sem ter uma carteira válida ou sem ter alguém acompanhando1. No meu caso foi um pouco mais complicado. Como o ICBC não abre para road tests nos finais de semana, e como eu preferi ir para Victoria (já que os locais perto de Vancouver só tinham disponibilidade para dali a 3 meses), não pude ser acompanhado por um amigo, pois ficaria muito fora de mão. A solução foi comprar um pacote em uma autoescola. O pacote inclui uma hora de aula, e o instutor te leva até o ICBC para o teste. Você também pode usar o carro da autoescola para o teste. O instrutor deu várias dicas que foram bem úteis na hora do road test, então no final valeu a pena pagar um pouco a mais.
Immi – Sobre essas dicas que o instrutor passou, tem alguma que você ache interessante mencionar para quem está pretendendo fazer o road test?
Bruno – Uma das principais coisas que os instrutores passam é sempre olhar os espelhos e fazer o que eles chamam de shoulder check, que é olhar por cima do ombro, para ter certeza de que todos os possíveis pontos cegos estão cobertos.
Immi – O que chamou mais a sua atenção na questão das provas ou sobre como foram conduzidas?
Bruno – Tudo foi muito tranquilo. Nada de ficar esperando horas para ser atendido no ICBC. Todo o processo correu bem suave, sem nenhuma dor de cabeça. Bem diferente das minhas experiência com o Detran no Brasil (risos).
Immi – Dirigir no Canadá é muito diferente de dirigir no Brasil? Em quais aspectos?
Bruno – O pessoal aqui dirige diferente. As leis de trânsito e a sinalização das vias são seguidas bem mais à risca do que no Brasil. A segurança dos motoristas, pedestres e ciclistas vem sempre em primeiro lugar. Tem bem mais respeito entre os motoristas também.
Immi – Estamos agora no inverno; você já chegou a dirigir na neve ou no gelo? Existe alguma preparação especial que o motorista precisa fazer para isso2?
Bruno – Aqui você tem que prestar atenção às sinalizações sobre qual jogo de pneus você deve usar. Os carros mais novos têm pneus especiais que podem rodar o ano inteiro, mas a maioria dos carros precisa ter os pneus trocados. Durante o inverno, você troca os pneus para pneus com maior tração, especiais para neve e pistas escorregadias. Isso é lei, e é levado muito a sério. Dirigir com os pneus errados pode ser extremamente perigoso. Além disso, tem que obedecer à risca o limite de velocidade. Se estiver muito rápido, pode não conseguir parar, e isso é bem perigoso. Eu cheguei a dirigir na neve e no gelo, e é uma experiência única. Atenção redobrada ao chamado black ice, que é uma camada fina de gelo na pista. Essa camada de gelo pode parecer inofensiva, mas ela torna o asfalto extremamente escorregadio.
Immi – Muitas pessoas quem vêm morar no Canadá desejam ter um carro, e seria interessante sabermos um pouco mais sobre as opções de financiamento e o processo de seguro, por exemplo. Você poderia nos contar um pouco sobre a sua experiência nesse sentido?
Bruno – Carros aqui no Canadá são bem mais baratos do que no Brasil. Em geral, um carro que no Brasil custaria em torno de 50 mil reais, aqui você encontra por aproximadamente 10 mil dólares, ou até menos. As dealerships têm diversas opções de financiamento, inclusive com opções sem juros. Ter seguro é obrigatório, e pode sair bem caro. Se você está planejando vir para cá e já tem carro no Brasil, não esqueça de trazer seus documentos do seguro, pois com eles você pode conseguir taxas de sgeuro bem mais em conta.
1 Uma vez realizada a prova teórica, a pessoa recebe uma licença provisória atestando a aprovação no teste teórico, e a partir daquele momento pode dirigir, desde que acompanhada por alguém que possua a driver’s licence completa.
2 Em algumas cidades onde tempestades de neve são comuns e o risco de engarrafamentos e acidentes nas pistas é grande, é recomendado que os motoristas tenham no carro durante o inverno um cobertor, uma muda de roupas, itens de higiene, água e comida, para o caso de precisarem passar a noite no carro até que a pista seja liberada novamente para o tráfego.
Para quem ainda está em dúvida, é possível sim dirigir com a carteira de habilitação brasileira, mas não por muito tempo. Em BC, por exemplo, o prazo é de 90 dias desde que a pessoa chega na província, sendo que após esse tempo é preciso fazer a driver’s licence da província. Também é assim em Ontário, Manitoba e Saskatchewan, lembrando que também é possível solicitar no país de origem a emissão de uma carteira de habilitação internacional (international driver’s permit). Isso é possível somente para quem pretende ficar no Canadá por mais de 3 meses mas não pretende morar por aqui; caso contrário, é necessário tirar uma driver’s licence da província.
Já no caso de Alberta, é possível utilizar a carteira de habilitação do país de origem por até 1 ano.
No caso de carteiras de habilitação que não sejam originalmente em inglês ou francês, é recomendado pelos órgãos provinciais que seja realizada a tradução do documento por um tradutor aprovado pelo órgão em questão.
O College no Canadá é como a faculdade no Brasil? É mais fácil ou mais difícil? Quais as diferenças? Calma, calma....hoje vou responder à essas perguntas e contar um pouco sobre minhas impressões do primeiro ano de College em Vancouver.
Como eu já disse em algum texto anterior, estou estudando no Langara College, uma instituição bem conhecida em Vancouver e também uma das queridinhas dos estudantes brasileiros. Não entrarei muito no mérito de como é a instituição em si e o que ela oferece, pois sei que muito já se falou sobre isso. Meu foco nesse texto é contar a experiência de estudar em um College canadense, que certamente pode-se aplicar a muitas outras instituições de ensino por aqui.
Vamos começar com algo que quase me deixou maluca antes mesmo de começar as aulas: a seleção das matérias. Diferente de muitas faculdades no Brasil onde você se inscreve em um curso e recebe seu cronograma de aulas de segunda a sexta-feira, com horários e aulas definidas, nos Colleges e Universidades por aqui, o aluno é responsável por montar sua grade curricular. Isso quer dizer, você vai escolher quais e quantas matérias vai fazer naquele período.
A primeira vez que tive que me inscrever nas matérias parecia que eu estava lidando com um bicho de sete cabeças: matérias obrigatórias, matérias eletivas, escolher entre professores...eu estava perdida! Se vocês se encontrarem nessa situação, uma rápida visita ao International Student Services resolve seu problema, e foi assim que resolvi o meu.
Você deve checar a grade curricular do seu curso e ficar atento aos requisitos para completar todas as exigências daquele diploma. Tirando as matérias obrigatórias, existem matérias eletivas, que não são diretamente relacionadas ao curso escolhido, das quais o aluno deve completar ao longo dos anos de estudo. Por exemplo, meu curso é um curso de escrita, que está no departamento de Ciências Humanas, de qualquer forma, como matérias eletivas eu devo incluir na minha grade curricular duas matérias do departamento de Ciências Exatas e um laboratório do departamento de Ciências Biológicas (Ah, como eu queria que alguém tivesse me falado isso antes!).
Uma vez compreendido como funciona sua grade curricular, tudo flui com mais naturalidade e então basta ter um bom planejamento de matérias que tudo vai dar certo! O estudante internacional não pode nunca selecionar menos de três matérias por período, e aqui vai um conselho: três matérias está de bom tamanho! Eu não iria muito além disso, talvez no máximo quatro, ainda mais se você está pensando em trabalhar part time. O tempo de estudo fora da sala de aula pode ser bem extensivo dependendo das matérias escolhidas.
Então as aulas são muito difíceis? Depende! Depende da matéria e depende do professor. Normalmente matérias introdutórias de exatas não exigem tanta dedicação após a aula, mas já outras matérias como Filosofia já tiraram muito meu sono, com suas longas e complicadas leituras (mas que são muito boas também!) e ainda mais com um professor um tanto quanto detalhista em suas provas. Cursando essa matéria de Filosofia que eu descobri um site chamado Rate My Professors ideal para saber mais sobre determinado professor antes de se inscrever na matéria (válido para diversos Colleges e Universidades).
As aulas em si não possuem nada muito diferente do sistema de ensino nas faculdades brasileiras, com exceção da exigência de participação durante as aulas. Em muitas das matérias uma parte da nota final está ligada com a participação do aluno na aula, então raramente você vai presenciar uma cena de algum aluno cochilando ou conversas paralelas acontecendo na sala de aula (como já presenciei tantas vezes na minha faculdade no Brasil). Eu, particularmente, sinto que os alunos prestam grande respeito aos professores e estão sempre bem engajados em discussões durante as aulas. Então prepare-se para de fato se entregar às suas classes.
Reservar um tempo de estudo após as aulas foi, para mim, uma necessidade praticamente diária, pois eu tinha os famosos quizzes (pequenos testes) quase que todos os dias. A biblioteca do Langara College se tornou quase que uma extensão da minha própria casa, assim como é para muitos outros estudantes. Para se ter uma ideia, a biblioteca tem nada menos que três andares: com mesas de estudo individuais, mesas de grupos, salas privativas para estudo, lounges, enfim, inúmeros lugares, e mesmo assim ainda houve um dia (semana de provas) no qual eu não pude encontrar uma cadeira se quer para sentar e começar minhas leituras. Fiquei um pouco indignada, mas logo depois refleti o quão maravilhoso é ver uma biblioteca assim lotada – que venha um futuro brilhante para nós!
Cursar um College no Canadá está sendo bem menos “assustador” do que eu esperava e a cada conclusão de um período eu me sinto muito realizada, não só na vida acadêmica como também pessoalmente. É desafiador? Sim! Exige dedicação? Sem dúvidas! E vale a pena? Absolutamente!
Aposto que você não sabia, mas Edmonton tem o apelido de Festival City. Sim, isso mesmo: não é só Toronto e Vancouver que bombam de evento, arte e entretenimento o ano todo! Aqui também tem muita coisa legal acontecendo.
Muitos dos eventos já fazem parte do calendário oficial da cidade. São dezenas deles, muitos ligados à música e gastronomia. Jazz, country, rock e até música indie tem seu lugar ao sol aqui na capital de Alberta. Vamos conhecer de perto alguns deles?
Festivais de gastronomia são meus preferidos! Neles você tem acesso a um monte de pratos diferentes por preços acessíveis, e tem a chance de agradar seu paladar gastando pouco. Essa é a pegada do Taste of Edmonton, um evento que já faz parte da cidade há 31 anos. Acontece todo verão, por volta de julho, e traz representantes de mais de 50 restaurantes e food trucks para servirem o que têm de melhor em seus estabelecimentos. E se você se empolgar, ainda pode participar dos workshops variados que são oferecidos, todos com temática gourmet, claro. O evento é tão popular que costuma atrair cerca de meio milhão de pessoas todos os anos para a Churchill Square, local que hospeda o festival.
Se o que você gosta é conhecer as tradições culinárias de outros povos e culturas, o Heritage Festival é uma boa pedida. Todo mês de agosto, dezenas de países se reúnem para mostrar sua culinária típica e sua cultura. Este ano foram mais de 80 nações representadas, desde a Sérvia até nosso querido Brasil. O evento ocupa um parque enorme com barraquinhas espalhadas e apresentações temáticas por toda a parte. É muito bonito ver tantas culturas se misturando em clima de alegria, e é muito bacana provar pratos exóticos de países tão distantes como Afeganistão ou Croácia. Com isso, o Heritage Festival mostra que nem só de França, Itália e Japão se faz um festival gastronômico internacional.
O próprio Heritage Festival pode ser considerado um evento cultural, já que promove justamente as particularidades de cada país, mas Edmonton tem muitos outros eventos a oferecer. Para quem gosta de teatro, por exemplo, precisa conhecer o Fringe Festival. Para quem não sabe, fringe é a classificação dada a peças experimentais, geralmente de companhias independentes e pequenas, com apresentações mais curtas do que o teatro tradicional. Essa modalidade se espalhou pelo mundo afora, e várias cidades do mundo possuem sue próprio Fringe Festival. O de Edmonton, no entanto, é o maior e mais antigo do gênero em toda a América do Norte!
O Fringe Festival acontece em agosto, espalhado pela cidade. Várias locações viram palco dos espetáculos, que podem acontecer em lugares fechados ou abertos. O evento é bem popular e ano que vem comemora 35 anos de existência!
Outra atração imperdível para quem curte teatro é o Freewill Shakespeare Festival, totalmente voltado às obras do bardo inglês. Todo ano, a produção do evento escolhe duas peças shakesperianas para apresentar ao público durante algumas semanas do verão.
Já os amantes da sétima arte podem se deliciar com o Edmonton International Film Festival. Como o nome já diz, o evento é na verdade uma mostra de cinema internacional, com projeções de filmes que você pode nem ter chance de ver no cinema, já que muitas produções independentes e internacionais são exibidas. O Brasil este ano mandou seu representante, com o filme “Que horas ela volta?”, que aqui ficou conhecido como “The second mother”.
Outra opção bacana para os artistas de plantão é passear pela Art Walk da Whyte Avenue. Todo ano, vários artistas plásticos se reúnem na Whyte Avenue, no charmoso bairro de Old Strathcona, para expor suas obras de arte nas calçadas da avenida durante um fim de semana. Sâo quatro quilômetros e mais de 450 estandes com pinturas, gravuras, esculturas, fotografias.... tudo a mostra para quem quiser conhecer, e à venda para quem quiser levar para casa. O Art Walk acaba se revelando uma ótima chance para descobrir novos talentos e garimpar tesouros que de outra forma você nem teria conhecimento.
Não, aqui não tem Rock in Rio nem Lollapalooza, mas mesmo assim não deixa a desejar no quesito música. Edmonton conta com uma programação efervescente e oferece opções bem ecléticas para ninguém botar defeito.
O Sonic Boom é um participante de peso no cenário musical. O festival, que ocupa dois dias de setembro no calendário da cidade, traz bandas de rock alternativo para o delírio dos fãs. Se você acha que nunca vai conseguir ver shows de bandas pouco conhecidas da grande mídia, como Tokyo Police Club, Tenacious D e The Flaming Lips, pode comemorar: o Sonic Boom é cheio delas! E corre que os tíquetes para 2016 já estão a venda!
Se você prefere uma coisa mais sossegada, que tal ouvir uma orquestra sinfônica ao ar livre? Essa é a proposta do Symphony Under the Sky, evento organizado pela Orquestra Sinfônica de Edmonton e que faz quatro noites temáticas com músicas clássicas e temas populares, como trilhas sonoras de Hollywood e as músicas do filme Fantasia, da Disney – temas que estiveram presentes na programação deste ano.
Claro, muitos outros festivais fazem parte da cena cultural da cidade. Aqui nós contamos com o Folk Music Festival, o International Jazz Festival, o Rock Music Festival, o Blues Festival e até o Latin Festival. Enfim, tem para todos os gostos!
Claro que eu, fiel representante nerd aqui do projeto Apaixonados pelo Canadá, não poderia deixar de falar desses eventos que mexem com nossos corações geeks. O primeiro deles é o Animethon, uma convenção anual de animes que dura três dias e já é considerado um dos maiores do Canadá. O evento acontece sempre no campus da universidade MacEwan, próximo ao centro da cidade. Vários dubladores sempre são convidados a palestrar e participar do evento – o que talvez não seja um grande atrativo para o povo brazuca, que provavelmente só assiste anime em português ou japonês mesmo. Ainda assim, o evento é super bacana e indispensável para os fãs.
Outro evento imperdível é o Edmonton Comic and Entertainment Expo (aquele do vídeo, vocês viram?). Ele aborda de maneira mais abrangente a cultura pop, com estantes vendendo de tudo relacionado a séries, quadrinhos, animes, games, filmes e tudo mais que você pode imaginar do mundo nerd. Os convidados também vão ser mais conhecidos, como atores e produtores de séries de sucesso, por exemplo. E claro, um concurso de cosplay para ninguém botar defeito! O pessoal capricha e são muito simpáticos na hora de bater uma foto com você.
E tome mais evento!
Preciso fazer duas menções honrosas neste post: a primeira é o K-Days, evento mais do que querido aqui em Edmonton que é aquela típica Carnival Fair que a gente só vê nos filmes e séries gringas. Barraquinha de comida típica (tudo fritura e doce – mas que delícia, meu povo!), aquelas brincadeiras que parecem de festa junina, onde você concorre a ursões de pelúcia, e os brinquedos de parque diversão mais mambembes: tudo isso tem no K-Days e vou te falar: é legal demais! Se joguem no K-Days porque vale a pena!
E a outra menção é o Pride Festival, a parada do Orgulho Gay aqui de Edmonton. É o Edmonton Pride Festival que geralmente abre as comemorações do Orgulho Gay pelo Canadá, com um desfile com carros alegóricos e um dia inteiro de músicas, performances e muita gente bacana reunida – tudo no maior clima de respeito às diferenças. O evento é super pacífico e a cidade participa de coração aberto, inclusive com famílias inteiras e crianças pequenas – mesmo Alberta sendo uma província super conservadora. Há esperança nesse mundo, gente!
Fotos por: City of Edmonton
A Immi Canada falou bastante sobre o trânsito no Canadá neste post publicado em novembro deste ano. Lá, comentamos um pouco sobre como funciona a organização geral do trânsito em termos de pedestres, ciclistas, carros, ônibus e metrô.
Em Dirigindo no Canadá – Parte I e Parte II, vamos falar um vamos falar sobre tudo o que você precisa saber caso esteja pensando em dirigir no Canadá.
Semelhanças e diferenças
No nosso primeiro texto, vamos falar um pouco a respeito das semelhanças e diferenças entre o que existe no Brasil e o que podemos esperar no Canadá a respeito de regras e mesmo diferenças culturais em termos de habilitação e comportamento no trânsito. No próximos texto, vamos falar sobre a carteira de habilitação canadense (e como conseguir uma) e também vamos falar brevemente sobre as regras existentes para quem tem (ou está pensando em ter) um carro.
Diferentemente do Brasil, onde existe a Carteira Nacional de Habilitação, no Canadá a carteira de habilitação ou driver’s licence é provincial. Mas isso não quer dizer que a carteira não seja válida por todo o território Canadense. O que muda é que, caso a pessoa decida ir morar em outra província, será preciso emitir uma nova driver’s licence, daquela província. É que no Canadá as províncias são relativamente independentes, o que faz com que cada província possua regulamentações específicas para os seus residentes. É por isso que existem diferenças entre leis entre várias províncias, embora também haja, no Canadá, leis e regras que valem para todo o território.
A categoria B do Brasil, mais comum e referente a carros de passeio, é equivalente à class 5 do Canadá.
Idade
No Brasil, podemos dirigir com 18 anos. É preciso passar por aulas teóricas e práticas em uma autoescola, um requisito obrigatório, para que então o candidato à carteira de habilitação possa fazer o exame psicotécnico, a prova teórica e o teste prático junto ao Detran do seu estado.
Já no Canadá, a idade mínima para conseguir uma licença é 16 anos, sendo que na maioria dos casos uma autorização dos pais ou responsáveis é necessária, já que a maioridade no Canadá é de 19 anos, na maioria dos casos, ou 18 anos, no caso de Alberta, Manitoba e Québec. Falando nisso, caso você tenha 18 ou 19 anos e esteja no Canadá ou vindo para o Canadá, é importante verificar a legislação da província onde você pretende ficar, para o caso de não ter surpresas desagradáveis ao ser barrado em um bar, por exemplo.
Voltando ao assunto do texto: além da idade mínima para a obtenção da driver’s licence ser menor do que no Brasil, em Alberta, por exemplo, com 14 anos já é possível ter uma licença conhecida como class 7: learner licence. Com ela, é possível dirigir, desde que acompanhado por alguém que já possua uma driver’s licence class 5.
Aprendizagem
Como muitas pessoas já sabem, no Canadá não é preciso passar por aulas de autoescola, desde que você tenha alguém que possa ensinar a você o que você precisa saber para que possa digirir, e também os conhecimentos necessários para ser aprovado na prova escrita e no road test.
É muito fácil encontrar nos sites dos governos provinciais guias e folhetos informativos que ensinam a respeito de como proceder para obter a habilitação, e também que ensinam a respeito das regras de trânsito que o candidato deve estudar.
Regras de trânsito
Dirigir é uma atividade que a princípio parece ser a mesma tanto no Brasil quanto no Canadá. No entanto, existem algumas diferenças que é preciso observar. Falamos um pouco a respeito dessas diferenças no nosso texto sobre o trânsito, e agora vamos falar com um pouco mais de detalhes a respeito das regras e sinalizações diferentes que existem por aqui.
Em primeiro lugar, a regra de que sempre é possível virar à direita, mesmo com o sinal vermelho (desde, claro, que não exista nanhum tipo de sinalização indicando o contrário).
Em segundo lugar, as placas de sinalização. Como é possível verificar a partir da página 30 deste guia, por exemplo, existem algumas placas que não são familiares para os brasileiros, mas que é preciso conhecer. São, por exemplo, a placa a respeito de “Disaster Response Route”, indicando que aquela rua não deve ser utilizada em caso de desatres, a não ser por veículos de emergência, e a placa a respeito de pneus para neve, indicando que devem ser utilizados em um determinado período do ano. Além disso, claro, em determinados lugares pode haver placas de sinalização indicando a presença eventual de ursos ou alces.
No Canadá, em algumas ruas, tanto dentro das cidades quanto em highways, pode haver um sistema de semáforos que ficam suspensos, um sobre cada pista. Esses semáforos geralmente apresentam uma seta verde nas pistas da direita e um X vermelho nas pistas da esquerda. O que acontece é que como o fluxo do trânsito varia em determinados dias e períodos do dia, os operadores de trânsito podem mudar a disposição dessas pistas, deixando, por exemplo, 2 pistas liberadas para quem vai e apenas 1 pista liberada para quem volta.
No caso das famosas four-way stops, quando há placas de sinalização parando o trânsito em todas as esquinas, o veículo que chegar primeiro e parar completamente antes de prosseguir terá a vez, sendo que é sempre preferível ceder sua vez caso você pretenda fazer uma curva à esquerda e o veículo oposto a você pretenda seguir reto.
Quanto a diferenças culturais, algumas regras devem ser notadas. Os motoristas canadenses dirigem com bastante cuidado, sempre atentos para pedestres ou ciclistas, principalmente nas regiões centrais. Quando o sinal está vermelho, ou então em um engarrafamento, é considerado de bom costume deixar espaço à sua frente caso você perceba um veículo que pretenda sair de sua vaga no estacionamento da rua. Semelhante a isso, o efeito zíper é muito respeitado por aqui, aquela noção que diz que caso exista um cruzamento em T, os veículos devem seguir alternadamente, de forma que nenhuma das duas filas precise esperar muito tempo pela sua vez.
“Chove chuva, chove sem parar...” – Se Jorge Ben Jor tivesse nascido Canadense não haveriam dúvidas de que Vancouver teria sido sua inspiração para essa música. Então preparem suas galochas, capas e guarda-chuvas porque a temporada de chuva está aberta!
Sim, é verdade mesmo que aqui chove consideravelmente de novembro até março, e não é à toa que que a cidade também é carinhosamente apelidada como “Raincouver”. Vancouver está entre as quatro cidades do Canada com maior índice de precipitação por ano, mas a chuva normalmente vem quase que toda nessa temporada, de tal maneira que no verão pode chegar a mais de um mês seguido sem cair uma gota de chuva.
Durante os meses de novembro e dezembro principalmente, é comum ter que encarar uma semana, quase que seguida, só chovendo. No entanto, os Canadenses de Vancouver não parecem se incomodar muito com a situação e você sabe que está se tornando um verdadeiro Vancouverite (como se chamam os moradores da cidade) quando você desiste de abrir o guarda-chuva a cada garoa. É só fechar o casaco, impermeável, claro, colocar o capuz e vamos embora que a vida não pode parar!
Se antes você se preocupava com moda, seu guarda-roupas agora só segue uma tendência: impermeável. Tudo que é impermeável ganha pontos na hora de fazer compras em Vancouver: casacos, luvas, sapatos e até mochilas e bolsas. Impermeável is the new black!
Acredito que assim como nossos conterrâneos que dizem se acostumar com o frio de Québec, nós do lado de cá também aprendemos a lidar com a tal chuvinha, que no fundo não é tão ruim assim não. Para falar a verdade, eu aprendi até mesmo a apreciar essa temporada chuva de Vancouver quando enxerguei nela uma sábia mensagem que conversa tão diretamente conosco.
Para mim, ela faz um singelo paralelo com as dificuldades que todo nós passamos ao nos mudar de país, à todas as tempestades que são colocadas em nosso caminho em forma de saudades de casa, um trabalho pesado, ou os estudos caros. Cada gota dessas dificuldades fazem um peso enorme em nós, que assim como em qualquer dia chuvoso, nos faz querer ficar quietinhos em casa e só sair quando a chuva passar.
Mas e se a chuva durar dias após dias? E se a chuva durar semanas? Não tem jeito, tem que sair porque a vida continua. Podemos até tentar nos proteger por de trás do nosso guarda-chuva, mas o fato é que quando a gente se entrega por completo às nossas escolhas, assim como os verdadeiros Vancouverites, nós simplesmente...nos deixamos molhar.
Fazer compras é o objetivo de muitos que vem para Toronto, e realmente existem boas opções para todos os bolsos. Observei dois detalhes que podem impactar aqueles que chegam, sendo o primeiro ao ver na etiqueta dois preços diferentes, sendo um do Canadá e outro dos EUA: pagamos um pouquinho a mais, por causa da diferença entre o valor do dólar de cada um dos países.
E em segundo lugar é que por aqui nunca se pode esquecer dos 13% adicionados no momento de fazer o pagamento do produto no caixa. Somente não pagamos este imposto para itens de necessidade básica (arroz, carne, leite, etc.). Mas claro, ainda assim dá para comprar bastante!
Portanto, dentro do tema consumo, desta vez a pauta é a gigantesca loja de departamento “The Bay”, exatamente a unidade que fica bem no coração de Toronto. Recentemente visitei o espaço que está localizado na Queen Street West, literalmente conectado ao shopping Eaton Centre por intermédio de uma passarela, no belo prédio da Hudson’s Bay Company, que é dona deste negócio de sucesso.
A título de curiosidade, vale destacar que a empresa Hudson’s Bay Company foi fundada no ano de 1670 e é a mais antiga companhia em operação na América do Norte. Suas lojas de departamentos são as maiores do Canadá, e hoje contam com mais de 90 unidades em funcionamento.
É preciso ir preparado física e financeiramente para garimpar boas oportunidades para comprar. Ao todo são sete andares de produtos, e mais o “basement” (que fica abaixo do primeiro andar, ou seja, uma espécie de porão). Assim, pode ser de escada rolante ou de elevador, mas vale a pena conhecer cada um desses espaços, pois os produtos e o visual são bem diferentes.
Eles vendem de tudo! Há seções com uma infinidade de modelos de sapatos, outros com roupas (com vestidos lindos), centenas de opções de joias, relógios, importantes marcas de cosméticos e muito mais. Na verdade são diferentes nomes consagrados reunidos, como a Calvin Klein, há uma área da Pandora, perfumes e demais itens de beleza da Giorgio Armani, Lacôme, Versace e por aí vai.
Enfim, vi até um material de divulgação deles chegando a afirmar que possuem a maior coleção de fragrâncias do Canadá. E quando você acha que acabou, é possível ainda comprar utensílios e eletrodomésticos para a casa, maquiagem, além de produtos licenciados e oficiais do Canadá que são ótimos quando se tem dúvida em que “lembrancinha” deve levar (ou dar) do país.A tradicional vitrine de Natal é atração nos finais de ano
A vitrine especial de Natal que a loja prepara é uma atração muito aguardada por todos. Os delicados bonequinhos ganham vida e se movimentam em torno de uma mesa com a ceia pronta e em outros ambientes. Este é um ponto de parada obrigatório para quem passa pela Queen Street West e fica exatamente do lado externo do primeiro andar.
São montados vários cenários festivos e principalmente as crianças ficam encantadas (e é até difícil tirar foto, pois sempre tem gente parada na frente). E nos últimos meses do ano as famílias também podem visitar o basement da loja e conferir os muitos produtos para decorar e presentear nas festas de final de ano.
Quem gosta de um bom café pode conferir todas as novidades disponíveis no espaço Nespresso, e como os sabores combinam, ao lado são vendidas também as delícias dos chocolates Godiva. A loja mantém ainda uma área de alimentação com destaque para diversas opções de pastas e molhos que podem ser saboreadas na hora, mas tem itens para levar e comer em casa.
Portanto, é incrível como é possível se surpreender a cada andar. As últimas tendências da moda estão presentes, mais ao mesmo tempo é possível adquirir principalmente peças de roupas e perfumes no estilo “ponta de estoque”. Mas lembre-se: como se trata da venda de marcas famosas, claro, não significa que estão a preço de banana.
Ah... está disponível WiFi grátis para os clientes. E aproveitando o tema “compras”, o próximo texto que vou preparar é sobre o shopping Toronto Eaton Centre, o mais famoso da cidade, por isso não deixe de conferir também!
E para conhecer mais sobre os produtos, a história da empresa, endereços em outras localidades e até mesmo saber a respeito de oportunidades de trabalho, basta conferir o site oficial da loja, o www.thebay.com.