Grupo 1
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Muitas pessoas desejam imigrar para o Canadá, mas infelizmente é bastante comum que não pesquisem a fundo sobre a cultura do país e sobre o dia a dia da futura vida como residentes permanentes e, futuramente, cidadãos canadenses. Por essa razão, embora a sua preparação esteja afiada no quesito documentação e legislação de imigração, ela deixa a desejar no quesito preparação psicológica e de adaptação.

No nosso texto anterior, Morar no Canadá é mesmo para você? (Parte I) nós falamos a respeito de alguns dos vários desafios que os novos imigrantes encontram ao chegar em um novo país, particularmente no Canadá. Falamos sobre a necessidade de abandonar o jeitinho brasileiro, falamos também sobre o idioma e sobre o básico da cultura canadense.

No texto de hoje vamos continuar falando a respeito de mais alguns dos desafios muito comuns aos novos imigrantes, e aconselhamos você a continuar a leitura e avaliar se morar no Canadá é mesmo para você!

Já leu a primeira parte do texto?

Então vamos lá!

Desafio #4: Nova família, novos amigos

Brasileiros são um povo para quem a família tem um papel central. É muito frequente morarmos com nossos pais até o final da faculdade ou mesmo além disso. Para algumas pessoas o quesito família tem um peso ainda mais importante, e geralmente essas pessoas não conseguem se ver longe dos familiares por muito tempo.

Para quem imigra, no entanto, a realidade é diferente, e o relacionamento com a família muda, em certos casos, drasticamente. No Brasil era fácil pegar o carro e visitar os parentes, fazer churrasco no final de semana, participar do crescimento e das conquistas dos sobrinhos, planejar a ceia de Natal e as férias na praia. No Canadá, tudo isso fica bem mais distante. É claro que os familiares podem vir visitar e você também pode voltar ao Brasil de quando em quando para visitá-los também. Mas vamos combinar: as passagens são caras, e não dá para viajar a toda hora.

A convivência diária não será mais a mesma. E mesmo as viagens e o tempo em que todos ficarão juntos será diferente e limitado, já que uma hora as pessoas precisam voltar para suas casas, e aí o contato já fica mais distante novamente. Não existem mais churrascos de última hora, macarronada na casa da avó todo domingo, ou então mergulhos na piscina do prédio com a família no verão. Com o tempo, cada parte da família seguirá a sua própria rotina, o seu próprio caminho, e embora continuem se comunicando com relativa frequência, é fato que algo será drasticamente diferente no relacionamento entre vocês.

Com os amigos acontece uma mudança semelhante. Eles continuam morando no Brasil, vivendo a mesma rotina, vivendo na pele os assuntos polêmicos da vez (seja política, segurança, educação, etc.). Para você, vivendo como imigrante no Canadá, tudo isso já está lentamente ficando para trás, e você tem outras histórias para contar. Você passa a se preocupar com a lei do uso do capacete para os ciclistas. E vamos combinar: os seus amigos nem sempre se interessam pelos capacetes dos ciclistas. O ponto aqui é que aquelas experiências que faziam de vocês um grupo unido e cheio de histórias para contar acabam ficando no passado como boas memórias. O grupo de amigos continua por lá, fazendo novas reuniões e gerando novas boas memórias, e você já não faz mais parte disso com tanta intensidade como era antes. Você, por sua vez, invariavelmente acaba encontrando um novo grupo de amigos para fazer parte. E com isso você irá participar de boas experiêncas que irão se tornar boas memórias, das quais o seu grupo de amigos lá do Brasil não irá fazer parte.

 

Desafio #5: A agilidade

Quem já veio para o Canadá, seja como turista ou estudante, ou mesmo quem veio para trabalhar, com certeza notou uma característica muito curiosa do povo canadense: eles andam muito rápido! Canadenses andam bastante a pé e usam bastante o transporte público, principalmente pelo fato de que nem sempre se encontra estacionamento com preços razoáveis nos centros das cidades, onde a maioria das grandes empresas estão localizadas. Além disso, muita gente anda a pé por aqui, seja para ir do ponto de ônibus/metrô até o trabalho, seja para ir de casa até o trabalho.

 

O centro de Vancouver, por exemplo, é relativamente pequeno. Se você mora em West End ou então em Yaletown e trabalha em Downtown ou em Waterfront, você consegue caminhar até o seu trabalho em menos de 30 minutos.

 

 

Essa rotina de caminhar bastante é nova para o brasileiro, mas a agilidade canadense não para por aí. Canadenses tomam decisões com muita rapidez. É muito comum ouvir um colega de trabalho comentar que está pensando em se mudar e na semana seguinte já estar comentando sobre as tarefas de reforma na casa nova.

Já o brasileiro tem uma rotina um pouco diferente, porque no Brasil as coisas funcionam de forma diferente. No Brasil, não temos o costume de andar muito na rua, por exemplo, então quando chegamos no Canadá precisamos nos acostumar com a nova realidade. No Brasil as decisões sobre aluguel, compra de carro, etc. tomam muito tempo, e aqui também é preciso sair da zona de conforto e se adaptar à nova realidade.

Um fato curioso a respeito da agilidade canadense na tomada de decisão é quando vamos a um restaurante por aqui. A garçonete/garçom leva você até a sua mesa e entrega os cardápios. Depois do que parecem apenas 5 segundos, ela/ele volta e pergunta se você já decidiu o que irá beber. Mais 5 segundos e ela/ele volta, dessa vez perguntando se você já decidiu o que irá comer. No começo essa rapidez nos deixa um pouco tontos. Mas com o passar do tempo percebemos que é assim mesmo que as coisas funcionam por aqui. Lembra lá no primeiro texto quando falamos sobre a observação dos locais? Ela também se aplica aqui.

 

Desafio #6: Planejando o futuro

Um dos maiores desafios para o novo imigrante é planejar o futuro. Porque as coisas não acabam quando você põe os pés no Canadá: nesse momento, elas acabam de começar! Quem chega no Canadá já com a intenção de construir uma família e ter o primeiro bebê em pouco tempo passa por esse desafio de uma forma mais intensa do que quem prefere dar tempo ao tempo.

O motivo é simples: tudo é diferente por aqui, como falamos lá no Desafio #1. Quando chegamos, precisamos descobrir como faz para conseguirmos um SIN number, que é como se fosse o CPF daqui. Precisamos também de uma carteira de motorista e de uma conta em banco. Ah, os bancos funcionam de forma diferente, geralmente não tem toda aquela papelada e todas aquelas filas que vemos no Brasil. Os investimentos também são diferentes, e você irá precisar se acostumar com novas siglas. Esqueça o CDB e o LCI e preste atenção no TFSA e no RRSP. Mortgage, aluguel, seguro do locatário, tuition, leasing. A realidade é outra, bastante diferente.

Com o nascimento do primeiro filho em solo canadense, outras coisas vêm à tona: licença maternidade e licença parental, daycare, escolinha. Consultas médicas no período pré-natal, e como funciona a educação dos pequenos canadenses dentro de casa?

Pensando mais para a frente, como funciona a questão da aposentadoria? Quanto é preciso economizar por mês? É preciso fazer um plano particular ou somente o plano do governo é suficiente?

 

Desafio #7: Um filho canadense

Se você planeja ter filhos no Canadá, ou então se planeja imigrar com seus filhos ainda pequenos, temos uma notícia para você: o seu filho provavelmente será muito mais canadense do que brasileiro. Ele irá conhecer os avós pelo Skype, irá visitar a família 1 vez por ano ou de acordo com a rotina de visitas dos pais, conforme o bolso permitir. Seus amiguinhos serão canadenses, sejam First Generation Canadians (filhos de imigrantes) ou Second Generation Canadians (netos de imigrantes), vindos de várias culturas, e sua língua materna será o inglês. Ele será bilíngue, evidentemente, mas não se espante se a preferência dele for o inglês, afinal, é o que ele mais irá vivenciar em seu dia a dia.

Se o seu filho será canadense, você também irá precisar se adaptar à nova realidade. Vamos novamente lembrar da observação e da importância de aprender com os locais. Bons pais irão observar quais são as normas culturais e irão educar seus filhos para seguirem essas normas. Crianças canadenses aprendem responsabilidade desde cedo, ajudando nas tarefas da casa e tomando decisões. Pais canadenses pedem por favor e dizem obrigado aos seus filhos, tratando-os como pequenos adultos para que aprendam que não devem se comportar somente na frente de desconhecidos, e as crianças são encorajadas a buscarem autonomia e independência desde cedo. Pais canadenses podem também ser vistos com maus olhos se encherem a lancheira dos filhos com chocolates, bolachas, salgadinhos e todinho, à la brasileira. As lancheiras das crianças canadenses são repletas de frutas, verduras e legumes, que os pequenos adorem e frequentemente comem com dips, ou molhos mais espessos.

 

Desafio #8: Decidir se o Canadá é mesmo para você!

Como se não bastassem todos esses desafios, existem muitos outros, que somente o dia a dia irá mostrar. É claro que esses desafios nem sempre serão iguais para todos os imigrantes, nem terão a mesma intensidade para todo mundo. O motivo para isso? Cada um de nós é uma pessoa completamente diferente da outra, com valores diferentes, crenças diferentes, hábitos diferentes, planos diferentes. Não existe o lado certo e o lado errado. Existe apenas o que funciona melhor para você.

Decidir se o Canadá é mesmo para você é um passo extremamente importante no seu processo de preparação para a imigração. Você pode analisar o seu perfil, ter um inglês afiadíssimo, ser aceito no melhor college, e ainda assim ter uma experiência mais ou menos por conta de não ter se preparado para a mudança de vida que é a imigração.

Imigrar, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma decisão simples de “ir para um país melhor”. É claro que esse é o motivo mais comum utilizado por imigrantes ao redor do mundo, mas nada mais é do que isso: um motivo. A imigração em si se trata de uma mudança gigantesca: mudança de estilo de vida, mudança dos hábitos mais básicos, aqueles que você já tomava por garantidos. É começar tudo de novo, engatinhando e tropeçando mesmo nas pequenas coisas, nas tarefas simples do dia a dia. É chegar em casa exausto depois de um dia inteiro fora da zona de conforto, seja com o idioma, seja com a rotina. É não se deixar abalar e seguir em frente, superando obstáculos diariamente, empacando no inglês de vez em quando, demorando para fazer amigos, morrendo de saudades da família.

No final das contas, a matemática é simples: se para você a busca por melhor qualidade de vida, por participar de uma cultura diferente, por poder oferecer aos seus filhos um melhor futuro, ou seja qual for o motivo mais importante para você; se esse motivo for mais importante do que a sua zona de conforto atual, então sim, a imigração é para você. Se não, não há meias palavras para adoçar a verdade: talvez esteja na hora de pensar em um novo caminho.

 

Se você ainda tem dúvidas, que tal passar uma temporada no Canadá, antes de decidir imigrar de vez? Entre em contato conosco, e descubra como aproveitar a experiência canadense da melhor forma possível, estudando e trabalhando, antes de decidir pela imigração.

 

 

Se você já se mudou para outra cidade ou outro estado dentro do Brasil, com certeza notou algumas diferenças, seja nos maneirismos das pessoas, nos sotaques, ou mesmo nas comidas populares. No começo você pode até ter se batido um pouco até aprender quais eram os melhores restaurantes, onde ficavam os melhores supermercados, e quais eram as melhores regiões da nova cidade para morar, passear e fazer compras. Mas os desafios param por aí. Mesmo morando em uma outra cidade, você continua no mesmo país, falando a mesma língua e compartilhando da mesma cultura geral. Você sabe quais palavras usar para se virar em sua nova cidade, você sabe como funciona para abrir uma conta em banco, e sabe também como procurar emprego e como conversar com outras pessoas no dia a dia.

Quando moramos em um novo país, no entanto, tudo é novo. Precisamos desaprender tudo o que sabíamos sobre como as coisas funcionavam no Brasil, para que possamos aprender como as coisas funcionam no Canadá. E tudo é diferente. No texto de hoje e também no próximo vamos falar um pouco sobre os desafios que esperam por quem chega no Canadá para morar (independentemente da cidade), e que, se não nos prepararmos adequadamente, podem fazer com que o novo imigrante fique desiludido com o novo país e volte para o Brasil.

Morar no Canadá é mesmo para você?

 

Desafio #1: Tudo é diferente!

Sim, tudo é diferente no Canadá. Desde a língua, é claro, passando pelo comportamento das pessoas, até o que é considerado normal ou aceitável em termos de normas sociais e também de maneirismos. Quem vem do Brasil com a mentalidade brasileira intacta, certo de que o mundo inteiro se comporta da mesma forma e se adequa às mesmas normas sociais, terá muitos desafios pela frente.

Um dos desafios que é visivelmente mais marcante para muitos brasileiros é largar o “jeitinho”. Canadenses são extremamente rigorosos (no bom sentido) quando o assunto é regras e normas sociais. Por exemplo, se tem fila para passar pelo segurança em um jogo de hockey, o canadense fica na fila e não reclama. Se acontecer se encontrar um amigo que esteja numa posição mais à frente na fila, o canadense não vai tentar furar a fila para ficar perto de seu amigo. Se tentar, os outros canadenses irão chamar sua atenção. Ainda falando sobre o jeitinho, regras são regras. Se não pode ter animal de estimação no prédio, então ninguém tem animal de estimação no prédio. Se não pode atravessar a rua se o sinal não estiver verde para o pedestre, então ninguém atravessa a rua.

 

Desafio #2: O idioma!

Centenas de novos imigrantes caem em uma armadilha muito comum: não praticam a língua do novo país. A questão da prática da nova linguagem não se limita ao dia a dia da escola e/ou do trabalho. Ela envole também a convivência direta com canadenses e pessoas de outras nacionalidades.

Um exemplo: é muito comum encontrar no Canadá imigrantes que trabalham como taxistas. Em determinadas situações, é difícil compreender a fala do profissional devido ao forte sotaque que ele possui. Conversa vai, conversa vem, invariavelmente ele elogia o seu inglês, pergunta de onde você é e há quanto tempo está no Canadá. E você acaba perguntando o mesmo para ele. E não é incomum que ele responda que está no Canadá já há mais de 10 anos.

O que acontece é que muitos imigrantes acabam encontrando uma comunidade de pessoas que vieram de um mesmo país ou de uma mesma região, e como consequência mantêm a mesma língua-mãe. A rotina de trabalho no Canadá geralmente é de 40 horas por semana, mas mesmo assim as pessoas não necessariamente precisam se comunicar durante todas as 40 horas. E, no momento em que chegam em casa, retornam à língua-mãe. E também a usam nos finais de semana e nas férias. O domínio do inglês/ francês, como resultado, continua no básico/intermediário. Mesmo que a pessoa já esteja morando no novo país há mais de uma década.

Isso também acontece com muitos brasileiros. Por uma questão de conforto e também de ter amigos que compartilhem de uma mesma origem, muitos brasileiros acabam se fechando em comunidades exclusivamente brasileiras, e falam em português o tempo todo, deixando a língua de lado. Em alguns casos, principalmente quando existem outros brasileiros no ambiente de trabalho, a tendência é falar em português o tempo todo ali também (o que é considerado falta de educação quanto tem pessoas que não falam o português, por motivos óbvios), e o resultado é uma alienação ao mundo canadense à sua volta. Quanto menos as pessoas praticam o inglês, menos abertas ficam para novas experiências e também para aprender mais sobre o novo país e a nova cultura. E muitos brasileiros têm bastante dificuldade com isso. A realidade, no entanto, é simples: se você não quer abrir mão do português nem da sua zona de conforto, talvez a imigração não seja uma boa aventura para você.

Ainda falando a respeito da linguagem, vamos nos voltar agora para o ambiente de trabalho: canadenses são pacientes com novos imigrantes, principalmente na questão da linguagem. Dito isso, é fácil perceber quando uma pessoa comete erros em sua fala mas está realmente se esforçando para aprender, o que é encorajado, mas também é fácil perceber quando uma pessoa não se esforça para ser fluente no idioma e permanece apenas com o básico para se fazer entender, o que é mal visto. E é aí que mora o perigo. Mesmo sendo um imigrante, no Canadá você irá concorrer com outros imigrantes e também com canadenses em sua busca por emprego. E você irá precisar se expressar e deixar uma boa impressão, é claro, principalmente se o trabalho em questão for voltado para o atendimento a clientes. É fácil encontrar emprego em um café, por exemplo, com inglês intermediário, porque as interações com os clientes são rápidas. Mas já é bem mais difícil ter sucesso como garçom ou garçonete em um restaurante bem frequentado, onde a interação com os clientes significa muitos pontos tanto na experiência do cliente quanto na reputação do restaurante - e também nas suas gorjetas.

 

Quanto dar de gorjeta? Varia de acordo com a sua experiência. O recomendado é sempre em torno de 15% do valor da conta. Se o serviço foi excelente, a gorjeta é maior, 20% ou mais. Se o serviço foi apenas satisfatório, 10%. Se foi péssimo, o que é muito raro 0%. A gorjeta faz parte da cultura, e é um incentivo grande para o garçom, que conta com essa quantia para fechar suas próprias contas do mês. Pessoas que não dão gorjeta porque querem economizar são extremamente mal vistas.

 

Falar e praticar o inglês/francês diariamente, mesmo em casa, é cansativo, porque exige muito mais concentração do que estamos acostumados quando falamos o nosso português. Mas já sabemos que para termos sucesso no Canadá é preciso sair da nossa zona de conforto, não é mesmo? E às vezes é preciso fazer uma pesquisa antes de sair de casa, para saber quais palavras usar para se referir a determinado objeto ou alimento que se pretende comprar. Dois sites que podem ser muito úteis para praticar vocabulário são linguee.com e translate.google.com.

 

 

Desafio #3: No Canadá, faça como os canadenses!

Em Roma, faça como os romanos. No Canadá, faça como os canadenses. Aqui, observação é a palavra-chave, para todos os aspectos do dia a dia. Muitos novos imigrantes não levam em conta (ou não conhecem) a importância de observar os donos do lugar. Como consequência, podem ficar perdidos, ou então, por não saberem perguntar e tirar suas dúvidas, ficam sem saber o que precisavam saber.

A observação pode ser usada em vários aspectos da nova rotina: observando os nativos, podemos aprender como devemos nos comportar em situações sociais, que tipo de assuntos são trazidos à tona no trabalho, que tipo de comentários são feitos, como se comportar em parques ou em lugares públicos. Cantada, por exemplo, é assédio em qualquer situação, e não é uma coisa tolerada por aqui como infelizmente é no Brasil.

Falando em parques, ciclovia é para bicicletas somente, e os canadenses respeitam isso. Lembra quando falamos sobre as regras e sobre a necessidade de abandonar o jeitinho brasileiro? Por aqui ninguém caminha na ciclovia, por mais que a pista de caminhada esteja muito concorrida.

Quanto às regras sociais e de comportamento, os canadenses costumam ter mais paciência com imigrantes que ainda não sabem ao certo o que é considerado socialmente aceitável ou não no Canadá. Mesmo assim, os canadenses irão tentar ensinar o novo imigrante a respeito das normas sociais, mesmo que seja através de indiretas, afinal, eles continuam sendo um povo muito educado e respeitoso.

Uma dessas regras tem a ver com higiene ao tossir e espirrar. No Brasil, quando tossimos e espirramos cobrimos a boca com a mão. E essa mesma mão depois irá tocar objetos como trincos de porta, e até mesmo cumprimentar outras pessoas. Isso é muito mal visto aqui no Canadá, e, para os canadenses, trata-se de uma regra de higiene básica. Ao tossir ou espirrar, sempre cubra o nariz e a boca com a dobra do cotovelo. Parece esquisito no início, mas fazendo isso a sua mão continua limpa e não irá disseminar germes por aí. Outra coisa muito comum no Brasil e que não é aceita por aqui é puxar o nariz. No Brasil, assoar o nariz em público é falta de educação. No Canadá, por outro lado, não assoar o nariz é que é falta de educação. Portanto, se você estiver no Canadá e estiver com sintomas de gripe ou de alergia, sempre tenha um lenço de papel consigo, e assoe o nariz sempre que precisar.

Outra curiosidade sobre o comportamento do canadense: canadenses são espontâneos. Se eles querem saber alguma coisa, perguntam. Isso inclui também perguntas que, para os brasileiros, podem parecer sinônimo de falta de educação, mas que por aqui é considerado normal, como, por exemplo, quando um taxista pergunta quanto você paga de aluguel, ou quando o seu novo amigo da faculdade quer saber as datas da sua viagem de visita para o Brasil.
Quer saber mais desafios sobre morar no Canadá? Fique atento ao nosso próximo texto dessa pequena série!

Quem acompanha as notícias sobre imigração sabe que cada vez mais brasileiros estão buscando sair do país. E vamos combinar: as últimas notícias sobre o nosso país não são das mais animadoras, principalmente no que diz respeito à segurança e à política.

No texto de hoje vamos falar sobre os motivos mais comuns que fazem os brasileiros buscarem sair do país através da imigração, buscando uma vida nova em um outro país.

Quais são os motivos mais comuns que levam as pessoas a sair do Brasil?

 

1. Qualidade de vida

Qualidade de vida é um tema que vêm à mente de todas as pessoas que pensam em imigrar para um novo país. Uma das frases mais utilizadas pelos imigrantes quando comentam sobre a sua decisão de deixar seu país de origem é “vim em busca de uma melhor qualidade de vida”.

Mas o que é, afinal, qualidade de vida, e como ela é medida?

Quando falamos em qualidade de vida estamos nos referindo ao bem-estar geral de uma população ou uma sociedade, sendo que seu dia a dia é composto por vários fatores que podem ser negativos ou posivitos. Estamos falando de assuntos como segurança, saúde, educação, oportunidades de trabalho, liberdade de expressão, etc.

De acordo com o OECD Better Life Index, o Brasil é um país que tem uma boa pontuação no quesito “bem-estar subjetivo”, porém está abaixo da média em questões como renda, empregos e salários, moradia, qualidade do meio-ambiente, saúde e educação. E é dessa forma que a qualidade de vida de uma região é medida. Quanto ao Canadá, está acima da média em todos esses aspectos.

 

2. Segurança

Quem acompanha as últimas notícias do Brasil com certeza ficou chocado com a história publicada alguns dias atrás a respeito da adolescente carioca vítima de estupro coletivo. O SUS recebe 147.691 registros por ano de atendimentos a mulheres vítimas de violência sexual, física ou psicológica, o que equivale a um registro a cada 4 minutos. A violência, é claro, não ocorre apenas contra mulheres. Todos os brasileiros, independentemente de idade, gênero, orientação sexual, opção religiosa, etc., estão todos os dias sujeitos a assaltos, roubos, sequestros. Infelizmente não precisamos procurar por uma notícia específica em jornais ou sites: basta olharmos para as nossas casas: temos grades, portões, cercas elétricas, cadeados, câmeras de segurança, guaritas… Para quem tem filhos, a sensação de medo constante é dobrada. Para completar o quadro, Rivaldo, ex-craque da seleção brasileira, foi o centro das atenções quando ofereceu seu conselho aos gringos. O site de notícias CNN resume: “Não venha para as olimpíadas do Rio”.

Uma das coisas que mais chama a atenção quando se chega no Canadá é a falta de grades e portões ao redor das casas e prédios. Guaritas, cercas elétricas, arame farpado: isso não existe por aqui na mesma proporção que existe no Brasil. De acordo com o Legatum Prosperity Index, o Canadá está entre os 10 países mais seguros do mundo, ocupando o 9o lugar. O Brazil ocupa o 85o lugar.

 

3. Educação

Do ponto de vista dos professores, a remuneração em si é uma das piores do mundo. Não é à toa que vemos tantas greves, sendo que as universidades públicas podem ficar fechadas por semanas a fio enquanto os professores e demais funcionários lutam por salários mais justos.

Em números, de acordo com o OECD Better Life Index, o Brasil possui apenas 46% dos adultos entre 25 e 64 anos com educação de nível secundário, considerada essencial para a aquisição de um bom emprego. A média proposta pela OECD é de 76%. No Canadá, por sua vez, 90% dos adultos na mesma faixa etária possui educação de nível secundário.

De acordo com o Legatum Prosperity Index, o Canadá está qualificado em 2o lugar no quesito educação, enquanto o Brasil está em 84o lugar.

 

 

4. Estabilidade econômica

Se formos pensar em termos de salários mínimos e poder de compra, o Brasil hoje conta com um salário mínimo que, mesmo com reajuste, equivalente a pouco mais do que 320 dólares canadenses. O reajuste proposto para 2016 é de apenas R$ 92, o que faz com que o salário mínimo brasileiro seja de R$ 880,00. Menos os impostos retidos na fonte. E o brasileiro precisa se virar para conseguir fechar as contas do mês com esse valor. É possível? Nem sempre. Mesmo quando se ganha mais do que um salário mínimo é preciso muitas vezes fazer sacrifícios e economizar bastante. Afinal, sabemos que o poder de compra do nosso real não é muito bom, e para chegarmos a essa conclusão basta ficarmos de olho nos preços praticados no mercado, e um exemplo disso é o preço dos carros. Um Civic Sedan 0km no Brasil não sai por menos de R$ 70.000. Em um país cujo salário mínimo é de R$ 880,00. No Canadá, o mesmo carro sai por menos de C$ 20.000, em um país cujo salário mínimo mensal é cerca de C$ 1.760.

Além disso, como escrevemos em nosso texto sobre as 30 razões para imigrar para o Canadá, a inflação no país não passa dos 2%. Isso porque o Canadá adotou um sistema chamado de inflation targeting, uma medida ativa para controlar os níveis de inflação.

 

5. A corrupção 

É fato que todos os países do mundo estão sujeitos à corrupção, mas não precisamos ir muito longe para sabermos que no Brasil a realidade é única nesse quesito. Mas o processo de impeachment de Dilma Rousseff é apenas a ponta do iceberg. A corrupção no Brasil não se trata somente de algo que acontece entre os governantes. É parte da cultura do povo. Se a corrupção é tolerada no dia a dia, mesmo com as pequenas coisas, sob o pretexto de que não há nada que se possa fazer para combatê-la, ou então de que é necessário dar um “jeitinho” de vez em quando, é muito fácil percebermos que  o problema não está apenas entre os grandes líderes. A diferença é que esses líderes têm acesso a uma quantidade muito maior de bens e valores do que o cidadão comum. Mas corrupção é corrupção, não importa a dimensão.

 

6. Cultura 

Calor, carnaval, futebol, samba, praia, e geralmente - infelizmente - partindo para a cultura do machismo e do desrespeito, das cantadas e do abuso físico e psicológico. Se pudéssemos dividir a cultura de um país e ficarmos apenas com as partes de que mais gostamos, não há dúvida de que muitas pessoas fariam exatamente isso. Muitas pessoas não se sentem em casa no Brasil, mesmo tendo nascido e crescido no país. E isso é verdadeiro para muitas pessoas que escolhem imigrar.

A cultura, na verdade, é a soma de várias características de um determinado povo em uma determinada região. E é fato que o Brasil não é um só em termos de cultura, mas também é verdade que existe uma coisa chamada de “cultura brasileira”, composta por certos aspectos que são comuns a todas as regiões do país. A cultura brasileira pode ser extremamente rica se soubermos escolher os pontos positivos.

Não existe uma fórmula que funcione para todo mundo: existem muitos brasileiros que amam o Brasil e não desejariam se distanciar do país. Mas existem outros que precisam sair. Para os que saem, será preciso se adaptar a uma nova cultura.

Falando sobre a cultura do povo, uma curiosidade: lá em 2014 aconteceu um incidente em Toronto que ficou na memória de bastante gente. Uma das catracas de uma estação de metrô da cidade estava trancada. Os canadenses, no entanto, nem por isso deixaram de pagar sua passagem, deixando seus tickets e suas moedas empilhados sobre a catraca.

 

7. A liberdade

Buscar novas aventuras, novos horizontes, ter liberdade para se mudar de cidade e província sabendo que não é preciso ter anos de experiência de trabalho para conseguir um emprego com um salário digno e que possibilite pagar todas as contas do mês.

A liberdade que vem com o poder de compra do dinheiro que se ganha é uma das várias liberdades que os novos imigrantes que vivem no Canadá podem sentir. Liberdade de expressão e o respeito às várias diferenças e orientações que cada pessoa pode ter: mais alguns aspectos que fazem com o que Brasil fique para trás nessa corrida.

 

A Immi quer saber: 
Quais são os motivos que levaram você a pensar em sair do Brasil?

 

Quer saber mais sobre vistos e imigração para o Canadá? Entre em contato conosco!

 

 

Vistos aprovados, passagens compradas, aquele sorriso no rosto e então, chega o momento crítico de tomar mais uma decisão importante: já devo alugar um apartamento/casa em Vancouver ainda estando no Brasil? Fazendo as contas, pagar um aluguel é certamente mais econômico do que bancar os gastos de um hotel ou outro tipo de acomodação temporária para recém-chegados; por isso, a ideia de já tentar alugar um lugar ainda no Brasil pode parecer muito atrativa. No entanto, essa pode não ser a melhor solução e nem o melhor custo-benefício.

Primeiramente, não será muito fácil fechar um contrato de aluguel sem estar na cidade, pois isso não dependerá somente da sua decisão. Não basta apenas você querer alugar o local, o administrador do prédio (conhecido como manager, que é, muitas vezes, contratado de uma empresa terceirizada) precisa aceitar ou escolher você, dentre outros interessados, como locatário; e para isso é fundamental que o manager lhe conheça pessoalmente.

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Seria difícil sim, mas não posso dizer seria impossível alugar um lugar ainda estando no Brasil. Então vamos dizer que você conseguiu quebrar essa primeira barreira e tem a oportunidade de fechar um contrato de aluguel em um site como o Craigslist, por exemplo. E aí você se pergunta: existem bons negócios ou golpes no Craigslist? SIM para a primeira opção e SIM também para a segunda opção! E é exatamente por isso que eu não recomendaria fechar um contrato de aluguel por um site desses sem antes ao menos visitar o local. É preciso verificar se o local existe de fato, se as fotos do anúncio correspondem à realidade e as condições em que o apartamento/casa se encontra. Vale ressaltar ainda que sites como o Craigslist não se responsabilizam por nenhum tipo de negocio fechado entre os usuários. Então sem a chance de poder conferir se as informações de aluguel são verdadeiras e sem a quem recorrer no caso de um golpe, seria arriscado fechar um negócio ainda no Brasil.

O que fazer então?

Minha sugestão é incluir no seu planejamento o custo de uma moradia temporária para os seus 15 à 30 primeiros dias no Canadá. Você pode escolher um hotel, hostel, ficar com uma host family ou alugar um quarto pelo Airbnb (site de aluguel temporário de quartos/casas); enfim, o que quer que agrade seu gosto e seu bolso!

Vou contar um pouco da minha experiência nesse processo do primeiro aluguel, que foi uma experiência com pontos positivos e alguns aprendizados pelo caminho. Então vamos lá...

Ainda no Brasil

Eu e meu esposo optamos por alugar um basement, com quarto e banheiro privado, pelo Airbnb, incialmente por 10 dias para que pudéssemos visitar alguns apartamentos e então fechar um contrato de aluguel. Um dos pontos positivos dessa escolha é que nos sentimos muito seguros em fechar o quarto ainda estando no Brasil, já que o pagamento só é liberado pelo site após a sua chegada no local. Além disso, foi excelente ser recebido em Vancouver por uma família canadense, que para nossa sorte era uma família muito bacana. Eles nos deram muitas dicas sobre o que fazer em Vancouver, as melhores áreas para se morar e até sobre entrevistas de trabalho.

Explorando Vancouver

Durante esse período de 10 dias, nós aproveitamos para conhecer bem a cidade; explorar o que cada bairro de Vancouver oferece em relação à serviços, lazer, e transporte público e assim poder decidir em qual área gostaríamos de morar. Por mais que você leia sobre Vancouver, só mesmo estando aqui para sentir qual bairro preenche suas expectativas e necessidades.

A casa da família onde estávamos hospedados ficava em uma região mais afastada do centro, um local só de casas, bem tranquilo e seguro. Apesar de achar o lugar maravilho assim que chegamos, em pouco tempo percebemos que aquela região não funcionaria para nós, pois não pretendíamos comprar um carro tão cedo e somos um casal que gosta de sair à noite, de ir em restaurantes e fazer programas sem muito planejamento, o que ficava muito difícil em uma área mais residencial onde tudo fecha relativamente cedo. Percebemos então que mesmo tendo um custo mais elevado, o ideal para nós seria morar na área de Downtown.

Procurando o Apartamento Ideal

Limitando a área de Vancouver na qual você gostaria de morar, torna tudo um pouco mais fácil e objetivo. Agora sim, a partir desse momento os sites de busca de aluguel se tornam úteis. Nós utilizamos tanto o Craigslist como também sites de empresas de aluguel, por exemplo a Hollyburn Properties ou Gateway, para agendar visitas nos locais desejados. Mas preciso confessar que o método mais eficiente que encontramos foi andando pelos bairros e ligando nas placas de anúncio de aluguel que estão fixadas nos prédios.

Uma realidade importante a ser falada aqui é que essa procura pode não ser tão simples assim. Nós enfrentamos algumas dificuldades durante esse processo de busca do apartamento, o que fez com que tivéssemos que renovar nossa estadia na casa da família para mais alguns dias. Uma das dificuldades foi em encontrar apartamentos disponíveis devido a época do ano em chegamos; era o final do verão e início do ano letivo, então a procura por aluguel nesse período estava bem alta, o que fez com que algumas de nossas visitas fossem desmarcadas pelo motivo do local já ter sido alugado. Além disso, o fato de que ainda não estávamos empregados acabou sendo decisivo para alguns locais não aceitarem nossa aplicação.
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Fechando Contrato

Se você ainda não tiver um emprego, alguns apartamentos podem fazer um acordo de um pagamento de aluguel adiantado como garantia, mais o pagamento do aluguel do mês e o depósito de segurança. Esse depósito de segurança, normalmente no valor da metade do aluguel, é pago apenas uma vez e devolvido no final do contrato, caso não haja danificação do imóvel. A maioria dos contratos tem a duração de um ano e caso o locatário queira quebrar o contrato antes do tempo, existe uma multa a ser paga. Fora isso, não tem muita burocracia para conseguir fechar um contrato de aluguel em Vancouver, e foi exatamente assim que fechamos nosso primeiro aluguel.

Dicas

Vou deixar aqui algumas dicas básicas para quem está nesse processo da procura de um lugar para alugar:

- Conheça os bairros antes de fechar qualquer contrato, lembre-se que você terá que se comprometer com um contrato de um ano. Certifique-se de que aquela é uma região boa para você e sua família. Se você não pretende comprar um carro, é importante morar perto de supermercados, farmácias, centro comerciais e com fácil acesso ao transporte público. Leve isso em consideração também e não apenas o valor do aluguel.

- Na sua visita ao local, converse bastante com o manager para que ele possa conhecer um pouco sobre você e suas intenções como morador, isso pode te ajudar a ser escolhido caso tenham outras pessoas interessadas no local. Em algumas visitas, nos perguntaram se daríamos festas ou se receberíamos muita gente em casa; depois disso, passei a deixar claro que estávamos aqui para trabalhar e estudar e que não nos enquadrávamos nesse tipo de “moradores festeiros”.

- Para comprovar que você pode bancar o aluguel mesmo ainda não tendo emprego fixo, mostre extratos bancários, e no caso dos estudantes, inclua a carta de aceitação do College. Alguns lugares pedem referência do último local em que você morou, no nosso caso, incluímos como referência a família com quem passamos as primeiras semanas aqui e foi um ponto positivo poder ter essa referência canadense.

Boa sorte para todos que estão fechando o primeiro aluguel e sejam muito bem-vindos à Vancouver!

Maythe Panar

E então bate aquela vontade de fazer um intercâmbio! Não importa qual a sua idade, se pretende viajar para estudar sozinho ou acompanhado de alguém, se já tem data prevista de embarque ou apenas começou a pensar no assunto. Quando se está neste caminho, é sempre recomendado que antes de tomar uma decisão definitiva, sejam feitas algumas perguntas para si mesmo. Calma... antes de sair falando sozinho por aí, permita-nos explicar melhor.

Este é um exercício que propomos para você refletir sobre as etapas que o levarão a realizar este projeto com sucesso (um verdadeiro sonho, para muitos!).  A intenção é lhe ajudar a se preparar melhor para o que está por vir. E não é somente isso: auxiliar também nas escolhas que fará durante todo o seu planejamento, do início ao fim, pode acreditar!

Por isso, vamos fazer algumas perguntas para você, e na sequência já trazemos alguns aspectos que devem ser considerados durante a sua reflexão sobre os temas. Com certeza, se não pensar nessas questões, alguém em algum momento vai te perguntar, então esteja preparado. É rápido, prático e você só tem a ganhar... vamos lá?

O que eu vou ganhar fazendo um intercâmbio?

Neste instante entra a palavrinha mágica “objetivo”. Melhorar os seus conhecimentos em outro idioma, aprender convivendo com pessoas de culturas diferentes, fazer novos amigos, enfim, motivos é que não faltam, certo? Responder a esta pergunta é ainda entender um pouco mais quais são os aspectos que realmente te motivam a encarar os desafios que virão pela frente, e refletir inclusive o que no futuro poderá ficar como legado, como um diploma ou quem sabe até um amor!

Qual é o país de destino ideal?

Há pessoas que respondem este questionamento sem titubear, mas também há quem fique na dúvida. O que no primeiro momento parece fácil decidir pode não ser posteriormente, pois existem importantes questões envolvidas, inclusive a respeito da pergunta que vem logo abaixo, e trata do tema “custos”.

Nesta fase é importante correr atrás do sonho e entender os motivos que o levam a escolher esse determinado país, bem como o que terá que ser feito para alcançar este objetivo. Quais são os cursos que quero fazer? Qual o local que devo melhor me adaptar? Eu quero conhecer mais praias ou museus? E as perguntas não param!

Contas - editado

Quanto eu vou precisar investir neste intercâmbio?

É chegada a hora de fazer contas. Neste momento é preciso ser realista e adaptar o valor disponível ao que se pretende fazer, ou vice-versa. Nesta etapa, geralmente também se planeja os prazos para a realização do intercâmbio. É bom avaliar se será preciso esperar mais algum tempo para conseguir aumentar as economias da poupança, ou se já é tempo de colocar em prática este intercâmbio.

Além de questões como a escolha do curso que se pretende fazer, é preciso considerar itens como, por exemplo, quais os custos de estadia no país (homestay, apartamento, hotel, casa de amigo), o transporte considerando tanto as passagens aéreas quanto a locomoção (carro, transporte público); a documentação e comprovações exigidas para o visto, o valor do câmbio, entre outros aspectos. Pensou? Então é bom ir incluindo tudo na planilha!

Qual o meu tempo disponível para planejar toda a viagem?

Fique tranquilo, pois é normal que ao fazer perguntas, surjam mais perguntas! Este exercício de se questionar vem junto com a necessidade de fazer pesquisas. Isso exige que seja reservado um determinado tempo para obter informações de credibilidade, aprender com as experiências de outros intercambistas ou profissionais que atuam com esta área (existem muitos blogs com os relatos).

É necessário buscar de fontes confiáveis e que te ajudem, não atrapalhem. Há pessoas que optam por fazer essa parte por conta própria, ou contam com o auxílio de familiares e amigos. O mercado também disponibiliza como alternativa as consultorias especializadas que tratam de serviços gerais de intercâmbio ou específicos, como a parte de visto e documentações ou cursos no exterior.

Eu estou aberto para viver novos desafios?

Tomar uma decisão importante nunca é tarefa muito fácil, imagine decidir diversas coisas ao mesmo tempo. Aí começa o desafio, que tem início desde as primeiras ideias e comentários com as pessoas mais próximas, e vai até o desembarque na volta do intercâmbio (isso se você não se apaixonar pelo outro país e decidir morar em definitivo!).

Independente da situação é preciso sempre ter em mente que fazer um intercâmbio é estar aberto para o novo, a troca de conhecimentos e experiências, e ganhar memórias que podem durar pelo resto da vida. Por isso, recomendamos que você faça sim muitas perguntas, pesquise, leia sobre o lugar que pretende conhecer, o seu povo e busque referências confiáveis para que tenha sucesso ao alcançar o seu objetivo de vida.

Extra, extra!!! Separamos ainda algumas dicas extras para você pensar também e aumentar suas chances de se dar bem no seu intercâmbio:

- Como é o clima do país e em qual estação do ano se pretende viajar tem impacto no planejamento, pois se você chegar a um lugar no período em que há neve, por exemplo, tem que considerar que precisará de roupas especiais de inverno.

- Qual é o seu nível do idioma do país de destino? Se você pretende fazer um curso de línguas, é legal ter pelo menos uma noção básica para se comunicar no aeroporto, na rua ou com os colegas de sala de aula. Mas se pretende ingressar em um curso específico, como profissionalizante ou pós-graduação, verifique o nível do idioma que você precisar ter para ser aceito.

- Leia um pouco sobre as leis do país, como por exemplo, se você pode consumir bebida alcoólica na rua, evitando assim passar por uma situação difícil perante as autoridades locais.

- Planeje algumas atividades que não podem estar fora de seu roteiro (esquiar, surfar, visitar um museu, conhecer um parque de diversões, assistir um show). E saiba que em muitas cidades há programações gratuitas que podem garantir muita diversão sem necessariamente aumentar seus gastos.

É isso: faça perguntas, pesquise, acredite no seu sonho... e tenha uma boa viagem!

Para quem ainda não foi a cidade de Edmonton, uma informação rápida: ela é cortada ao meio por um rio (Saskatchewan River). O centro fica ao norte do rio, enquanto a boêmia Whyte Avenue, uma das ruas mais badaladas, cheias de lojas, bares e restaurantes, fica na parte sul da cidade. Agora, uma pergunta: qual a melhor maneira de ir do centro à Whyte Avenue? De bondinho, ora essa!

Cidade de Edmonton: um passeio nostálgico de bonde

Cidade de Edmonton: um passeio nostálgico de bonde

A cidade de Edmonton conta com um simpático sistema de bondinhos à moda antiga que faz o trajeto Downtown – Strathcona (o bairro onde fica a tal Whyte Avenue) diariamente, entre a primavera e o outono (mais precisamente, ele começa em maio e segue até outubro). É um passeio rápido, de cerca de 15 minutos, mas cheio de charme. Quem já andou em bondinho, sabe: é gostoso demais!

Conheça a frota de Edmonton

Aqui a frota tem três carros, o mais antigo sendo de 1912. Sim, são carros bem ao estilo retrô mesmo, uma graça! Saindo do centro, o bonde segue pelos trilhos acima da ponte que corta o rio, passando por áreas naturais deslumbrantes e nos presenteando com uma vista linda da cidade e do Saskatchewan River (preparem as câmeras nessa hora e torçam para o dia estar bonito! É garantia de foto digna de Instagram). Em determinado momento, chega até mesmo a passar bem no meio das árvores, deixando que o verde cubra toda a vista das janelas. Como eu já falei em um texto anterior aqui no blog, Edmonton tem natureza por toda parte.

Cidade de Edmonton: um passeio nostálgico de bonde

Cidade de Edmonton: um passeio nostálgico de bonde

Um fato interessante é que a operação desses streetcars é mantida pela Edmonton Radial Railway Society, que funciona principalmente a base de doações e de voluntariado. Qualquer entusiasta pelo sistema ferroviário pode se tornar um membro, através de uma taxa anual, e ajudar a associação com trabalhos voluntários. Pode ser na condução dos bondinhos, na manutenção, como guia dentro dos carros, contando a história e respondendo perguntas dos passageiros, ou até mesmo ajudando a manter o site oficial. Claro, a associação também tem patrocinadores, como a própria prefeitura, mas é muito bacana pensar que esse lindo e singelo passeio é possível graças aos apoiadores que dedicam seu tempo voluntário ao projeto. É muito amor, gente!

Um passeio pela história de Edmonton

E se você quiser entrar mesmo de cabeça na história do passeio de bonde pela cidade de Edmonton, ainda pode visitar o Strathcona Streetcar Barn & Museum, um pequeno museu com artefatos, fotos e um pouco da história da associação e do modelo ferroviário de modo geral. A entrada é gratuita, e fica em Strathcona, bem pertinho da estação final. Ou seja, dá até pra combinar a visita com o passeio e fazer um dia turístico temático!

A viagem de streetcar é paga na hora, para o condutor. Com direito a ida e volta (round trip fare), e crianças de até cinco anos não pagam passagem. Os horários são rígidos, e é bom ficar atento para não perder a condução. No site oficial, que vou deixar aqui no final do texto, tem todas essas informações, além de contar com mais detalhes a história de cada um dos carros e da própria Railway Society.

E você, também curte andar de bonde? Não se esqueça de incluir o passeio na sua visita à Edmonton e boa viagem!

Conheça o site da Edmonton Radial Railway Society clicando aqui.

Quem quer morar em um novo país sempre se pergunta: por onde começar? Quais são as informações básicas que todo novo imigrante precisa saber?

Se você está planejando imigrar em definitivo ou se está pensando em morar no Canadá por um curto período de tempo enquanto estuda, por exemplo, este texto é para você.

No texto de hoje vamos falar sobre alguns conceitos essenciais que todo mundo precisa saber quando começa a planejar a sua vida nova no Canadá.

 

1. Residência temporária ou permanente?

Em primeiro lugar, é importante definir se você pretende ir para o Canadá em definitivo, como um novo imigrante, ou então se você deseja só passar algum tempo, sejam 6 meses, 1 ou 2 anos, por exemplo, enquanto termina seus estudos.

Essa decisão é a primeira que deve ser feita, pois é a partir dela que o seu plano de ir morar no Canadá irá começar a tomar forma.

Vamos ver então quais são as características de um residente temporário e de um residente permanente:

 

Residente temporário:

Como o próprio nome já diz, um residente temporário é uma pessoa que mora no Canadá por um período definido de tempo, geralmente enquanto estuda ou trabalha. Turistas também podem ser considerados residentes temporários, é claro, mas geralmente a categoria de turismo não é levada em consideração quando os planos apontam para um período maior de tempo. O motivo? Turistas não podem trabalhar no Canadá. Outro motivo: turistas não podem estudar por um período superior a 6 meses (ou 24 semanas) no Canadá.

Com um visto de estudos, por outro lado, você pode permanecer no Canadá pelo tempo que o seu visto for válido. Dependendo do curso que você for fazer, desde que não seja um curso de idiomas, você também pode ter direito a trabalhar durante 20 horas por semana enquanto estuda. Caso você seja casado(a), o cônjuge pode receber um visto de trabalho aberto, atrelado ao seu visto de estudos, o que significa que ele(a) pode trabalhar em período integral.

 

Residente permanente:

O residente permanente é a pessoa que mora no Canadá em caráter definitivo, ou seja, é o “título” que a pessoa recebe logo após ser aprovada em um processo de imigração. Existem vários processos de imigração para o Canadá.

Embora more no Canadá em caráter definitivo, o residente permanente não é um cidadão canadense. A cidadania é a última etapa de um processo de imigração, fechando a jornada. A residência permanente permite que a pessoa tenha os mesmos direitos de um cidadão, no entanto, mesmo que não possua um passaporte canadense. Como residente permanente também não é possível votar nem concorrer a cargos políticos.

Os processos de imigração são muitos, e falamos um pouco sobre eles em um texto publicado em março. O que é importante saber é que é sim possível (mas não necessário) vir para o Canadá como residente temporário e então aplicar para um processo de imigração com o intuito de virar residente permanente.

 

2. Residência temporária: como faz?

Se você está mais inclinado a morar no Canadá por um período definido de tempo (alguns meses ou alguns anos), então o caminho a seguir será o da residência temporária.

Uma pessoa ganha o título de residente temporário quando conquista a aprovação de um visto de estudos ou então de um visto de trabalho.

Como dissemos anteriormente, um visto de estudos pode ou não dar direito a trabalhar, já que isso irá depender muito do tipo de curso que o candidato fizer. Isso porque no Canadá não é mais possível trabalhar enquanto se faz um curso de idiomas, por exemplo. No entanto, existem muitas outras opções de cursos, sejam cursos profissionalizantes, técnicos ou universitários, que podem permitir que o aluno possua um visto de trabalho. Com esse visto de trabalho atrelado ao de estudos é possível trabalhar durante 20 horas na semana (e fulltime durante as férias escolares). O cônjuge pode ter direito ao visto de trabalho aberto, que lhe permite trabalhar fulltime por semana, ou seja, em tempo integral.

A 3RA Intercâmbio, nossa empresa parceira, tem contatos com várias instituições de ensino em várias cidades canadenses, e indicamos o serviço deles para que você possa encontrar um curso que mais se adeque às suas necessidades no momento. A 3RA pode auxiliar os candidatos desde a escolha do curso até a matrícula. Com a matrícula feita, a Immi Canada entra em cena para trabalhar com o processo do visto de estudos.

É importante lembrar que primeiro é preciso ser aceito em uma instituição de ensino para depois aplicar para o visto de estudos.

Conseguir um visto de trabalho sem estar estudando é um pouco mais complicado, porque exige que o candidato possua uma oferta de emprego.

 

3. Residência permanente: como faz?

Se você deseja morar no Canadá em caráter permanente, é preciso saber se você se encaixa em algum dos mais de 50 programas de imigração oferecidos pelo Canadá. E a Immi Canada pode ajudar você com isso.

Durante a nossa consulta de imigração os nossos consultores avaliam o perfil de cada candidato, buscando informações referentes a estudos, trabalho, se pretende imigrar sozinho ou com a família, e também informações referentes ao planejamento de cada candidato, como cidades preferidas e tempo disponível. Com essas informações em mãos, nós então verificamos quais dos programas de imigração teria maiores chances de sucesso para cada candidato.

É importante lembrar que a decisão final sobre a aprovação de vistos e processos de imigração é sempre do governo do Canadá. O papel da Immi Canada é orientar os clientes para que tenham sempre as maiores chances de sucesso, mas não somos responsáveis por garantir a aprovação.

Identificando um programa de imigração, começamos o trabalho de reunião de documentos. Os documentos podem variar de acordo com as características de cada candidato. Por exemplo, se deseja imigrar sozinho, os documentos exigidos serão de certa forma mais simples, já que são documentos referentes a apenas uma pessoa. Se deseja imigrar com a família, por outro lado, será preciso submeter uma série de documentos a mais, incluindo certidão de casamento e de nascimento de filhos, se for o caso.

Para um programa de imigração, todos os documentos utilizados devem passar por um processo conhecido como tradução juramentada. A tradução juramentada nada mais é do que a tradução de um documento realizada por um tradutor que possui certificação para realizar tradução de documentos. Tradutores juramentados são filiados à Junta Comercial de cada estado brasileiro.

 

 

4. O idioma

Um dos aspectos mais importantes para quem deseja vir morar no Canadá, seja como residente temporário ou permanente, é o conhecimento e o domínio da língua inglesa. No Canadá, o francês só é falado mesmo em Québec, sendo que o restante do Canadá é composto por pessoas falantes da língua inglesa.

O domínio do idioma é útil não apenas para a comunicação, mas também para o sucesso dessa nova etapa da sua vida:

Estudos: como estudante, quanto melhor for o seu inglês, melhor será o seu aproveitamento do curso. Você poderá compreender as aulas com maior facilidade, já que nem sempre os professores falam devagar ou param o conteúdo para explicar o significado de determinada palavra ou gíria, como é o caso de cursos universitários, por exemplo.

Trabalho: o inglês é essencial para se conseguir um bom trabalho, principalmente em profissões que exigem comunicação com clientes e colegas. É fato que não é preciso ter domínio completo do inglês para conseguir um trabalho, mas quanto melhor for o seu inglês, mais fácil será o seu dia a dia. Se você trabalhar em um restaurante, por exemplo, quanto mais facilidade você tiver em conversar com os clientes e fazer com que se sintam bem-vindos, maiores serão as gorjetas que você poderá ganhar.

Imigração: como imigrante você está buscando construir a sua vida no Canadá. Assim, por mais que você consiga facilmente um trabalho em uma cafeteria ou em uma loja, é muito provável que você queira continuar em busca do trabalho dos seus sonhos. E aqui estamos falando de competição, como qualquer busca por emprego. Você irá precisar mostrar que possui domínio suficiente do idioma para realizar o seu trabalho no dia a dia, conversando com clientes e com colegas e chefes, por exemplo.

 

5. A questão financeira

Muita gente considera que a questão da comprovação financeira deveria ser a primeira da lista. Afinal, é muito importante saber quanto irá custar a aventura toda e saber se é possível arcar com as despesas, certo? Sim e não.

Com certeza é importante ter uma boa noção dos custos, mas esse conhecimento não é suficiente por si só, principalmente se o candidato à imigração não possui os requisitos para ser aceito em um programa de imigração, como experiência profissional ou domínio do idioma. Outro problema em dar importância demasiada aos valores é que corremos o risco de perder a noção do “todo” e acabarmos desistindo de nossos planos por conta de considerarmos que os valores são altos demais.

Algumas coisas para se considerar quanto ao lado financeiro:

1) O valor é calculado em dólares canadenses, não em reais. É claro que para fins de comprovação financeira será preciso fazer a conversão da quantia que você tem disponível em sua conta corrente. Mas é importante ter em mente que os preços aqui no Canadá são calculados com base nos salários em dólares. Dessa forma, a partir do momento em que você começar a trabalhar no Canadá você irá receber o seu salário em dólares, e a partir desse momento a conversão para reais não fará mais sentido.

2) O valor investido é isso mesmo: um investimento. Você já ouviu falar que é preciso gastar dinheiro para ganhar dinheiro? Essa frase é muito conhecida pelos grandes investidores, também aqui no Canadá: você pode escolher deixar o seu dinheiro parado na poupança, ou então comprar um imóvel ou um negócio, e multiplicar o seu patrimônio. A imigração segue a mesma ideia, de certa forma: no início os valores a serem pagos com taxas e consultoria podem ser altos, mas são valores que podem ser recuperados em pouco tempo quando começamos a trabalhar no Canadá (ganhando em dólares canadenses, é claro).

3) A comprovação financeira irá depender de valores disponíveis para uso imediato. Quando avaliam a situação financeira de um candidato, os oficiais da imigração buscam saber se aquela pessoa possui dinheiro suficiente para sustentar a si mesma e à sua família, se for o caso, até encontrar um emprego no Canadá. Dessa forma, serão considerados para fins de comprovação financeira valores que estão disponíveis em conta corrente ou poupança, ou então investimentos de resgate imediato.

 

6. A adaptação

Falamos bastante sobre a adaptação neste texto. Para quem deseja morar no Canadá, seja em caráter permanente ou temporário, a adaptação é um fator chave para o sucesso.

Para entendermos um pouco mais sobre esse conceito, vamos imaginar a seguinte situação: um estrangeiro que deseja morar no Brasil. Se ele deseja ter sucesso em sua nova vida, será preciso se adaptar à cultura brasileira, ao idioma, etc., certo?

A título de exemplo, se o estrangeiro não falar português, é muito provável que encare bastante dificuldade em seu dia a dia. Também será mais difícil encontrar um emprego, ou então estudar em uma universidade. Quanto à cultura, sabemos que nem todo brasileiro morre de amores por futebol ou samba, mas existem certos aspectos da cultura brasileira que são comuns a todos nós. Se um estrangeiro não compartilhar desses aspectos ou não tiver conhecimento a respeito de certas normas sociais comuns à cultura latina e brasileira, é muito possível que sua experiência quanto a morar no Brasil seja muito diferente do que poderia ser.

Agora vamos imaginar que o estrangeiro é você e o país é o Canadá. Com isso podemos ver o quão importante é a questão da adaptação. Aqui não há segredos: é preciso pesquisar e ler muito a respeito da cultura canadense, que também varia bastante de acordo com a cidade e a província.

Nossa dica é: leia tudo o que você puder a respeito da cultura canadense. Leia testemunhos de pessoas que imigraram, leia testemunhos de pessoas que tiveram sucesso e também das que não tiveram sucesso, e com isso você poderá ter uma ideia mais clara do que esperar.

 

O verão ainda não chegou de fato (ainda falta um mês), mas para nossa felicidade, os dias ensolarados e o calor já estão dando suas caras por Vancouver. Podem deixar no fundo do armário seus casacos, botas e guarda-chuvas e aproveitar ao máximo os meses mais quentes do Canadá. Quem chegou aqui no inverno, vai agora conhecer uma nova cidade recheada de oportunidades de lazer ao ar livre. E se você gosta de esportes, os lugares para fazer escaladas, trilhas, caiaque, stand up paddle e muito mais, certamente não vão faltar.

Hoje eu vou falar um pouco sobre mais dos lugares imperdíveis na nossa maravilhosa Vancouver: Deep Cove. Localizado em North Vancouver, com fácil acesso de ônibus saindo de downtown, esse é um lugar que definitivamente tem que estar na sua programação nesse verão.

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Ao chegar no local você vai encontrar o Deep Cove Park; rodeado apenas por casas e muita natureza, é perfeito para aproveitar um dia ensolarado e fazer piquenique ou barbecue nas áreas especialmente reservadas para isso, arriscar um gelado banho de mar ou até mesmo alugar um caiaque para desbravar o local. O passeio de caiaque é algo que, realmente, eu recomendo fazer. Mesmo se você nunca se aventurou em um, não se preocupe, você receberá instruções no local e conseguirá aproveitar um passeio bem gostoso pela baía da Deep Cove, podendo explorar as pequenas ilhas ao redor, além de ficar cara a cara com as curiosas focas que habitam por lá.

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O aluguel de caiaques, canoas e stand up paddle se torna bem popular essa época do ano, então para garantir seu passeio é fundamental fazer uma reserva antecipada. Aqui nesse site você encontra tudo sobre os serviços, valores e reservas. http://www.deepcovekayak.com/

Apesar do passeio de caiaque ou stand up paddle já valer a visita à Deep Cove, essa não é a principal atração do local. O principal motivo pelo qual as pessoas vão passar o dia em Deep Cove é pela Quarry Rock. Então abrace seu espírito aventureiro e prepare-se para encarar de 30 à 40 minutos da trilha Baden Powell que o levará ao topo da Quarry Rock. Como recompensa pela longa caminha, a Quarry Rock irá te oferecer uma paradisíaca vista de toda área da Deep Cove. Sente-se, relaxe, recupere seu fôlego e sinta-se privilegiado por esse contato com a natureza.

Deep Cove, North Vancouver, Canada

 

Mesmo não sendo uma caminhada rápida e contando com diversos pontos de escadaria, a trilha é frequentada por famílias com crianças, cachorros e pessoas de todas as idades; cada um completando o percurso em seu tempo. Não é preciso grande preparo físico para encarar essa pequena aventura, por isso é um passeio que vai agradar dos mais esportistas às famílias com crianças pequenas. Então, como bons brasileiros que somos, já vamos começar a celebrar a chegada do verão and let’s go outside, people!

Maythe Panar

O movimento de profissionais que estão deixando o Brasil para buscar uma oportunidade no mercado de trabalho canadense aumenta a cada dia. Então, ao desembarcar em outro país, no momento de se recolocar profissionalmente podem surgir dúvidas de quais informações se deve (ou não) incluir no currículo. Hoje vamos falar um pouco sobre como evitar que ao aplicar para um emprego o candidato receba um NÃO por ser muito qualificado para a vaga, o que por aqui é conhecido como “overqualified”.

Isso pode ocorrer, sim, sabia? A realidade nos mostra que chegam diversas pessoas que já concluíram uma formação de nível superior, alguns optam por fazer no Canadá um curso de pós-graduação, por exemplo, bem como há quem traga junto com a bagagem todo um histórico de sucesso dentro de empresas no Brasil.

Há ainda aqueles que já ocuparam até mesmo cargos de chefia. Porém, isso não significa que todos irão conseguir logo de início uma vaga com as mesmas características. Mudar de carreira, procurar equilibrar mais o tempo entre a família e o trabalho, aprender com as diferentes culturas no ambiente profissional. Seja qual for a razão, talvez tenha chegado o momento de recomeçar uma história e a partir dela dar sequência aos projetos de vida.

Eu preciso trabalhar, e agora?

Se você possui a permissão de trabalho, o work permit (saiba as regras para a obtenção do documento aqui) está habilitado para procurar emprego legalmente no país. Claro, que se conseguir uma colocação na sua área conquistada antes mesmo de chegar ou já estando por aqui, é o cenário ideal. Mas existem algumas barreiras e é sempre bom também ter um “Plano B”, não é mesmo?

Além de questões ligadas ao idioma, entre as exigências é comum que o contratante pergunte sobre a sua “experiência canadense”. Neste momento, se leva em consideração se você passou por alguma empresa no Canadá. Isso ocorre tanto por causa de questões de referências profissionais, quanto com relação à adaptação e o conhecimento da realidade local.

Existem diferentes razões, mas é fato que muitas pessoas optam por começar a busca por empregos “entry level”, ou seja, trabalhos que exigem menos qualificação e são comuns em locais como restaurantes, hotéis, lojas e na construção civil. Nada impede que um Engenheiro atue como garçom ou uma professora universitária seja vendedora em uma loja no shopping center. Todo o trabalho é digno, no Canadá estes trabalhos não necessariamente são sinônimos de baixa remuneração e existem muitos canadenses ocupando estes postos.

Todas as oportunidades são importantes!

Ok, nós sabemos que este caminho pode não ser muito fácil... mas quem disse que seria? Além do mais esta é uma maneira de ampliar os contatos no novo país, obter confiança do empregador já que você é um estrangeiro sem histórico profissional por aqui, dá para treinar o segundo idioma e pode ajudar no momento de se adaptar à nova realidade.

Além do mais é uma forma de se conseguir aquela ajuda financeira para custear as despesas no Canadá, como moradia, alimentação e inclusive diversão. O mercado de trabalho é amplo, existem oportunidades para trabalhar, mas tem que estar disponível para aproveitar as oportunidades.

Resume

Selecionamos algumas dicas para adequar o seu currículo à vaga

Recentemente o site “Workopolis”, especializado em recursos humanos e com grande foco em pesquisas na área de carreiras, divulgou uma matéria com sugestões para aqueles que possuem um currículo profissional extenso, mas que precisam aplicar para empregos que requerem um trabalhador menos qualificado.

Nós nos inspiramos neste texto, listamos as dicas e incluímos alguns comentários. Confira!

1. Não deixe em destaque todas as suas graduações e títulos: se você fez uma especialização na área da Saúde, por exemplo, mas no momento está aplicando para uma vaga de caixa numa loja, não precisa dar ênfase a este curso no seu currículo. E se tiver muitas especializações em áreas diferentes pode até tirar aquelas que você julgar não ter relevância direta para o cargo.

2. Concentre-se em suas habilidades, ao invés dos cargos em si: para explicar melhor este ponto, se imagine no papel de alguém que já atuou no cargo de vice-presidente de Recursos Humanos (RH), mas que agora está se candidatando para a posição de um assistente de RH. Neste caso, a sugestão é deixar de fora o título do trabalho anterior e simplesmente colocar que tem experiência nesta área, algumas atividades, bem como incluir os anos em que trabalhou por lá. É preciso personalizar o currículo o máximo possível. Deve-se direcionar as informações para a posição específica e colocar as realizações que são mais relevantes para a vaga a qual você está aplicando, deixando de fora as funções que não fazem parte dos requisitos.

3. Explique os motivos os quais você quer esse trabalho: é preciso demonstrar que você está realmente interessado naquela posição, no que pode contribuir com a empresa e que não está apenas espalhando currículos aleatoriamente pela cidade. Neste momento, muitos recrutadores canadenses indicam a necessidade da elaborar e incluir na aplicação uma “Cover Letter”, que é uma carta de apresentação com o resumo de suas qualificações e objetivos, muito requisitada no Canadá. Mas reforçamos, mais uma vez, que tudo depende do tipo de vaga e as exigências do empregador. Por isso, pode ser que de repente, numa aplicação por e-mail você apenas escreva algumas linhas sobre o motivo de querer o cargo, anexe o currículo e pronto!

4. O foco é sempre nas necessidades do empregador: em resumo, o contratante está precisando de alguém para realizar um determinado trabalho e se você acredita que é a pessoa certa para ocupar esta posição, deixe que ele saiba disso! O currículo bem elaborado deixa claro suas habilidades e quais os pontos que evidenciam que você pode fazer parte da equipe e executar as tarefas que empregador tanto precisa.

E claro, além de apresentar um conjunto de informações sobre você, nunca se esqueça de pesquisar além dos requisitos da vaga, também os dados da empresa (a internet nos informa tudo!), demonstrando conhecimento no momento em que for chamado para a entrevista pessoal.... afinal, é o caminho para a contratação!

E então, já está pronto para encaminhar o seu currículo? Desejamos boa sorte!

Fonte:  http://careers.workopolis.com/advice/how-to-apply-for-and-get-a-job-youre-overqualified-for/

Um café quentinho feito na hora é bom demais, não é mesmo? Nós brasileiros sabemos bem disso. Beber café faz parte da nossa cultura e até da nossa história. Não é a toa que o nosso país é o maior exportador de café do mundo (apesar de estar longe de ser o maior consumidor, perdendo feio para alguns países europeus).

 

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E se você é chegado num cafézinho, vai se sentir em casa no Canadá. Ô país para ter cafeteria, viu? Aqui a vida é movida à cafeína. De manhã até de noite, os canadenses adoram fazer uma pausa para o café. Está aí o Tim Hortons que não me deixa mentir. Essa cadeia canadense tem nada menos do que 3.665 unidades espalhadas por todo o país. Até na longínqua província de Nunavut, lá no norte do Canadá, tem uma loja Tim Hortons servindo café. E olha que é raro ver uma cafeteria da marca vazia, heim?

 

TimEm Edmonton, você encontra um Tim Hortons em cada esquina, concorrente direto do americano Starbucks, que já fincou seus pézinhos por aqui. Como atual funcionária de um dos Starbucks mais cheios da cidade, posso afirmar sem medo: canadense gosta de um café. Pode ser um latte, um moccha ou um simples brewed coffed. Não importa: se tem café sendo servido, vai ter fila de gente querendo comprar.

Outra rede que faz sucesso por essas bandas é o Second Cup, versão bem menos famosa que o Starbucks, mas que segue o mesmo padrão. Oferece drinques cafeinados customizados, bebidas quentes e geladas, e salgados, doces e sandubas para acompanhar. Assim como o Tim Hortons, o Second Cup é orgulhosamente canadense e também tem franquia em tudo que é canto da cidade.

E aqui nem importa o clima. Está aquele frio de lascar? Bora tomar um café para esquentar! O verão chegou e a temperatura subiu? Partiu um café gelado para espantar o calor! No Canadá não tem tempo ruim quando o assunto é café.

Agora, se você quer fugir das redes clichês (nem vou entrar no mérito do McCafé, do McDonalds, que também tem lá o seu menu de bebidas a base de espresso), Edmonton é um prato cheio. Sabe aqueles pequenos cafés charmosos, com cadeiras na rua, ambiente aconchegante e biscoitos delicados? Aqui tem de sobra. Dá para passar o dia inteiro só falando disso.

Mas como o tempo urge e o espaço é limitado, vou dar minhas pequenas dicas de onde tomar um café de qualidade nos cantinhos que só quem mora aqui conhece.

Para começar, o Remedy Cafe. São três unidades na cidade (Downtown, 124 St. E Whyte Ave.), todas com aquele clima “paz e amor” que a gente ama encontrar numa cafeteria mais casual. Influência indiana, decoração fofinha e colorida e opções de lanches vegetarianos. Esse é o delicioso Remedy Cafe, lugar mais do que perfeito para tardes preguiçosas onde você quer fugir do tumulto das grandes redes.

Se a sua pegada é algo mais discreto e elegante, a pedida é o Credo Cafe. Sabe aquela aura de ambiente profissional, clean e reservado? O Credo é assim. Tão reservado, aliás, que a unidade da 124 Street fica no subsolo, longe do barulho da rua. Ótimo para estudar e fazer seus trabalhos sem a algazarra das cafeterias mais populares, e com drinques e comidas de primeiríssima qualidade. O Credo inclusive já foi eleito como o melhor Coffee Shop de Edmonton!

 

E por fim, mas não menos importante, a delicinha da Duchess Bake Shop. Um lindo bistrô francês de encher os olhos de tão elegante que é. O forte aqui são os doces, que fazem um par perfeito com os cafés. A variedade de drinques pode ser menor, mas se você curte o bom e velho cafezinho, o Duchess vai agradar em cheio. Principalmente se você decidir pedir um dos seus maravilhosos macarons, típico doce francês, para acompanhar.

E você, também gosta de um café? Deixe seu comentario aqui embaixo e até a próxima!

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