Com a situação política e econômica brasileira e a incerteza que assola o país, mais e mais pessoas pesquisam a respeito de imigrar para o Canadá e plantam o sonho de morar em um dos países com a melhor qualidade de vida do mundo. Porém, muita gente começa a pensar no plano quando já está com mais de 40 anos e as informações que circulam pela rede é que tudo fica mais complicado quando se trata de imigração depois dos 40. Pensando nisso, fizemos este artigo para tranquilizar os que querem realizar o sonho canadense: é possível sim imigrar com 40 anos ou mais.
E existem vários caminhos, mesmo quando se trata de ter mais anos de experiência. O que acontece é que recebemos diversas perguntas a respeito do assunto pois vários programas de imigração levam em consideração a idade do candidato, incluindo o federal Express Entry (EE), que tem em seu Comprehensive Ranking System (CRS) critérios para pontuação no quesito: entre 20 e 29 anos o aplicante tem a pontuação máxima atribuída ao fator age, que é de 100 pontos. Já com 30, a pontuação cai gradativamente até zerar, na idade de 45 anos, como mostra a tabela abaixo.
*O Canadá foi eleito, pelo quarto ano consecutivo, o local com a melhor qualidade de vida do mundo. Clique aqui e acesse o artigo completo que escrevemos sobre o assunto.
O que muitos não percebem é que, além do EE, existem dezenas de outras maneiras de imigrar (clique aqui e veja as mais de 50 formas de ir morar no Canadá por meio de um de seus processos). Para saber se uma delas se encaixa no seu perfil, é imprescindível que seja feita uma análise por um especialista em uma consulta de imigração. A Immi Canada oferece este serviço e também toda a assessoria durante o processo. Acesse www.immi-canada.com/consultoria-de-imigracao-para-canada/ ou mande um email para contact@immi-canada.com.
Prova disso foi a processo bem-sucedido de um dos nossos clientes, Paulo Sérgio Jacob, que imigrou através dos estudos com 48 anos e levou a família. Ele já está há três anos morando em Vancouver, já é residente permanente e contou um pouco da história do seu processo de imigração. Confira abaixo a entrevista na íntegra.
*Escrevemos um artigo completo respondendo dúvidas frequentes sobre estudar em terras canadenses. Para acessar a primeira parte clique neste link e a segunda etapa você encontra aqui.
Immi Canada (IC): Primeiro, qual é a sua idade agora e com quantos anos você chegou ao Canadá?
Paulo Sérgio Jacob (PSJ): Tenho 51 anos e cheguei ao país com 48. No Brasil nós morávamos em São Paulo e agora, eu e minha família, moramos em Vancouver há três anos.
IC: Qual era sua área de atuação profissional no Brasil e qual é a atual?
PSJ: Lá eu trabalhava na área de consultoria de uma grande empresa americana da área de informática, no setor de tecnologia e projetos. Também trabalho com tecnologia da informação (TI) no Canadá, que ao meu ver, juntamente com turismo, é uma área de muita demanda em Vancouver.
IC: Nos conte um pouco sobre como surgiu a ideia de imigrar.
PSJ: Tudo começou com um projeto de longo prazo, a partir do sonho de mudar de vida. Casei com minha esposa em 1995 e passamos a lua-de-mel no Canadá e nos apaixonamos pelo país. Um amigo que morava em Toronto na época nos convidou para um jantar e nos questionou porque não iniciávamos o processo para morar no território. Na época, ambos estávamos bem empregados e tínhamos acabado de casar. Até tentamos algum movimento dentro das próprias empresas onde trabalhávamos, mas não deu certo. Porém o plano ficou latente e na nossa cabeça, então sempre acompanhamos as notícias e nos informamos a respeito.
Nós tivemos filhos e a vida seguiu, além de algumas outras questões familiares que nos obrigavam a ficar. Entre 2013 e 2014, os filhos já estavam maiores, com 16 e 13 anos, e toda a situação política e econômica do país acabaram pesando e fizeram com que colocássemos nossos planos em prática. Se não fosse naquele momento podíamos não ir mais.
IC: Como foi o processo?
PSJ: Já estávamos estudando e pesquisando a região e já havíamos ido passar férias em algumas cidades do país. A partir daí começamos a procurar formas de imigrar, mandamos o meu filho para um intercâmbio em Ottawa. Passado o ano de intercâmbio, com o auxílio e assessoria da 3RA Intercâmbio, fomos para o Canadá e nos juntamos ao meu filho. Ele não gostaria de ficar na cidade devido ao frio, por isso optamos por Vancouver, além de outros atrativos da cidade como natureza, opções de lazer, esportes, que são fatores importantes para nós, que residíamos em uma metrópole como São Paulo.
Vancouver também possui diversas oportunidades e demandas na área de TI. Eu vim fazer mestrado e minha esposa estava com visto para trabalho. Quatro meses após a nossa chegada, minha esposa, que também trabalha com TI, conseguiu se recolocar na profissão. Na época eu estava com 48 anos e ela com 44. Fiz um programa de mestrado de dois anos, que dava o direito do Post-Graduation Work Permit (PGWP), o que possibilitava mais três anos de visto de trabalho. No meio do caminho já conseguimos aplicar para o programa provincial de British Columbia, após um ano de trabalho da minha esposa. Tínhamos problema no EE na pontuação com a questão de idade, porém a profissão e a proficiência no inglês ajudaram. A empresa onde minha esposa trabalha fez uma declaração, confirmando que ela tinha uma oferta de trabalho dentro da National Occupational Classification (NOC). E depois de um ano da aplicação para o provincial, recebemos o cartão de Permanent Resident (PR).
IC: Quais foram os atrativos e vantagens de mudar de país?
PSJ: Começamos com um sonho, mas o Canadá abre muitas portas e imigrar estudando te dá uma série de possibilidades. Você volta um pouco na sua carreira, dá alguns passos para trás, mas faz parte do sonho. Meus filhos também adquiriram o direito de estudar no sistema público canadense, o que é um gasto absurdo no Brasil e aqui é gratuito, com um sistema de ensino e uma estrutura de qualidade incomparáveis. Outra vantagem é que aqui não nos preocupamos com saúde e segurança, como acontece no Brasil, onde temos que arcar com uma série de custos como condomínio, planos de saúde, seguros e outros gastos para ter um mínimo de tranquilidade. Os atrativos que divulgam a respeito do Canadá são realmente verdadeiros.
IC: Quais são as dicas que você dá para quem está no processo de imigração?
PSJ: O primeiro ponto é buscar ter um bom inglês. O Canadá é um país multicultural onde quase não existe preconceito com pessoas de outras nacionalidades. As pessoas que trabalham comigo, por exemplo, quase todos têm um pai ou avô que veio de fora, quando a próprio não é estrangeiro. Trabalho com indianos, muitos orientais, brasileiros, ingleses, australianos, paquistaneses, iranianos. O local é cosmopolita e multicultural, em todos os âmbitos da sociedade.
Também aconselho a quem tem já está avançado no processo, buscar interagir e fazer networking, por isso também se faz extremamente necessário o domínio da língua. Uma rede de contatos profissionais te ajuda muito, pois você consegue saber das oportunidades. Os próprios brasileiros também ajudam, a universidade ajuda bastante. E fazer voluntariado também é de grande valia, pois além de vivenciar a cultura local ajuda a criar uma rede de conhecidos. Nós fomos com várias possibilidades e durante o percurso e com base nos acontecimentos do caminho fomos, aos poucos, moldando o nosso processo. Quando estamos em um casal, vamos nos adaptando.
Outro ponto crucial que todos precisam para imigrar é planejamento financeiro. Principalmente para poder se sustentar no período em que você ainda não estará estabilizado financeiramente, o que geralmente acontece no primeiro ano. Porém, mesmo pagando em dólares canadenses você consegue ter um custo de vida menor, por não ter despesas com escola, segurança e saúde, por exemplo. Organização das finanças é fundamental para o plano ter êxito. O primeiro ano é o mais crítico, o segundo é intermediário e no terceiro as coisas já ficam equilibradas.
IC: Vocês tiveram alguma dificuldade no processo de adaptação no país? Quais foram elas?
PSJ: Não tivemos uma dificuldade com adaptação, nossos filhos logo fizeram amizades na escola. Um pouco da saudade dos familiares que ficaram no Brasil se mata com a tecnologia, também lá por vezes as pessoas mudam de cidade e tem de refazer os amigos, por isso não podemos ficar muito presos a isso. Embora seja muito mais frio que no Brasil, o clima não foi uma dificuldade.
IC: Qual foi a importância de ter um auxílio profissional durante todo o processo?
PSJ: Eu acho que o auxílio de um profissional faz parte de um investimento. Eu penso que é valor que você paga para a Immi Canada é até baixo se você pensar em tudo o que envolve o trabalho e que é uma mudança completa de vida. A Immi é uma das primeiras do mercado, com muita experiência em todos os processos de imigração. A Celina Hui tem uma expertise que te corta tempo e caminho e, além disso, economiza dinheiro. Isso não quer dizer que ela tem a chave do paraíso, mas ela sabe do processo, além de ter um vasto conhecimento dos programas possíveis de acordo com cada perfil. Além disso, são extremamente francos e a Celina é muito transparente e precisa no que é necessário para o sonho se tornar realidade e ela vai direto ao ponto. A Immi consegue economizar tempo. Imigrar não é um tutorial que você consegue ver um vídeo no YouTube e sair fazendo. A consultoria para mim foi fundamental e a forma, transparência e objetividade que a Immi possui são excepcionais.
Fabíola Cottet